Amanhã, dia 1 de Novembro de 2005, perfazem exctamente 250 anos sobre o terramoto que destruiu Lisboa, mas que serviu também (como bem assinala Gulherme d'Oliveira Martins no seu comentário semanal do site do CNC, desta vez dedicado ao livro de José-Augusto França) para dar vida a uma nova Lisboa; a Lisboa de Pombal, de Eugénio dos Santos, Manuel da Maia e muitos mais.
À seguinte e excelente afirmação do autor do artigo, "(...) como foi possível fazer de uma catástrofe a oportunidade ganha de reconstruir a cidade, tornando-a uma das mais modernas e atraentes da Europa", apetece-me perguntar aos nossos governantes, locais e nacionais, mais aos respectivos iluminados deste país, se estarão à espera de novo terramoto, furacão de proporções gigantescas, ou outro cataclisma qualquer, para aí sim reabilitarem Lisboa do seu "ground zero"?!
PF
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
31/10/2005
Afinal qual é a solução para o Porto de Lisboa?
Em conferência de imprensa do seu presidente, ficámos a saber que a Administração do Porto de Lisboa anunciou que tem uma solução para o futuro do Porto de Lisboa; mas ficámos sem saber qual é ela, apenas que os respectivos custos se cifram à partida em 140 milhões de Euros. E que a APL vai investir 30 milhões em novo terminal de passageiros. E que o nó rodoviário de Alcântara começa a ser feito em 2007.
Os nossos comentários são os seguintes:
1. É lamentável que a APL continue a gerir o porto como se fosse um feudo medieval, pois apresentam as medidas como factos consumados, e nem divulgam sequer os planos. O que foi anunciado na conferência foi uma data para o início da obra e um orçamento (140 milhões de Euros).
2. É extraordinário dizer-se que a ampliação para o dobro do terminal de contentores não entra em conflito com os planos de urbanização para a zona, pois "podem subir em altura"! Pode ser que não haja conflito, mas é um contra-senso querer recuperar-se aquela zona da cidade (conforme tem sido preocupação da CML e dos Governos) cortando ainda mais o contacto com o rio, pela ampliação do terminal de contentores?
3. Se a APL vai construir um novo terminal para os navios de cruzeiro, o que pretende fazer com as antigas gares da Rocha de Conde de Óbidos e de Alcântara?
Pedro Ornelas e Paulo Ferrero
Os nossos comentários são os seguintes:
1. É lamentável que a APL continue a gerir o porto como se fosse um feudo medieval, pois apresentam as medidas como factos consumados, e nem divulgam sequer os planos. O que foi anunciado na conferência foi uma data para o início da obra e um orçamento (140 milhões de Euros).
2. É extraordinário dizer-se que a ampliação para o dobro do terminal de contentores não entra em conflito com os planos de urbanização para a zona, pois "podem subir em altura"! Pode ser que não haja conflito, mas é um contra-senso querer recuperar-se aquela zona da cidade (conforme tem sido preocupação da CML e dos Governos) cortando ainda mais o contacto com o rio, pela ampliação do terminal de contentores?
3. Se a APL vai construir um novo terminal para os navios de cruzeiro, o que pretende fazer com as antigas gares da Rocha de Conde de Óbidos e de Alcântara?
Pedro Ornelas e Paulo Ferrero
16 Propostas concretas para uma Lisboa melhor
Aproveitanto a cerimónia da tomada de posse do novo executivo camarário, presidido pelo Prof. Eng. Carmona Rodrigues, entregámos ao novo Presidente da CML um documento de síntese de 16 das propostas que temos vindo a lançar para debate ao longo dos últimos meses.
Esse documento, disponível em http://cidadanialx.tripod.com/PROPOSTAS.pdf, abrange 16 medidas concretas para melhorar Lisboa, ao nível da salvaguarda do património, da mobilidade e dos espaços verdes.
Contém várias propostas de soluções integradas, por bairro e/ou por tema, sendo de realçar uma proposta nova para o Paço do Lumiar (http://cidadanialx.tripod.com/pacolumiar.html), por acharmos que esta bela zona de Lisboa continua a degradar-se a olhos vistos e está completamente esquecida por quem de direito.
Brevemente, apresentaremos mais propostas, as mais variadas, pois pretendemos que estes 4 anos que agora começam não repitam os últimos!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Esse documento, disponível em http://cidadanialx.tripod.com/PROPOSTAS.pdf, abrange 16 medidas concretas para melhorar Lisboa, ao nível da salvaguarda do património, da mobilidade e dos espaços verdes.
Contém várias propostas de soluções integradas, por bairro e/ou por tema, sendo de realçar uma proposta nova para o Paço do Lumiar (http://cidadanialx.tripod.com/pacolumiar.html), por acharmos que esta bela zona de Lisboa continua a degradar-se a olhos vistos e está completamente esquecida por quem de direito.
Brevemente, apresentaremos mais propostas, as mais variadas, pois pretendemos que estes 4 anos que agora começam não repitam os últimos!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
27/10/2005
Afinal, C.Rodrigues toma posse amanhã, dia 28, pelas 10H30, nos Paços do Concelho!
Segundo esta notícia do JN, o novo executivo (?) da CML toma posse amanhã, dia 28 de Outubro. Já foi prevista para os dias 2, 3 e 4 de Outubro. Ontem foi a vez de anunciar o dia de amanhã. Mais PSL a caminho?! Meus senhores, entendam-se!
PF
PF
26/10/2005
Convento Inglesinhos: resposta do MC a requerimento do PCP/AR
Por gentileza do Grupo Parlamentar do PCP - a quem agradecemos -, tivemos acesso à resposta do Ministério da Cultura a um requerimento apresentado por aquele grupo parlamentar, no seguimento da audiência que a AR nos concedeu sobre o Convento dos Inglesinhos. Eis a resposta!!
Eis o nosso comentário:
"Ex.mos Senhores
Muito obrigado pelo envio de cópia da resposta do MC ao requerimento de V.Exas, no seguimento da nossa exposição sobre o conjunto conhecido como Convento dos Inglesinhos.
É com tristeza que confirmamos o que já sabíamos: para a CML e para o MC é tudo normal, pois foi tudo aprovado anteriormente. Vivemos, portanto, num país onde a culpa morre sempre solteira. Foi aprovado, sim, mas mal. Há que corrigir o mal que foi feito, indemnizando se houver razão para tal, punindo quem procedeu mal.
É triste ver a forma como a CML e o MC têm vindo a encarar este assunto desde o seu início (por ex. é escusado lembrarmos aqui o papel assaz curioso como o IPPAR inicia o processo de classificação do Bairro Alto, depois de aprovada pela CML e pelo IPPAR, a urbanização da Amorim Imobiliária para os Inglesinhos).
E é com repulsa que constamos que os argumentos expostos são falsos, já que o projecto em causa não é um projecto de reabilitação do conjunto arquitectónico, antes sim a destruição de muitos elementos de valor insubstituível, como sejam as cozinhas, a chaminé, o muro de Mardel, os jardins suspensos e o observatório. Inclusivamente, uma consulta detalhada ao projecto confirma que mesmo o interior da igreja será adulterado.
Se isto é "reabilitação", então há que esperar tudo dos organismos que tutelam o nosso património!!
Mais, o empreendimento para os Inglesinhos viola 3 regras de elementar bom senso:
1. Constrói mais fogos numa zona de Lisboa que tem o maior índice de habitação por m2.
2. Ignora o PDM no que diz respeito às cérceas e aos espaços verdes.
3. Não cumpre as especificidades do contrato de compra e venda com a Misericórdia.
Voltamos a agradecer o interesse manifestado por V.Exas., mas ficamos muito tristes com o facto dos nossos governantes se escudarem em argumentos legais (e neste caso, há uma providência cautelar em julgamento, pelo que existem muitas dúvidas sobre uma série de aspectos processuais), do género "foi aprovado, portanto não há nada a fazer", para justificarem o seu imobilismo face à política do "facto consumado".
Sabemos que o mal começou em 2001, e que, portanto, muitas pessoas mudaram; mas também sabemos que algumas se mantêm. Os moradores e os cidadãos acordaram tarde? Talvez, mas só há pouco tempo existe a Net, as facilidades que todos temos ao nosso dispôr hoje são bem diferentes das de 2001...
Estamos a falar dos Inglesinhos, mas há muito mais por essa Lisboa, por esse país, muitos mais casos de património adulterado, destruído, apesar de classificado e "protegido". E nestas coisas do património quem fica a perder somos todos nós, as futuras gerações em especial; enquanto que quem ganha é sempre só um: a especulação imobiliária.
Renovando os nossos agradecimentos, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos".
Paulo Ferrero
Eis o nosso comentário:
"Ex.mos Senhores
Muito obrigado pelo envio de cópia da resposta do MC ao requerimento de V.Exas, no seguimento da nossa exposição sobre o conjunto conhecido como Convento dos Inglesinhos.
É com tristeza que confirmamos o que já sabíamos: para a CML e para o MC é tudo normal, pois foi tudo aprovado anteriormente. Vivemos, portanto, num país onde a culpa morre sempre solteira. Foi aprovado, sim, mas mal. Há que corrigir o mal que foi feito, indemnizando se houver razão para tal, punindo quem procedeu mal.
É triste ver a forma como a CML e o MC têm vindo a encarar este assunto desde o seu início (por ex. é escusado lembrarmos aqui o papel assaz curioso como o IPPAR inicia o processo de classificação do Bairro Alto, depois de aprovada pela CML e pelo IPPAR, a urbanização da Amorim Imobiliária para os Inglesinhos).
E é com repulsa que constamos que os argumentos expostos são falsos, já que o projecto em causa não é um projecto de reabilitação do conjunto arquitectónico, antes sim a destruição de muitos elementos de valor insubstituível, como sejam as cozinhas, a chaminé, o muro de Mardel, os jardins suspensos e o observatório. Inclusivamente, uma consulta detalhada ao projecto confirma que mesmo o interior da igreja será adulterado.
Se isto é "reabilitação", então há que esperar tudo dos organismos que tutelam o nosso património!!
Mais, o empreendimento para os Inglesinhos viola 3 regras de elementar bom senso:
1. Constrói mais fogos numa zona de Lisboa que tem o maior índice de habitação por m2.
2. Ignora o PDM no que diz respeito às cérceas e aos espaços verdes.
3. Não cumpre as especificidades do contrato de compra e venda com a Misericórdia.
Voltamos a agradecer o interesse manifestado por V.Exas., mas ficamos muito tristes com o facto dos nossos governantes se escudarem em argumentos legais (e neste caso, há uma providência cautelar em julgamento, pelo que existem muitas dúvidas sobre uma série de aspectos processuais), do género "foi aprovado, portanto não há nada a fazer", para justificarem o seu imobilismo face à política do "facto consumado".
Sabemos que o mal começou em 2001, e que, portanto, muitas pessoas mudaram; mas também sabemos que algumas se mantêm. Os moradores e os cidadãos acordaram tarde? Talvez, mas só há pouco tempo existe a Net, as facilidades que todos temos ao nosso dispôr hoje são bem diferentes das de 2001...
Estamos a falar dos Inglesinhos, mas há muito mais por essa Lisboa, por esse país, muitos mais casos de património adulterado, destruído, apesar de classificado e "protegido". E nestas coisas do património quem fica a perder somos todos nós, as futuras gerações em especial; enquanto que quem ganha é sempre só um: a especulação imobiliária.
Renovando os nossos agradecimentos, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos".
Paulo Ferrero
Carmona Rodrigues toma posse dia 4!
Bom, foi anunciada para dia 2 de Novembro, e depois para dia 3. Agora (será desta?) é Sexta-feira, dia 4, a tomada de posse do novo executivo camarário. Chama-se a isto não entrar com o pé direito, e como o que nasce torto tarde ou nunca se endireita ... Que andam a fazer os assessores da CML?
PF
PF
C.Civil volta a atacar: Vem aí o Salão Imobiliário de Lisboa (3-6/11)!
E pelo destaque que a CML lhe dá a nível de publicidade, apresentação de empreendimentos estruturantes para a cidade (vulgo mega-projectos de construção civil), e pela participação no certame do próprio Presidente, é caso para dizer que a construção civil em Lisboa continua de vento em popa, e que pelo menos na capital podemos contar sempre com ela a bem da recuperação da nação.
Como se conclui de uma consulta rápida ao "site" da CML, ela acha mesmo que este salão é sinónimo de "estratégia de afirmação nacional e internacional" e de "desenvolvimento assente numa cidade viva (de bairros e para as pessoas viverem), numa cidade activa (de empreendedores, competitiva e sustentada) e numa cidade criativa (de culturas e cosmopolita), apostada em atrair investidores e posicionar-se a par das principais capitais e numa cidade inovadora (de modernidade e eficiência administrativa)" (onde já li isto?!!)".
No meio de tanta estratégia não sabemos onde pára a "reabilitação urbana", mas ficamos a saber que projectos como o "Campolide Parque" (conhecido como Projecto Pereira Coutinho e que a CML considera "fantástico" (*)) ou o do Arqº Sua Kay, para Alcântara (fotos aqui, ali e acolá), tornarão a "Lisboa, Uma Cidade Diferente"! Para melhor?
(*) Público, 18/8/03
"Vereadora do Urbanismo classsifica de "fantástico" o projecto para a Artilharia Um
(...) O projecto foi encomendado ao atelier de arquitectura britânico SOM - Skidmore, Owings and Merril, que se tornou conhecido pelos arranha-céus que projectou a partir dos anos 50 um pouco por todo o mundo, de Chicago a Shangai, de Nova Iorque a La Défense, em Paris. Mas José Salgado garante que neste empreendimento não haverá arranha-céus: "Os edifícios mais altos não atingirão os 14 andares das Amoreiras".
"Acho que o Campolide Parque vai ser uma obra emblemática de Lisboa do século XXI", considera o gestor. A vereadora Eduarda Napoleão também não poupa elogios ao projecto: "O projecto é fantástico e com um espaço público bastante qualificado.Tem uma praça pública ao meio e os edifícios ficam em volta".
PF
Como se conclui de uma consulta rápida ao "site" da CML, ela acha mesmo que este salão é sinónimo de "estratégia de afirmação nacional e internacional" e de "desenvolvimento assente numa cidade viva (de bairros e para as pessoas viverem), numa cidade activa (de empreendedores, competitiva e sustentada) e numa cidade criativa (de culturas e cosmopolita), apostada em atrair investidores e posicionar-se a par das principais capitais e numa cidade inovadora (de modernidade e eficiência administrativa)" (onde já li isto?!!)".
No meio de tanta estratégia não sabemos onde pára a "reabilitação urbana", mas ficamos a saber que projectos como o "Campolide Parque" (conhecido como Projecto Pereira Coutinho e que a CML considera "fantástico" (*)) ou o do Arqº Sua Kay, para Alcântara (fotos aqui, ali e acolá), tornarão a "Lisboa, Uma Cidade Diferente"! Para melhor?
(*) Público, 18/8/03
"Vereadora do Urbanismo classsifica de "fantástico" o projecto para a Artilharia Um
(...) O projecto foi encomendado ao atelier de arquitectura britânico SOM - Skidmore, Owings and Merril, que se tornou conhecido pelos arranha-céus que projectou a partir dos anos 50 um pouco por todo o mundo, de Chicago a Shangai, de Nova Iorque a La Défense, em Paris. Mas José Salgado garante que neste empreendimento não haverá arranha-céus: "Os edifícios mais altos não atingirão os 14 andares das Amoreiras".
"Acho que o Campolide Parque vai ser uma obra emblemática de Lisboa do século XXI", considera o gestor. A vereadora Eduarda Napoleão também não poupa elogios ao projecto: "O projecto é fantástico e com um espaço público bastante qualificado.Tem uma praça pública ao meio e os edifícios ficam em volta".
PF
25/10/2005
Convento dos Inglesinhos desaparece a olhos vistos
Apesar da providência cautelar não ter sido ainda decidida definitivamente (e algumas das suas componentes ainda nem sequer começaram a sê-lo!), a demolição do Colégio dos Inglesinhos continua a ritmo vertiginoso, tendo já desaparecido uma parte importante do conjunto, naquilo que é já um exemplo paradigmático do estado a que a Justiça chegou neste país.
De que valem vigílias? abaixo-assinados? debates? audiências parlamentares? acções nos tribunais?
Neste escândalo dos Inglesinhos, o Patriarcado pecou, a Misericórdia prostituiu-se, a CML não quis saber (a Junta muito menos), o MC (via IPPAR) fez que quis, e os tribunais, esses não se fazem respeitar.
Alguém me quer explicar porque razão ainda nos preocupamos com o património de Lisboa?
Haverá alguma coisa que ainda se possa fazer?
PF
De que valem vigílias? abaixo-assinados? debates? audiências parlamentares? acções nos tribunais?
Neste escândalo dos Inglesinhos, o Patriarcado pecou, a Misericórdia prostituiu-se, a CML não quis saber (a Junta muito menos), o MC (via IPPAR) fez que quis, e os tribunais, esses não se fazem respeitar.
Alguém me quer explicar porque razão ainda nos preocupamos com o património de Lisboa?
Haverá alguma coisa que ainda se possa fazer?
PF
20/10/2005
Convocatória por ciclovias na Alta de Lisboa
Aqui fica o convite do amigo Tiago Figueiredo, do Viver Alta de Lisboa, para o passeio ciclista que um grupo de moradores da Alta de Lisboa vai realizar Sábado, dia 22 de Outubro, às 15h, pela zona do Alto do Lumiar para diagnóstico de potencialidades viárias para pistas cicláveis.
Mais informação aqui.
PF
Mais informação aqui.
PF
19/10/2005
Entretanto, valha-nos a juventude dos 60 anos do CNC ...
por mais uma Festa do Chiado até dia 22, da sua responsabilidade, que quanto mais não seja permite aos menos avisados visitarem, com respectivo cicerone, espaços restritos do Chiado como por exemplo o Grémio Literário, o Círculo Eça de Queiroz, o que resta do Convento da Trindade e o palácio que alberga a hemeroteca de Lisboa; por entre concertos, palestras e exposições. Obrigado, Centro Nacional de Cultura!
PF
PF
Carmona Rodrigues toma posse dia 2 de Novembro de ... 2005
Engraçado, engraçado o anúncio da tomada de posse de Carmona Rodrigues para Quarta-feira, dia 2 de Novembro de 2005... e não para 2ª F, dia 31 de Outubro.
É que no dia 1, feriado e Dia de Todos-os-Santos, as brincadeiras seriam mais que muitas, além de que pairaria no ar um vento indelével de ameaça de maldição de algum «tsunami» imprevisto, já que no dia 1 se comemorarão exactamente os 250 anos sobre o terramoto que varreu Lisboa e permitiu a reabilitação urbana do Marquês (o verdadeiro), que hoje se pretende ver classificada como património mundial.
Por falar nisso, e antes que me esqueça: as comemorações que a CML se propõe fazer sobre essa data são tão pindéricas, tão pindéricas (depois de tanta pompa) que mais vale irmos visitar as exposições que o Museu Nacional de Arte Antiga e a Câmara Municipal de Cascais (parabéns, mais uma vez, vereadora Clara Justino! e venha substituir imediatamente a inenarrável Maria Pinto Barbosa, S.F.F.) vão inaugurar sobre a efeméride; ou então ouvir o "Musica Aeterna" especial que a Antena 2 irá emitir às 20:15, sob o título "Reconstruir sobre Ruínas".
PF
É que no dia 1, feriado e Dia de Todos-os-Santos, as brincadeiras seriam mais que muitas, além de que pairaria no ar um vento indelével de ameaça de maldição de algum «tsunami» imprevisto, já que no dia 1 se comemorarão exactamente os 250 anos sobre o terramoto que varreu Lisboa e permitiu a reabilitação urbana do Marquês (o verdadeiro), que hoje se pretende ver classificada como património mundial.
Por falar nisso, e antes que me esqueça: as comemorações que a CML se propõe fazer sobre essa data são tão pindéricas, tão pindéricas (depois de tanta pompa) que mais vale irmos visitar as exposições que o Museu Nacional de Arte Antiga e a Câmara Municipal de Cascais (parabéns, mais uma vez, vereadora Clara Justino! e venha substituir imediatamente a inenarrável Maria Pinto Barbosa, S.F.F.) vão inaugurar sobre a efeméride; ou então ouvir o "Musica Aeterna" especial que a Antena 2 irá emitir às 20:15, sob o título "Reconstruir sobre Ruínas".
PF
18/10/2005
Recado de/a CR, por via do JN
Artigo interessante, o da edição de hoje do "Jornal de Notícias", sobre Carmona Rodrigues, no qual se junta propaganda barata; "Carmona conhece bem a cidade. Não só porque nasceu em Lisboa, onde cresceu e estudou, mas também porque está na Câmara Municipal de Lisboa (CML) desde 2001. Até então, foi professor universitário durante quase 20 anos. É, portanto, muito mais um académico do que um político, o que se nota bem na sua postura e no tom dos seus discursos. Nos tempos que correm, essa característica joga a seu favor", à mensagem subliminar, já veiculada noutros circuitos, de "partilha de culpas" pela eventualidade das coisas correrem mal nos 4 anos que ora começam:
"É tempo de percebermos todos que, na cidade, o poder é dos cidadãos. E que eleger um representante local, não significa o despojamento ou a cómoda abdicação desse poder. Mudar a cidade é uma tarefa que exige o empenho de todos nós. Por mim, não regatearei o meu. Quer nesta coluna, quer no meu bairro".
Por isso, convém lembrar a quem escreveu o texto e a quem o encomendou que as coisas são como são:
CR é o novo (?) Presidente da CML e o seu mandato será da sua inteira responsabilidade, sem subterfúgios ou desculpas, para o bem e para o mal, com ou sem maioria monocolor de vereadores, com ou sem maioria na Assembleia Municipal (das Juntas não falo porque não há nunca nada a falar).
Enquanto cidadão, nado e criado em Lisboa (mas aonde nada vi feito de útil ou de bom por CR ao longo dos últimos 30 anos), e intra ou extra-muros deste Fórum Cidadania Lx, continuarei a denunciar, a apoiar, a propôr e a debater aquilo que entendo ser do interesse desta cidade, que podia ser e não é.
PF
"É tempo de percebermos todos que, na cidade, o poder é dos cidadãos. E que eleger um representante local, não significa o despojamento ou a cómoda abdicação desse poder. Mudar a cidade é uma tarefa que exige o empenho de todos nós. Por mim, não regatearei o meu. Quer nesta coluna, quer no meu bairro".
Por isso, convém lembrar a quem escreveu o texto e a quem o encomendou que as coisas são como são:
CR é o novo (?) Presidente da CML e o seu mandato será da sua inteira responsabilidade, sem subterfúgios ou desculpas, para o bem e para o mal, com ou sem maioria monocolor de vereadores, com ou sem maioria na Assembleia Municipal (das Juntas não falo porque não há nunca nada a falar).
Enquanto cidadão, nado e criado em Lisboa (mas aonde nada vi feito de útil ou de bom por CR ao longo dos últimos 30 anos), e intra ou extra-muros deste Fórum Cidadania Lx, continuarei a denunciar, a apoiar, a propôr e a debater aquilo que entendo ser do interesse desta cidade, que podia ser e não é.
PF
17/10/2005
os 250 mt. entre os museus de bordalo e da cidade
Neste fim-de-semana resolvi matar dois coelhos de uma cajadada e visitar, de uma assentada, o Museu Rafael Bordalo Pinheiro e o Museu da Cidade, ambos no extremo Norte do Jardim (?) do Campo Grande, entremeados por duas estátuas de D.Afonso Henriques e D.João I, que ali substituiram a estátua e o pedestal de Carmona, o Marechal, que dali se foi para o espaço mais recôndito do Museu da Cidade, a mando de João Soares. Mas vamos por fases:
Como bom cidadão fui de Metro até ao interface "cosmopolita" do Campo Grande, a que se seguiu um percurso curioso de múltiplas infracções pedonais, até que entro no museu dedicado ao divulgador do Zé Povinho, não pela porta da frente mas antes pela da cozinha, como parece ser o gosto dos remodeladores de alguns museus que por aí há. Gostos. Pessoal simpático e paredes branquinhas em folha, sendo a do muro do pátio "decorada" com um anúncio a um relógio, cuja razão de ser não descortino. Já a anarquia vigente na loja não deixa margem a dúvidas: reabertura extemporânea, fruto do oportunismo eleitoral. Bom, adiante, sigo ao edifício principal onde julgo encontrar um espólio considerável que no piso térreo não desaponta, onde algumas faianças de vulto fazem as honras da casa. No piso de cima, há espaço nú a mais e espólio a menos, onde praticamente só há caricaturas com legendagem muito mal colocada (não se entende como se demorou tanto tempo com obras e tantos episódios).
O resultado final da minha visita ao Museu Rafael Bordalo Pinheiro podia resumir-se à menção que deixei no livro de visitas, por sinal um imenso laudatório de fãs da CML. Ou seja, escrevi isto: "Ao fim de 6 anos de fecho para obras e mais obras, é caso para dizer, inspirando-me em Bordalo: muita parra para pouca uva, sobretudo dada a evidência de ter sido reaberto em vésperas eleitorais. Ele há branco a mais e espólio a menos; infinitamente menos do mínimo exigível a um museu dedicado a um autor como este, tão profícuo. Mas, enfim, é sempre bom rever Bordalo."
Saio de um e vou ao outro, ao Museu da Cidade, sito no belo Palácio Pimenta, paredes meias com o Hipódromo do Campo Grande (outra história, que seguirá mais tarde...). Percurso: 250 mt. em linha recta, mas dada a disposição das passadeiras para peões, não há como fugir a fazer o dobro dos metros para evitar ser atropelado pelos condutores civilizados que ali costumam passar. Chegado ao átrio fronteiro ao palácio, observo dois pilares decepados e dois carros estacionados em local proíbido. Espreito o jardim da nora, por entre tapumes e plásticos: desaste absoluto, nora desmontada, ou seria vandalizada? Mau presságio para o desastre que é este Museu da Cidade!
Aliás, pelo aspecto do museu fica-se imediatamente a perceber o estado da cidade que lhe dá o nome: restos de lápides romanas amontoados pelos sítios mais incríveis, bem como esculturas e restos de cantaria; lagos abandonados; entulho de obras; infiltrações na generalidade das paredes exteriores; tectos interiores com fios de electricidade à mostra (os lustres estarão aonde?); estátua do Marechal Carmona colocada no local mais inóspito dos jardins (?) e sem pedestal; um imenso relvado com uma bela estufa abandonada; dois pavilhões de vidros escuros, supostamente condizentes com as exposições temporárias que lhes dão uso; portadas das janelas semi-cerradas (não têm trinco); janelas a precisarem de tratamento; etc. Sob o ponto de vista museológico, o museu é rico em gravuras do período pré-terramoto e em faianças das extintas fábricas do Rato e da Bica do Sapato, mas tudo está colocado ao desbarato. A peça recomendada à entrada pela afável porteira é a gigantesca maqueta de antes de 1 de Novembro de 1755, onde uma senhora velhinha a meu lado pergunta: "onde estão os Jerónimos? eram anteriores ao terramoto, não eram?". Responde o vigilante: "Eram, mas não pertenciam a Lisboa...".
Enfim, falta a este museu tudo o que falta a Lisboa, para que seja europeia: dignidade e imaginação.
PF
Como bom cidadão fui de Metro até ao interface "cosmopolita" do Campo Grande, a que se seguiu um percurso curioso de múltiplas infracções pedonais, até que entro no museu dedicado ao divulgador do Zé Povinho, não pela porta da frente mas antes pela da cozinha, como parece ser o gosto dos remodeladores de alguns museus que por aí há. Gostos. Pessoal simpático e paredes branquinhas em folha, sendo a do muro do pátio "decorada" com um anúncio a um relógio, cuja razão de ser não descortino. Já a anarquia vigente na loja não deixa margem a dúvidas: reabertura extemporânea, fruto do oportunismo eleitoral. Bom, adiante, sigo ao edifício principal onde julgo encontrar um espólio considerável que no piso térreo não desaponta, onde algumas faianças de vulto fazem as honras da casa. No piso de cima, há espaço nú a mais e espólio a menos, onde praticamente só há caricaturas com legendagem muito mal colocada (não se entende como se demorou tanto tempo com obras e tantos episódios).
O resultado final da minha visita ao Museu Rafael Bordalo Pinheiro podia resumir-se à menção que deixei no livro de visitas, por sinal um imenso laudatório de fãs da CML. Ou seja, escrevi isto: "Ao fim de 6 anos de fecho para obras e mais obras, é caso para dizer, inspirando-me em Bordalo: muita parra para pouca uva, sobretudo dada a evidência de ter sido reaberto em vésperas eleitorais. Ele há branco a mais e espólio a menos; infinitamente menos do mínimo exigível a um museu dedicado a um autor como este, tão profícuo. Mas, enfim, é sempre bom rever Bordalo."
Saio de um e vou ao outro, ao Museu da Cidade, sito no belo Palácio Pimenta, paredes meias com o Hipódromo do Campo Grande (outra história, que seguirá mais tarde...). Percurso: 250 mt. em linha recta, mas dada a disposição das passadeiras para peões, não há como fugir a fazer o dobro dos metros para evitar ser atropelado pelos condutores civilizados que ali costumam passar. Chegado ao átrio fronteiro ao palácio, observo dois pilares decepados e dois carros estacionados em local proíbido. Espreito o jardim da nora, por entre tapumes e plásticos: desaste absoluto, nora desmontada, ou seria vandalizada? Mau presságio para o desastre que é este Museu da Cidade!
Aliás, pelo aspecto do museu fica-se imediatamente a perceber o estado da cidade que lhe dá o nome: restos de lápides romanas amontoados pelos sítios mais incríveis, bem como esculturas e restos de cantaria; lagos abandonados; entulho de obras; infiltrações na generalidade das paredes exteriores; tectos interiores com fios de electricidade à mostra (os lustres estarão aonde?); estátua do Marechal Carmona colocada no local mais inóspito dos jardins (?) e sem pedestal; um imenso relvado com uma bela estufa abandonada; dois pavilhões de vidros escuros, supostamente condizentes com as exposições temporárias que lhes dão uso; portadas das janelas semi-cerradas (não têm trinco); janelas a precisarem de tratamento; etc. Sob o ponto de vista museológico, o museu é rico em gravuras do período pré-terramoto e em faianças das extintas fábricas do Rato e da Bica do Sapato, mas tudo está colocado ao desbarato. A peça recomendada à entrada pela afável porteira é a gigantesca maqueta de antes de 1 de Novembro de 1755, onde uma senhora velhinha a meu lado pergunta: "onde estão os Jerónimos? eram anteriores ao terramoto, não eram?". Responde o vigilante: "Eram, mas não pertenciam a Lisboa...".
Enfim, falta a este museu tudo o que falta a Lisboa, para que seja europeia: dignidade e imaginação.
PF
14/10/2005
Desaforo #2
Chego a casa: um carro de um vizinho encontra-se bloqueado pela EMEL, por estar estacionado em lugar pago, sem ter o dístico de residente nem sequer o talão. O vizinho protesta com o fiscal. Saio de casa: o mesmo carro encontra-se já estacionado em cima do passeio, desbloqueado e sem multa.
PF
PF
Desaforo #1
Entre-Campos à hora de almoço, alguém desmonta os dois suportes e os dois cartazes de MMC aí existentes - daqueles que o Substrato acusou, de forma capciosa, de custarem cada um deles 700 cts. ao bolso do lisboeta (se custarem isso é a todos os portugueses que pagam impostos, por força da lei eleitoral e das comparticipações financeiras aos partidos, e não ao orçamento da CML; além de que a haver dinheiros camarários nalguns dos cartazes, certamente não seria nos de MMC) e que o Expresso tão maliciosamente utilizou em vésperas das eleições - antecipando-se à anunciada primeira medida de CR. Enquanto isso o PCP resolveu substituir o cartaz de RC por um de Jerónimo de Sousa, com o lema das presidenciais. Já se está mesmo a ver ...
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13/10/2005
De CR a Pinter, nos escaparates, perto de si
Fosse este artigo de "fundo" assinado pela talentosa professorinha de inglês que é Mª João Lopo de Carvalho, e a surpresa seria q.b., apenas só um trocadilho traduzido de uma das obras máximas de Jane Austen. Mas sendo Margarida Rebelo Pinto a autora do dito cujo, estamos perante uma magnífica dedicatória para novel exemplar da literatura light, ainda no prelo. Às bancas, já!
Falando de verdadeiros autores, Lisboa está de parabéns pelo Nobel atribuído a Harold Pinter. É que ele próprio e a sua obra já fizeram mais por Lisboa e pela alma dos lisboetas do que todas as madeixas de pena em punho que por aí possa haver.
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Falando de verdadeiros autores, Lisboa está de parabéns pelo Nobel atribuído a Harold Pinter. É que ele próprio e a sua obra já fizeram mais por Lisboa e pela alma dos lisboetas do que todas as madeixas de pena em punho que por aí possa haver.
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Sobre o orçamento da CML
Aqui fica o copy-paste de um magnífico post (mais um) n' O Céu sobre Lisboa, sobre o orçamento da CML. Diz assim:
"Segundo o Público de hoje, o orçamento da CML para 2005 é de cerca de 800 milhões de euros, à volta de 160 milhões de contos, uma verba equivalente à do orçamento do ministério das Obras Públicas. Isto dividido pelos 536 340 incritos nesta eleição (dados do STAPE) dá qualquer coisa como 1491 euros por cada um de nós.
Segundo os deputados do PCP na anterior assembleia municipal, no orçamento para 2005 não estavam previstas verbas para cobrir várias dívidas da CML: dívidas de curto prazo a fornecedores, que eram, em finais de 2003, de 185 milhões de euros, 55 milhões de dívida pelo tratamento de águas residuais nos últimos quatro anos, mais pelo menos 135 milhões de dívida à Parque Expo. O orçamento, no valor de 821 milhões de euros, foi, por essas e por outras, chumbado na assembleia municipal, pelo que a CML tem estado ao longo deste ano no regime de duodécimos, ou seja com o mesmo orçamento de 2004. Entre as receitas contavam-se 332 milhões de euros de "vendas de bens de investimento" (principalmente vendas de terrenos), contra 'apenas' 287 milhões de euros de impostos, 53 milhões de taxas, multas e outras penalidades e 42 milhões de vendas de bens e serviços correntes. Apesar disso, segundo o vereador Fontão de Carvalho (PSD), havia uma "poupança estrutural" (apelo aos nossos amigos economistas para que esclareçam o significado deste conceito) de 104 milhões de euros. Vale a pena ler o relato da discussão na AM no linque anterior.
Comparando com outros dois municípios mais ou menos ao acaso, vemos que o orçamento da CM do Porto foi em 2005 de 236,34 milhões de euros para 234 749 eleitores, ou seja 1006 euros por cada portuense, o que corresponde a 67% do valor gasto por eleitor em Lisboa. A CM do Montijo orçamentou 38 670 865 euros de receitas, para 35 201 eleitores, o que dá 1099 euros, equivalente a 74% do dinheiro gasto por cada lisboeta.
Note-se que o orçamento lisboeta não inclui os transportes públicos, o que certamente faria disparar a despesa. Espero ter feito bem as contas."
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"Segundo o Público de hoje, o orçamento da CML para 2005 é de cerca de 800 milhões de euros, à volta de 160 milhões de contos, uma verba equivalente à do orçamento do ministério das Obras Públicas. Isto dividido pelos 536 340 incritos nesta eleição (dados do STAPE) dá qualquer coisa como 1491 euros por cada um de nós.
Segundo os deputados do PCP na anterior assembleia municipal, no orçamento para 2005 não estavam previstas verbas para cobrir várias dívidas da CML: dívidas de curto prazo a fornecedores, que eram, em finais de 2003, de 185 milhões de euros, 55 milhões de dívida pelo tratamento de águas residuais nos últimos quatro anos, mais pelo menos 135 milhões de dívida à Parque Expo. O orçamento, no valor de 821 milhões de euros, foi, por essas e por outras, chumbado na assembleia municipal, pelo que a CML tem estado ao longo deste ano no regime de duodécimos, ou seja com o mesmo orçamento de 2004. Entre as receitas contavam-se 332 milhões de euros de "vendas de bens de investimento" (principalmente vendas de terrenos), contra 'apenas' 287 milhões de euros de impostos, 53 milhões de taxas, multas e outras penalidades e 42 milhões de vendas de bens e serviços correntes. Apesar disso, segundo o vereador Fontão de Carvalho (PSD), havia uma "poupança estrutural" (apelo aos nossos amigos economistas para que esclareçam o significado deste conceito) de 104 milhões de euros. Vale a pena ler o relato da discussão na AM no linque anterior.
Comparando com outros dois municípios mais ou menos ao acaso, vemos que o orçamento da CM do Porto foi em 2005 de 236,34 milhões de euros para 234 749 eleitores, ou seja 1006 euros por cada portuense, o que corresponde a 67% do valor gasto por eleitor em Lisboa. A CM do Montijo orçamentou 38 670 865 euros de receitas, para 35 201 eleitores, o que dá 1099 euros, equivalente a 74% do dinheiro gasto por cada lisboeta.
Note-se que o orçamento lisboeta não inclui os transportes públicos, o que certamente faria disparar a despesa. Espero ter feito bem as contas."
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Av.Infante santo: a CML, o Ippar, o aqueduto, o chafariz e a fúria da c.civil
Antes das eleições, ouviu-se a CML dizer que nada havia de mal nesta história, muito menos que houvesse razões para embargar fosse o que fosse. O mais curioso é que nas medidas para os seus primeiros 180 dias como Presidente da CML, Carmona Rodrigues afirma ir restaurar o Chafariz das Pedras, que se encontra no epicentro desta barbárie que ocorre no antigo gasómetro da Infante Santo. Coisas que se dizem e escrevem. E que dirão os moradores da freguesia dos Prazeres? Não interessa, já não vão a tempo...
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Casa-museu João da Silva: um caso curioso de museu, ou um caso de polícia?
No meio de um artigo do jornal "Metro" de hoje, pode-ler uma notícia assaz curiosa, e que diz respeito ao legado da Casa-Museu João da Silva à S.N.B.A., cujos contornos são os seguintes:
"Depois de gorados todos os esforços para contactar pessoalmente a Senhora D. Gabriela Silva, desde Agosto de 2002, a Direcção da S.N.B.A veio a saber, no dia 6 de Fevereiro do corrente ano de 2004 e por via indirecta, que a idosa senhora falecera no dia 19 de Setembro do passado ano de 2003, uma ocorrência que a Direcção da Casa Museu nunca participara.
Porque a filha do Escultor João da Silva, falecida aos 94 anos de idade, era usufrutuária da casa e do acervo que seu pai, madrasta e irmão legaram à S.N.B.A, e porque o acesso ao inventário da Colecção continuou a ser-lhe recusado, o assunto entrou em foro judicial, encontrando-se a Casa Museu actualmente encerrada."
Uma pergunta: não é nesta mesma casa-museu que tem sede provisória a "Associação Vamos Renovar Lisboa", cujo presidente é o curador citado na notícia do Metro?
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"Depois de gorados todos os esforços para contactar pessoalmente a Senhora D. Gabriela Silva, desde Agosto de 2002, a Direcção da S.N.B.A veio a saber, no dia 6 de Fevereiro do corrente ano de 2004 e por via indirecta, que a idosa senhora falecera no dia 19 de Setembro do passado ano de 2003, uma ocorrência que a Direcção da Casa Museu nunca participara.
Porque a filha do Escultor João da Silva, falecida aos 94 anos de idade, era usufrutuária da casa e do acervo que seu pai, madrasta e irmão legaram à S.N.B.A, e porque o acesso ao inventário da Colecção continuou a ser-lhe recusado, o assunto entrou em foro judicial, encontrando-se a Casa Museu actualmente encerrada."
Uma pergunta: não é nesta mesma casa-museu que tem sede provisória a "Associação Vamos Renovar Lisboa", cujo presidente é o curador citado na notícia do Metro?
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10/10/2005
Carmona: medidas para os primeiros 180 dias
Carmona Rodrigues ganhou as eleições. Leia as suas medidas para os primeiros 180 dias de mandato, aqui, para mais tarde recordarmos!
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06/10/2005
O QUE ESTÁ OBJECTIVAMENTE EM CAUSA NO DIA 9
Vamos a factos objectivos e indesmentíveis:
* A partir de dia 9, a Casa-Museu Almeida Garrett será irreversível, ou não;
* A partir de dia 9, os condomínios em execução para o Convento dos Inglesinhos e Convento de Arroios serão reversíveis, ou não;
* A partir de dia 9, o Odéon estará salvo, ou não;
* A partir de dia 9, a Avenida da Liberdade terá o trânsito fortemente condicionado, recuperará uma linha de eléctrico, e verá as faixas laterais eliminadas e os passeios ainda mais amplos e com mais vida; ou continuará como hoje, agravada ainda pela construção de parques de estacionamento subterrâneo nas zonas laterais, junto ao São Jorge e Tivoli;
* A partir de dia 9, o Capitólio poderá respirar de alívio no meio de um jardim a sério, ou será demolido para dar lugar a uma gigantesca estrutura metálica multiusos;
* A partir de dia 9, o Rossio verá finalmente nivelado o poço de ventilação do Metro, ou não;
* A partir de dia 9, a Colecção Berardo ficará em Lisboa ou rumará para Itália;
* A partir de dia 9, a CRIL respeitará o Aqueduto, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa não verá avançarem os parques subterrâneos no Príncipe Real, na Pcta.José Lins do Rêgo e no Largo Barão de Quintela, ou não;
* A partir de dia 9, o túnel do Marquês poderá ficar-se pela Rua Castilho, ou trazer ainda mais subúrbio para o coração de Lisboa, até á António de Aguiar, juntando-se assim ao previstos túneis do Saldanha e sob a Penha de França, este a ligar a Almirante Reis a São João;
* A partir de dia 9, Alvalade verá ser construído um parque de estacionamento ao lado do mercado, em terreno camarário, ou voltar a possibilidade de se esventrar a Avenida da Igreja;
* A partir de dia 9, a Lapa terá a possíbilidade de ter estacionamento na zona abandonada do Hospital Militar, ou não;
* A partir de dia 9, Benfica verá reabilitado o parque Silva Porto e os projectos da Quinta da Granja e da praça central avançarem, ou não;
* A partir de dia 9, a Ajuda verá efectivamente recuperada a zona envolvente do Palácio da Ajuda, e dignificao o «rio seco», ou não;
* A partir de dia 9, o Lumiar verá salvaguardado o que resta do Paço do Lumiar (Qta.Senhora Paz, Casa Cesário Verde, Qta. do Cunhal), e dignificado o parque periférico, ou não;
* A partir de dia 9, o São Jorge terá uma programação condigna, ou será transformado em «rockódromo»;
* A partir de dia 9, o Paris terá um efectivo projecto cultural, ou um investidor imobiliário;
* A partir de dia 9, Lisboa poderá contar com o projecto do Espaço A Capital, ou não;
* A partir de dia 9, a CML apostará efectivamente na reabilitação urbana, ou manterá a aposta na demolição urbana;
* A partir de dia 9, Lisboa deixará de ver publicidade ao trabalho normal da CML, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa deixará de ver publicidade enganosa ao trabalho feito pela CML em prol da reabilitação, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa poderá ter arborizadas e reperfiladas avenidas e perpendiculares à Av.Roma, Av.República, Av.Almirante Reis, Av.Padre Cruz e Av.Infante D.Henrique, ou não;
* A partir de dia 9, a CML poderá intervir na Administração do Porto de Lisboa com vista a libertar-se mais zona ribeirinha, ou verá os contentores amontoarem-se ainda mais;
* A partir de dia 9, Lisboa verá ser escrupulosamente respeitado o trabalho do IPPAR, ou não;
* A partir de dia 9, haverá na CML responsáveis directos pelo que se passa no nosso bairro, ou não;
* A partir de dia 9, as escolas primárias públicas de Lisboa poderão voltar a ombrear com as privadas, ou não;
* A partir de dia 9, haverá salas de chuto em Lisboa, ou não;
* A partir de dia 9, haverá remodelações profundas na EMEL, GEBALIS, EPUL, EGEAC, etc., ou não.
A escolha compete aos lisboetas, e só a eles!
BEM HAJAM!
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* A partir de dia 9, a Casa-Museu Almeida Garrett será irreversível, ou não;
* A partir de dia 9, os condomínios em execução para o Convento dos Inglesinhos e Convento de Arroios serão reversíveis, ou não;
* A partir de dia 9, o Odéon estará salvo, ou não;
* A partir de dia 9, a Avenida da Liberdade terá o trânsito fortemente condicionado, recuperará uma linha de eléctrico, e verá as faixas laterais eliminadas e os passeios ainda mais amplos e com mais vida; ou continuará como hoje, agravada ainda pela construção de parques de estacionamento subterrâneo nas zonas laterais, junto ao São Jorge e Tivoli;
* A partir de dia 9, o Capitólio poderá respirar de alívio no meio de um jardim a sério, ou será demolido para dar lugar a uma gigantesca estrutura metálica multiusos;
* A partir de dia 9, o Rossio verá finalmente nivelado o poço de ventilação do Metro, ou não;
* A partir de dia 9, a Colecção Berardo ficará em Lisboa ou rumará para Itália;
* A partir de dia 9, a CRIL respeitará o Aqueduto, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa não verá avançarem os parques subterrâneos no Príncipe Real, na Pcta.José Lins do Rêgo e no Largo Barão de Quintela, ou não;
* A partir de dia 9, o túnel do Marquês poderá ficar-se pela Rua Castilho, ou trazer ainda mais subúrbio para o coração de Lisboa, até á António de Aguiar, juntando-se assim ao previstos túneis do Saldanha e sob a Penha de França, este a ligar a Almirante Reis a São João;
* A partir de dia 9, Alvalade verá ser construído um parque de estacionamento ao lado do mercado, em terreno camarário, ou voltar a possibilidade de se esventrar a Avenida da Igreja;
* A partir de dia 9, a Lapa terá a possíbilidade de ter estacionamento na zona abandonada do Hospital Militar, ou não;
* A partir de dia 9, Benfica verá reabilitado o parque Silva Porto e os projectos da Quinta da Granja e da praça central avançarem, ou não;
* A partir de dia 9, a Ajuda verá efectivamente recuperada a zona envolvente do Palácio da Ajuda, e dignificao o «rio seco», ou não;
* A partir de dia 9, o Lumiar verá salvaguardado o que resta do Paço do Lumiar (Qta.Senhora Paz, Casa Cesário Verde, Qta. do Cunhal), e dignificado o parque periférico, ou não;
* A partir de dia 9, o São Jorge terá uma programação condigna, ou será transformado em «rockódromo»;
* A partir de dia 9, o Paris terá um efectivo projecto cultural, ou um investidor imobiliário;
* A partir de dia 9, Lisboa poderá contar com o projecto do Espaço A Capital, ou não;
* A partir de dia 9, a CML apostará efectivamente na reabilitação urbana, ou manterá a aposta na demolição urbana;
* A partir de dia 9, Lisboa deixará de ver publicidade ao trabalho normal da CML, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa deixará de ver publicidade enganosa ao trabalho feito pela CML em prol da reabilitação, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa poderá ter arborizadas e reperfiladas avenidas e perpendiculares à Av.Roma, Av.República, Av.Almirante Reis, Av.Padre Cruz e Av.Infante D.Henrique, ou não;
* A partir de dia 9, a CML poderá intervir na Administração do Porto de Lisboa com vista a libertar-se mais zona ribeirinha, ou verá os contentores amontoarem-se ainda mais;
* A partir de dia 9, Lisboa verá ser escrupulosamente respeitado o trabalho do IPPAR, ou não;
* A partir de dia 9, haverá na CML responsáveis directos pelo que se passa no nosso bairro, ou não;
* A partir de dia 9, as escolas primárias públicas de Lisboa poderão voltar a ombrear com as privadas, ou não;
* A partir de dia 9, haverá salas de chuto em Lisboa, ou não;
* A partir de dia 9, haverá remodelações profundas na EMEL, GEBALIS, EPUL, EGEAC, etc., ou não.
A escolha compete aos lisboetas, e só a eles!
BEM HAJAM!
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04/10/2005
Para amanhã, último dia campanha, 11º e último teaser aos candidatos a Lx:
11º Teaser: E DAQUI A 4 ANOS? Quantos automóveis entrarão por dia em Lisboa? Quantos assaltos haverá por dia? Ainda existirá teatro de revista? Chegará o Metro a Santa Apolónia? Haverá portagens à entrada de Lisboa? Quantos prédios bonitos ainda haverá em Lisboa? Haverá mais pessoas a viver em Lisboa? Menos escapes e cláxons poluidores? Mais e melhor oferta cultural? Nenhum cartaz de campanha? Quantos buracos na calçada e no asfalto? Quantos mais condomínios e menos cultura de bairro?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Para 5ª Feira, 10º dia de campanha, 10º teaser aos candidatos a Lx:
10º Teaser - E OS ACESSOS AO CASTELO?E os acessos ao Castelo de São Jorge, que tanta tinta fizeram correr há 4 anos? Porque nenhum dos candidatos fala nisso agora? Escadas-rolantes, funiculares? Vai-se de burro ou "a butes", em que ficamos?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Para amanhã, 9º dia de campanha, 9º teaser aos candidatos a Lx:
9º Teaser - OS TRANSPORTES PÚBLICOS NÃO FUNCIONAM. COMO É QUE OS CANDIDATOS QUEREM QUE FUNCIONEM? Irá o sistema de rede da Carris permanecer organizado como está desde há 100 anos? Será que o Metropolitano se irá continuar a desenvolver para quintas onde não vive ninguém (Falagueira) ou vales agrícolas (Bela Vista) promovendo apenas a especulação imobiliária?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
03/10/2005
Para amanhã, 8º dia de campanha, 8º teaser aos candidatos a Lx:
8º Teaser: QUE JARDINS? A CML entende que jardim é sinónimo de relvado pré-fabricado com árvores em forma de palito. E os canteiros? E as árvores de fruto? E as flores? E os arbustos? E as fontes? E as bicas? E as esplanadas? E os coretos? E os quiosques? E o plano para contrariar a política de impermeabilização dos solos que tem sido a política da CML de construir placas de betão com coberturas ajardinadas?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho