Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
30/06/2009
Estacionamento no Cais do Sodré
O terminal do Cais do Sodré merece aplausos. Sem dúvida.
Porém, uma sugestão:
O Parque exclusivo da Transtejo encontra-se vazio todas as noites. Porém, não é possível estacionar no mesmo por existirem correntes que impedem o acesso aos lugares.
Ora, esses lugares dariam MUITO jeito a quem sai à noite naquela zona (Cais do Sodré, Bairro Alto). Então, já que lá estão os lugares, porque não facilitar o estacionamento à noite naquela zona? Ainda são uns lugares jeitosos.
Por fim, refira-se apenas que, mesmo durante o dia, muitos lugares estão vazios...mas com correntes para mais ninguém estacionar. Parece que os senhores da Transtejo, apesar de trabalharem num terminal de transportes, têm de ter sempre um lugar guardado...será?
Vale o que vale:
Ontem a SIC Noticias realizou um debate, no programa «Opinião Pública», sobre o que pensam os portugueses das obras que estão a decorrer e sobre o projecto para o Terreiro do Paço.
Fonte
DEBATE PÚBLICO NA OA SOBRE O PROJECTO PARA A PRAÇA DO COMÉRCIO
in "Boletim Arquitectos", ano XVII, nº 198
.
«No dia 26 de Maio, no auditório da sede da OA em Lisboa,
foi apresentada e discutida a proposta para a Praça
do Comércio que tem vindo a ser desenvolvida pela
equipa coordenada pelo arquitecto Luís Jorge Bruno
Soares para a Sociedade Frente Tejo.
Este debate inscreveu-se nas iniciativas que a OA-SRS
tem vindo a realizar em torno de planos e projectos que
se têm salientado pela polémica que suscitam ou pela
sua importância pública, trazendo à casa dos arquitectos
os seus autores, e permitindo, a quem assista,
ouvi-los, interrogá-los e até criticá-los, recentrando a
discussão disciplinarmente, mas em sessões sempre
abertas ao público em geral. Neste caso tratou-se do
primeiro debate público em torno deste projecto que
parece revelar-se bem polémico.
Em primeiro lugar, e depois de uma breve apresentação
pela Presidente da Secção Regional Sul, falou o arquitecto
João Biencard Cruz que se referiu à inscrição
das tarefas de Bruno Soares no vasto conjunto de iniciativas
da Sociedade Frente Tejo criada pelo Governo
a propósito das comemorações do centenário da implantação
da República. Seguiu-se Bruno Soares que
começou por esclarecer que o projecto para a Praça do
Comércio era parte de um muito mais alargado plano
de remodelação de espaços urbanos desde a Estação
de Santa Apolónia até ao Cais de Sodré. No entanto,
este projecto avançou prioritário devido à complexidade
inerente e às obras de saneamento e de consolidação
do torreão Poente que estão a decorrer.
Passando à explicação da solução a que a equipa tinha
chegado, Bruno Soares traçou uma breve resenha histórica,
salientando a dicotomia entre terreiro e praça,
escala extraordinária em termos europeus e abertura
à paisagem do estuário do Tejo. Informou que a opção
foi pelo terreiro, mas reconhecendo uma possibilidade
de uso mais fixo junto às arcadas. Deste modo, a proposta
centra-se na definição do terreiro, com o monumento
a D. José I a meio, e no alargamento dos passeios
junto às arcadas, criando espaços de circulação
automóvel a toda a volta, mas considerando apenas a
passagem permanente na via junto ao rio e o uso quase
exclusivo da via junto ao arco da Rua Augusta para
transportes colectivos.
Para regularizar o escoamento das águas pluviais, o
terreiro seria como que uma ligeira pirâmide invertida,
o que gerou a criação de alguns degraus entre o terreiro
e a via junto ao rio. Reconhecendo a importância do
eixo Rua Augusta/Cais das Colunas, a equipa propõe um
tratamento do pavimento marcado por uma banda e um
arqueamento dos degraus que conduzam os passos do
transeunte directamente do arco às colunas que emergem
das águas. Procurando um motivo decorativo para
os pavimentos, a equipa encontrou inspiração nos traçados
dos mapas antigos que combinou com os ritmos
das arcadas, produzindo um padrão de losangos que
lembra alguns usados na indústria têxtil. O monumento
a D. José I seria também enquadrado por um losango envolvido
por alguns degraus de modo a manter as cotas
actuais da sua base. Outros pormenores, como a chamada
de atenção para o afundamento do torreão Poente
através de uma brusca alteração de cotas vencida por
alguns degraus, ainda vieram a lume.
Depois da apresentação de Bruno Soares abriu-se o
debate. Este iniciou-se, não pelo comentário ao projecto,
mas sim por diversas críticas ao facto da Sociedade
Frente Tejo não ter realizado um concurso para
escolher uma solução, lembrando o anterior (e único)
concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa
em 1992 (Jornal Arquitectos 116), cujo resultado foi
a não atribuição do primeiro prémio, apenas assegurando-
se um segundo à proposta dos arquitectos José
Adrião e Pedro Pacheco que ainda teve algum resultado
construído provisório no meio do caos que a Praça
tem vivido desde que se iniciaram as obras do Metropolitano
em 1998.
Respondendo a estas críticas, Biencard Cruz informou
que a entrega do projecto a Bruno Soares tinha sido
decidida pelo anterior presidente da Sociedade Frente
Tejo, Dr. José Miguel Júdice, e que a sociedade pretende
lançar futuramente alguns concursos. Bruno Soares
também revelou que a municipalidade não o pôs a par
da existência do concurso de 1992. A propósito destas
críticas, a Presidente da Secção Regional Sul entendeu
ser importante abrir o debate na OA sobre a encomenda
pública, incluindo os concursos.
Mas, finalmente, a assembleia, que enchia por completo
o auditório, debruçou-se sobre o projecto de Bruno Soares,
tendo-se discutido quer os elementos decorativos, a
que Bruno Soares respondeu com a possibilidade da sua
revisão, quer as bruscas diferenças de cotas introduzidas,
obrigando a degraus e criando episódios de interrupção
nunca antes existentes, contrariando o sentido
de terreiro aliás salientado pelo próprio arquitecto.
Nenhum dos presentes na assembleia ensaiou qualquer
elogio global ao projecto, havendo consenso
sobre uma drástica redução do tráfego automóvel e
o alargamento dos passeios junto às arcadas, sobre o
qual Bruno Soares considerou possibilitar a ocupação
por esplanadas. Terminou-se o debate com a sensação
da necessidade de repensar o projecto e de que um
concurso público com a escolha e discussão alargada
que lhe são inerentes (vejam-se os últimos episódios
do Parque Meyer) teria sido um caminho muito mais
frutuoso para encontrar um projecto para a mais simbólica
praça do País.
Michel Toussaint»
«No dia 26 de Maio, no auditório da sede da OA em Lisboa,
foi apresentada e discutida a proposta para a Praça
do Comércio que tem vindo a ser desenvolvida pela
equipa coordenada pelo arquitecto Luís Jorge Bruno
Soares para a Sociedade Frente Tejo.
Este debate inscreveu-se nas iniciativas que a OA-SRS
tem vindo a realizar em torno de planos e projectos que
se têm salientado pela polémica que suscitam ou pela
sua importância pública, trazendo à casa dos arquitectos
os seus autores, e permitindo, a quem assista,
ouvi-los, interrogá-los e até criticá-los, recentrando a
discussão disciplinarmente, mas em sessões sempre
abertas ao público em geral. Neste caso tratou-se do
primeiro debate público em torno deste projecto que
parece revelar-se bem polémico.
Em primeiro lugar, e depois de uma breve apresentação
pela Presidente da Secção Regional Sul, falou o arquitecto
João Biencard Cruz que se referiu à inscrição
das tarefas de Bruno Soares no vasto conjunto de iniciativas
da Sociedade Frente Tejo criada pelo Governo
a propósito das comemorações do centenário da implantação
da República. Seguiu-se Bruno Soares que
começou por esclarecer que o projecto para a Praça do
Comércio era parte de um muito mais alargado plano
de remodelação de espaços urbanos desde a Estação
de Santa Apolónia até ao Cais de Sodré. No entanto,
este projecto avançou prioritário devido à complexidade
inerente e às obras de saneamento e de consolidação
do torreão Poente que estão a decorrer.
Passando à explicação da solução a que a equipa tinha
chegado, Bruno Soares traçou uma breve resenha histórica,
salientando a dicotomia entre terreiro e praça,
escala extraordinária em termos europeus e abertura
à paisagem do estuário do Tejo. Informou que a opção
foi pelo terreiro, mas reconhecendo uma possibilidade
de uso mais fixo junto às arcadas. Deste modo, a proposta
centra-se na definição do terreiro, com o monumento
a D. José I a meio, e no alargamento dos passeios
junto às arcadas, criando espaços de circulação
automóvel a toda a volta, mas considerando apenas a
passagem permanente na via junto ao rio e o uso quase
exclusivo da via junto ao arco da Rua Augusta para
transportes colectivos.
Para regularizar o escoamento das águas pluviais, o
terreiro seria como que uma ligeira pirâmide invertida,
o que gerou a criação de alguns degraus entre o terreiro
e a via junto ao rio. Reconhecendo a importância do
eixo Rua Augusta/Cais das Colunas, a equipa propõe um
tratamento do pavimento marcado por uma banda e um
arqueamento dos degraus que conduzam os passos do
transeunte directamente do arco às colunas que emergem
das águas. Procurando um motivo decorativo para
os pavimentos, a equipa encontrou inspiração nos traçados
dos mapas antigos que combinou com os ritmos
das arcadas, produzindo um padrão de losangos que
lembra alguns usados na indústria têxtil. O monumento
a D. José I seria também enquadrado por um losango envolvido
por alguns degraus de modo a manter as cotas
actuais da sua base. Outros pormenores, como a chamada
de atenção para o afundamento do torreão Poente
através de uma brusca alteração de cotas vencida por
alguns degraus, ainda vieram a lume.
Depois da apresentação de Bruno Soares abriu-se o
debate. Este iniciou-se, não pelo comentário ao projecto,
mas sim por diversas críticas ao facto da Sociedade
Frente Tejo não ter realizado um concurso para
escolher uma solução, lembrando o anterior (e único)
concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa
em 1992 (Jornal Arquitectos 116), cujo resultado foi
a não atribuição do primeiro prémio, apenas assegurando-
se um segundo à proposta dos arquitectos José
Adrião e Pedro Pacheco que ainda teve algum resultado
construído provisório no meio do caos que a Praça
tem vivido desde que se iniciaram as obras do Metropolitano
em 1998.
Respondendo a estas críticas, Biencard Cruz informou
que a entrega do projecto a Bruno Soares tinha sido
decidida pelo anterior presidente da Sociedade Frente
Tejo, Dr. José Miguel Júdice, e que a sociedade pretende
lançar futuramente alguns concursos. Bruno Soares
também revelou que a municipalidade não o pôs a par
da existência do concurso de 1992. A propósito destas
críticas, a Presidente da Secção Regional Sul entendeu
ser importante abrir o debate na OA sobre a encomenda
pública, incluindo os concursos.
Mas, finalmente, a assembleia, que enchia por completo
o auditório, debruçou-se sobre o projecto de Bruno Soares,
tendo-se discutido quer os elementos decorativos, a
que Bruno Soares respondeu com a possibilidade da sua
revisão, quer as bruscas diferenças de cotas introduzidas,
obrigando a degraus e criando episódios de interrupção
nunca antes existentes, contrariando o sentido
de terreiro aliás salientado pelo próprio arquitecto.
Nenhum dos presentes na assembleia ensaiou qualquer
elogio global ao projecto, havendo consenso
sobre uma drástica redução do tráfego automóvel e
o alargamento dos passeios junto às arcadas, sobre o
qual Bruno Soares considerou possibilitar a ocupação
por esplanadas. Terminou-se o debate com a sensação
da necessidade de repensar o projecto e de que um
concurso público com a escolha e discussão alargada
que lhe são inerentes (vejam-se os últimos episódios
do Parque Meyer) teria sido um caminho muito mais
frutuoso para encontrar um projecto para a mais simbólica
praça do País.
Michel Toussaint»
.
.
Apesar do mérito da notícia, a OA não substitui o estado, nisto da discussão pública.
Há que saber distinguir e esclarecer devidamente as pessoas, sobre qual a diferença entre promover debates públicos e aquilo que a legislação consagra como sendo a "Discussão Pública".
Focado este aspecto, é com alguma pena que se assiste a uma certa apatia interventiva da OA no resultado das obras que envolvem estes elementos estruturantes da vida da sociedade civil, como é o caso das Praças.
Fica no entanto esta notícia...
Luis Marques da Silva
LX três semanas depois das eleições para o PE
Praça do Areeiro. Praça dos Restauradores. Praça da Figueira. Outras praças da capital, como a do Marquês de Pombal e a de Entrecampos, estão iguais. Mais uma vez, não se respeitou a Lei do Património Cultural. Mais uma vez, a Carta Municipal do Património anexa ao PDM foi ignorada. Monumentos e zonas urbanas classificadas são tratadas como se fossem apenas mais um edifício ou arruamento. Vamos ter propaganda contínua e permanente até ao final do ano? A Comissão Nacional de Eleições está fechada para férias? A quem compete fiscalizar a implantação dos cartazes?
LX três semanas depois das eleições para o PE
É caso para dizer «Pela boca morre o peixe»! Aqui temos um dos mais recentes cartazes de propaganda instalado mesmo em frente a um Monumento Nacional. Neste caso a vítima é a MÃE D'ÁGUA das Amoreiras. Não fica nada bem ao actual presidente da CML dar este mau exemplo de falta de respeito pelo património classificado. É expressamente proibida a instalação de dispositivos de propaganda e publicidade em imóveis classificados e respectivas ZEP (zona especial de protecção). Este é também um dos monumentos portugueses candidato a um reconhecimento da UNESCO enquanto Património Mundial da Humanidade. Exmo. Presidente António Costa: cumpra a Lei e mande retirar este cartaz da frente da Mãe d'Água. E já agora mande abater também o ecrã de publicidade!
REABILITAÇÃO URBANA: NOVO REGIME APRESENTADO HOJE NO LNEC
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9842547.htmlLisboa, 29 Jun (Lusa) -
- Representantes de inquilinos, proprietários, arquitectos e engenheiros participam hoje na sessão pública de apresentação do Regime Jurídico de Reabilitação Urbana, que já mereceu várias críticas por prever, em casos extremos, a venda forçada.A apresentação decorrerá no auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e contará com a presença do ministro do Ambiente, Nunes Correia, do secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, e do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita.O novo regime, para o qual foi aprovada em Abril em Conselho de Ministros uma proposta de autorização legislativa, remetendo a decisão para o Parlamento, foi alvo de criticas dos proprietários, que classificaram a possibilidade de venda forçada como uma Oferta de Aquisição Pública (OPA) "hostil".
- Representantes de inquilinos, proprietários, arquitectos e engenheiros participam hoje na sessão pública de apresentação do Regime Jurídico de Reabilitação Urbana, que já mereceu várias críticas por prever, em casos extremos, a venda forçada.A apresentação decorrerá no auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e contará com a presença do ministro do Ambiente, Nunes Correia, do secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, e do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita.O novo regime, para o qual foi aprovada em Abril em Conselho de Ministros uma proposta de autorização legislativa, remetendo a decisão para o Parlamento, foi alvo de criticas dos proprietários, que classificaram a possibilidade de venda forçada como uma Oferta de Aquisição Pública (OPA) "hostil".
WHERE TO LIVE ? THE MOST LIVEABLE CITIES INDEX.
Para não ser tudo negativo, uma das melhores revistas da actualidade, a "MONOCLE" elege este mês as melhores cidades do mundo para viver. Lisboa aparece na 25ª posição. Aconselho a leitura.
"Our 2009 survey of the top 25 cities for quality of life: who’s improved, who’s slipped and who’s dropped out of Monocle’s global ranking of the places that have it sorted."
"Our 2009 survey of the top 25 cities for quality of life: who’s improved, who’s slipped and who’s dropped out of Monocle’s global ranking of the places that have it sorted."
Parque das Nações vai ter uma nova igreja
In Público (29/6/2009)
«O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, benze hoje a "primeira pedra" da Igreja dos Navegantes, no Parque das Nações, uma obra que custará seis milhões de euros e deverá estar concluída em 2013. O templo terá uma das maiores áreas de vitral do mundo, com cerca de 900 metros quadrados, disse à Lusa o pároco do Parque das Nações, Paulo Franco.
O projecto de uma "igreja diferente", do arquitecto José Manuel Dias Coelho, caracteriza-se também pela "fachada translúcida" que valorizará, com a passagem de luz, os vitrais. A igreja foi concebida com base em estudos de viabilidade económica e deverá estar paga em dez anos, explicou o pároco.
O "retorno" será obtido através da rentabilização de infra-estruturas como o auditório e um parque de estacionamento subterrâneo. A igreja terá 630 lugares sentados, mas foi concebida para poder receber 1300 pessoas de pé. Inclui dois espaços de baby-sitting insonorizados, duas capelas mortuárias, um centro pastoral e uma sede de escuteiros, um auditório para 300 pessoas, um restaurante, um café, esplanada e residência paroquial. Situada na zona habitacional Norte do Parque das Nações, a Igreja tem como padroeira Nossa Senhora dos Navegantes, numa "referência ao imaginário que esteve na base da Expo-98", os oceanos.
D. José Policarpo preside hoje à bênção da primeira pedra da igreja, cuja construção deverá estar pronta em 2013 »
...
Nos tempos que correm, em que Fé deu lugar a fé, cada vez há menos candidatos a sacerdotes e, pior, as igrejas estão sistematicamente vazias, fazer-se uma nova igreja (900m2 de vitral??!!), quando, ainda por cima, o Patriarcado não tem dinheiro para conservar o vasto património que tem por aí, parece-me sem sentido. Por outro lado, falar-se em retorno financeiro por via de criação de estacionamento subterrâneo, parece-me de profundo mau gosto.
«O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, benze hoje a "primeira pedra" da Igreja dos Navegantes, no Parque das Nações, uma obra que custará seis milhões de euros e deverá estar concluída em 2013. O templo terá uma das maiores áreas de vitral do mundo, com cerca de 900 metros quadrados, disse à Lusa o pároco do Parque das Nações, Paulo Franco.
O projecto de uma "igreja diferente", do arquitecto José Manuel Dias Coelho, caracteriza-se também pela "fachada translúcida" que valorizará, com a passagem de luz, os vitrais. A igreja foi concebida com base em estudos de viabilidade económica e deverá estar paga em dez anos, explicou o pároco.
O "retorno" será obtido através da rentabilização de infra-estruturas como o auditório e um parque de estacionamento subterrâneo. A igreja terá 630 lugares sentados, mas foi concebida para poder receber 1300 pessoas de pé. Inclui dois espaços de baby-sitting insonorizados, duas capelas mortuárias, um centro pastoral e uma sede de escuteiros, um auditório para 300 pessoas, um restaurante, um café, esplanada e residência paroquial. Situada na zona habitacional Norte do Parque das Nações, a Igreja tem como padroeira Nossa Senhora dos Navegantes, numa "referência ao imaginário que esteve na base da Expo-98", os oceanos.
D. José Policarpo preside hoje à bênção da primeira pedra da igreja, cuja construção deverá estar pronta em 2013 »
...
Nos tempos que correm, em que Fé deu lugar a fé, cada vez há menos candidatos a sacerdotes e, pior, as igrejas estão sistematicamente vazias, fazer-se uma nova igreja (900m2 de vitral??!!), quando, ainda por cima, o Patriarcado não tem dinheiro para conservar o vasto património que tem por aí, parece-me sem sentido. Por outro lado, falar-se em retorno financeiro por via de criação de estacionamento subterrâneo, parece-me de profundo mau gosto.
Assessor de topo acumula funções sem autorização camarária
In Público (29/6/2009)
José António Cerejo
«Casos de acumulação fizeram tremer a Câmara de Lisboa após a sindicância. Passado ano e meio, o problema está longe de ter solução
O braço-direito do vereador das Finanças e do Património da Câmara de Lisboa acumula as suas funções na autarquia com a gestão de várias sociedades comerciais, incluindo imobiliárias e empresas de construção civil, sem ter requerido a autorização exigida por lei. Carlos Inácio é funcionário da autarquia com a categoria de engenheiro civil assessor principal, sendo actualmente assessor do vereador Cardoso da Silva. Na última década foi um dos homens de confiança de sucessivos executivos municipais do PS e do PSD, sendo reconhecido como um técnico de grande competência e capacidade de trabalho.
Nos requerimentos apresentados à câmara no início de 2008 e em Março deste ano, Carlos Inácio pediu autorização para desempenhar as seguintes funções exteriores ao município: consultor da Câmara de Loures, onde recebe 1050 euros por mês para, entre outras coisas, preparar o orçamento camarário; vogal não executivo da Autoridade de Gestão do Plano Operacional Regional de Lisboa (POR), com uma remuneração de 1500 euros por mês para participar na gestão dos fundos europeus; perito avaliador da Direcção-Geral de Impostos, com uma remuneração variável, consoante as avaliações feitas; e consultor da empresa de construção civil OMEP, onde declarou auferir mensalmente 451 euros para fazer o "acompanhamento e gestão financeira da empresa".
Neste último caso, a designação da sua actividade como "consultoria" cor-
responde à solução encontrada em 1995 - disse o próprio ao PÚBLICO - para ultrapassar a recusa da câmara em o autorizar a exercer as funções de gerente da OMEP, lugar que ocupava desde 1988, ano em que fundou a empresa. Carlos Inácio detém, directa e indirectamente, 50 por cento do capital desta sociedade e no seu site está escrito que ele e o seu único sócio "se mantêm até hoje como gerentes da empresa". Isto apesar de Carlos Inácio ter renunciado formalmente à gerência, em 1995, para poder manter a acumulação com as suas funções camarárias.
A OMEP teve em 2007 vendas líquidas de 5,2 milhões de euros, declara 58 empregados e é responsável por numerosas obras particulares nos concelhos de Lisboa, Loures e Almada, entre outros.
Gerente de quatro empresas
Embora tenha sido obrigado a registar a renúncia à gerência daquela empresa, por imposição camarária, o actual homem-forte de Cardoso da Silva continua a desempenhar, oficialmente, as funções de gerente e administrador de pelo menos quatro das empresas de que é sócio, sem que tenha requerido autorização para tal. Trata-se da Odin Sul - Compra e Venda de Imóveis SA, empresa em que detém metade do capital e que funciona como uma holding através da qual participa em algumas das 11 empresas onde tem interesses; da Ferfon - Sociedade Imobiliária Lda.; da Construções Antunes, Ferreira & Azevedo, Lda., empresa que é proprietária de vários imóveis, entre os quais oito fracções num edifício da Av. da Liberdade, em Lisboa; e ainda de uma pastelaria situada na Rua da Palma, igualmente em Lisboa.
Na área do imobiliário, o assessor camarário controla também a Usual - Compra e Venda de Imóveis, Lda. e tem 30 por cento da Moderniluz, uma empresa de instalações eléctricas e construção civil. Para lá destas empresas, tem quotas, por herança, em quatro pastelarias e uma retrosaria.
Contactado pelo PÚBLICO, Carlos Inácio forneceu toda a informação que lhe foi pedida e sustentou que não declarou a gerência das empresas por se tratar de actividades pelas quais não recebe qualquer remuneração. "No caso da OMEP, em 1995, o problema estava apenas no facto de a gerência ser remunerada", afirmou o empresário. Quanto às empresas de que agora é gerente, garante que não é pago e que, por isso, não tem de pedir autorização. Questionado sobre se esse é entendimento da lei em vigor na Câmara de Lisboa, o vereador Cardoso da Silva prometeu uma resposta em dois dias, mas, passadas duas semanas, nada disse.
O Decreto-Lei n.º 413/93, que regula a "excepcionalidade da acumulação de funções" por parte dos funcionários públicos, não deixa porém quaisquer dúvidas. "Do requerimento a apresentar para acumulação de funções (...) ainda que a título gratuito, deve constar", diz o artigo 8.º, "a remuneração a auferir, se existir".
Confrontado com o texto legal, Carlos Inácio afirmou: "Se é assim, vou corrigir". Na sua carreira de 23 anos como funcionário da Câmara de Lisboa, o actual assessor, que além de engenheiro está inscrito como técnico oficial de contas, ocupou vários lugares de chefia, tendo sido director do Departamento de Planeamento entre 1991 e 2001, funções em que tinha a seu cargo o orçamento camarário. Trabalhou no gabinete de João Soares até quase ao fim do mandato e depois da eleição de Santana Lopes passou a assessorar o gabinete do PS. No último mandato trabalhou com o vereador Fontão de Carvalho - que fazia parte da equipa do PSD e agora é o fiscal único da sua Odin Sul - passando em 2007 a assessorar Carmona Rodrigues, então presidente da câmara.»
José António Cerejo
«Casos de acumulação fizeram tremer a Câmara de Lisboa após a sindicância. Passado ano e meio, o problema está longe de ter solução
O braço-direito do vereador das Finanças e do Património da Câmara de Lisboa acumula as suas funções na autarquia com a gestão de várias sociedades comerciais, incluindo imobiliárias e empresas de construção civil, sem ter requerido a autorização exigida por lei. Carlos Inácio é funcionário da autarquia com a categoria de engenheiro civil assessor principal, sendo actualmente assessor do vereador Cardoso da Silva. Na última década foi um dos homens de confiança de sucessivos executivos municipais do PS e do PSD, sendo reconhecido como um técnico de grande competência e capacidade de trabalho.
Nos requerimentos apresentados à câmara no início de 2008 e em Março deste ano, Carlos Inácio pediu autorização para desempenhar as seguintes funções exteriores ao município: consultor da Câmara de Loures, onde recebe 1050 euros por mês para, entre outras coisas, preparar o orçamento camarário; vogal não executivo da Autoridade de Gestão do Plano Operacional Regional de Lisboa (POR), com uma remuneração de 1500 euros por mês para participar na gestão dos fundos europeus; perito avaliador da Direcção-Geral de Impostos, com uma remuneração variável, consoante as avaliações feitas; e consultor da empresa de construção civil OMEP, onde declarou auferir mensalmente 451 euros para fazer o "acompanhamento e gestão financeira da empresa".
Neste último caso, a designação da sua actividade como "consultoria" cor-
responde à solução encontrada em 1995 - disse o próprio ao PÚBLICO - para ultrapassar a recusa da câmara em o autorizar a exercer as funções de gerente da OMEP, lugar que ocupava desde 1988, ano em que fundou a empresa. Carlos Inácio detém, directa e indirectamente, 50 por cento do capital desta sociedade e no seu site está escrito que ele e o seu único sócio "se mantêm até hoje como gerentes da empresa". Isto apesar de Carlos Inácio ter renunciado formalmente à gerência, em 1995, para poder manter a acumulação com as suas funções camarárias.
A OMEP teve em 2007 vendas líquidas de 5,2 milhões de euros, declara 58 empregados e é responsável por numerosas obras particulares nos concelhos de Lisboa, Loures e Almada, entre outros.
Gerente de quatro empresas
Embora tenha sido obrigado a registar a renúncia à gerência daquela empresa, por imposição camarária, o actual homem-forte de Cardoso da Silva continua a desempenhar, oficialmente, as funções de gerente e administrador de pelo menos quatro das empresas de que é sócio, sem que tenha requerido autorização para tal. Trata-se da Odin Sul - Compra e Venda de Imóveis SA, empresa em que detém metade do capital e que funciona como uma holding através da qual participa em algumas das 11 empresas onde tem interesses; da Ferfon - Sociedade Imobiliária Lda.; da Construções Antunes, Ferreira & Azevedo, Lda., empresa que é proprietária de vários imóveis, entre os quais oito fracções num edifício da Av. da Liberdade, em Lisboa; e ainda de uma pastelaria situada na Rua da Palma, igualmente em Lisboa.
Na área do imobiliário, o assessor camarário controla também a Usual - Compra e Venda de Imóveis, Lda. e tem 30 por cento da Moderniluz, uma empresa de instalações eléctricas e construção civil. Para lá destas empresas, tem quotas, por herança, em quatro pastelarias e uma retrosaria.
Contactado pelo PÚBLICO, Carlos Inácio forneceu toda a informação que lhe foi pedida e sustentou que não declarou a gerência das empresas por se tratar de actividades pelas quais não recebe qualquer remuneração. "No caso da OMEP, em 1995, o problema estava apenas no facto de a gerência ser remunerada", afirmou o empresário. Quanto às empresas de que agora é gerente, garante que não é pago e que, por isso, não tem de pedir autorização. Questionado sobre se esse é entendimento da lei em vigor na Câmara de Lisboa, o vereador Cardoso da Silva prometeu uma resposta em dois dias, mas, passadas duas semanas, nada disse.
O Decreto-Lei n.º 413/93, que regula a "excepcionalidade da acumulação de funções" por parte dos funcionários públicos, não deixa porém quaisquer dúvidas. "Do requerimento a apresentar para acumulação de funções (...) ainda que a título gratuito, deve constar", diz o artigo 8.º, "a remuneração a auferir, se existir".
Confrontado com o texto legal, Carlos Inácio afirmou: "Se é assim, vou corrigir". Na sua carreira de 23 anos como funcionário da Câmara de Lisboa, o actual assessor, que além de engenheiro está inscrito como técnico oficial de contas, ocupou vários lugares de chefia, tendo sido director do Departamento de Planeamento entre 1991 e 2001, funções em que tinha a seu cargo o orçamento camarário. Trabalhou no gabinete de João Soares até quase ao fim do mandato e depois da eleição de Santana Lopes passou a assessorar o gabinete do PS. No último mandato trabalhou com o vereador Fontão de Carvalho - que fazia parte da equipa do PSD e agora é o fiscal único da sua Odin Sul - passando em 2007 a assessorar Carmona Rodrigues, então presidente da câmara.»
Cidadãos saúdam alterações ao projecto do Terreiro do Paço e reclamam uso dos edifícios
In Público (28/6/2009)
Inês Boaventura
«A apresentação ontem promovida pela Frente Tejo reuniu mais de cem pessoas. António Costa admite que a versão alterada "está melhor" do que a inicial
Vários dos intervenientes na apresentação pública do projecto para o Terreiro do Paço promovida ontem pela sociedade Frente Tejo apelaram à obtenção de uma solução de compromisso, por ser impossível chegar a um desenho que a todos agrade, e ao arranque de um outro debate: o do uso futuro dos edifícios da praça, dos quais os cidadãos estão actualmente "espoliados".
A palavra foi usada pelo historiador Rui Tavares, que afirmou ser "a altura certa" para se iniciar este debate, que confessou ser aquele que lhe "mete mais medo". Para promover a "recuperação cidadã desta praça", este interveniente sugeriu a instalação do Museu da Língua Portuguesa, projectado para Belém.
Também um morador na zona do Terreiro do Paço pediu que esta seja "entregue aos cidadãos", através da atribuição de um novo uso ao "enxame de ministérios" ou pelo menos aos seus pisos térreos. Já um "candidato a utente da praça" frisou que se os edifícios não forem abertos ao público o projecto de requalificação que tanta celeuma tem suscitado "não vale a pena", acrescentando que aquilo que mais quer para o futuro do espaço "é não ter quinquilharia e ir ter com o rio, que é nosso".
Mas na apresentação pública pela qual passaram mais de cem pessoas houve também quem se detivesse ainda no desenho do arquitecto Bruno Soares para o Terreiro do Paço, fosse para se congratular com as alterações introduzidas desde o estudo prévio ou para manifestar o seu desagrado. Um dos mais ferozes críticos foi o historiador de arquitectura António Sérgio Rosa de Carvalho, que acusou o projecto de ter "muitos gatafunhos": "É pegar numa peça perfeita e embrulhá-la em papel da McDonald's", disse, quase exaltado.
Na apresentação prévia, Bruno Soares voltou a justificar a manutenção dos losangos no chão da placa central, que tantas críticas tem gerado, acrescentando um novo argumento à intenção de "mostrar que a praça é de facto grande". Agora, o arquitecto explica também que a introdução de uma gravilha aglomerada para manter "a memória do terreiro" obriga a um "sistema construtivo de sustentação" desse material, que é conseguido através da "malha das diagonais". Tanto Rosa de Carvalho como Rui Tavares refutaram a importância da "memória do terreiro".
"Isto é uma praça do século XVIII, não é um terreiro do século XVI", afirmou Rui Tavares, criticando as linhas das cartas de marear projectadas para os passeios junto às arcadas e os losangos da placa central, para a qual defendeu que a haver alguma marcação ela deveria ser radial, numa referência ao período iluminista e ao Rei Sol. Já o presidente da Câmara de Lisboa admitiu que o projecto revisto "está melhor do que estava antes", garantindo que enquanto autarca só invocará o argumento da estética para travar o avanço de um projecto se ele for "horrível". »
Inês Boaventura
«A apresentação ontem promovida pela Frente Tejo reuniu mais de cem pessoas. António Costa admite que a versão alterada "está melhor" do que a inicial
Vários dos intervenientes na apresentação pública do projecto para o Terreiro do Paço promovida ontem pela sociedade Frente Tejo apelaram à obtenção de uma solução de compromisso, por ser impossível chegar a um desenho que a todos agrade, e ao arranque de um outro debate: o do uso futuro dos edifícios da praça, dos quais os cidadãos estão actualmente "espoliados".
A palavra foi usada pelo historiador Rui Tavares, que afirmou ser "a altura certa" para se iniciar este debate, que confessou ser aquele que lhe "mete mais medo". Para promover a "recuperação cidadã desta praça", este interveniente sugeriu a instalação do Museu da Língua Portuguesa, projectado para Belém.
Também um morador na zona do Terreiro do Paço pediu que esta seja "entregue aos cidadãos", através da atribuição de um novo uso ao "enxame de ministérios" ou pelo menos aos seus pisos térreos. Já um "candidato a utente da praça" frisou que se os edifícios não forem abertos ao público o projecto de requalificação que tanta celeuma tem suscitado "não vale a pena", acrescentando que aquilo que mais quer para o futuro do espaço "é não ter quinquilharia e ir ter com o rio, que é nosso".
Mas na apresentação pública pela qual passaram mais de cem pessoas houve também quem se detivesse ainda no desenho do arquitecto Bruno Soares para o Terreiro do Paço, fosse para se congratular com as alterações introduzidas desde o estudo prévio ou para manifestar o seu desagrado. Um dos mais ferozes críticos foi o historiador de arquitectura António Sérgio Rosa de Carvalho, que acusou o projecto de ter "muitos gatafunhos": "É pegar numa peça perfeita e embrulhá-la em papel da McDonald's", disse, quase exaltado.
Na apresentação prévia, Bruno Soares voltou a justificar a manutenção dos losangos no chão da placa central, que tantas críticas tem gerado, acrescentando um novo argumento à intenção de "mostrar que a praça é de facto grande". Agora, o arquitecto explica também que a introdução de uma gravilha aglomerada para manter "a memória do terreiro" obriga a um "sistema construtivo de sustentação" desse material, que é conseguido através da "malha das diagonais". Tanto Rosa de Carvalho como Rui Tavares refutaram a importância da "memória do terreiro".
"Isto é uma praça do século XVIII, não é um terreiro do século XVI", afirmou Rui Tavares, criticando as linhas das cartas de marear projectadas para os passeios junto às arcadas e os losangos da placa central, para a qual defendeu que a haver alguma marcação ela deveria ser radial, numa referência ao período iluminista e ao Rei Sol. Já o presidente da Câmara de Lisboa admitiu que o projecto revisto "está melhor do que estava antes", garantindo que enquanto autarca só invocará o argumento da estética para travar o avanço de um projecto se ele for "horrível". »
Silo automóvel das Portas do Sol deu à EMEL 150 mil euros de prejuízo no ano de 2007
In Público (29/6/2009)
«Empresa diz que está a tomar medidas para ter mais clientes no parque e para acabar com a degradação do terraço onde estava previsto um restaurante
O silo automóvel das Portas do Sol, em Alfama, é o mais moderno do país e também o que teve até hoje o pior resultado financeiro para a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL). Só em 2007 o prejuízo rondou os 150.000 euros.
Segundo dados da empresa, citados pela agência Lusa, cada lugar de estacionamento neste silo rendeu em 2007 menos de 50 euros por mês, custando a manutenção do parque cerca de 20.000 euros por mês.
Apostada em reduzir o valor dos custos de manutenção, a EMEL está a renegociar o contrato com a empresa responsável pelo serviço. Contudo, de acordo com documentos da anterior administração a que a Lusa teve acesso, já antes havia sido proposto que a EMEL passasse a recorrer a mão-de-obra própria para assegurar a manutenção do espaço. O silo custou cinco milhões de euros e abriu em 2005 com um sistema de estacionamento automático que apenas exige ao condutor que coloque o carro num elevador e o deixe fechado. Um moderno sistema automático instalado nos três pisos do silo encarrega-se de estacionar o veículo e de o ir buscar quando chega o proprietário.
Apesar de ser igualmente um espaço de estacionamento mais seguro do que os clássicos parques de rua, porque não permite a entrada de pessoas, o silo não tem merecido a confiança dos lisboetas.
"Percebemos que as pessoas não tinham muita confiança em deixar aqui o carro, porque o perdiam de vista. Não sabiam o que lhe acontecia", disse à Lusa Diogo Homem, da direcção comercial da EMEL.
Para minorar esse sentimento de desconfiança foi instalado um painel junto aos dois elevadores onde se pode ver todo o percurso do veículo até chegar ao seu lugar. A redução das assinaturas mensais para cerca de metade (até ao final do ano) foi outra das medidas lançadas este mês pela empresa, passando os passes mensais do público (horário diurno) para 99 euros (custavam mais de 200), os dos comerciantes para 74 e dos residentes para 37 euros.
A instalação de painéis de divulgação do silo, assim como a distribuição pela zona de folhetos a explicar as vantagens de estacionar nas Portas do Sol foram outras das iniciativas da campanha lançada no início de Junho. Também o amplo terraço do silo poderá em breve ser dinamizado, uma vez que, segundo Diogo Homem, a empresa "está a fazer alguns contactos" para encontrar uma empresa que o queira explorar, eventualmente com um restaurante, tal como estava previsto desde a inauguração do silo.
A EMEL tem a seu cargo 50 mil lugares de estacionamento em Lisboa, 3000 dos quais em 16 parques espalhados pela cidade.
De acordo com documentos da anterior administração a que a Lusa teve acesso, há um ano havia 22 mil lugares de estacionamento em toda a cidade que não davam qualquer rendimento à empresa, por estarem desactivados e/ou por explorar. »
...
A verdade é que este silo nunca serviu para nada a não ser para quem o projectou e construiu. Está sempre às moscas porque as pessoas estacionam cá fora sem pagar e onde querem. E como "intervenção urbanística" tem mais de MAU que de bom.
Texto editado
«Empresa diz que está a tomar medidas para ter mais clientes no parque e para acabar com a degradação do terraço onde estava previsto um restaurante
O silo automóvel das Portas do Sol, em Alfama, é o mais moderno do país e também o que teve até hoje o pior resultado financeiro para a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL). Só em 2007 o prejuízo rondou os 150.000 euros.
Segundo dados da empresa, citados pela agência Lusa, cada lugar de estacionamento neste silo rendeu em 2007 menos de 50 euros por mês, custando a manutenção do parque cerca de 20.000 euros por mês.
Apostada em reduzir o valor dos custos de manutenção, a EMEL está a renegociar o contrato com a empresa responsável pelo serviço. Contudo, de acordo com documentos da anterior administração a que a Lusa teve acesso, já antes havia sido proposto que a EMEL passasse a recorrer a mão-de-obra própria para assegurar a manutenção do espaço. O silo custou cinco milhões de euros e abriu em 2005 com um sistema de estacionamento automático que apenas exige ao condutor que coloque o carro num elevador e o deixe fechado. Um moderno sistema automático instalado nos três pisos do silo encarrega-se de estacionar o veículo e de o ir buscar quando chega o proprietário.
Apesar de ser igualmente um espaço de estacionamento mais seguro do que os clássicos parques de rua, porque não permite a entrada de pessoas, o silo não tem merecido a confiança dos lisboetas.
"Percebemos que as pessoas não tinham muita confiança em deixar aqui o carro, porque o perdiam de vista. Não sabiam o que lhe acontecia", disse à Lusa Diogo Homem, da direcção comercial da EMEL.
Para minorar esse sentimento de desconfiança foi instalado um painel junto aos dois elevadores onde se pode ver todo o percurso do veículo até chegar ao seu lugar. A redução das assinaturas mensais para cerca de metade (até ao final do ano) foi outra das medidas lançadas este mês pela empresa, passando os passes mensais do público (horário diurno) para 99 euros (custavam mais de 200), os dos comerciantes para 74 e dos residentes para 37 euros.
A instalação de painéis de divulgação do silo, assim como a distribuição pela zona de folhetos a explicar as vantagens de estacionar nas Portas do Sol foram outras das iniciativas da campanha lançada no início de Junho. Também o amplo terraço do silo poderá em breve ser dinamizado, uma vez que, segundo Diogo Homem, a empresa "está a fazer alguns contactos" para encontrar uma empresa que o queira explorar, eventualmente com um restaurante, tal como estava previsto desde a inauguração do silo.
A EMEL tem a seu cargo 50 mil lugares de estacionamento em Lisboa, 3000 dos quais em 16 parques espalhados pela cidade.
De acordo com documentos da anterior administração a que a Lusa teve acesso, há um ano havia 22 mil lugares de estacionamento em toda a cidade que não davam qualquer rendimento à empresa, por estarem desactivados e/ou por explorar. »
...
A verdade é que este silo nunca serviu para nada a não ser para quem o projectou e construiu. Está sempre às moscas porque as pessoas estacionam cá fora sem pagar e onde querem. E como "intervenção urbanística" tem mais de MAU que de bom.
Texto editado
28/06/2009
A «Churraria Delgado» na companhia de Monumentos Nacionais
A «Churraria Delgado» no Largo de S. Domingos. Atrás, o Palácio da Independência, classificado Monumento Nacional (MN); Mesmo em frente, os imóveis pombalinos da Praça D. Pedro IV, classificada Imóvel de Interesse Público (IIP) mas Em Vias de classificação para MN; Do lado direito, a Igreja de S. Domingos, classificada MN; Do lado esquerdo, o Teatro Nacional de D. Maria II, classificado MN. Toda esta área urbana tem ainda a pretensão de vir a ser classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. De facto, e analisando bem, este é o melhor local para se instalar um quiosque do tipo «Churraria Delgado».
27/06/2009
Arquitectos criticam novo projecto do Terreiro do Paço
In Diário de Notícias (27/6/2009)
por Rui Pedro Antunes
«Manuel Graça Dias discorda do padrão "pesado e abstracto" dos passeios laterais e aponta várias deficiências ao desenho de Bruno Soares. Outros três especialistas da área, ouvidos pelo DN, mantêm reparos ao projecto para uma das principais praças da capital. E questionam: afinal, para que servirá?
"Depois de ver o novo projecto, acho que é preciso haver mais cuidado com aquela praça, que é uma praça muito sensível." A crítica ao projecto do novo Terreiro do Paço é do arquitecto lisboeta Manuel Graça Dias. Aliás, os quatro arquitectos contactados pelo DN foram unânimes em apontar deficiências no desenho de Bruno Soares.
Para Manuel Graça Dias as mudanças não foram suficientes, pois "o projecto foi reestruturado, mas insiste na ideia da plataforma de desnível - nos degraus - que não me parece uma opção cordial nem necessária".
Além dos degraus, que dão "uma noção de pódio e destaque a mais à placa central", Graça Dias discorda do padrão dos passeios laterais. Ainda que defina o alargamento dos passeios como "uma boa escolha", o arquitecto explica que o padrão inspirado nas cartas marítimas do séc. XVI "é demasiado pesado e abstracto, quando devia ser banal".
Por outro lado, o arquitecto revela que está agradado por "ter desaparecido o corredor central". Já o esbater do impacto dos losangos é desvalorizado. "Este tipo de padrões de losangos não tem grande leitura, só teria se passássemos pela praça de helicóptero", defende Graça Dias.
No entanto, na opinião do arquitecto Pedro Brandão "toda a discussão que tem havido em torno do Terreiro do Paço é desinteressante". O autor da obra Lisboa do Tejo, a Ribeirinha, considera que o "essencial" ainda não foi debatido, pois "tem-se discutido diagonais, risquinhos e as corezinhas que são coisas superficiais".
Pedro Brandão defende que se devia ter começado por discutir os usos da Praça. "Estar a discutir gostos não adianta nada. Podia haver arbustos e água, mas tudo isso tem de ser discutido em função do que se vai passar", esclarece. E coloca várias questões: "Afinal, o que vai ser a Praça? Um showroom dos ministérios? Um centro de turismo? Ou um centro comercial com lojas da Fnac?"
Também José Adrião, co-autor de um projecto do Terreiro do Paço pelo qual a autarquia pagou 100 mil euros em 2000, se mostra "contra todo o processo".
O arquitecto afirma que a adjudicação directa prejudicou o projecto. "Quando se fazem concursos públicos, os concorrentes começam a superar-se e fazem coisas mais interessantes. Aqui está-se a perder a oportunidade de fazer um grande projecto", acusa.
Já o arquitecto André Brito Caiado, ainda que concorde com pressupostos da matriz do projecto de Bruno Soares, sugere opções mais arrojadas. O vencedor do prémio Korrodi em 2008 defende que "na Ribeira das Naus devia haver um túnel de betão subterrâneo e permeável que acabasse com a divisão entre a cidade e o rio". Além disso, o arquitecto considera que os edifícios deviam passar a ser "esplanadas, restaurantes e galerias de arte". Não querendo comentar elementos do novo projecto, Caiado diz apenas que "em Portugal há centenas de arquitectos que podiam fazer um bom trabalho no Terreiro do Paço".»
por Rui Pedro Antunes
«Manuel Graça Dias discorda do padrão "pesado e abstracto" dos passeios laterais e aponta várias deficiências ao desenho de Bruno Soares. Outros três especialistas da área, ouvidos pelo DN, mantêm reparos ao projecto para uma das principais praças da capital. E questionam: afinal, para que servirá?
"Depois de ver o novo projecto, acho que é preciso haver mais cuidado com aquela praça, que é uma praça muito sensível." A crítica ao projecto do novo Terreiro do Paço é do arquitecto lisboeta Manuel Graça Dias. Aliás, os quatro arquitectos contactados pelo DN foram unânimes em apontar deficiências no desenho de Bruno Soares.
Para Manuel Graça Dias as mudanças não foram suficientes, pois "o projecto foi reestruturado, mas insiste na ideia da plataforma de desnível - nos degraus - que não me parece uma opção cordial nem necessária".
Além dos degraus, que dão "uma noção de pódio e destaque a mais à placa central", Graça Dias discorda do padrão dos passeios laterais. Ainda que defina o alargamento dos passeios como "uma boa escolha", o arquitecto explica que o padrão inspirado nas cartas marítimas do séc. XVI "é demasiado pesado e abstracto, quando devia ser banal".
Por outro lado, o arquitecto revela que está agradado por "ter desaparecido o corredor central". Já o esbater do impacto dos losangos é desvalorizado. "Este tipo de padrões de losangos não tem grande leitura, só teria se passássemos pela praça de helicóptero", defende Graça Dias.
No entanto, na opinião do arquitecto Pedro Brandão "toda a discussão que tem havido em torno do Terreiro do Paço é desinteressante". O autor da obra Lisboa do Tejo, a Ribeirinha, considera que o "essencial" ainda não foi debatido, pois "tem-se discutido diagonais, risquinhos e as corezinhas que são coisas superficiais".
Pedro Brandão defende que se devia ter começado por discutir os usos da Praça. "Estar a discutir gostos não adianta nada. Podia haver arbustos e água, mas tudo isso tem de ser discutido em função do que se vai passar", esclarece. E coloca várias questões: "Afinal, o que vai ser a Praça? Um showroom dos ministérios? Um centro de turismo? Ou um centro comercial com lojas da Fnac?"
Também José Adrião, co-autor de um projecto do Terreiro do Paço pelo qual a autarquia pagou 100 mil euros em 2000, se mostra "contra todo o processo".
O arquitecto afirma que a adjudicação directa prejudicou o projecto. "Quando se fazem concursos públicos, os concorrentes começam a superar-se e fazem coisas mais interessantes. Aqui está-se a perder a oportunidade de fazer um grande projecto", acusa.
Já o arquitecto André Brito Caiado, ainda que concorde com pressupostos da matriz do projecto de Bruno Soares, sugere opções mais arrojadas. O vencedor do prémio Korrodi em 2008 defende que "na Ribeira das Naus devia haver um túnel de betão subterrâneo e permeável que acabasse com a divisão entre a cidade e o rio". Além disso, o arquitecto considera que os edifícios deviam passar a ser "esplanadas, restaurantes e galerias de arte". Não querendo comentar elementos do novo projecto, Caiado diz apenas que "em Portugal há centenas de arquitectos que podiam fazer um bom trabalho no Terreiro do Paço".»
26/06/2009
Está tudo muito mais ténue, é verdade,
E o losango verde desapareceu da estátua, o "curro" também e a meia-laranja igualmente, assim como o debruado cinzentinho dos losangos ocre. Mas mantêm-se:
1. Os degraus - Deixem estar as diferenças de empena como estão, elas são naturais e são contornadas pelas pessoas de forma natural. Por isso não inventem barreiras nem acessos artificiais, s.f.f
2. A malha "Burberry" - Porquê insistir em losangos? Estão mais diluídos no espaço mas tem que se esclarecer o material que é usado: areão? pedra?
3. Os desenhos à cartografia - A ideia é interessante, mas para quê? Os passeios laterais alargados não podem ser como são, iguaizinhos?
4. O acentuar do deslizamento do torreão poente - Vincar um desnível, para quê? Há que corrigir o desenho das faixas de rodagem.
5. ATENÇÃO ÀS NAMORADEIRAS DA AVENIDA RIBEIRA DAS NAUS! Com o novo asfalto passaram a estar a uma cota abaixo da estrada!!! Além de inestético e perigoso, vai ser motivo para, um dia destes, termos corrimões ao longo da avenida.
Por isso, nada de continuar o erro para o Terreiro do Paço, S.F.F.
Mais uma achega / fonte de inspiração:
Honk, Honk, Aaah
Janette Sadik-Khan, the city’s Transportation commissioner, manages to be equal parts Jane Jacobs and Robert Moses. As she prepares to close swaths of Broadway to cars next week, she is igniting a peculiar new culture war—over the role of the automobile in New York.
Sometime early Sunday morning this Memorial Day weekend, a work crew from the New York City Department of Transportation will arrive in Times Square. Waiting for a pause in traffic, the team will close off Broadway at 47th Street, directing southbound cars east to Seventh Avenue. In the weeks to come, construction workers will refashion the next five blocks of the boulevard, turning one of the world’s most congested stretches of asphalt into a 58,000-foot pedestrian plaza. The same will happen a few blocks south, where another stretch of Broadway—from 33rd Street to 35th Street, at Herald Square—will be closed to cars and, by fall, dotted with café tables free for public use.
This simple but dramatic act will amount to bypass surgery on the heart of New York. It will become the most visible component yet of Mayor Bloomberg’s citywide attempt to make New York’s streets calmer, greener, and safer. And it will establish the front lines of a growing movement to tilt the balance of asphalt power away from the automobile and toward cyclists and pedestrians.
On a recent weekday, Janette Sadik-Khan, the city’s Transportation commissioner and the woman who dreamed up this plan, is standing at the heart of Times Square and surveying the mayhem around her. Though it is late morning and nothing like the Hieronymus Bosch tableau of the evening rush, traffic is still crawling and honking through the bizarre convergence of Broadway, Seventh Avenue, and 45th Street. Pedestrians are spilling into the street. A biker shoots up Broadway riding in the wrong direction.
“From a transportation perspective, Broadway has been a problem for 200 years,” Sadik-Khan says. Fifty-thousand cars pass through this point every day, but the knot formed by the intersection of three streets limits traffic speed to roughly four miles per hour. And then there are the people—about 356,000 of them marching through Times Square daily, from aggravated office workers to bewildered midwestern tourist families with roller suitcases. This stretch of Broadway is 140 percent more dangerous than comparable stretches of a midtown avenue.
“You can try to tweak it with a little signal change here, maybe a traffic lane there,” Sadik-Khan continues. “But nothing has worked because you’re not reaching the fundamental problem, which is that midtown is basically broken. There’s just not enough space for people.”
People, however, are not all the same. You’d think that closing Broadway to traffic would be seen as a grand egalitarian gesture. Returning a public amenity like the street to the perambulating masses should be a source of democratic harmony. And yet it’s not. Plans like these never are. Perhaps it’s the sense of a centralized hidden hand at work. Or maybe it’s the fact that the streets are the ultimate shared resource, giving everyone a proprietary feeling about them. But redrawing the map of the city invariably stokes suspicion and resentment, and doing so at its absolute nerve center is being read by some as an act of provocation.
Sadik-Khan has been at her job long enough to know that one does not rearrange traffic in midtown lightly, so she has grounded her Broadway plan on assiduous analysis and computer modeling of traffic flow. She has managed a sophisticated PR campaign that has paid off with support from both the Times and the Daily News, as well as the business-improvement districts.
But even though her models suggest that simplifying the three-way intersections will enhance circulation, she has yet to convince many of the players who use Times Square the most. There are the practical complaints: Small-business owners worry that traffic will clog the side streets, making it harder to handle deliveries and pickups. Cabbies and theater owners are similarly concerned about dropping off ticketholders. Then there are the more abstract objections that have to do with a Transportation commissioner many perceive to be an anti-car radical. “Broadway in theory is a good idea, but unfortunately what’s a good idea for the city is not always a good idea for all the stakeholders,” says John Liu, an ambitious young City Council member from Queens who chairs the council’s Transportation Committee. For people like Liu, the Broadway plan is about something more than several blocks of midtown traffic. It’s a clash of values. “There is a sense of the elite telling the everyday people what’s good for them, and that’s simply not appreciated,” Liu says. “I think it can no longer be ignored, the demographic groups calling for these changes versus the demographic groups that protest.”
Between her plans for Broadway and her smaller interventions scattered across the city, Sadik-Khan has unwittingly touched off New York’s latest culture war, a street fight of sorts. To her supporters, she is a heroic figure of vision and inspiration—the woman who tamed the automobile and made the city safe for bicyclists. To her opponents, she’s the latest in an extensive line of effete, out-of-touch liberals: the hipster bureaucrat. All parties would agree she’s an unusual Transportation commissioner, a title that may call to mind a paunchy, mustachioed male with a penchant for dirty jokes. Sadik-Khan is a stylish, young-looking 49-year-old whose skirts don’t always pass her knees. (“I am a gay man, but I appreciate a sexy-looking woman!” says her friend the former restaurateur Florent Morellet.) She lives in the West Village and often bikes to work. She frequently enlists celebrities like Jay-Z, Diane Von Furstenberg, and David Byrne to headline DOT press ops. “She’s a rocket,” says her friend and City Planning director Amanda Burden. “Courageous, determined, hilarious, fearless, and exuberant. She laughs like no other person I deal with in the entire city.” She is also the most powerful advocate of the city’s burgeoning biking scene, heretofore a largely countercultural force. (“Biking is the new golf,” she’s been known to tell Wall Street crowds.)
Next: How transportation engineers are like plumbers
By Michael Crowley
Janette Sadik-Khan, the city’s Transportation commissioner, manages to be equal parts Jane Jacobs and Robert Moses. As she prepares to close swaths of Broadway to cars next week, she is igniting a peculiar new culture war—over the role of the automobile in New York.
Sometime early Sunday morning this Memorial Day weekend, a work crew from the New York City Department of Transportation will arrive in Times Square. Waiting for a pause in traffic, the team will close off Broadway at 47th Street, directing southbound cars east to Seventh Avenue. In the weeks to come, construction workers will refashion the next five blocks of the boulevard, turning one of the world’s most congested stretches of asphalt into a 58,000-foot pedestrian plaza. The same will happen a few blocks south, where another stretch of Broadway—from 33rd Street to 35th Street, at Herald Square—will be closed to cars and, by fall, dotted with café tables free for public use.
This simple but dramatic act will amount to bypass surgery on the heart of New York. It will become the most visible component yet of Mayor Bloomberg’s citywide attempt to make New York’s streets calmer, greener, and safer. And it will establish the front lines of a growing movement to tilt the balance of asphalt power away from the automobile and toward cyclists and pedestrians.
On a recent weekday, Janette Sadik-Khan, the city’s Transportation commissioner and the woman who dreamed up this plan, is standing at the heart of Times Square and surveying the mayhem around her. Though it is late morning and nothing like the Hieronymus Bosch tableau of the evening rush, traffic is still crawling and honking through the bizarre convergence of Broadway, Seventh Avenue, and 45th Street. Pedestrians are spilling into the street. A biker shoots up Broadway riding in the wrong direction.
“From a transportation perspective, Broadway has been a problem for 200 years,” Sadik-Khan says. Fifty-thousand cars pass through this point every day, but the knot formed by the intersection of three streets limits traffic speed to roughly four miles per hour. And then there are the people—about 356,000 of them marching through Times Square daily, from aggravated office workers to bewildered midwestern tourist families with roller suitcases. This stretch of Broadway is 140 percent more dangerous than comparable stretches of a midtown avenue.
“You can try to tweak it with a little signal change here, maybe a traffic lane there,” Sadik-Khan continues. “But nothing has worked because you’re not reaching the fundamental problem, which is that midtown is basically broken. There’s just not enough space for people.”
People, however, are not all the same. You’d think that closing Broadway to traffic would be seen as a grand egalitarian gesture. Returning a public amenity like the street to the perambulating masses should be a source of democratic harmony. And yet it’s not. Plans like these never are. Perhaps it’s the sense of a centralized hidden hand at work. Or maybe it’s the fact that the streets are the ultimate shared resource, giving everyone a proprietary feeling about them. But redrawing the map of the city invariably stokes suspicion and resentment, and doing so at its absolute nerve center is being read by some as an act of provocation.
Sadik-Khan has been at her job long enough to know that one does not rearrange traffic in midtown lightly, so she has grounded her Broadway plan on assiduous analysis and computer modeling of traffic flow. She has managed a sophisticated PR campaign that has paid off with support from both the Times and the Daily News, as well as the business-improvement districts.
But even though her models suggest that simplifying the three-way intersections will enhance circulation, she has yet to convince many of the players who use Times Square the most. There are the practical complaints: Small-business owners worry that traffic will clog the side streets, making it harder to handle deliveries and pickups. Cabbies and theater owners are similarly concerned about dropping off ticketholders. Then there are the more abstract objections that have to do with a Transportation commissioner many perceive to be an anti-car radical. “Broadway in theory is a good idea, but unfortunately what’s a good idea for the city is not always a good idea for all the stakeholders,” says John Liu, an ambitious young City Council member from Queens who chairs the council’s Transportation Committee. For people like Liu, the Broadway plan is about something more than several blocks of midtown traffic. It’s a clash of values. “There is a sense of the elite telling the everyday people what’s good for them, and that’s simply not appreciated,” Liu says. “I think it can no longer be ignored, the demographic groups calling for these changes versus the demographic groups that protest.”
Between her plans for Broadway and her smaller interventions scattered across the city, Sadik-Khan has unwittingly touched off New York’s latest culture war, a street fight of sorts. To her supporters, she is a heroic figure of vision and inspiration—the woman who tamed the automobile and made the city safe for bicyclists. To her opponents, she’s the latest in an extensive line of effete, out-of-touch liberals: the hipster bureaucrat. All parties would agree she’s an unusual Transportation commissioner, a title that may call to mind a paunchy, mustachioed male with a penchant for dirty jokes. Sadik-Khan is a stylish, young-looking 49-year-old whose skirts don’t always pass her knees. (“I am a gay man, but I appreciate a sexy-looking woman!” says her friend the former restaurateur Florent Morellet.) She lives in the West Village and often bikes to work. She frequently enlists celebrities like Jay-Z, Diane Von Furstenberg, and David Byrne to headline DOT press ops. “She’s a rocket,” says her friend and City Planning director Amanda Burden. “Courageous, determined, hilarious, fearless, and exuberant. She laughs like no other person I deal with in the entire city.” She is also the most powerful advocate of the city’s burgeoning biking scene, heretofore a largely countercultural force. (“Biking is the new golf,” she’s been known to tell Wall Street crowds.)
Next: How transportation engineers are like plumbers
By Michael Crowley
Published May 17, 2009
Photo-illustration by Andrew Eccles
(Photo: Getty Images (butterflies, birds, rabbit))
2º Passeio Benfica Ciclável
Divulgação, recebida por e-mail:
"A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta convida os seus associados e amigos para o 2º Passeio Benfica Ciclável que se realiza no dia 27 de Junho de 2009 (sábado) às 10 horas, com ponto de encontro junto ao parque de estacionamento do Centro Comercial Fonte Nova em Benfica.
O objectivo do passeio é dar a conhecer, no terreno, o ponto da situação do projecto aos participantes e parceiros bem como a todos os interessados.
O "Benfica Ciclável" foi um dos 16 projectos vencedores, de entre 143, que concorreram ao Projecto Global do Fundo ONG - Componente Ambiental, lançado pela EEA-Grants - Mecanismo Financeiro Norueguês, financiado pela Noruega, assim como pela Islândia e Liechtenstein, e do qual Portugal é beneficiário.
O programa, que tem a APA como entidade intermediária e responsável pela distribuição dos fundos, pretende criar em Benfica as condições necessárias à promoção e utilização da bicicleta pela população (em especial a estudantil que se estima em mais de vinte mil pessoas).
O projecto, que conta com o apoio de entidades como a Refer, Metropolitano de Lisboa, Escola Superior de Comunicação Social, entre outros, prevê 12,5 quilómetros de trajectos cicláveis com pontos de tomada/largada/estacionamento de bicicletas."
Novo Terreiro do Paço menos colorido depois da polémica
In Diário de Notícias (26/6/2009)
por RUI PEDRO ANTUNESHoje
«Após críticas ao Estudo Prévio, o arquitecto Bruno Soares fez várias alterações ao projecto de requalificação da Praça da Comércio. Do desenho inicial foram "apagados" losangos, contrastes e o corredor central.
O terreiro voltou ao Paço. O projecto final de requalificação da Praça do Comércio, da autoria do arquitecto Bruno Soares, foi ontem apresentado e pretende retomar a memória do antigo terreiro pombalino. A maior parte do pavimento será preenchido por uma pedra fina de cor de terra, que terá diagonais de pedra de lioz. Esta é uma da diferenças relativamente ao Estudo Prévio, onde era dado um grande destaque aos losangos e onde o contraste de cores era acentuado.
Depois da polémica e da fase de discussão pública, muitas das ideias para o Terreiro, caíram... por terra. O corredor central que unia a Rua Augusta ao Cais das Colunas foi um dos elementos "apagados" do desenho (ver caixa). Já em termos de legitimidade, este projecto parte com uma vantagem em relação ao Estudo Prévio. "Acolheu os pareceres das entidades competentes, quer da CML quer do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico)", revelou o presidente da Sociedade Frente Tejo, Biencard da Cruz.
Além disso, Bruno Soares confessa que "acolheu grande parte das críticas", reconhecendo que "houve pontos criticados com razão".
Porém, atacou "aqueles que dizem que a praça deve ficar na mesma", pois considera que "o Terreiro do Paço bateu no fundo".
O arquitecto explica que a matriz inicial do projecto se manteve. Ou seja, os "passeios laterais vão ser alargados e a presença do automóvel na praça vai ser reduzida de 40 para 11%."
Neste aspecto, Bruno Soares lembrou que "antigamente havia cinco faixas de rodagem a separar a Rua Augusta do rio, mas agora são apenas duas".
Quanto às esplanadas, houve preocupação em não as incluí-las como elemento inflexível do projecto. "Não vamos desenhar uma praça condicionada a uma loja ou café, mas temos que a preparar para ser uma área de usos múltiplos", defendeu o arquitecto. Ou seja, as esplanadas vão existir, mas devem ter uma presença sazonal na praça, ocupando parte dos passeios laterais no Verão.
Até porque, segundo esclarece Bruno Soares, "o Terreiro do Paço não tem que ser a sala de estar de Lisboa. Isso é o Rossio".
O arquitecto reforçou também a ideia de ligar a praça ao rio e ao resto da cidade e de manter o conceito de "unidade". "Por isso, tudo o que deva segmentar a praça, como árvores, não deve existir", adverte. Bruno Soares defendeu também que a praça "deverá estar preparada para manifestações espontâneas e organizadas, como eventos musicais".
Outro dos elementos muito criticado no Estudo Prévio foi a existência de degraus. Bruno Soares decidiu então manter apenas dois na placa central que "servem para as pessoas perceberem que estão num plano diferente e não para dificultar a circulação".
No final da apresentação, Biencard Cruz reforçou que este era o projecto final e que já não deverá sofrer grandes alterações. Será portanto assim (ver imagem em baixo) o novo Terreiro do Paço, que Biencard Cruz espera estar concluído a tempo da comemoração do centenário da República, a 5 de Outubro de 2010.
As cores do piso da placa central esbateram-se, tal como o impacto dos losangos. O pavimento será preenchido com uma pedra fina granulada e as diagonais serão de pedra de lioz.
O Cais das Colunas continua a ser um importante elemento de ligação entre a praça e o rio, mas perde destaque relativamente ao Estudo Prévio. Mantém-se semicircular.
Projecto mantém a ideia de reduzir a presença do automóvel na praça de 40 para 11 %. A existência de apenas duas vias na Ribeira das Naus é um dado adquirido no novo projecto.
Na placa central, o losango escuro que marcava a estátua real de D. José desapareceu e foi substituído por um círculo de pedra, num tom suave, que não terá mais de 30 centímetros.
Passeios laterais vão ser alargados e, eventualmente, ocupados por esplanadas. Terão um padrão inspirado nas cartas marítimas do século XVI e serão em pedra lioz e pedra preta»
...
Bom, parece que afinal houve duas conferência de imprensa na mesma hora, no mesmo local, tais as diferenças nos artigos do DN e do Público.
Segundo o presente artigo os losangos foram apagados e o areão foi substituído por pedra fina mas com diagonais ...
Já agora, para se evitar mais "brainstormings" com risco de se fundirem lâmpadas ... convinha que os desenhos actuais, aqueles que são o projecto "final" fosse colocados online, já que os que estão no site da Sociedade Frente Tejo ainda são os mesmos da versão que antes de ser prévia já era definitiva, não fosse haver uns quantos que requereram na CML que houvesse uma sessão de apresentação do projecto em curso para o Terreiro do Paço... ainda que tivesse sido uma sessão privada, mas que serviu de ponta de iceberg.
Por favor, divulguem os tais de desenhos "finais".
Lisboa agradece.
por RUI PEDRO ANTUNESHoje
«Após críticas ao Estudo Prévio, o arquitecto Bruno Soares fez várias alterações ao projecto de requalificação da Praça da Comércio. Do desenho inicial foram "apagados" losangos, contrastes e o corredor central.
O terreiro voltou ao Paço. O projecto final de requalificação da Praça do Comércio, da autoria do arquitecto Bruno Soares, foi ontem apresentado e pretende retomar a memória do antigo terreiro pombalino. A maior parte do pavimento será preenchido por uma pedra fina de cor de terra, que terá diagonais de pedra de lioz. Esta é uma da diferenças relativamente ao Estudo Prévio, onde era dado um grande destaque aos losangos e onde o contraste de cores era acentuado.
Depois da polémica e da fase de discussão pública, muitas das ideias para o Terreiro, caíram... por terra. O corredor central que unia a Rua Augusta ao Cais das Colunas foi um dos elementos "apagados" do desenho (ver caixa). Já em termos de legitimidade, este projecto parte com uma vantagem em relação ao Estudo Prévio. "Acolheu os pareceres das entidades competentes, quer da CML quer do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico)", revelou o presidente da Sociedade Frente Tejo, Biencard da Cruz.
Além disso, Bruno Soares confessa que "acolheu grande parte das críticas", reconhecendo que "houve pontos criticados com razão".
Porém, atacou "aqueles que dizem que a praça deve ficar na mesma", pois considera que "o Terreiro do Paço bateu no fundo".
O arquitecto explica que a matriz inicial do projecto se manteve. Ou seja, os "passeios laterais vão ser alargados e a presença do automóvel na praça vai ser reduzida de 40 para 11%."
Neste aspecto, Bruno Soares lembrou que "antigamente havia cinco faixas de rodagem a separar a Rua Augusta do rio, mas agora são apenas duas".
Quanto às esplanadas, houve preocupação em não as incluí-las como elemento inflexível do projecto. "Não vamos desenhar uma praça condicionada a uma loja ou café, mas temos que a preparar para ser uma área de usos múltiplos", defendeu o arquitecto. Ou seja, as esplanadas vão existir, mas devem ter uma presença sazonal na praça, ocupando parte dos passeios laterais no Verão.
Até porque, segundo esclarece Bruno Soares, "o Terreiro do Paço não tem que ser a sala de estar de Lisboa. Isso é o Rossio".
O arquitecto reforçou também a ideia de ligar a praça ao rio e ao resto da cidade e de manter o conceito de "unidade". "Por isso, tudo o que deva segmentar a praça, como árvores, não deve existir", adverte. Bruno Soares defendeu também que a praça "deverá estar preparada para manifestações espontâneas e organizadas, como eventos musicais".
Outro dos elementos muito criticado no Estudo Prévio foi a existência de degraus. Bruno Soares decidiu então manter apenas dois na placa central que "servem para as pessoas perceberem que estão num plano diferente e não para dificultar a circulação".
No final da apresentação, Biencard Cruz reforçou que este era o projecto final e que já não deverá sofrer grandes alterações. Será portanto assim (ver imagem em baixo) o novo Terreiro do Paço, que Biencard Cruz espera estar concluído a tempo da comemoração do centenário da República, a 5 de Outubro de 2010.
As cores do piso da placa central esbateram-se, tal como o impacto dos losangos. O pavimento será preenchido com uma pedra fina granulada e as diagonais serão de pedra de lioz.
O Cais das Colunas continua a ser um importante elemento de ligação entre a praça e o rio, mas perde destaque relativamente ao Estudo Prévio. Mantém-se semicircular.
Projecto mantém a ideia de reduzir a presença do automóvel na praça de 40 para 11 %. A existência de apenas duas vias na Ribeira das Naus é um dado adquirido no novo projecto.
Na placa central, o losango escuro que marcava a estátua real de D. José desapareceu e foi substituído por um círculo de pedra, num tom suave, que não terá mais de 30 centímetros.
Passeios laterais vão ser alargados e, eventualmente, ocupados por esplanadas. Terão um padrão inspirado nas cartas marítimas do século XVI e serão em pedra lioz e pedra preta»
...
Bom, parece que afinal houve duas conferência de imprensa na mesma hora, no mesmo local, tais as diferenças nos artigos do DN e do Público.
Segundo o presente artigo os losangos foram apagados e o areão foi substituído por pedra fina mas com diagonais ...
Já agora, para se evitar mais "brainstormings" com risco de se fundirem lâmpadas ... convinha que os desenhos actuais, aqueles que são o projecto "final" fosse colocados online, já que os que estão no site da Sociedade Frente Tejo ainda são os mesmos da versão que antes de ser prévia já era definitiva, não fosse haver uns quantos que requereram na CML que houvesse uma sessão de apresentação do projecto em curso para o Terreiro do Paço... ainda que tivesse sido uma sessão privada, mas que serviu de ponta de iceberg.
Por favor, divulguem os tais de desenhos "finais".
Lisboa agradece.
Esta pode ser a nova imagem do Terreiro do Paço já em 2010
In Público (26/6/2009)
Inês Boaventura
«O estudo foi revisto e acolheu boa parte das críticas, mas mantém os polémicos degraus para chegar ao Cais das Colunas
O corredor em pedra a ligar o arco da Rua Augusta ao Cais das Colunas desapareceu, os losangos da placa central foram esbatidos, a estátua de D. José passou a assentar num círculo em vez de um losango e o Cais das Colunas não vai ser transformado numa plataforma circular. O estudo prévio para o projecto do arquitecto Bruno Soares para o Terreiro do Paço acolheu, segundo disse ontem o próprio, "grande parte das críticas" que foram feitas por cidadãos, técnicos e órgãos de administração, e tem a "concordância" do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).
Em conferência de imprensa, o arquitecto admitiu que a versão preliminar do projecto era "criticável" e tinha aspectos que "claramente tinham que ser revistos", salientando que, "obviamente, um projecto não resulta de um somatório de opiniões", sendo necessário fazer "um balanço e valoração dos vários contributos".
Já o presidente da sociedade Frente Tejo refutou as críticas que têm sido feitas pela inexistência de um concurso público para escolher o autor do projecto e pela falta de um debate público, afirmando que houve "uma auscultação ampla", da qual resultaram "contributos muito relevantes e importantes". "Consideramos estar a cumprir os princípios da participação e da transparência", concluiu Biencard Cruz.
Quanto ao facto de a versão preliminar ter sido chumbada pelo Igespar, pelo impacto visual, arrumação da placa central e enquadramento da estátua, o presidente da sociedade garantiu, em declarações aos jornalistas à margem da conferência de imprensa, que o projecto revisto tinha tido "parecer favorável sem condicionantes". Horas mais tarde, a assessora de imprensa da Frente Tejo corrigiu esta informação, afirmando que, afinal, "o projecto ainda não foi formalmente aprovado pelo Igespar, porque esta versão não foi ainda submetida oficialmente para o efeito", existindo apenas "acordo de princípios".
Os losangos
Acolhendo aquela que foi uma das maiores críticas ao desenho inicial, Bruno Soares manteve os losangos no chão da placa central, mas decidiu optar por "uma proximidade de cores e tons muito grande". Tanto a base como as linhas diagonais que nela vão ser traçadas serão em lioz, mas enquanto a primeira será numa pedra fina e granulada para manter a imagem do antigo terreiro, as linhas serão de pedra lisa.
"Não vamos determinar como se usa a praça através do chão", garante o arquitecto, explicando que insistiu nos losangos para "dar a perceber que é uma grande praça, não um espaço estático e fechado". O também muito contestado corredor em pedra a unir a Rua Augusta ao Cais das Colunas desapareceu e a estátua de D. José deixou de assentar num losango, opção que Bruno Soares admite ter sido "um erro".
Na nova versão do estudo, a estátua será "bordejada por uma faixa de pedra" e continuará a estar sobreelevada, a uma altura que num dos lados atingirá os 30 centímetros. Também a polémica sobreelevação da placa central do Terreiro do Paço em relação ao Cais das Colunas se vai manter, apesar de os cinco degraus inicialmente previstos serem agora transformados em dois degraus seguidos de um patamar e mais dois degraus, o que, na opinião do arquitecto, torna a aproximação "mais suave".
Aqui, a grande diferença é que o Cais das Colunas, que o arquitecto considera ser o elemento "mais importante" da praça e aquele que a "diferencia de qualquer outra praça real", não será transformado numa plataforma circular. Bruno Soares explica que a insistência nos contestados degraus, que serão ladeados por "duas rampas muito suaves", "não é para dificultar a circulação, é para as pessoas terem a percepção de que é uma situação diferente".
As esplanadas
Já os passeios nas laterais, que vão ser alargados e receberão esplanadas, continuarão a ter "um padrão das cartas de marear do século XVI", num material ainda a definir, mas que se prevê que seja atravessado por linhas vermelhas e pretas. O passeio junto à Avenida Ribeira das Naus que, com a introdução do novo modelo de circulação automóvel, passou a ter duas faixas em calçada de granito, será em calçada à portuguesa.
O que também se mantém, apesar de ter gerado contestação, é o desnível entre o centro da praça e uma das laterais do Terreiro do Paço, onde, segundo Bruno Soares, haverá um lancil com 15 centímetros e dois socalcos com 25 cm cada, para "revelar o acontecimento histórico" que foi o abatimento do torreão poente.
As árvores
Já a possibilidade de plantar árvores na praça, onde estas chegaram a existir nos séculos XIX e XX, foi rejeitada pelo arquitecto, por considerar que iriam "segmentar o espaço" e contribuir para se "perder a sua dimensão". Além disso, explicou, a vizinha Avenida Ribeira das Naus vai ser arborizada, pelo que não fazia sentido "deturpar a Praça do Comércio nem pô-la a concorrer com outros espaços".
O autor do estudo para o projecto de requalificação, que se pretende esteja concluída a tempo da comemoração do centenário da implantação da República, em Outubro de 2010, quer que esta passe a ser uma praça utilizada no Verão e no Inverno, de dia e de noite, no quotidiano e em festas e outros acontecimentos. Para tal vão ser desenvolvidos projectos específicos de iluminação e de mobiliário urbano, que contemplará palcos, instalações temporárias, apoios para exposições, mercados e esplanadas.
Bruno Soares diz que a alteração já introduzida pela câmara na circulação automóvel, que estiveram na origem de uma providência cautelar interposta pelo Automóvel Clube de Portugal, "é fundamental, é essencial para sustentar esta remodelação". Igualmente importantes, acrescentou, são os projectos de reutilização dos edifícios da praça (e de toda a Baixa) e e recuperação das suas fachadas.
Bruno Soares quer uma praça para ser usada de Verão e Inverno, de noite e de dia e em qualquer circunstância»
...
O conceito que estes senhores da Frente Tejo têm de "debate público" merece a atenção dos enciclopedistas, que o dicionário não o contempla. O que tem havido é críticas por todo o lado ao tal projecto que mais não é que estudo prévio, mas que afinal vira projecto e "arrancará" já em Agosto.
Isso e mais os pareceres, que afinal ainda não o são, enfim, todo um chorrilho de peripécias que fazem deste processo do Terreiro do Paço o exemplo vivo do que não deve ser a gestão de Lisboa.
Não fossem uns quantos e este projecto teria passado despercebido da maior parte das pessoas. O grave não é que um atelier de uma empresa privada com capitais públicos o faça, o grave é que quem manda, e neste caso é a CML e o Governo, o permita, o aprove ou, imagine-se, o promova.
Voltando ao projecto em si, eu diria que o que bateu no fundo foi a credibilidade da Sociedade Frente Tejo e dos seus dirigentes. Noutra qualquer capital civilizada já todos teriam pedido a demissão e a sociedade seria extinta.
O que está em causa é o Terreiro do Paço, não é uma praceta onde se fazem experiências urbanísticas, ou se marca o território com gostos ou tonterias pessoais.
Por isso o projecto tem levado "pancada" de todos, até dos mais improváveis. Levou-a dos ex-colegas de empresa; levou-a, violentamente, da "comissão de sábios"; levou-a de colegas de profissão; levou-a dos técnicos da CML; levou-a da AML; levou-a dos técnicos do Igespar; levou-a de historiadores e olissipógrafos; levou-a de notáveis e, mais importante, levou-a do cidadão comum.
Posto isto, que resolveram os senhores? Fazer de conta que houve debate público, eliminar 2-3 pormenores polémicos (o "curro", a cor ocre carregada, os 2 lanços de degraus ao longo da frente rio da placa central com quase 1 metro de altura, a meia-laranja patética junto ao Cais das Colunas) e "suavizar" a intervenção:
- Eliminam o losango verde por debaixo da estátua e assente em 3 degraus, tornando-o um círculo assente em 2 degraus. Pergunta-se: para quê fazerem seja o que for por debaixo da estátua? O que devem fazer é RESTAURÁ-LA!
- Losangos mais suaves, pressuponho que mais esbatidos. Pergunta-se: para quê o losango? Porque não placas rectangulares, ou, mais de acordo com o conceito de "terreiro" (que é perigoso), uma superfície uniforme? E o areão, desapareceu? Porque não pedra? Por ser mais cara? O que devem fazer na placa central é NÃO INVENTAR!
- Os 5 degraus da placa central viram 2 lanços de 2 degraus com mais uma plataforma? Mas estamos a brincar aos problemas de aritmética da Primária? A placa não tem que ter nenhuns degraus. O declive sempre existiu e sempre passou despercebido. Não há razão nenhuma para haver degraus. Justificá-los é assumir incompetência, pois outros com menos meios conseguiram resolver. Mais uma vez, NÃO INVENTEM!
Por fim, este assunto não pode ser resolvido nas férias de Verão, ainda por cima antes de eleições. Trata-se de um tema demasiado importante para avançar sem um amplo debate público, como deve ser, com recolha formal e por escrito das sugestões, críticas, etc., com todos os pareceres das entidades competentes (serviços da CML, Igespar, etc.) a serem incorporados no projecto final, e depois disso formalmente aprovado pela CML e AML, que é onde estão os representantes eleitos (bem ou mal) pelos cidadãos. (aliás, um projecto desta natureza até devia ir à AR)
Tudo o mais cheira a esturro. Os empreiteiros que ESPEREM!
Caso contrário, os eleitores não vão perdoar.
Inês Boaventura
«O estudo foi revisto e acolheu boa parte das críticas, mas mantém os polémicos degraus para chegar ao Cais das Colunas
O corredor em pedra a ligar o arco da Rua Augusta ao Cais das Colunas desapareceu, os losangos da placa central foram esbatidos, a estátua de D. José passou a assentar num círculo em vez de um losango e o Cais das Colunas não vai ser transformado numa plataforma circular. O estudo prévio para o projecto do arquitecto Bruno Soares para o Terreiro do Paço acolheu, segundo disse ontem o próprio, "grande parte das críticas" que foram feitas por cidadãos, técnicos e órgãos de administração, e tem a "concordância" do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).
Em conferência de imprensa, o arquitecto admitiu que a versão preliminar do projecto era "criticável" e tinha aspectos que "claramente tinham que ser revistos", salientando que, "obviamente, um projecto não resulta de um somatório de opiniões", sendo necessário fazer "um balanço e valoração dos vários contributos".
Já o presidente da sociedade Frente Tejo refutou as críticas que têm sido feitas pela inexistência de um concurso público para escolher o autor do projecto e pela falta de um debate público, afirmando que houve "uma auscultação ampla", da qual resultaram "contributos muito relevantes e importantes". "Consideramos estar a cumprir os princípios da participação e da transparência", concluiu Biencard Cruz.
Quanto ao facto de a versão preliminar ter sido chumbada pelo Igespar, pelo impacto visual, arrumação da placa central e enquadramento da estátua, o presidente da sociedade garantiu, em declarações aos jornalistas à margem da conferência de imprensa, que o projecto revisto tinha tido "parecer favorável sem condicionantes". Horas mais tarde, a assessora de imprensa da Frente Tejo corrigiu esta informação, afirmando que, afinal, "o projecto ainda não foi formalmente aprovado pelo Igespar, porque esta versão não foi ainda submetida oficialmente para o efeito", existindo apenas "acordo de princípios".
Os losangos
Acolhendo aquela que foi uma das maiores críticas ao desenho inicial, Bruno Soares manteve os losangos no chão da placa central, mas decidiu optar por "uma proximidade de cores e tons muito grande". Tanto a base como as linhas diagonais que nela vão ser traçadas serão em lioz, mas enquanto a primeira será numa pedra fina e granulada para manter a imagem do antigo terreiro, as linhas serão de pedra lisa.
"Não vamos determinar como se usa a praça através do chão", garante o arquitecto, explicando que insistiu nos losangos para "dar a perceber que é uma grande praça, não um espaço estático e fechado". O também muito contestado corredor em pedra a unir a Rua Augusta ao Cais das Colunas desapareceu e a estátua de D. José deixou de assentar num losango, opção que Bruno Soares admite ter sido "um erro".
Na nova versão do estudo, a estátua será "bordejada por uma faixa de pedra" e continuará a estar sobreelevada, a uma altura que num dos lados atingirá os 30 centímetros. Também a polémica sobreelevação da placa central do Terreiro do Paço em relação ao Cais das Colunas se vai manter, apesar de os cinco degraus inicialmente previstos serem agora transformados em dois degraus seguidos de um patamar e mais dois degraus, o que, na opinião do arquitecto, torna a aproximação "mais suave".
Aqui, a grande diferença é que o Cais das Colunas, que o arquitecto considera ser o elemento "mais importante" da praça e aquele que a "diferencia de qualquer outra praça real", não será transformado numa plataforma circular. Bruno Soares explica que a insistência nos contestados degraus, que serão ladeados por "duas rampas muito suaves", "não é para dificultar a circulação, é para as pessoas terem a percepção de que é uma situação diferente".
As esplanadas
Já os passeios nas laterais, que vão ser alargados e receberão esplanadas, continuarão a ter "um padrão das cartas de marear do século XVI", num material ainda a definir, mas que se prevê que seja atravessado por linhas vermelhas e pretas. O passeio junto à Avenida Ribeira das Naus que, com a introdução do novo modelo de circulação automóvel, passou a ter duas faixas em calçada de granito, será em calçada à portuguesa.
O que também se mantém, apesar de ter gerado contestação, é o desnível entre o centro da praça e uma das laterais do Terreiro do Paço, onde, segundo Bruno Soares, haverá um lancil com 15 centímetros e dois socalcos com 25 cm cada, para "revelar o acontecimento histórico" que foi o abatimento do torreão poente.
As árvores
Já a possibilidade de plantar árvores na praça, onde estas chegaram a existir nos séculos XIX e XX, foi rejeitada pelo arquitecto, por considerar que iriam "segmentar o espaço" e contribuir para se "perder a sua dimensão". Além disso, explicou, a vizinha Avenida Ribeira das Naus vai ser arborizada, pelo que não fazia sentido "deturpar a Praça do Comércio nem pô-la a concorrer com outros espaços".
O autor do estudo para o projecto de requalificação, que se pretende esteja concluída a tempo da comemoração do centenário da implantação da República, em Outubro de 2010, quer que esta passe a ser uma praça utilizada no Verão e no Inverno, de dia e de noite, no quotidiano e em festas e outros acontecimentos. Para tal vão ser desenvolvidos projectos específicos de iluminação e de mobiliário urbano, que contemplará palcos, instalações temporárias, apoios para exposições, mercados e esplanadas.
Bruno Soares diz que a alteração já introduzida pela câmara na circulação automóvel, que estiveram na origem de uma providência cautelar interposta pelo Automóvel Clube de Portugal, "é fundamental, é essencial para sustentar esta remodelação". Igualmente importantes, acrescentou, são os projectos de reutilização dos edifícios da praça (e de toda a Baixa) e e recuperação das suas fachadas.
Bruno Soares quer uma praça para ser usada de Verão e Inverno, de noite e de dia e em qualquer circunstância»
...
O conceito que estes senhores da Frente Tejo têm de "debate público" merece a atenção dos enciclopedistas, que o dicionário não o contempla. O que tem havido é críticas por todo o lado ao tal projecto que mais não é que estudo prévio, mas que afinal vira projecto e "arrancará" já em Agosto.
Isso e mais os pareceres, que afinal ainda não o são, enfim, todo um chorrilho de peripécias que fazem deste processo do Terreiro do Paço o exemplo vivo do que não deve ser a gestão de Lisboa.
Não fossem uns quantos e este projecto teria passado despercebido da maior parte das pessoas. O grave não é que um atelier de uma empresa privada com capitais públicos o faça, o grave é que quem manda, e neste caso é a CML e o Governo, o permita, o aprove ou, imagine-se, o promova.
Voltando ao projecto em si, eu diria que o que bateu no fundo foi a credibilidade da Sociedade Frente Tejo e dos seus dirigentes. Noutra qualquer capital civilizada já todos teriam pedido a demissão e a sociedade seria extinta.
O que está em causa é o Terreiro do Paço, não é uma praceta onde se fazem experiências urbanísticas, ou se marca o território com gostos ou tonterias pessoais.
Por isso o projecto tem levado "pancada" de todos, até dos mais improváveis. Levou-a dos ex-colegas de empresa; levou-a, violentamente, da "comissão de sábios"; levou-a de colegas de profissão; levou-a dos técnicos da CML; levou-a da AML; levou-a dos técnicos do Igespar; levou-a de historiadores e olissipógrafos; levou-a de notáveis e, mais importante, levou-a do cidadão comum.
Posto isto, que resolveram os senhores? Fazer de conta que houve debate público, eliminar 2-3 pormenores polémicos (o "curro", a cor ocre carregada, os 2 lanços de degraus ao longo da frente rio da placa central com quase 1 metro de altura, a meia-laranja patética junto ao Cais das Colunas) e "suavizar" a intervenção:
- Eliminam o losango verde por debaixo da estátua e assente em 3 degraus, tornando-o um círculo assente em 2 degraus. Pergunta-se: para quê fazerem seja o que for por debaixo da estátua? O que devem fazer é RESTAURÁ-LA!
- Losangos mais suaves, pressuponho que mais esbatidos. Pergunta-se: para quê o losango? Porque não placas rectangulares, ou, mais de acordo com o conceito de "terreiro" (que é perigoso), uma superfície uniforme? E o areão, desapareceu? Porque não pedra? Por ser mais cara? O que devem fazer na placa central é NÃO INVENTAR!
- Os 5 degraus da placa central viram 2 lanços de 2 degraus com mais uma plataforma? Mas estamos a brincar aos problemas de aritmética da Primária? A placa não tem que ter nenhuns degraus. O declive sempre existiu e sempre passou despercebido. Não há razão nenhuma para haver degraus. Justificá-los é assumir incompetência, pois outros com menos meios conseguiram resolver. Mais uma vez, NÃO INVENTEM!
Por fim, este assunto não pode ser resolvido nas férias de Verão, ainda por cima antes de eleições. Trata-se de um tema demasiado importante para avançar sem um amplo debate público, como deve ser, com recolha formal e por escrito das sugestões, críticas, etc., com todos os pareceres das entidades competentes (serviços da CML, Igespar, etc.) a serem incorporados no projecto final, e depois disso formalmente aprovado pela CML e AML, que é onde estão os representantes eleitos (bem ou mal) pelos cidadãos. (aliás, um projecto desta natureza até devia ir à AR)
Tudo o mais cheira a esturro. Os empreiteiros que ESPEREM!
Caso contrário, os eleitores não vão perdoar.
25/06/2009
Mas não há quem ponha termo a isto?
Uma pessoa só se apercebe da enorme dificuldade que colocar um pilarete ou dois deve ser quando vê que se enviou um mail à Junta de Freguesia em 5 de Maio e a 25 de Junho ainda não há o mais pequeno sinal do que quer que seja.
Claro que a CML só tem 11.000 ou 12.000 funcionários, o que é manifestamente pouco. Entretanto, os automóveis continuam, alegre e gratuitamente, a impedir a passagem de peões.
Claro que a CML só tem 11.000 ou 12.000 funcionários, o que é manifestamente pouco. Entretanto, os automóveis continuam, alegre e gratuitamente, a impedir a passagem de peões.
Adenda: grafia corrigida.
Obras do Teatro da Garagem no Teatro Taborda levam a abertura de inquérito
In Visão (Lusa)
«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), anunciou hoje a abertura de um inquérito sobre as alterações introduzidas no Teatro Taborda pela companhia teatro da Garagem, uma questão levantada pelo vereador comunista Ruben de Carvalho.
Lusa
Ruben de Carvalho questionou hoje que o interior do teatro, que foi recentemente alvo de obras de requalificação "exemplar" a cargo da autarquia, tivesse sido pintado de negro.
A pintura, nalguns locais sobre talha dourada, foi realizada pela companhia de teatro que usou a sala, o Teatro da Garagem.»
O quê? Nem o Taborda escapa à infâmia? Aquele teatrino devia ser tudo menos monopolizado por uma companhia de teatro, seja ela qual for. Só uma aposta na diversidade permanente da oferta cultural fará com que o Taborda deixe alguma de ser o que continua a ser: uma sala fora de mão, a que só a curiosidade e o gosto pelo "mignon" são capazes de obviar.
«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), anunciou hoje a abertura de um inquérito sobre as alterações introduzidas no Teatro Taborda pela companhia teatro da Garagem, uma questão levantada pelo vereador comunista Ruben de Carvalho.
Lusa
Ruben de Carvalho questionou hoje que o interior do teatro, que foi recentemente alvo de obras de requalificação "exemplar" a cargo da autarquia, tivesse sido pintado de negro.
A pintura, nalguns locais sobre talha dourada, foi realizada pela companhia de teatro que usou a sala, o Teatro da Garagem.»
O quê? Nem o Taborda escapa à infâmia? Aquele teatrino devia ser tudo menos monopolizado por uma companhia de teatro, seja ela qual for. Só uma aposta na diversidade permanente da oferta cultural fará com que o Taborda deixe alguma de ser o que continua a ser: uma sala fora de mão, a que só a curiosidade e o gosto pelo "mignon" são capazes de obviar.
Projecto do Terreiro do Paço reformulado apresentado hoje
In Sol Online (25/6/2009)
«O projecto de requalificação do Terreiro do Paço com as alterações introduzidas pelo autor, o arquitecto Bruno Soares, na sequência do debate público é hoje apresentado
O estudo prévio deste projecto, que mereceu parecer favorável da Câmara de Lisboa, foi alvo de várias críticas, a última das dos deputados da maioria PSD na Assembleia Municipal, que consideraram que a intervenção naquela zona teria que ser enquadrada por um plano de pormenor e, como tal, sujeita a apreciação por aquele órgão autárquico.
A própria presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz, em declarações na imprensa, afirmou que a obra é ilegal porque não será antecedida de um plano de pormenor ou de urbanização.
Contudo, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, contrapôs esta posição, dizendo ter pareceres jurídicos que demonstram que a requalificação do Terreiro do Paço não necessita de ser sujeita a um plano de pormenor.
«Uma intervenção em zonas históricas no espaço público não obriga a plano de pormenor», disse Manuel Salgado perante a Assembleia Municipal, citando «pareceres jurídicos solicitados aos serviços da Câmara».
As críticas também se estenderam à sociedade civil, com o Fórum Cidadania Lisboa a promover uma petição pela realização de um debate público sobre o futuro do Terreiro do Paço, assinada, entre outras personalidades, por José Miguel Júdice, que inicialmente aceitou liderar a Sociedade Frente Tejo, responsável pela obra de reabilitação da Praça do Comércio, mas acabou por abandonar o cargo por razões ainda por esclarecer.
O estudo prévio apresentado por Bruno Soares à Câmara de Lisboa previa a duplicação dos passeios laterais convertidos em 'passeios-esplanada' e o condicionamento substancial da circulação automóvel no local.
O pavimento seria inspirado nas rotas oceânicas e a sua representação na cartografia portuguesa do século XVI, com o lioz a revestir os passeios e embutido de faixas de pedra vermelha, amarela e preta.
O passeio ribeirinho resultaria do alargamento do actual passeio junto ao rio, de 3,5 metros para 4,5 metros, tendo continuidade num novo percurso marginal a construir na Ribeira das Naus até ao Cais do Sodré.
No estudo prévio, a placa central da praça tinha um pavimento com um desenho definido por faixas cruzadas de pedra de lioz e de basalto, marcando linhas de perspectiva oblíquas que «acentuam a grande dimensão do espaço».
O projecto previa ainda um passeio central, que prolonga a Rua Augusta até ao rio, ligando o Arco ao Cais das Colunas.
No estudo prévio, a estátua real de D. José I era assinalada através da inscrição num losango diferenciado pela cor verde do pavimento e pela marcação de um pequeno desnível (três degraus laterais) em relação ao pavimento do terreiro central.
A chegada ao Cais das Colunas estava prevista a uma cota ligeiramente superior, cerca de 75 centímetros, acedendo através de escada e de rampas laterais.
Lusa / SOL»
...
É apresentado hoje? Onde? A que horas? Quem promove?
A notícia tem ainda duas incongruências:
«na sequência do debate público [...]»
Qual debate público? O da Ordem dos Arquitectos? Os artigos de jornal? Debate público traduz-se na abertura de um período de sessões públicas de apresentação, com recolha de opiniões de todos os interessados, por escrito e oralmente, com datas claras de abertura e fecho, seguido de período de reformulação e explicações por que são/não são consideradas as sugestões e críticas. Posto isto, oficializar o projecto, por via de aprovação pela CML e AML. Isso sim é um debate público. Tudo o mais são pozinhos para os olhos.
«A chegada ao Cais das Colunas estava prevista a uma cota ligeiramente superior, cerca de 75 centímetros, acedendo através de escada e de rampas laterais.»
Não são/eram(?) 75cm mas mais de 90cm e não é/era só a chegada ao Cais das Colunas a ter esse diferencial de cota, mas toda a frente da placa central virada para o rio e torreão poente.
VAMOS A DEBATE PÚBLICO!
«O projecto de requalificação do Terreiro do Paço com as alterações introduzidas pelo autor, o arquitecto Bruno Soares, na sequência do debate público é hoje apresentado
O estudo prévio deste projecto, que mereceu parecer favorável da Câmara de Lisboa, foi alvo de várias críticas, a última das dos deputados da maioria PSD na Assembleia Municipal, que consideraram que a intervenção naquela zona teria que ser enquadrada por um plano de pormenor e, como tal, sujeita a apreciação por aquele órgão autárquico.
A própria presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz, em declarações na imprensa, afirmou que a obra é ilegal porque não será antecedida de um plano de pormenor ou de urbanização.
Contudo, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, contrapôs esta posição, dizendo ter pareceres jurídicos que demonstram que a requalificação do Terreiro do Paço não necessita de ser sujeita a um plano de pormenor.
«Uma intervenção em zonas históricas no espaço público não obriga a plano de pormenor», disse Manuel Salgado perante a Assembleia Municipal, citando «pareceres jurídicos solicitados aos serviços da Câmara».
As críticas também se estenderam à sociedade civil, com o Fórum Cidadania Lisboa a promover uma petição pela realização de um debate público sobre o futuro do Terreiro do Paço, assinada, entre outras personalidades, por José Miguel Júdice, que inicialmente aceitou liderar a Sociedade Frente Tejo, responsável pela obra de reabilitação da Praça do Comércio, mas acabou por abandonar o cargo por razões ainda por esclarecer.
O estudo prévio apresentado por Bruno Soares à Câmara de Lisboa previa a duplicação dos passeios laterais convertidos em 'passeios-esplanada' e o condicionamento substancial da circulação automóvel no local.
O pavimento seria inspirado nas rotas oceânicas e a sua representação na cartografia portuguesa do século XVI, com o lioz a revestir os passeios e embutido de faixas de pedra vermelha, amarela e preta.
O passeio ribeirinho resultaria do alargamento do actual passeio junto ao rio, de 3,5 metros para 4,5 metros, tendo continuidade num novo percurso marginal a construir na Ribeira das Naus até ao Cais do Sodré.
No estudo prévio, a placa central da praça tinha um pavimento com um desenho definido por faixas cruzadas de pedra de lioz e de basalto, marcando linhas de perspectiva oblíquas que «acentuam a grande dimensão do espaço».
O projecto previa ainda um passeio central, que prolonga a Rua Augusta até ao rio, ligando o Arco ao Cais das Colunas.
No estudo prévio, a estátua real de D. José I era assinalada através da inscrição num losango diferenciado pela cor verde do pavimento e pela marcação de um pequeno desnível (três degraus laterais) em relação ao pavimento do terreiro central.
A chegada ao Cais das Colunas estava prevista a uma cota ligeiramente superior, cerca de 75 centímetros, acedendo através de escada e de rampas laterais.
Lusa / SOL»
...
É apresentado hoje? Onde? A que horas? Quem promove?
A notícia tem ainda duas incongruências:
«na sequência do debate público [...]»
Qual debate público? O da Ordem dos Arquitectos? Os artigos de jornal? Debate público traduz-se na abertura de um período de sessões públicas de apresentação, com recolha de opiniões de todos os interessados, por escrito e oralmente, com datas claras de abertura e fecho, seguido de período de reformulação e explicações por que são/não são consideradas as sugestões e críticas. Posto isto, oficializar o projecto, por via de aprovação pela CML e AML. Isso sim é um debate público. Tudo o mais são pozinhos para os olhos.
«A chegada ao Cais das Colunas estava prevista a uma cota ligeiramente superior, cerca de 75 centímetros, acedendo através de escada e de rampas laterais.»
Não são/eram(?) 75cm mas mais de 90cm e não é/era só a chegada ao Cais das Colunas a ter esse diferencial de cota, mas toda a frente da placa central virada para o rio e torreão poente.
VAMOS A DEBATE PÚBLICO!
Câmara de Lisboa aprova providência cautelar contra obra da EDP em Monsanto
In Público (25/6/2009)
«Os vereadores da oposição na Câmara de Lisboa viabilizaram ontem uma proposta do PCP para a interposição de uma providência cautelar contra a decisão do Governo de instalar uma sub-estação de electricidade em Monsanto.
A deliberação foi aprovada com os votos favoráveis de todos os partidos da oposição -- Lisboa com Carmona, Cidadãos por Lisboa, PSD e PCP -- e os votos contra dos vereadores do PS e do vereador José Sá Fernandes. A ideia de a autarquia interpor uma providência cautelar foi avançada pelo vereador do PCP Ruben de Carvalho, tendo subscrito a proposta os restantes vereadores da oposição.
Apesar de a Câmara ter aprovado, com os votos da oposição, um parecer desfavorável, há cerca de um mês, o Governo suspendeu o Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa por resolução do Conselho de Ministros de 17 de Junho para instalar a sub-estação no Monsanto. "O Parque de Monsanto não pode ser retalhado por alegado 'interesse regional e nacional' quando há outras alternativas de localização da sub-estação", lê-se na deliberação aprovada em reunião do executivo municipal.
Segundo a deliberação camarária, "os estudos ambientais em que o Governo se baseou são estudos internos realizados a pedido da REN em 2005 e não obedecem às exigências de participação e transparência dos processos de avaliação de impacte ambiental à luz da legislação portuguesa".
O presidente da Câmara, António Costa (PS), defendeu a instalação da sub-estação em Monsanto, considerando uma "obra útil e necessária à cidade, que não danifica Monsanto". António Costa considerou ainda serem "vantajosas" as contrapartidas que foram negociadas e que envolviam a reposição no parque florestal das cerca de 200 árvores que será necessário abater naquela zona. Ruben de Carvalho e Helena Roseta foram escolhidos como interlocutores dos vereadores da oposição junto dos serviços jurídicos da autarquia, que darão seguimento à deliberação camarária. Lusa»
«Os vereadores da oposição na Câmara de Lisboa viabilizaram ontem uma proposta do PCP para a interposição de uma providência cautelar contra a decisão do Governo de instalar uma sub-estação de electricidade em Monsanto.
A deliberação foi aprovada com os votos favoráveis de todos os partidos da oposição -- Lisboa com Carmona, Cidadãos por Lisboa, PSD e PCP -- e os votos contra dos vereadores do PS e do vereador José Sá Fernandes. A ideia de a autarquia interpor uma providência cautelar foi avançada pelo vereador do PCP Ruben de Carvalho, tendo subscrito a proposta os restantes vereadores da oposição.
Apesar de a Câmara ter aprovado, com os votos da oposição, um parecer desfavorável, há cerca de um mês, o Governo suspendeu o Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa por resolução do Conselho de Ministros de 17 de Junho para instalar a sub-estação no Monsanto. "O Parque de Monsanto não pode ser retalhado por alegado 'interesse regional e nacional' quando há outras alternativas de localização da sub-estação", lê-se na deliberação aprovada em reunião do executivo municipal.
Segundo a deliberação camarária, "os estudos ambientais em que o Governo se baseou são estudos internos realizados a pedido da REN em 2005 e não obedecem às exigências de participação e transparência dos processos de avaliação de impacte ambiental à luz da legislação portuguesa".
O presidente da Câmara, António Costa (PS), defendeu a instalação da sub-estação em Monsanto, considerando uma "obra útil e necessária à cidade, que não danifica Monsanto". António Costa considerou ainda serem "vantajosas" as contrapartidas que foram negociadas e que envolviam a reposição no parque florestal das cerca de 200 árvores que será necessário abater naquela zona. Ruben de Carvalho e Helena Roseta foram escolhidos como interlocutores dos vereadores da oposição junto dos serviços jurídicos da autarquia, que darão seguimento à deliberação camarária. Lusa»
24/06/2009
Bairro da Liberdade
Decreto n.º 15/2009. D.R. n.º 120, Série I de 2009-06-24
Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
Concede ao município de Lisboa o direito de preferência nas transmissões a título oneroso, entre os particulares, pelo prazo de três anos, dos terrenos ou edifícios situados na área crítica de recuperação e reconversão urbanística do Bairro da Liberdade, na cidade de Lisboa
Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
Concede ao município de Lisboa o direito de preferência nas transmissões a título oneroso, entre os particulares, pelo prazo de três anos, dos terrenos ou edifícios situados na área crítica de recuperação e reconversão urbanística do Bairro da Liberdade, na cidade de Lisboa
Centros de saúde custam 7 milhões
In Diário de Notícias (24/6/2009)
por RUI PEDRO ANTUNESHoje
«Câmara discute hoje cedência de terrenos a Ministério da Saúde.
Cerca de 7,1 milhões de euros vão ser investidos em seis novos centros de saúde em Lisboa. Mas, para isso, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) terá de aprovar hoje, em sessão camarária, a celebração de um contrato-programa com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSL VT). Este acordo contempla a cedência de terrenos por parte da autarquia para a edificação desses equipamentos.
Belém, Boavista, Carnide, Campolide, Alta de Lisboa Norte e Benfica são as zonas que terão novas unidades de saúde.
O Centro de Saúde de Carnide custará 1,4 milhões de euros e terá uma área de construção de 1363 metros quadrados, num terreno com 4800 metros quadrados. Este é um dos casos que implica a cedência de terrenos da autarquia. Porém, tal não é consensual. O projecto do centro de Carnide implica a cedência de terrenos do Parque dos Artistas de Circo, mas há três meses, quando começaram a ser despejados pela polícia, os moradores resistiram e prometeram recorrer para tribunal.
Contratempos à parte, a minuta do contrato-programa a assinar entre a Câmara e a ARSLVT prevê que as obras deverão estar concluídas em dois anos.
O Centro de Saúde da Boavista custará 500 mil euros, Belém 900 mil, Campolide 1,2 milhões, Alta de Lisboa 1,7 milhões e Benfica 1,4 milhões. A área ocupada por todos os centros será de 15 465 metros quadrados.»
por RUI PEDRO ANTUNESHoje
«Câmara discute hoje cedência de terrenos a Ministério da Saúde.
Cerca de 7,1 milhões de euros vão ser investidos em seis novos centros de saúde em Lisboa. Mas, para isso, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) terá de aprovar hoje, em sessão camarária, a celebração de um contrato-programa com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSL VT). Este acordo contempla a cedência de terrenos por parte da autarquia para a edificação desses equipamentos.
Belém, Boavista, Carnide, Campolide, Alta de Lisboa Norte e Benfica são as zonas que terão novas unidades de saúde.
O Centro de Saúde de Carnide custará 1,4 milhões de euros e terá uma área de construção de 1363 metros quadrados, num terreno com 4800 metros quadrados. Este é um dos casos que implica a cedência de terrenos da autarquia. Porém, tal não é consensual. O projecto do centro de Carnide implica a cedência de terrenos do Parque dos Artistas de Circo, mas há três meses, quando começaram a ser despejados pela polícia, os moradores resistiram e prometeram recorrer para tribunal.
Contratempos à parte, a minuta do contrato-programa a assinar entre a Câmara e a ARSLVT prevê que as obras deverão estar concluídas em dois anos.
O Centro de Saúde da Boavista custará 500 mil euros, Belém 900 mil, Campolide 1,2 milhões, Alta de Lisboa 1,7 milhões e Benfica 1,4 milhões. A área ocupada por todos os centros será de 15 465 metros quadrados.»
23/06/2009
Alumínios, PVCs, antenas e outras enfermidades
Chegado por e-mail:
«Recentemente o English Heritage efectuou um levantamento/ inquérito sobre quais os problemas que afectam Áreas de Conservação identificadas pelas autoridades locais
Abaixo segue a lista dos principais problemas, bem como a sua frequência:
- Vãos em PVC (83%);
- Má manutenção de estradas e passeios (60%);
- Ocupação desordenada da via (45%);
- Perda de vedações e jardins particulares (43%);
- Antenas parabólicas (38%);
- Medidas de condicionamento automóvel (36%);
- Alterações no edificado (34%);
- Aumento da área de construção sem preocupação de enquadramento (31%);
- Publicidade (23%);
- Espaços verdes negligenciados (18%).
Com excepção das vedações, que no nosso contexto talvez não seja muito aplicável (sendo substiuído pelos logradouros), os problemas não parecem ser distintos dos que afectam as nossas cidades.
Basta passear na baixa e outros bairros históricos para ver como a substituição de portas e janelas por outras de alumínio e PVC, e a instalação de antenas parabólicas e outras parafernálias contribuem para a má imagem do edificado, e consequentemente do espaço urbano.
Como o mau estado dos pavimentos, o excesso e desorganização da sinalização, mupis e outros obstáulos descaracterizam as vias públicas.
Com base neste estudo, o English Heritage vai lançar uma campanha de sensibilização aos residentes, grupos locais e políticos.
Nesta campanha pede-se:
1. A protecção de pequenos mas importantes detalhes como janelas e portas,
2. Que as autoridades locais tenham maior cuidado com as áreas públicas;
3. Envolver as pessoas.
Sem dúvida uma demostração de clarividência de que são mesmo os pequenos pormenores que fazem a diferença.
Que é o empenho das autoridades, no âmbito da sua actividade de fiscalização que pode evitar que se cometam erros e iligalidades de difícil correcção. que os seus agentes estajam atentos ao espaço público.
Que sem o envolvimento das populações dificilmente os objectivos serão cumpridos.
[...]
Cumprimentos,
Rui Dias»
«Recentemente o English Heritage efectuou um levantamento/ inquérito sobre quais os problemas que afectam Áreas de Conservação identificadas pelas autoridades locais
Abaixo segue a lista dos principais problemas, bem como a sua frequência:
- Vãos em PVC (83%);
- Má manutenção de estradas e passeios (60%);
- Ocupação desordenada da via (45%);
- Perda de vedações e jardins particulares (43%);
- Antenas parabólicas (38%);
- Medidas de condicionamento automóvel (36%);
- Alterações no edificado (34%);
- Aumento da área de construção sem preocupação de enquadramento (31%);
- Publicidade (23%);
- Espaços verdes negligenciados (18%).
Com excepção das vedações, que no nosso contexto talvez não seja muito aplicável (sendo substiuído pelos logradouros), os problemas não parecem ser distintos dos que afectam as nossas cidades.
Basta passear na baixa e outros bairros históricos para ver como a substituição de portas e janelas por outras de alumínio e PVC, e a instalação de antenas parabólicas e outras parafernálias contribuem para a má imagem do edificado, e consequentemente do espaço urbano.
Como o mau estado dos pavimentos, o excesso e desorganização da sinalização, mupis e outros obstáulos descaracterizam as vias públicas.
Com base neste estudo, o English Heritage vai lançar uma campanha de sensibilização aos residentes, grupos locais e políticos.
Nesta campanha pede-se:
1. A protecção de pequenos mas importantes detalhes como janelas e portas,
2. Que as autoridades locais tenham maior cuidado com as áreas públicas;
3. Envolver as pessoas.
Sem dúvida uma demostração de clarividência de que são mesmo os pequenos pormenores que fazem a diferença.
Que é o empenho das autoridades, no âmbito da sua actividade de fiscalização que pode evitar que se cometam erros e iligalidades de difícil correcção. que os seus agentes estajam atentos ao espaço público.
Que sem o envolvimento das populações dificilmente os objectivos serão cumpridos.
[...]
Cumprimentos,
Rui Dias»
A propósito da Sex Shop do Príncipe Real
Há uns tempos este post falava da abertura de uma sex shop no Príncipe Real:
http://cidadanialx.blogspot.com/2009/03/uma-sex-shop-no-principe-real.html
Pois bem...o local onde devia abrir a sex shop é agora a sede de campanha de Pedro Santana Lopes.
Os cartazes a dizerem "brevemente" sex shop" foram substituídos por fotografias de Lisboa e promessas de campanha.
É assim...
http://cidadanialx.blogspot.com/2009/03/uma-sex-shop-no-principe-real.html
Pois bem...o local onde devia abrir a sex shop é agora a sede de campanha de Pedro Santana Lopes.
Os cartazes a dizerem "brevemente" sex shop" foram substituídos por fotografias de Lisboa e promessas de campanha.
É assim...
Ainda a Mercearia Ideal do Bairro Azul
Como anunciado aqui, recentemente e há anos, a Mercearia Ideal do Bairro Azul é o último exemplar naquela zona de uma "espécie" em vias de extinção.
Como é sabido, o Bairro Azul ganhou na semana passada, finalmente, o estatuto de Imóvel de Interesse Municipal, coisa que esperava desde 2002 ... e como durante esse período tanta coisa se adulterou (segundo a lei, pelo simples facto do processo de classificação se ter aberto, o objecto em causa passa a usufruir em pleno do estatuto de quem já o é).
Pois bem, nos últimos anos, têm vindo os proprietários da mercearia em causa a ser "sensibilizados" pela CML no sentido de destruirem tudo quanto têm ainda de genuíno (estantes de madeira e alguns pormenores de época) de modo a fazerem da pequena loja uma loja seguindo os "cânones" comunitários (o que é profundamente falso), ou seja, alumínio e inox com fartura.
Assim, os proprietários, cuja intenção primeira era remodelarem a loja mas recuperando e mantendo os elementos característicos de época, ameaçados com o fecho imediato da loja, viram-se obrigados a submeter um projecto de alterações à CML que pressupõe o arranque de todos os elementos de época.
A curiosidade reside na contradição: enquanto os técnicos do património classificam o bairro e, por maioria de razão, a loja ou o que resta dela; noutro departamento, os respectivos fiscais (suponho que sem formação absolutamente nenhuma, voluntária ou não), impuseram aos donos a alteração radical da loja, de nada valendo a vontade daqueles ou as manifestações de solidariedade da Comissão de Moradores do Bairro Azul.
Coisa estranha. A averiguar muito em breve.
Contas dos Executivos de Santana Lopes e Carmona chumbadas
In Sol Online (23/6/2009)
«O Tribunal de Contas (TC) chumbou as contas da Câmara de Lisboa de 2005, apontando sobreavaliação de receitas, irregularidades detectadas no funcionamento dos refeitórios e violação das normas da contratação pública
Num relatório a que a Lusa teve acesso e em que o TC analisou a gerência de um ano em que a presidência da autarquia foi partilhada entre Santana Lopes e Carmona Rodrigues, o tribunal indica ainda que 2005 contribuiu para o aumento da dívida a fornecedores, sublinhando que as dívidas a curto prazo cresceram 24 por cento em relação ao ano anterior.
«O crescente agravamento do montante da dívida a fornecedores evidencia que a transferência de fontes de financiamento - de instituições financeiras para fornecedores - já constatada desde 2003 se continua a verificar», afirma o TC.
De acordo com o documento, a utilização da capacidade de endividamento passou de 65 por cento em 2001 para 182 por cento em 2003, 146 por cento em 2004 e 211 por cento em 2005.
O TC sublinha ainda que, em termos de execução orçamental, «apurou-se que o ano de 2004 é aquele que apresenta menores taxas de execução, que ao nível da receita (62 por cento) quer ao nível da despesa (65 por cento)».
De acordo com o relatório, em 2005 estes valores subiram, com taxas de execução de 85 por cento (receita) e 77 por cento (despesa), fruto da venda de «uma parte significativa» dos fogos de habitação social e à alienação de terrenos, «com particular relevância para os da Feira Popular».
O TC diz ainda que «o sistema de inventário permanente obrigatório pelo Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL) ainda não é aplicado» pela autarquia.
O relatório do Tribunal aponta ainda a permuta entre a HSE - Empreendimentos Imobiliários, Lda e o município de Lisboa, que implicou a transmissão da titularidade de vários lotes de terreno para a empresa e como contrapartida para a autarquia a entrega de obras de infra-estruturas já realizadas, «configura um negócio que envolvia a construção de uma obra pública» e deveria ter sido objecto de concurso público.
«A autarquia de Lisboa deveria ter procedido à abertura do procedimento administrativo aplicável em função do valor da obra, pelo que, não o tendo feito, foram violadas as normas da contratação pública», afirma o TC.
O TC conclui ainda que as contas de 2005 do município de Lisboa «não reflectem toda a realidade patrimonial e as relações com terceiros».
A gerência de 2005 da Câmara de Lisboa é a quarta consecutiva a ser chumbada pelo Tribunal de Contas.
Lusa / SOL»
«O Tribunal de Contas (TC) chumbou as contas da Câmara de Lisboa de 2005, apontando sobreavaliação de receitas, irregularidades detectadas no funcionamento dos refeitórios e violação das normas da contratação pública
Num relatório a que a Lusa teve acesso e em que o TC analisou a gerência de um ano em que a presidência da autarquia foi partilhada entre Santana Lopes e Carmona Rodrigues, o tribunal indica ainda que 2005 contribuiu para o aumento da dívida a fornecedores, sublinhando que as dívidas a curto prazo cresceram 24 por cento em relação ao ano anterior.
«O crescente agravamento do montante da dívida a fornecedores evidencia que a transferência de fontes de financiamento - de instituições financeiras para fornecedores - já constatada desde 2003 se continua a verificar», afirma o TC.
De acordo com o documento, a utilização da capacidade de endividamento passou de 65 por cento em 2001 para 182 por cento em 2003, 146 por cento em 2004 e 211 por cento em 2005.
O TC sublinha ainda que, em termos de execução orçamental, «apurou-se que o ano de 2004 é aquele que apresenta menores taxas de execução, que ao nível da receita (62 por cento) quer ao nível da despesa (65 por cento)».
De acordo com o relatório, em 2005 estes valores subiram, com taxas de execução de 85 por cento (receita) e 77 por cento (despesa), fruto da venda de «uma parte significativa» dos fogos de habitação social e à alienação de terrenos, «com particular relevância para os da Feira Popular».
O TC diz ainda que «o sistema de inventário permanente obrigatório pelo Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL) ainda não é aplicado» pela autarquia.
O relatório do Tribunal aponta ainda a permuta entre a HSE - Empreendimentos Imobiliários, Lda e o município de Lisboa, que implicou a transmissão da titularidade de vários lotes de terreno para a empresa e como contrapartida para a autarquia a entrega de obras de infra-estruturas já realizadas, «configura um negócio que envolvia a construção de uma obra pública» e deveria ter sido objecto de concurso público.
«A autarquia de Lisboa deveria ter procedido à abertura do procedimento administrativo aplicável em função do valor da obra, pelo que, não o tendo feito, foram violadas as normas da contratação pública», afirma o TC.
O TC conclui ainda que as contas de 2005 do município de Lisboa «não reflectem toda a realidade patrimonial e as relações com terceiros».
A gerência de 2005 da Câmara de Lisboa é a quarta consecutiva a ser chumbada pelo Tribunal de Contas.
Lusa / SOL»
Câmara de Lisboa discute cedência de terrenos ao ministério para construir seis centros de saúde
In Público (23/6/2009)
«A Câmara de Lisboa vai ceder à Administração Regional de Saúde (ARS) terrenos municipais para a construção de seis centros de saúde, de acordo com um contrato-programa que será discutido quarta-feira em reunião do executivo.
Em causa está a construção dos centros de saúde de Belém, Boavista, Carnide, Campolide, Alta de Lisboa Norte e de Benfica (Rua Rodrigues Miguéis). As obras deverão estar concluídas no prazo de dois anos, segundo a minuta do contrato-
-programa a assinar entre a câmara e a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, citada pela agência Lusa.
O direito de superfície dos terrenos cedido à ARS vigorará enquanto os serviços de saúde se mantiverem instalados nos edifícios a construir. O Centro de Saúde da Boavista deverá custar 500 mil euros, ocupando uma área de cerca de 500 metros quadrados de construção. A unidade de Belém ficará em 900 mil euros, com uma área de construção de 843 metros quadrados. Já o centro de Carnide está orçado em um milhão e 400 mil euros e terá uma área de construção de 1363 metros quadrado. A infra-estrutura de Campolide está estimada em 1,2 milhões de euros e terá uma área de construção de 1171 metros quadrados, enquanto a unidade da Alta de Lisboa Norte deverá custar 1,7 milhões de euros, para uma área de construção de 1686 metros quadrados .
Finalmente, prevê-se que o Centro de Saúde de Benfica fique em um milhão e 400 mil euros, contando com uma área de construção de 1363 metros quadrados.
A carta de equipamentos de saúde, elaborada pelo pelouro da Acção Social, da vereadora Ana Sara Brito (PS), apontou para a necessidade de novas unidades nas áreas de influência dos centros de saúde de Benfica, Lumiar, Sete Rios, Olivais, Marvila, Ajuda e Alameda. »
«A Câmara de Lisboa vai ceder à Administração Regional de Saúde (ARS) terrenos municipais para a construção de seis centros de saúde, de acordo com um contrato-programa que será discutido quarta-feira em reunião do executivo.
Em causa está a construção dos centros de saúde de Belém, Boavista, Carnide, Campolide, Alta de Lisboa Norte e de Benfica (Rua Rodrigues Miguéis). As obras deverão estar concluídas no prazo de dois anos, segundo a minuta do contrato-
-programa a assinar entre a câmara e a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, citada pela agência Lusa.
O direito de superfície dos terrenos cedido à ARS vigorará enquanto os serviços de saúde se mantiverem instalados nos edifícios a construir. O Centro de Saúde da Boavista deverá custar 500 mil euros, ocupando uma área de cerca de 500 metros quadrados de construção. A unidade de Belém ficará em 900 mil euros, com uma área de construção de 843 metros quadrados. Já o centro de Carnide está orçado em um milhão e 400 mil euros e terá uma área de construção de 1363 metros quadrado. A infra-estrutura de Campolide está estimada em 1,2 milhões de euros e terá uma área de construção de 1171 metros quadrados, enquanto a unidade da Alta de Lisboa Norte deverá custar 1,7 milhões de euros, para uma área de construção de 1686 metros quadrados .
Finalmente, prevê-se que o Centro de Saúde de Benfica fique em um milhão e 400 mil euros, contando com uma área de construção de 1363 metros quadrados.
A carta de equipamentos de saúde, elaborada pelo pelouro da Acção Social, da vereadora Ana Sara Brito (PS), apontou para a necessidade de novas unidades nas áreas de influência dos centros de saúde de Benfica, Lumiar, Sete Rios, Olivais, Marvila, Ajuda e Alameda. »
António Arroio entre as escolas de Lisboa que procuram "imagem contemporânea"
In Público (23/6/2009)
Inês Boaventura
«O projecto do arquitecto Francisco Aires Mateus inclui ampliação do edificado, requalificação dos espaços exteriores, uma nova galeria de arte e uma sala de cinema com 250 lugares
O programa de modernização do parque escolar do ensino secundário abrange, até ao momento, 18 escolas do concelho de Lisboa, cujos edifícios vão ser requalificados para corrigir problemas construtivos, melhorar condições de conforto ambiental, segurança e acessibilidade e promover a adequação às actuais exigências da organização escolar, ganhando assim "uma imagem contemporânea". Uma delas é a António Arroio, que vai ser ampliada segundo um projecto do arquitecto Francisco Aires Mateus para "responder às necessidades da actual procura de ensino artístico".
As explicações são da direcção de comunicação e imagem da empresa de capitais públicos Parque Escolar, responsável pela concretização do programa do Ministério da Educação, segundo a qual as obras nas escolas D. João de Castro e D. Dinis já estão concluídas. Actualmente em curso está a requalificação das escolas D. Pedro V, Eça de Queirós, Gil Vicente, Josefa de Óbidos, Marquesa de Alorna, Passos Manuel, Pedro Nunes, Rainha D. Amélia e Filipa de Lencastre.
Já adjudicadas foram as obras na António Arroio, por 19,692 milhões de euros, e na Rainha D. Leonor, por 10,198 milhões, ambas com um prazo de 18 meses. "Entre final de Junho e meados de Julho", segundo a Parque Escolar, serão adjudicados os trabalhos em mais cinco escolas em Lisboa: Padre António Vieira, Francisco Arruda, Prof. Herculano de Carvalho, Vergílio Ferreira e Pedro Santarém.
A intervenção na António Arroio, que desde 1970 funciona junto à Rotunda das Olaias, inclui, de acordo com a mesma fonte, a "correcção de problemas construtivos e melhoria de condições de habitabilidade, a reorganização dos espaços lectivos e não lectivos" e a ampliação do edifício. O projecto foi desenvolvido por Francisco Aires Mateus, que durante dois anos estudou na escola, hoje frequentada por uma das suas filhas.
"É naturalmente um projecto especial por uma questão afectiva", reconhece o arquitecto, que diz que recebeu o convite "com grande agrado". Aires Mateus sublinha a "grande complexidade" da tarefa, não só pela "degradação normal" do edifício após 40 anos de vida "só com obras pontuais de requalificação", mas também por se tratar de um estabelecimento vocacionado para o ensino artístico, com "10 ou 12 diferentes unidades quase industriais", cada uma com especificidades ao nível de áreas como a ventilação e a recolha de resíduos.
O edifício, que actualmente tem cerca de 12 mil metros quadrados de pavimentos, vai passar a ter 23 mil, através da construção de mais um piso na maior parte da sua extensão (embora na zona da cerâmica se passe de um para três pisos) e do surgimento de "alguns edifícios novos", ligados ao corpo principal. Aires Mateus explica que desta forma passará a haver espaço para o ensino das "áreas mais clássicas", como cerâmica, carpintaria, têxteis e ourivesaria, mas também das "áreas das novas tecnologias", que estão "mais desprotegidas em termos de instalações" porque se foram instalando nos espaços sobrantes.
O arquitecto acrescenta que também os espaços exteriores, que estavam "um bocadinho abandonados", e a "bastante debilitada" área desportiva vão ser alvo de obras, através das quais se procurará ainda criar uma relação "mais fluida" entre os espaços cobertos e descobertos da escola. Possibilitar a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida e melhorar a segurança das oficinas são outras intenções do projecto, que dá resposta às "questões de conforto acústico, térmico e das novas energias", segundo Aires Mateus.
"Além do programa estritamente escolar", acrescenta, a António Arroio passará a ter uma nova galeria de arte, em substituição da existente, algumas áreas expositivas dispersas para o acervo da escola e uma sala de cinema com cerca de 250 lugares. O projecto de Aires Mateus pode ser visto na escola, na Rua do Coronel Ferreira do Amaral, aos dias úteis entre as 12h e as 19h, até 3 de Julho»
Inês Boaventura
«O projecto do arquitecto Francisco Aires Mateus inclui ampliação do edificado, requalificação dos espaços exteriores, uma nova galeria de arte e uma sala de cinema com 250 lugares
O programa de modernização do parque escolar do ensino secundário abrange, até ao momento, 18 escolas do concelho de Lisboa, cujos edifícios vão ser requalificados para corrigir problemas construtivos, melhorar condições de conforto ambiental, segurança e acessibilidade e promover a adequação às actuais exigências da organização escolar, ganhando assim "uma imagem contemporânea". Uma delas é a António Arroio, que vai ser ampliada segundo um projecto do arquitecto Francisco Aires Mateus para "responder às necessidades da actual procura de ensino artístico".
As explicações são da direcção de comunicação e imagem da empresa de capitais públicos Parque Escolar, responsável pela concretização do programa do Ministério da Educação, segundo a qual as obras nas escolas D. João de Castro e D. Dinis já estão concluídas. Actualmente em curso está a requalificação das escolas D. Pedro V, Eça de Queirós, Gil Vicente, Josefa de Óbidos, Marquesa de Alorna, Passos Manuel, Pedro Nunes, Rainha D. Amélia e Filipa de Lencastre.
Já adjudicadas foram as obras na António Arroio, por 19,692 milhões de euros, e na Rainha D. Leonor, por 10,198 milhões, ambas com um prazo de 18 meses. "Entre final de Junho e meados de Julho", segundo a Parque Escolar, serão adjudicados os trabalhos em mais cinco escolas em Lisboa: Padre António Vieira, Francisco Arruda, Prof. Herculano de Carvalho, Vergílio Ferreira e Pedro Santarém.
A intervenção na António Arroio, que desde 1970 funciona junto à Rotunda das Olaias, inclui, de acordo com a mesma fonte, a "correcção de problemas construtivos e melhoria de condições de habitabilidade, a reorganização dos espaços lectivos e não lectivos" e a ampliação do edifício. O projecto foi desenvolvido por Francisco Aires Mateus, que durante dois anos estudou na escola, hoje frequentada por uma das suas filhas.
"É naturalmente um projecto especial por uma questão afectiva", reconhece o arquitecto, que diz que recebeu o convite "com grande agrado". Aires Mateus sublinha a "grande complexidade" da tarefa, não só pela "degradação normal" do edifício após 40 anos de vida "só com obras pontuais de requalificação", mas também por se tratar de um estabelecimento vocacionado para o ensino artístico, com "10 ou 12 diferentes unidades quase industriais", cada uma com especificidades ao nível de áreas como a ventilação e a recolha de resíduos.
O edifício, que actualmente tem cerca de 12 mil metros quadrados de pavimentos, vai passar a ter 23 mil, através da construção de mais um piso na maior parte da sua extensão (embora na zona da cerâmica se passe de um para três pisos) e do surgimento de "alguns edifícios novos", ligados ao corpo principal. Aires Mateus explica que desta forma passará a haver espaço para o ensino das "áreas mais clássicas", como cerâmica, carpintaria, têxteis e ourivesaria, mas também das "áreas das novas tecnologias", que estão "mais desprotegidas em termos de instalações" porque se foram instalando nos espaços sobrantes.
O arquitecto acrescenta que também os espaços exteriores, que estavam "um bocadinho abandonados", e a "bastante debilitada" área desportiva vão ser alvo de obras, através das quais se procurará ainda criar uma relação "mais fluida" entre os espaços cobertos e descobertos da escola. Possibilitar a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida e melhorar a segurança das oficinas são outras intenções do projecto, que dá resposta às "questões de conforto acústico, térmico e das novas energias", segundo Aires Mateus.
"Além do programa estritamente escolar", acrescenta, a António Arroio passará a ter uma nova galeria de arte, em substituição da existente, algumas áreas expositivas dispersas para o acervo da escola e uma sala de cinema com cerca de 250 lugares. O projecto de Aires Mateus pode ser visto na escola, na Rua do Coronel Ferreira do Amaral, aos dias úteis entre as 12h e as 19h, até 3 de Julho»
Para quem....
....não gostou das motorizadas de Roma....aqui ficam as bicicletas de København !
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(eu sei do problema das colinas, calor, grávidas, idosos, etc.)
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(eu sei do problema das colinas, calor, grávidas, idosos, etc.)
Comissão de Habitação rejeita venda de palácios em Lisboa
A Comissão de Habitação vai recomendar à Assembleia Municipal de Lisboa que recuse a venda dos palácios que a autarquia quer alienar para serem transformados em hotéis de charme, disse à Lusa fonte daquela estrutura.
“A nossa posição mantém-se na defesa de que os edifícios não precisariam de deixar de ser propriedade municipal e que a autarquia poderia concessioná-los para que fossem recuperados e usados como hotéis de charme, por exemplo”, disse o presidente da comissão, Pedro Portugal Gaspar.
A proposta inicial de venda em bloco de seis edifícios apresentada pela autarquia acabou por ser chumbada pela Comissão em Janeiro e a Câmara reformulou a ideia, optando por excluir o edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça, no Largo Rodrigues de Freitas (Socorro) e apresentar propostas de alienação separadas para cada um dos restantes.
Para a próxima Assembleia Municipal, está agendada a discussão de duas propostas de alienação, relativas aos palácios Benagazil, junto ao aeroporto, e Visconde do Rio Seco, no Bairro Alto.
“Como o vereador, na reunião que manteve com a Comissão, assumiu que não são estas vendas que vão resolver os problemas financeiros da autarquia, apenas libertaria a câmara das despesas de recuperação dos imóveis, consideramos que havia outras opções”, disse Pedro Portugal Gaspar.
Nos casos do palácio Visconde do Rio Seco, a Comissão propunha que o imóvel fosse recuperado, com o custo a ser englobado no empréstimo de 120 milhões de euros para reabilitação urbana que a autarquia pretende contrair junto do Banco Europeu de Investimento.
“O custo estimado dessa recuperação é cerca de um milhão de euros”, avançou o responsável, adiantando que o edifício poderia depois ser transformado em residência universitária.
“Até ajudaria a dar vida ao Bairro Alto”, realçou.
No que se refere ao Palácio Benagazil, a Comissão defende que o edifício poderia ser concessionado para que uma qualquer entidade privada pudesse recuperá-la utilizá-la para sede.
“Uma das hipóteses propostas por elementos da Comissão era a EPUL, que com os novos estatutos ganhará a vertente da recuperação, recuperar o imóvel e usá-lo para sua sede, em vez que estar a pagar renda pelas actuais instalações”, exemplificou.
“Temos dúvidas que a localização do palácio seja atractiva para um hotel de charme. Se estivéssemos a falar para hotéis de apoio ao aeroporto, para estadias curtas…”, afirmou o responsável.
De acordo com Pedro Portugal Gaspar, os elementos do Partido Socialista que participaram na reunião foram os únicos a apoiar as propostas de alienação de palácios da autarquia.
Além dos palácios Benagazil e Visconde do Rio Seco, estavam incluídos na proposta inicial da autarquia o Palácio do Machadinho, na Madragoa, e o Brancaamp, no Príncipe Real.
“A nossa posição mantém-se na defesa de que os edifícios não precisariam de deixar de ser propriedade municipal e que a autarquia poderia concessioná-los para que fossem recuperados e usados como hotéis de charme, por exemplo”, disse o presidente da comissão, Pedro Portugal Gaspar.
A proposta inicial de venda em bloco de seis edifícios apresentada pela autarquia acabou por ser chumbada pela Comissão em Janeiro e a Câmara reformulou a ideia, optando por excluir o edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça, no Largo Rodrigues de Freitas (Socorro) e apresentar propostas de alienação separadas para cada um dos restantes.
Para a próxima Assembleia Municipal, está agendada a discussão de duas propostas de alienação, relativas aos palácios Benagazil, junto ao aeroporto, e Visconde do Rio Seco, no Bairro Alto.
“Como o vereador, na reunião que manteve com a Comissão, assumiu que não são estas vendas que vão resolver os problemas financeiros da autarquia, apenas libertaria a câmara das despesas de recuperação dos imóveis, consideramos que havia outras opções”, disse Pedro Portugal Gaspar.
Nos casos do palácio Visconde do Rio Seco, a Comissão propunha que o imóvel fosse recuperado, com o custo a ser englobado no empréstimo de 120 milhões de euros para reabilitação urbana que a autarquia pretende contrair junto do Banco Europeu de Investimento.
“O custo estimado dessa recuperação é cerca de um milhão de euros”, avançou o responsável, adiantando que o edifício poderia depois ser transformado em residência universitária.
“Até ajudaria a dar vida ao Bairro Alto”, realçou.
No que se refere ao Palácio Benagazil, a Comissão defende que o edifício poderia ser concessionado para que uma qualquer entidade privada pudesse recuperá-la utilizá-la para sede.
“Uma das hipóteses propostas por elementos da Comissão era a EPUL, que com os novos estatutos ganhará a vertente da recuperação, recuperar o imóvel e usá-lo para sua sede, em vez que estar a pagar renda pelas actuais instalações”, exemplificou.
“Temos dúvidas que a localização do palácio seja atractiva para um hotel de charme. Se estivéssemos a falar para hotéis de apoio ao aeroporto, para estadias curtas…”, afirmou o responsável.
De acordo com Pedro Portugal Gaspar, os elementos do Partido Socialista que participaram na reunião foram os únicos a apoiar as propostas de alienação de palácios da autarquia.
Além dos palácios Benagazil e Visconde do Rio Seco, estavam incluídos na proposta inicial da autarquia o Palácio do Machadinho, na Madragoa, e o Brancaamp, no Príncipe Real.
in Lusa