Pedido chegado por email:
«Alguém tem notícias sobre o silo da Damasceno Monteiro? Será que vai serconstruído em frente ao nº 4 ou ao nº 38?
Dizem por aí que vai ter 7 andares e vai ser uma estrutura horrorosa em ferro. Será possível?
O jardim em frente ao nº 4 é um jardim público vetado ao abandono e tem uma das mais bonitas vistas da cidade.
Já temos tão poucos espaços de lazer nesta zona :(
O baldio em frente ao nº 4 fica numa parte muito estreita da rua e uma obra deste género vai tornal o final da Damasceno muma espécie de túnel.
A Damasceno é uma das ruas mais inclinadas de Lisboa, que é habitada maioritariamente por população idosa e não dispõe nem de serviços de proximidade nem de um único autocarro que facilite a vida aos moradores.
Tanto o eléctrico 28 como o autocarro 34 fazem o mesmo percurso (Angelina Vidal) mas nenhum serve a Damasceno Monteiro.
Penso que há outras prioridades para esta rua que não o silo.
Depois, há aquele baldio enorme do exército que seria muito mais adequado para construir um silo. Qualquer edifício alí implantado teria muito menos impacto do que na apertada Damaseno.
Procuro informações urgentes.
Obrigada
Cátia Maciel»
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
12 comentários:
A construção de silos em zonas antigas ate é uma ideia a discutir, mas em lisboa são poucos os bons resultados.
Destaco pela positiva o estacionamento das Portas do Sol em Alfama, pois apesar de ser denominado de "silo" o facto da sua cota sem inferior à rua, confere-lhe um cariz subterrâneo, além de que a sua cobertura foi transformada em praça e miradouro.
Considero que o mesmo se tornou uma mais valia para cidade e para aquela zona já que não conflitua com a zona histórica extremamente sensível.
Pela negativa, silo da calçada do Combro. Aquele monolito coberto a azulejo branco é um choque brutal tendo em conta a envolvente dos bairros históricos de St Catarina e Bairro Alto. Não sou fundamentalista da preservação do que é antigo, mas como alguém aqui disse, nós somos meros depositários da nossa herança cultural e á que ter respeito pelas gerações passadas e futuras.
Pior ainda, como está situado numa rua de duas faixas, há sempre filas para entrar no parque, o que bloqueia um dos sntidos da rua, por falta de escapatória.
Em conclusão, aos fins de semana, a calçada do Combro bloqueia toda a circulação entre o Largo do Camões e a Rua de S. Bento. Prejudicando o fluxo automóvel que serve o Bairro Alto e o CHiado, quando o objectivo era precisamente o contrário.
As cidades têm e ser feitas para as pessoas e não para os automóveis e a construção de silos, se não for feita com cuidado, arrisca-se a transformá-los em marcos da vitória dos automóveis.
em relação à pergunta da leitora, numa das últimas reuniões da Junta de Freguesia da Graça o presidente da Junta informou que o silo iria ser construído na curva em que se inicia a Calçado do Monte, ou seja, no espaço verde com a vista. A construção irá iniciar-se em 2008, mas já esteve prevista para 2006, portanto ...
Segundo nos foi dito, a CML considera prioritária a construção do silo no Mercado do Chão do Loureiro (Costa do Castelo).
O outro terreno na Damasceno Monteiro pertence à EPUL e até ao momento nada se sabe em relação à sua informação....
ricardo esteves correia
Quanto ao baldio do Quartel da Graça, parece que a junta de Freguesia já tenta há muitos anos que o exército permita o estacionamento de moradores no interior, durante a noite, mas o Ministério da Defesa tem-se recusado a ouvir as propostas.
O Quartel da Graça está semi-devoluto e dispõe ainda de um enorme espaço verde que desce a encosta até à Mouraria, mas também aqui o Exército não está aberto a quaisquer iniciativas no sentido de o tornar num jardim público, numa zona muito necessitada. Acho que esta era uma das propostas de Sá Fernandes.
Parece que o destino mais óbvio é a venda do Quartel - muito adequado a um condomínio fechado ou a um "hotel de charme".
Aproveito para informar que as reuniões públicas das juntas de freguesia costumam ser muito informativas em relação a projectos da CML e permitem (alguma) apresentação de propostas e reclamações. Infelizmente, aqui na Graça apenas são visitadas, em média, por 2 pessoas, o que não confere muita força às reivindicações.
ricardo esteves correia
(adenda ao primeiro comentário, última frase):
"O outro terreno na Damasceno Monteiro pertence à EPUL e, até ao momento, não há nenhuma informação sobre o seu destino..."
Há uns tempos sugeri, para além do Silo, que o mesmo incorporasse Arrecadações que poderiam ser adquiridas ou arrendadas pela população. Seria bastante útil, visto que a maioria das habitações da zona são pequenas e não possuem espaço para arrumação. Desta ideia tive a habitual remissão para um Comité qualquer. Em relação ao Jardim, é o habitual. Uma das melhores vistas da cidade, está abandonada, imagem do desprezo a que são votados os espaços verdes em Lisboa. Na mesma zona tenho alertado as entidades competentes igualmente para o péssimo estado de conservação do Muros do quartel da Graça, assim como para o facto de o troço final da Rua Damasceno Monteiro não possuir rede móvel da TMN.
Não me recordo que o terreno para onde está projectado o silo tenha sido alguma vez um jardim, em trinta anos a viver na Graça aquele terreno sempre foi o local predilecto para as necessidades dos cães dos meus vizinhos e para largar electrodomésticos velhos. A construção do silo será na sua maioria enterrada tendo provavelmente o equivalente a dois andares ao nível da Damasceno Monteiro (dificilmente um “túnel”). Recordo-me ainda que na apresentação dos projectos, o silo da Damasceno Monteiro teria um bar / esplanada no terraço o que iria “fechar” um possível percurso entre o miradouro da Senhora do Monte e o da Igreja da Graça. Certo que não são grandes espaços de lazer, mas serão as melhores vistas da cidade.
O que é uma “estrutura horrorosa em ferro”? Isso foi o que chamaram à Torre Eiffel noutros tempos.
O “baldio do exército” (na verdade parque de estacionamento da GNR) faz parte dos terrenos adjacentes do Convento da Graça e por isso estão dentro da zona de protecção do Convento, aí não se pode construir nada.
Facto importante é que o silo não vai servir só os habitantes da Rua Damasceno Monteiro mas também os da Calçada do Monte e do Largo da Graça (e ruas adjacentes), basta passar pelo Largo a qualquer hora para se perceber a falta de estacionamento naquela zona.
Manuel Costa
E não esquecer o alivio que seria para todos os comensais do Via-Graça que não terão que deixar os carros em segunda fila no cruzamento da Calçada do Monte com a Damasceno Monteiro!
Manuel Costa
A proposta do Sr. Manuel Costa é uma boa proposta, adequada provavelmente a um qualquer súburbio, mas não ao que deve ser a qualidade de vida em Lisboa. É bom de ver que o resultado no local será tudo menos harmonioso. Em termos de boa gestão e visto que são entidades públicas, o Silo que considero necessário deveria ficar no espaço do terreno pertencente á EPUL, antes do Via Graça. Iria cumprir na perfeição o objectivo e não iria estragar irremediavelmente o que deveria ser um belo jardim.
Já agora em termos de informação e visto que já passaram mais de 30 anos, a Rua Damasceno Monteiro, até aos anos 60, acabava exactamente no Quartel, não havendo ligação ao Largo da Graça.
Por falar em qualidade de vida e educação remeto para o site www.swissinfo.org, onde está escrito o seguinte : "Wallisellen, uma pequena comuna nos arredores de Zurique, é a primeira na Suíça a multar quem cospe na rua. Também lixo ou fezes de cachorro podem custar um bom dinheiro ao bolso do cidadão descuidado."
Concordo que a construção do silo em frente ao n.º 4 me parece um erro. Apesar de a maior parte ficar enterrada, a verdade é que implicava eliminar toda a zona verde existente.
Se se limitasse a construção abaixo do nível da rua, talvez a coisa fosse aceitável, mas subir dois andares acima seria terrível. Se ficasse ao nível da rua, com uma miradouro/esplanada, já seria outra coisa...
Mas também me parece que a melhor opção seria um outro local: há também um terreno do lado esquerdo da rua, que também pertence à GNR, julgo eu, que me parece que seria adequado.
Rui Simões
Olá,
li atentamente todas as respostas e compreendo todos os pontos de vista mas continuo a pensar que é inaceitável que se construa um silo no "jardim" entre a Damasceno Monteiro e a Calçada do Monte.
Concordo com a proposta de este ser feito no terreno da EPUL (frente ao nº 38) desde que não seja muito elevado em relação à estrada e que contemple os tais espaços de lazer aqui propostos. Pela dimensão do terreno, até as arrecadaçoes poderiam ser incorporadas na nova estrutura porque, realmente, são necessárias.
Neste monento, está a sr cultivada uma horta urbana no jardim da Graça. Aliás, esta actividade era já realizada por alguns dos moradores mais idosos mas foi totalmente destruída com a recente limpeza do "jardim". Agora é um grupo mais jovem que se dedica a cultivar o espaço.
Porque não apoiar esta medida? Porque não potenciar este espaço de forma pedagógica para as crianças da Graça?
Porquê continuar com a cultura do betão?
A estrutura "horrorosa e em ferro" que está projectada para o "jardim" pode ser vista página 87 do Jornal de Arquitectos: http://arquitectos.pt/documentos/1163775515M1yHF3bu9Ug27BL5.pdf
Enviar um comentário