Por Marisa Soares
«As obras de requalifi cação da Alameda da Cidade Universitária, em Lisboa, um dos projectos vencedores do Orçamento Participativo da câmara em 2011, arrancam na próxima segunda-feira e vão condicionar o trânsito naquela zona, até ao final de Maio. Depois disso, manter-se-ão as restrições à circulação de veículos no interior do campus.
A intervenção, no valor de 800 mil euros, vai levar à proibição do atravessamento entre o Campo Grande, a Avenida Prof. Gama Pinto e a Avenida Lusíada, segundo um comunicado emitido pela da Universidade de Lisboa (UL). Está prevista a criação de uma praça central na Alameda da Universidade, no lugar do actual parque de estacionamento da reitoria.
“Vamos arranjar lugares de estacionamento noutros locais do campus”, garante David Xavier, administrador da UL.
As obras, a cargo da Câmara de Lisboa, deverão também melhorar a mobilidade pedonal. Serão colocadas árvores na Alameda da Universidade e criada uma esplanada junto à Faculdade de Direito.
“A alameda não tem vida”, lamenta David Xavier, sublinhando que este projecto foi pensado com o objectivo de levar mais pessoas àquela zona, que está “completamente despida”.
“Achamos que o campus deve» ser integrado, não deve ser apenas um local de estacionamento ou de atravessamento”, afi rma, acrescentando que esta intervenção deverá também diminuir o “estacionamento selvagem” na zona. As obras vão diminuir o tráfego automóvel na alameda, passando esta a ter uma única faixa de rodagem.
A circulação de veículos que não se deslocam para a UL passa a ser proibida dentro do campus, ficando permitida apenas a passagem de ambulâncias e transportes públicos entre a alameda e a Av. Prof. Gama Pinto (Hospital de Santa Maria). Segundo David Xavier, serão colocados sinais verticais a impedir a circulação, não estando prevista a instalação de cancelas. O acesso ao Campo Grande, para quem se desloca da Avenida Lusíada (e vice-versa), passará a ser feito pela Av. das Forças Armadas e Segunda Circular.
“Isto vem dentro de uma política que a universidade tem tido de tornar o campus mais sustentável, assumir que está dentro da cidade — não é para o vedar —, mas, por outro lado, travar este processo de atravessamento por todos os lados”, acrescentou o administrador à agência Lusa. A ideia, explicou, é recuperar o projecto inicial da Cidade Universitária de “dar vida” àquela parte da cidade, nomeadamente através da construção de residências universitárias, mas que, no tempo do Estado Novo, foi sempre adiado, pelo “perigo que a ditadura viu num campus universitário no meio da cidade”.
Este projecto foi um dos cinco mais votados (com 1672 votos) na quarta edição do Orçamento Participativo de Lisboa 2011/2012, que dispunha de um total de cinco milhões de euros.»
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Independentemente do 'boneco', que se desconhece, a ideia é muito boa. Oxalá se implemente. Curiosa, esta súbita disponibilidade financeira da UL ...
o projeto ganhou financiamento como um dos projetos no orçamento participativo, sendo assim é obvio de onde vem a "subita disponibilidade financeira" da UL ^^
ResponderEliminarNão será uma boa solução?
ResponderEliminarAchamos óptima decisão.
Devem estar a brincar... Então desde o campo grande norte até entre-campos nunca poddo virar à direita? Tenho que ir a entre-campos? Estará tudo doido ou quê?
ResponderEliminarEnfim, mais uns milhares de automóveis que serão obrigado a ir pela Av das Forças armadas...
ResponderEliminarSúbita disponibilidade financeira? Será possível que os Cidadania LX não tenha percebido que o financiamento deste projecto é feito pela CML?
ResponderEliminarPortanto antes de se avançar com um eventual movimento de construção de residências universitárias vamos requalificar a alameda universitária. Antecipo "rework".
ResponderEliminarDe facto, em Lisboa, já muito pouco há para recuperar ou resolver e a alameda universitária estava uma lástima. Tudo o que se vai publicando no Cidadania é final material de arquivo.
Enfim ... prioridades de quem objetivamente não vive na cidade.
Quando é que são mesmo as eleições?
Foi um projecto aprovado no programa Lisboa Participa. Não tem nada a ver com a proximidade de eleições. Apesar de eu nao ter votado neste projecto, admito que, caso seja concretizado, é um passo no bom sentido. Parabéns a quem o propôs.
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