Novo parquímetro portátil lançado pela EMEL suscita interesse mas ainda tem limitações

Queixas vão para os poucos sítios em que se pode recarregar o cartão
24.02.2010 - 10:17

Por Luís Filipe Sebastião, Vanessa Jorge
in "Público"

O Smart Park, novo parquímetro portátil lançado ontem pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), era ainda desconhecido para muitos dos clientes que entraram na loja da empresa, a maioria dos quais foi tratar de outros assuntos.


Queixas vão para os poucos sítios em que se pode recarregar o cartão

O Smart Park, novo parquímetro portátil lançado ontem pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), era ainda desconhecido para muitos dos clientes que entraram na loja da empresa, a maioria dos quais foi tratar de outros assuntos.
Em caso de furto, só a máquina não serve para nada (Pedro Cunha)
Embora muitos não soubessem do sistema de cartão pré-pago individual, António Torres chegou à loja com vontade de ser um dos primeiros 500 compradores, aos quais se aplicará a promoção de lançamento. "Soube pelos jornais e vim ver se ainda consigo arranjar um", afirma.

Para o arranque, a EMEL propôs um preço promocional para as primeiras cinco centenas de compradores que, por 32 euros, recebem, além do equipamento, um cartão com 30 euros para utilizar nas zonas de estacionamento pago em Lisboa.

Ana Bourbon foi atraída pela ideia do parquímetro individual "ser prático", apesar de achar limitativo que o carregamento dos cartões só possa ser feito naquela loja. "Se for por Multibanco é muito mais prático", sublinha. A EMEL espera ter esta opção disponível no prazo de duas a três semanas, bem como o carregamento em quiosques, papelarias e nos próprios parques de estacionamento.

Diogo Homem, do marketing e comunicação da EMEL, diz que no primeiro dia foram vendidos 90 destes novos parquímetros portáteis amarelos. "Muitas empresas solicitaram este serviço e foi-lhes mandado o equipamento directamente", explica. Porém, o melhor sinal da adesão manifestou-se em mais de 400 pré-inscrições, sobretudo via Internet.

O porta-voz da empresa não confirma que esteja previsto o alargamento da promoção, mas o PÚBLICO sabe que existe essa hipótese, de forma a não defraudar as expectativas dos clientes que manifestaram o interesse prévio no equipamento.

O Smart Park funciona no máximo quatro horas seguidas. No caso de precisar de mais tempo, o automobilista terá de desligar o aparelho e voltar a ligá-lo. Já se o equipamento for ligado às 16h05, por exemplo, deixa de funcionar automaticamente às 20h, hora a partir da qual o estacionamento é gratuito. Se for deixado ligado a partir dessa hora só voltará a funcionar a partir das 8h do dia seguinte. Sobre as dúvidas quanto à resistência do equipamento, que tem de ficar visível no interior do carro, onde pode ficar sujeito a elevadas temperaturas, a EMEL diz que isso foi testado no Verão passado em Lisboa, estando apto a funcionar nessas condições.