29/04/2015

Restos da noite no Bairro Alto





Restos da noite no Bairro Alto ou testemunhos claros da total ausência de eficácia por parte da CML?
As várias vereações nada têm feito de concreto para sanar esta situação que vai estoirando com a cidade. Milhares de copos, de garrafas, quantidades imensas de lixo de toda a espécie, vómito, urina, se juntarmos a este lamentável cenário, as músicas estridentes que bombam dos bares, os gritos e urros iniciáticos dos grupos que, indiferentes à cidade e a quem nela vive, arrasam tudo à sua passagem, temos a receita para o desastre em termos ambientais, sanitários e de cidadania. Tudo promovido e aplaudido por esta Câmara.

Eram 11h da manhã e parte das ruas já tinha sido limpa. Asseguram as brigadas que às 7h as ruas são um mar de detritos e resíduos. Proponho que todo este lixo seja recolhido e depositado às portas dos Paços do Concelho. Talvez só assim a CML se digne a agir e vá para além do enunciar de mensagens destinadas à comunicação social, a qual sem qualquer espírito crítico se apressa em transmiti-las, deixando passar a falsa noção de que a CML está empenhada em resolver esta absoluta loucura. Nada mais longe da verdade. Nada, nem ninguém no executivo camarário pretende que a situação mude. Os milhões fáceis de um turismo sem qualidade, são aquilo que move a CML. A verdadeira qualidade de vida e de urbanidade, são noções estranhas às singulares personalidades que se passeiam nos corredores do município.

O mesmo é válido para a AML onde os "eleitos" se digladiam por um lugar ao sol neste nosso triste palco político. O desastre da noite de Lisboa, continuará assim, destruindo a cidade, tornando inabitáveis bairros inteiros, resvalando para uma zona de perigosa impunidade.  Mas que importa tudo isto? Para a CML, "os cães ladram mas a caravana passa". Em vésperas de eleições, parece-me um ditado adequado. 

Parque Eduardo VII: relvados






COMPAREÇA! ...o abate dos lódãos do Jardim Cesário Verde continua amanhã às 9h30!


Foto: Luís Marques da Silva

28/04/2015

ESPLANADAS DE LISBOA: Lg Conde Barão




Em plena ZEP de um Monumento Nacional - Palácio ALmada Carvalhais - continuamos a assistir à total impunidade e desrespeito pela Lei do Património. Estas esplanadas estão há vários anos cronicamente ocupadas com este tipo de mobiliário de plástico e cores fortes - as cadeiras e chapéus de sol que se vê nas imagens acabaram de ser "oferecidas" e instaladas no passeio público! Esta marca de cerveja já não se livra de ficar na história como uma das que mais contribui para o caos e feladade em que se encontra grande parte do espaço público dos bairros históricos de Lisboa. E é esta mesma marca que surge todos os anos como "Patrocinador Principal" das Festas de Lisboa (EGEAC).

27/04/2015

LISBOA ENTRE SÉCULOS: Paço da Rainha 12




Semi abandonado e em risco de ruir? Património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Turistificação de Lisboa: tuk-tuks na Colina do Castelo




Rua do Chão da Feira (Castelo de S. Jorge). Recebemos estas imagens de um cidadão identificado que também nos informou que esta atividade dos Tuk-Tuks, infelizmente não carece de licenças, pelo que os proprietários destas máquinas infernais estão  isentas de fazer “pedido”  segundo a legislação em vigor do licenciamento zero (!). É apenas necessário proceder ao seu registo junto da Direção Geral de Turismo – que depende do Governo -  pare se poder iniciar esta atividade. Viva a República das Bananas! É a turistificação à força, e por cima de tudo e de todos os cidadãos, da cidade de Lisboa. Turismo assim Não obrigado! Fotos de domingo 26 de Abril.

INAUGURADO MUSEU DO ALJUBE - RESISTÊNCIA E LIBERDADE


in Site da CML:

«"Devemos ter consciência do que custou a liberdade", assim sintetizou Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o alcance do novo Museu do Aljube - Resistência e Liberdade, inaugurado no dia 25 de abril nas antigas instalações da Cadeia do Aljube.

No dia em que se comemorou o 41º aniversário da Revolução do 25 de Abril, duas centenas de pessoas acorreram à inauguração do novo espaço museológico da cidade, que tem por objetivo principal preservar a memória da resistência à ditadura e da luta política pela liberdade. Ao ato inaugural compareceram, para além do presidente da edilidade, os vereadores Duarte Cordeiro, Catarina Vaz Pinto, Manuel Salgado, Paula Marques, Jorge Máximo, Carlos Castro, João Afonso, João Ferreira e Carlos Moura, diversos deputados da Assembleia da República, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, o presidente da Comissão Consultiva do Museu, António Borges Coelho, o diretor do Museu, Luís Farinha, e outros membros da Comissão Instaladora, como Manuel Veiga, Domingos Abrantes, Fernando Rosas, Alfredo Caldeira (estes três, eles próprios presos políticos durante a ditadura) e Henrique Cayatte - que assinou o desenho museológico - bem como o arquiteto responsável pela obra, Manuel Graça Dias.[...] »

Protesto-desilusão pela demolição da Barbearia Campos/ Largo-do-Chiado-4-7


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado,
Exma. Senhora Vereadora
Dra. Catarina Vaz Pinto


Cc. AML, JF e Media

Serve o presente para apresentarmos a V. Exas. o nosso protesto e manifestarmos a nossa desilusão para com a CML pela forma como consentiu, dando antes a entender que não o consentiria, na total destruição da Barbearia Campos, casa centenária até agora existente no Largo do Chiado, nº 4-7.

Com efeito, tudo quanto vier a surgir naquele local depois das obras de alterações em curso, será pura reconstrução, com um nível de autenticidade patrimonial muito baixo, uma vez que só o mobiliário e a montra serão de origem. O chão e os estuques serão novos uma vez que serão recriações, pois os originais já foram destruídos nesta obra.

Mais desiludidos estamos ao constatarmos que esta situação seria evitável, uma vez que a manutenção da barbearia não poria em risco o resto do projecto aprovado para o edifício, apresentado pelo promotor Coporgest.

Esta barbearia centenária poderia ter sido salva na sua autenticidade, se devidamente selada e protegida ("cofragem"), ilusão que foi dada pela própria CML, publicamente, mas que não se verificou na realidade.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Branco Almeida, Maria Ramalho, Alexandre Marques da Cruz, Jorge Lima, Pedro Henrique Aparício, Júlio Amorim, Maria do Rosário Reiche, Filipe Lopes, Mariana Ferreira de Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Miguel Jorge, Carlos Leite de Sousa, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge Santos Silva, Nuno Caiado, Rui Martins, Artur Lourenço, Maria João Pinto

Escola Primária de Raul Lino (Calçada da Ajuda) vai ser classificada de Interesse Municipal


Se a proposta for aprovada na reunião de CML desta 4ª Feira (Proposta n.º 267/2015 (Subscrita pela Sr.ª Vereadora Catarina Vaz Pinto e pelo Sr. Vereador Manuel Salgado) Aprovar a classificação do bem cultural constituído pelo edifício da Escola EB1 Raúl Lino da Calçada da Tapada, na Freguesia de Alcântara, como Imóvel de Interesse Municipal, nos termos da proposta;). Acho bem.

GEOMONUMENTO POENTE DA AVENIDA INFANTE SANTO BARBARAMENTE MUTILADO !!!


Geomonumentos
Geomonumentos são afloramentos geológicos; Monumentos Naturais que perpetuam uma memória e formam a página mais antiga da história da cidade de Lisboa. São referências naturais e geológicas hoje já raras que, poupadas á intensa edificação urbana, constituem um património de valor incalculável que urge preservar.

Na Avenida Infante Santo existem dois Geomomumentos constituídos por afloramentos de calcário com sílex, provenientes do Período Cretácico (Cenomaniano, com cerca de 97 milhões de anos): Um Nascente e outro Poente, ambos submetidos para classificação por proposta camarária n.º 770/2009.

O Geomonumento da Av. Infante Santo Poente, conjuntamente com a sua continuação Nascente, são um dos poucos afloramentos geológicos urbanos que constituem prova material direta da existência nesta região, há cerca de 97 milhões de anos, dum ambiente marinho tropical, pouco profundo, que gradualmente ocupou, no início do Cretácico Superior, o que eram áreas lagunares costeiras ricas em vida marinha que deixaram a sua presença na sequência de rochas calcárias, em alguns casos com intercalações nodulares de sílex que podem ser observados neste Geomonumento lisboeta. Com a emersão das rochas formadas, ocorreram processos erosivos conduzindo à formação de grutas que serviram de abrigo aos povos do Paleolítico, tendo os mesmos usado o sílex presente como matéria-prima para o fabrico de armas e utensílios.

Medidas de proteção

No sentido da Salvaguarda dos Geomonumentos em Lisboa, o Museu Nacional de História Natural, a Câmara Municipal de Lisboa, a Associação Lisboa Verde e outras entidades , têm, nos últimos anos desenvolvido esforços dos quais se salienta:

1 - O Protocolo celebrado entre o Município de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural em 3 de Fevereiro de 1998, que criou o Projeto “Geomonumentos de Lisboa” e neste âmbito os 19 locais propostos como Geomonumentos;

2 - O Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho de 2008, que estabelece o regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade, nomeadamente o seu artigo 20.º que contempla os monumentos naturais:

Monumento natural

1 - Entende-se por monumento natural uma ocorrência natural contendo um ou mais aspectos que, pela sua singularidade, raridade ou representatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais, exigem a sua conservação e a manutenção da sua integridade.

2 - A classificação de um monumento natural visa a proteção dos valores naturais, nomeadamente ocorrências notáveis do património geológico, na integridade das suas características e nas zonas imediatamente circundantes, e a adopção de medidas compatíveis com os objectivos da sua classificação, designadamente:

a) A limitação ou impedimento das formas de exploração ou ocupação susceptíveis de alterar as suas características; b) A criação de oportunidades para a investigação, educação e apreciação pública. 3 - A proposta camarária n.º 770/2009 que, em reunião de Câmara de 2 de Setembro de 2009, aprovou por maioria o Projeto ”GEOMONUMENTOS DE LISBOA” e locais propostos como Geomoumentos, aprovou o procedimento para a sua classificação como Imóveis de Interesse Municipal e aprovou o protocolo a celebrar com celebrar com o Museu Nacional de História Natural, Museu Geológico e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para divulgação de percursos turísticos e pedagógicos.

Porém, todo este trabalho integrado, foi agora seriamente posto em causa com o início da construção do futuro parque de estacionamento da Infante Santo. De facto, devido à ignorância e incúria das entidades responsáveis por esta obra: Empresa Empark e Hospital CUF Infante Santo ( pertencente à José de Mello Saúde), e notória falta de acompanhamento por parte da Câmara Municipal de Lisboa, não foi respeitada a integridade daquele Monumento Natural o que por si só revela bem a falta de sensibilidade de certos poderes económicos que esquecem que há outros valores para além do dinheiro. Demonstra igualmente o grau de atraso de Portugal no que diz respeito à Cultura e Bens Naturais que nos coloca, infelizmente, na cauda dos países europeus.

A Associação Lisboa Verde vem solicitar à Câmara Municipal de Lisboa, ao Museu Nacional de História Natural e à Junta de Freguesia da Estrela ( Lei n.º !07/2001), entidades com responsabilidades sobre a salvaguarda daquele Monumento Natural, que tomem uma posição inequívoca de condenação pelo ocorrido, e medidas de salvaguarda que impeçam a continuação das agressões, devendo, quanto a nós. a CML aplicar uma sanção monetária compensatória pelos danos causados, e nomear um arqueólogo para acompanhar o desenrolar da obra, o que é obrigatório, uma vez que aquela zona é abrangida pelo Nível 2 das Áreas de Potencial Valor Arqueológico do PDM de Lisboa.

João Pinto Soares

25/04/2015

Lisboa Africana


Chegado por e-mail:

«Boa tarde!

25 de Abril SEMPRE!

O meu nome é Vanda Coelho, tenho 47 anos e sou alfacinha da raiz á ponta da folha :-) Relativamente á nossa linda Lisboa (que eu amo como o poeta!), lembro-me de ouvir falar, em pequena, da CASA AFRICANA na baixa,e do "preto" da casa Africana que era um senhor que faria de porteiro (?) naquele elegante estabelecimento de Lisboa.

Estando Lisboa, à data de hoje, com uma população migrante africana, tão significativa, era interessante estudar essa presença dos africanos (muito poucos) em Lisboa, por essa época. Esta figura do "preto" remete-nos para um tempo em que as "colónias" forneciam, para espanto de uma sociedade atrasada e oprimida, "especies" como aquelas que povoaram a Exposição do Mundo Português em 40, no auge do regime de Salazar. A Lisboa Africana é uma realidade, tanta vezes "escondida", mas cada vez mais importante no tecido social da cidade. A diversidade de culturas hoje, em Lisboa, é, talvez das maiores riquezas que possuímos na cidade.

Obrigada por me lerem!

Vanda Coelho»

24/04/2015

LISBOA ARBORICÍDA: Hospital dos Capuchos

Hospital dos Capuchos: Plátano decepado, mutilado.

Comemorações de Cottinelli Telmo - Então, e agora isto? (I)


Agora que acabou a bela exposição no Padrão dos Descobrimentos e que o filme sobre Cottinelli Telmo já voltou às prateleiras, quando é que quem de direito pega na Estação Fluvial Sul e Sueste e a recupera antes que caia?

Não há vergonha?

O nosso modo sui generis de comemorar o Ano Europeu do Pat. Industrial e Técnico:


Há muito que se adivinhava o futuro do magnífico complexo da antiga Fábrica José Domingos Barreiro (fachada principal em foto acima, do edifício principal de gaveto com a Praça Leandro da Silva), vizinha de frente dos Armazéns Abel Pereira da Fonseca e da Fábrica de Braço de Prata, cuja descrição consta aqui: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=26915, e que se mantém inexplicavelmente (tal como A Napolitana, por exemplo, em Alcântara) até aos nossos dias sem qualquer tipo de protecção administrativa.

Pelo que este boneco de cima, do site promotor imobiliário (http://bpiexpressoimobiliario.pt/Pr%E2%80%A6/Lisboa/Marvila/a7940573) não é propriamente uma grande novidade, ainda que má, pois implicará a demolição total de todos os corpos da frente de quarteirão do lado da Rua Fernando Palha (foto actual em baixo), com a já clássica manutenção da fachada.

No fim da operação imobiliária, que também implicará a construção maciça no lote vago paralelo aos Armazéns Pereira da Fonseca, mas que não fará grande mossa, só restará da antiga Fábrica José Domingos Barreiro o edifício majestoso de gaveto, e vamos lá ver se não será também a fachada.

Temos um modo sui generis de comemorar o Ano Europeu do Património Industrial e Técnico.



23/04/2015

LISBOA ENTRE SÉCULOS: Avenida Morais Soares 157




Depois de anos sem obras, maltratado e sujo, agora aqui está devoluto com janelas abertas a pedir um acidente... É mais um exemplar do periodo Lisboa Entre Séculos em risco de ser demolido.

22/04/2015

E ninguém conseguiu evitar que fizessem isto?!


Foto: DL

É desta, é desta!


É desta, é desta (Proposta n.º 238/2015 da reunião de CML de hoje- processo n.º 824/EDI/2010) que este pobre da esquina da Tomás Ribeiro com a Filipe Folque é reabilitado! O interior desaparece, claro, todo (ex-libris da reabilitação urbana em voga), é ampliado em 1 piso (nada a opor neste particular, se devidamente recuado), entra estacionamento subterrâneo (outro must dos tempos que correm), fica hotel (idem... aliás, num raio de 200m é o que se pode chamar "concorrência perfeita" tantos são os hotéis) e ... pior, o toque a marca de arquitecto contemporâneo: no lado esquerdo da foto de baixo vai nascer um belo de um corpo novo, todo corrido a vidro.

É desta, é desta!