25/05/2015

"Lisboa é imperfeita. Que bom"


In Expresso Online (24.5.2015)

«GLOBETROTTER. Tyler Brûlé passa 250 dias por ano a viajar. Uma vez por mês vai a Tóquio. O guru das tendências mundiais escreve todas as semanas a crónica “Fast Lane” no “Financial Times”

Criou a revista "Wallpaper", em 1996, considerada a bíblia do design e arquitetura. Voltou a reinventar-se em 2007 com uma marca de media inovadora, a "Monocle", que passou a ditar tendências globais. Estatuto, qualidade de vida, reinvenção do luxo e das regras do mercado fazem dela uma revista e uma 'cultura' globalmente cobiçada. Tyler Brûlé é a "Monocle". E todos querem ver o mundo pelo seu monóculo. [...]»

7 comentários:

  1. Anónimo1:58 p.m.

    Imperfeição, onde se inclui prédios a cair a ao abandono por todo o lado, tudo grafitado, lixo espalhado por onde calha, garrafas e copos partidos pelo chão, trânsito caótico incluindo estacionamento selvagem e tuk-tuks empatadores do trânsito em vias de escoamento e do mais terceiro-mundista em termos de motores poluidores e barulhentos (são raros os tuk-tuks eléctricos), a maioria dos táxis com 20 ou mais anos, transportes públicos cheios a abarrotar (ou em greve), ruas às dezenas com o piso em péssimo estado, buracada em tudo quanto é passeio, falta de agentes onde se impõem (por exemplo, no caos quase permanente causado pelas obras da construção de um parque de estacionamento na Av. Infante Santo), tudo isso (e o mais) é o expoente máximo da QUALIDADE DE VIDA e o sr. Brûlé tem mas é o juízo brulé de ter apanhado demasiado sol na moleirinha e sem protector solar...

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  2. Anónimo8:17 p.m.

    O anónimo que se apressou a mandar a ladainha da desgraça do costume em todo o seu esplendor apenas um quarto de hora após o post esqueceu-se de se colocar a si próprio na lista.

    A infelicidade crónica e a tentação de deitar vapores furibundos pelas narinas ao mínimo pretexto é para mim um dos grandes problemas de Lisboa. Explica bem o péssimo modo como tratamos o espaço público e os outros no geral.

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  3. Anónimo9:53 a.m.

    Os avençados que toda a porcaria negam é que se deviam colocar a si próprios na lista. Embrulha e vais com sorte por eu ser educado.

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  4. Anónimo12:44 p.m.

    Acusar pessoas de negação enquanto se escreve sob a cegueira absoluta portuguesa da desgraça e da bílis é absolutamente magnífico.

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  5. Anónimo1:04 p.m.

    Olhe, ó anónimo das 8:17 da tarde:

    Indique um e um só dos problemas de Lisboa apontados no comentário da 1:58 que NÃO SEJA ABSOLUTAMENTE VERDADEIRO.

    Ande, mostre as suas capacidades...

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  6. Anónimo12:28 p.m.

    Olhe, ó anónimo das 8:17 da tarde e das 12:44 da tarde:

    Indique um e um só dos problemas de Lisboa apontados no comentário da 1:58 que NÃO SEJA ABSOLUTAMENTE VERDADEIRO.

    Ande, mostre as suas capacidades, coisa de que até agora FOI ABSOLUTAMENTE INCAPAZ...


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  7. Anónimo4:25 p.m.

    Ninguém argumentou que algum dos problemas apontados não seja verdadeiro. Nem sequer é esse o cerne da questão. Agora que há gente que gosta de tomar banho na crise, na desgraça e na ladainha, isso há. Novos, velhos, opacos, baços, comem a crise às colheres todos os dias, com o café da manhã, com o almoço, o lanche e o jantar, vivem com ela antes de dormir e acordam com ela na cabeça. Já não passam sem ela, e sentem-se mal se não voltam a visitá-la várias vezes ao dia. É um país de gente como esta, agarrada ao jornal da miséria e da parangona sensacionalista físico, internético, televisivo e radiofónico, que gosta de enumerar as razões da sua desgraça e do seu descontentamento, gosta de as atirar à pazada por todo o lado sem por uma vez pensarem se o problema não passará também por eles, sem sequer ponderarem se podem fazer alguma coisa para serem um bocadinho mais felizes, um bocado menos desgraçados. Já me obrigam a viver numa sociedade de fadistas ressabiados, e já me sinto prejudicado quando me tenho de cruzar com eles. Nem pensem que me tornam num deles.

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