Três imagens para ilustrar a questão. O local? Pouco importa pois a situação retratada é comum a todas as freguesias da capital. Neste caso concreto é a Avenida Frei Miguel Contreiras, junto da [horrível] estação de comboios Roma-Areeiro. Apesar deste local da Freguesia de Alvalade registar um grande fluxo de peões, mesmo assim parece que os automobilistas tudo fazem para atentar contra a sua mobilidade. As passadeiras são completamente ignoradas - reparar na última foto onde aparecem 3 viaturas automóveis estacionadas a meio de uma passadeira! E tudo isto se passa a poucos metros da sede da Junta de Freguesia de Alvalade e de um parque de estacionamento subterrâneo municipal. É a vitória do caos sobre a civilização! É Lisboa na Primavera de 2007.
Acho piada à constante critica e à atitude anti-carros que prolifera por este blog... Se os carros estacionam em cima dos passeios deve-se simplesmente à ausência de estacionamento. Certo? Dado que quando há alternativas, estas deixam logo de o ser a não ser que que estejamos dispostos e receptivos à ideia de pagar a uma empresa municipal que privatiza os lugares de estacionamento. Privatiza o espaço público. Isso não está correcto. Aliás, isso é imoral! O poder local não facilita a vida aos cidadãos, limita e complica. Tenho dito!
ResponderEliminarvasco3148.cs@gmail.com
No caso que apresento existem alternativas - os proprietários de automóveis é que não querem pagar para estacionarem num lugar correcto de estacionamento (seja na via pública ou no parque subterrâneo). Possuir um carro não implica possuir o espaço que por lei pertence aos peões. Quem não tem viatura individual, como eu, não pode aceitar como normal uma aberração como a que se passa diáriamente na Av. Frei Miguel Contreiras. Naturalmente, quem estaciona assim deve achar de facto muita piada à constante crítica e atitude anti-carros dos peões.
ResponderEliminarFaça-se como em Londres que há pouco tempo duplicou a área da cidade sujeita a portagens. O problema é que entre nós tudo é feito em função do automóvel. Basta ver o que se passa quando queremos atravessar uma rua com separador central. No inverno primeiro atravessa-se metade e fica-se prantado no separador e à chuva, à espera que o sinal abra para atravessar o resto.
ResponderEliminarO poder local não tem que facilitar a vida a quem usa e abusa do veículo próprio, porque o abuso de uns é o prejuizo dos outros.
estes tipos deste blog são contra tudo! Que tristes. São uns revoltados. Uns frustados!
ResponderEliminar...para que uns "tipos" sejam alegres, sem revolta e sem frustação outros "tipos" têm de andar tristes, revoltados e frustados...
ResponderEliminarNem mais!!!
ResponderEliminarDefender este tipo de rebaldaria numa capital da Europa....em 2007 ?
ResponderEliminarRecomendo uma viajem a Londres, Estocolmo, Viena, etc......!
http://www.interrailnet.com
JA
O problema desta cidade e deste país é o comodismo, puro e simples. Nunca percebi como é que tendo a Linha do Estoril comboios de fácil acesso, bem conectados com o Metro do Cais do Sodré, autocarros e eléctricos, continuam a vir de carrinho às catadupas, em vez de virem calmamente sentados. Dir-me-ão que os horários são maus? Talvez, mas melhorem-nos!
ResponderEliminarDepois há outro ponto: o português precisa de emagrecer, anda muito gordo e balofo. Olhem, se não estão para correr meias-maratonas como os "ilustres", então andem a pé que só lhes faz bem;-)
Não há pachorra!
Nem acho a estação roma-areeiro horrível.
ResponderEliminarO que não gosto nela é a imensa barreira arquitectónica que se manteve após a sua construção.
Um linha de comboio que atravessa uma cidade devia ser mais integradora e não separadora.
Quanto aos carros, é um mal de Lisboa.
É certo que estacionam em cima do passeio porque não há alternativas, mas isso não é justificação para a prevaricação.
Perante uma constação básica - a cidade não chega para tantos carros - apenas restam algumas soluções que, naturalmente são caras e que até têm sido colocadas em prática em Madrid, por exemplo:
Disseminação de parques subterrâneos nas zonas centrais da cidade, que acomodem residentes, em primeiro, e depois alguma folga para visitantes (dependdendo da zona da cidade).
Parques a céu aberto nas zonas limitrofes, onde deverão irradiar transportes públicos para o centro.
É tudo muito fácil, acreditem.
Mas numa cidade como em Lisboa em que há poucos parques, todos pagos e bem, incluisive os limitrofes e onde os transportes públicos são redundantes ou são eliminadosnão é de admirar este caos.
Concordo: a nova estação Roma-Areeiro é "horrivel" porque constitui uma barreira arquitectonica entre o Bairro do Areeiro e o de Alvalade; mas também é horrivel porque o arquitecto Paciência em vez de tomar uma atitude projectual de humildade perante a vizinhança, optou por fazer um objecto que "grita" por todos os lados; é horrível também porque os materiais e cores foram mal escolhidos - basta ver os escorrimentos negros que denunciam um envelhecimento precoce (fazer uma estação de comboios branca é pedir problemas).
ResponderEliminarMuito se falou na altura na ideia de uma estação subterrânea de modo a permitir a criação de um grande jardim/passeio público sobre a linha férrea e assim ligar a freguesia de São João de Deus com a de Alvalade. Isso teria sido um bom projecto para toda a zona. Mas mais uma vez Lisboa produziu apenas uma obra apenas mediocre...
A estação de comboios em si não é medonha, apenas vulgar. Já os acabamentos à superfície são MEDONHOS: passeios mal calcetados, com pedras espetadas; lancis altíssimos junto à Av.Roma; um proto-recinto desportivo que se prevê venha a ser um "mimo" para a vizinhança; árvores pindéricas e palitos de um lado, caldeiras ao abandono e alcatroadas (R.João Villaret), e do outro lado nenhuma árvore (Av.Miguel Contreiras) e árvores já mais desenvolvidas e de espécie diferente das da J.Vilarett (Rua S.João Deus); perfilamento lateral desastroso, aos "s" (R.João Vilarett), bancos virados para dentro do recinto desportivo em vez de virados para a Avenida; vedação de vidro com trepadeiras pindéricas; escultura-aberração do lado da entrada/saída da estação Av.Roma... enfim, é um rol de parvoíces, pagas, suponho, pela CP/Refer, de gosto mais que duvidoso.
ResponderEliminarComo se não bastassem as aberrações, a CML ofereceu à Junta S.João Deus um prédio junto à linha de comboio, em choque exuberantemente com o resto dos prédios da R.João Villarett. Paradoxalmente, por detrás do novo e "moderno" edif. da Junta, na Av.Sacadura Cabral, há uma série de prédios antigos em regime de pré-desabamento, propriedade de conhecida imobiliária sediada no Centro Comercial Roma, e que, contactada ´há anos, apenas disse estar à espera de negociar com a CML uma permuta ... ou então tudo aquilo vai cair ... só espero que não em cima da cabeça dos pobres (?) vendedores ilegais de árvores de Natal que por ali abancam durante a Quadra. Esta cidade está um na senda "certa", não haja duvidas.
E onde pára a EMEL nesta história? não devia a EMEL multar & bloquear estes carros?
ResponderEliminara câmara devia construir um parque de estacionamento subterrâneo naquele espaço em frente do teatro municipal maria matos. resolvia-se o problema da falta de lugares de estacionamento e ainda se criava uma bela praça - com árvores - para uso dos peões. mas esta câmara nem tem visão, nem tem dinheiro. esta falida de ideias e de finanças!
ResponderEliminarrui m. martins,
residente de alvalade
A política oficial de transportes é inimiga do peão. Mas também do condutor.
ResponderEliminarA política oficial de transportes promove o transporte individual. Quantos mais carros mais ganham as empresas construtoras, as vendedoras, as seguradoras, as instrutoras e mais impostos para distribuir por aí.
Os governos sabem que há um fechar de olhos do fisco para uma quase imposição em algumas empresas privadas e agora também públicas, de pagamento de complementos de ordenado em carros, como mais uma forma de fuga ao fisco.
Sabem que tudo é dificultado (diria por desleixo ou mesmo propositadamente) ao transporte público, a começar pelos custos dos bilhetes, á destruição de situações favoráveis como o passe multimodal, aos atrasos, á falta de corredores bus e á de fiscalização desses corredores.
Sabem que a política de regulamentação e de fiscalização do tráfego, dispersa por inúmeras capelinhas, cada uma dispondo de poderes quase ilimitados de quero posso e mando, facilita o caos.
Sabem que se promove uma política de estacionamento virada para o lucro e não para resolver os verdadeiros problemas.
Sabem tudo isso desde há muito. Mas continuam a assobiar para o ar. É mais fácil acusar o condutor de bêbado, desleixado, malcriado e até criminoso.
Mas uma pergunta se coloca: perante esta política quem consegue manter a sanidade ao volante?