Porque as árvores a abater não estão no perímetro que foi objecto das obras, mas sim nas alamedas e nos corredores laterais que estiveram abertos ao público durante as obras. Porque só uma escassa minoria do total das árvores a abater e já abatidas (1/5), apresenta sinais de doença ou mutilação. Porque teimam em não deixar a Natureza trabalhar por si própria.
É de um profunda insensibilidade, para não dizer mais, o que a CML (e só ela) está a promover no jardim do Campo Pequeno.
Gostaria de saber de onde é que provêm os exemplares a plantar e recentemente plantados no Campo Pequeno. Dos viveiros da CML?
Tal como o Urbanismo, os Espaços Verdes estão muito doentes; não é de agora, não.
Vista a reportagem da SIC (a quem agradecemos a oportunidade e gentileza), uns quantos desabafos:
- Ridículo, é o que se pode dizer sobre a insistência em filmar a mesma árvore doente (pertencente ao 1/5 das que estão/estavam verdadeiramente doentes). Porque não foi filmada mais nenhuma?;
- O Vereador Prôa diz: «ninguém gosta mais de árvores do que eu»;
- Em voz off, percebe-se: não há nenhum levantamento exaustivo do estado fitossanitário das árvores, muito menos árvore a árvore;
- Desafio: em vez de 97, dizem, vão ser mais, muitas mais a ser abatidas. Mas, não nos preocupemos, haverá ainda mais árvores do que até aqui.
Dúvidas que se mantêm:
1. Ninguém explicou como é possível dizer-se que as árvores foram assassinadas pelas obras e depois se abate árvores fora do perímetro das obras. «É preciso abatê-las porque podiam cair» é um argumento muito fraco.
2. Ninguém explicou de onde vêm as árvores a plantar.
Conclusões:
Para o Campo Pequeno, há cada vez menos que se possa fazer por ele e pelos plátanos quase centenários, que já eram enormes em 1968.
Mas para o futuro o que há a fazer já, e que devia ter sido feito há muito, é: sindicância aos Espaços Verdes. São anos a mais a (mal)tratar as árvores assim.
Texto editado
1 comentário:
Quando será que predominará uma consciência ecológica neste país?
Quando será que respeitaremos o nosso património natural?
Quando será que poderemos dizer: "Portugal - um país europeu, um país civilizado?"
Quando...?!
vasco3148.cs@gmail.com
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