In Sol Online (15/3/2010)
«A associação ModaLisboa e a câmara municipal da capital, através do MUDE, assinaram no domingo um protocolo de parceria destinado à realização conjunta de exposições, conferências, debates e «reflexões várias»
O documento, que deixa «em aberto futuras colaborações», foi assinado antes do desfile de encerramento da 34.ª edição da ModaLisboa, que decorreu de quinta-feira a domingo no Páteo da Galé, Terreiro do Paço, e no Museu do Design e da Moda (MUDE).
Segundo a directora do museu, Bárbara Coutinho, este foi «o primeiro passo de uma rede de colaboração contínua» que permitirá desenvolver actividades que poderão «ocorrer fora da semana da moda e das paredes físicas do MUDE».
«É uma celebração que só trará dividendos para as duas instituições e para a Baixa, e que queremos profícua e contínua».
Bárbara Coutinho referiu ainda que a parceria possibilitará ao museu «oferecer à cidade uma vasta programação que permitirá a internacionalização da moda portuguesa».
Para a 34.ª edição da Moda Lisboa acreditaram-se 52 órgãos de comunicação social estrangeiros, a maior parte dos quais europeus.
No entanto, alguns têm publicações noutros continentes ou serviços internacionais, como as agências noticiosas Reuters, France Press ou Associated Press.
Entre os acreditados estiveram também a agência chinesa Xinhua, a cadeia norte-americana ABC, a TPA (Televisão Pública de Angola) e perto de uma dezena de órgãos brasileiros, da cadeia TV Globo à revista Fino Trato.
A publicação brasileira esteve representada pelo relações públicas e editor de conteúdo Paulo Marquêz, que actualmente mora em Portugal e considera que a moda nacional «ainda tem muito para crescer», sobretudo ao nível do planeamento da comunicação.
«Há uma necessidade de entender que os públicos são diferentes e não cabe mais tratá-los todos de forma igual, cada um tem desejos e necessidades diferentes», disse à Lusa.
Apesar de considerar que o Páteo da Galé «não tem a estrutura física ideal» para o evento, Paulo Marquêz acredita que a ModaLisboa tem evoluído no sentido de encarar a moda como negócio.
Já Ekaterina Zhilina, da edição russa da Cosmopolitan, sublinhou a «frescura e luminosidade» do espaço em relação ao das cinco edições anteriores, a Cidadela de Cascais, apesar de criticar a inclusão de marcas «mais comuns» no cartaz.
Sobre as criações portuguesas, a jornalista apreciou o modo como muitas propostas são efectivamente usáveis e o «experimentalismo» com os têxteis.
A ModaLisboa regressa à capital em Outubro, com a apresentação das colecções para a primavera/verão de 2011.
Lusa / SOL»
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É bom que a ModaLisboa volte a ... Lisboa. É bom que o edifício do MUDE tenha eventos que lhe vão insuflando protagonismo, de tempos a tempos. É preciso é que o edifício entre em obras, aliás, aquelas para as quais foi preciso pedir a suspensão do PDM.
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