15/07/2009

PSD queria chumbar plano da avenida que já tinha votado

In Público (15/7/2009)
Inês Boaventura

«Sociais-democratas preparavam-se para votar contra, mas aperceberam--se de que, por engano, já tinham viabilizado o plano da Avenida da Liberdade


O PSD preparava-se para votar contra o Plano de Urbanização da Avenida de Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE) na reunião de ontem da Assembleia Municipal de Lisboa mas foi confrontado pela sua presidente com um facto surpreendente: afinal a votação já tinha decorrido há uma semana e o partido abstivera-se, permitindo a viabilização da proposta do vice-presidente da câmara.
"Houve um mal-entendido do PSD naquilo que foi posto à votação na semana passada", justificou aos jornalistas o líder da bancada social-democrata, admitindo que "em 20 anos" de experiência na assembleia nunca lhe tinha acontecido algo semelhante. Segundo Saldanha Serra, o partido julgou, na semana passada, que se estava a votar apenas a alteração de um artigo do PUALZE, ao qual tinha sido suprimida uma alínea, e não o documento na globalidade. "Foi uma má interpretação nossa, que o PSD e o líder da bancada assumem plenamente. Não tem nada a ver com a condução dos trabalhos pela mesa", acrescentou o deputado.
E para que dúvidas não houvesse, foi ontem posta a circular na assembleia parte da acta da última reunião, na qual se dizia explicitamente que a votação a que se ia proceder visava "aprovar a proposta de versão final do PUALZE". PS e PCP votaram a favor, PSD, CDS e Os Verdes abstiveram-se e o BE votou contra.
Perante este facto consumado o líder dos sociais-democratas admite que nada pode ser feito a não ser esperar que o próximo executivo municipal altere o PUALZE, que Saldanha Serra diz ser "uma anormalidade" por promover a "terciarização" de "uma área brutal" do eixo da avenida.
O que também não foi votado ontem foi a alienação dos palácios do Machadinho e Pancas Calha, propostas que serão avaliadas pela Comissão de Habitação e Reabilitação Urbana antes de serem sujeitas ao voto da assembleia. Com o argumento de que a medida só produzia efeitos a partir de Fevereiro e portanto qualquer decisão devia ser deixada para o próximo executivo, o PSD votou contra a abertura de um concurso público para a conservação das áreas verdes da Av. da Liberdade. CDS, PCP, Verdes e BE votaram também contra. »

8 comentários:

  1. Anónimo1:37 p.m.

    votaram por engano?!

    já não há vergonha para argumentos politico-partidários!

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  2. Anónimo2:02 p.m.

    Se calhar foram à casa-de-banho na altura da votação ....
    Luís Alexandre

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  3. Gustavo Menezes3:24 p.m.

    mas que estupidez

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  4. Anónimo3:31 p.m.

    e ainda querem entregar a esta gente a CML e o país...

    ainda só ouvi o que não querem. e isso não é o mesmo que dizer o que querem, para lisboa e para o país...

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  5. Xico2056:20 p.m.

    Tendo em conta que são profissionais da politica... ...profissionalismo no seu pior!!


    De mim não hão de receber votos.

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  6. Anónimo7:55 p.m.

    rídiculo.

    Agora decidiram chumbar tudo mas desta vez saiu-lhes o tiro pela colatra!

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  7. lisboacomcosta.blogspot.com

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  8. Anónimo2:25 p.m.

    isto é que é estratégia e responsabilidade.

    ao sabor do vento e da vergonha na cara (ou falta dela)

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