19/11/2008

As obras, o orçamento e a ampliação do terminal de Contentores de Alcântara

Numa obra cujo orçamento inicial era de 600,000 euros, a Câmara Municipal de Lisboa vai gastar 1,5 milhões.

Poderá extrapolar-se para as obras do TCA? Penso (ou melhor, espero) que não. Mas dá-nos um cheirinho do que para aí vem. Aliás, outra coisa não seria de esperar. Quantas obras foram feitas em Portugal dentro do orçamento, nos últimos 30 anos? Porque haveria NovAlcântara de ser diferente?

"Mais um milhão na Casa dos Bicos

A Câmara de Lisboa vai destinar quase mais um milhão de euros do que tinha previsto às obras na Casa dos Bicos que antecedem a instalação da Fundação José Saramago num dos mais históricos edifícios da capital.


Numa reunião que decorreu a 4 de Novembro na Câmara de Lisboa – com a presença da vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, de altos quadros da autarquia e de um representante da Fundação José Saramago – foi apresentada uma estimativa para reabilitar e conservar a Casa dos Bicos de quase 1,5 milhões de euros:- muito distante dos 595 mil euros antes previstos
.
" (Artigo já mencionado aqui).

22 comentários:

ncm disse...

Caro Luís Serpa,

Em relação à petição entregue na AR permita-me os seguintes comentários:

"A ampliação da capacidade do terminal de contentores de Alcântara que o Governo inoportunamente se propõe levar por diante implicará a criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura entre a Cidade de Lisboa e o Rio Tejo."

MENTIRA – Nada será criado, neste momento e nesta zona os edifícios lá existentes são maiores que as pilhas de contentores que também já existem e que apenas não são visíveis devido aos já referidos edifícios. Mais, ao contrário dos edifícios (imóveis) os contentores podem ser parqueados de forma a que o impacto visual seja o menor possível, também não é verdade que só não se empilham mais contentores por falta de equipamento para tal, empilham-se mais contentores por falta de espaço, quanto maior for o espaço para parqueamento menor será a altura da pilha de contentores – empilhar contentores custa tempo de dinheiro – se fosse viável em termos de espaço nenhum contentor seria empilhado em cima de outro !

"A zona de Alcântara estará sujeita a obras durante um período previsto de 6 anos, impossibilitando assim a população de aceder ao rio pelas “Docas”, levando ao fecho de toda a actividade lúdica desta zona, pondo em risco 700 postos de trabalho."

MENTIRA – As obras planeadas não impossibilitarão a população de aceder ao rio pelas “Docas” a doca de Santo Amaro e a Doca de Alcântara não serão encerradas. Igualmente os estabelecimentos das conhecidas “Docas” não serão encerrados – claro que existirão alguns constrangimentos nos acessos mas quais são as obras que não os provocam? Afirmar que 700 postos de trabalho se encontram em risco é pura demagogia e populismo barato!

"Os terminais de contentores existentes nos portos de Portugal no final de 2006 tinham o dobro da capacidade necessária para satisfazer a procura do mercado."

MENTIRA – O terminal da Liscont encontra-se saturado em termos de parqueamento de contentores desde 2000, é por isso que desde à alguns anos que se parqueiam contentores no Terminal de Passageiros de Alcântara – zona não concessionada à Liscont mas indispensável para que esta possa responder aos seus clientes de todo o País! Talvez os terminais de contentores de Setúbal e Sines se encontrem se encontrem às moscas mas não é roubando as cargas ao Porto de Lisboa que encontrarão a solução dos seus problemas!

"O Tribunal de Contas em relatório de Setembro de 2007 sublinhava que a Administração do Porto de Lisboa (APL) é líder no movimento de carga contentorizada em Portugal, e apresenta desafogadas capacidades instaladas e disponíveis, para fazer face a eventuais crescimentos do movimento de contentores."

MENTIRA – Onde ???

"A prorrogação da concessão do terminal de contentores de Alcântara até 2042 que o Governo pretende concretizar com o Decreto-Lei n.º 188/2008, de 23 de Setembro, e que prevê a triplicação da sua capacidade afigura-se assim completamente incompreensível, desnecessária, e inaceitável para mais sem concurso público."

MENTIRA – É perfeitamente legal, necessária e urgente – pena que não tivesse sido feita à mais tempo! A Liscont ganhou a concessão num concurso público - muito pouco concorrido por sinal...

"Apesar da lei prever 30 anos para a duração máxima das concessões, com esta prorrogação a duração desta concessão será na prática, de 57 anos, o que, tal como o Tribunal de Contas sublinha, impede os benefícios da livre concorrência por encerrar o mercado por períodos de tempo excessivamente longos."

MENTIRA – É perfeitamente legal e existem várias outras concessões públicas nesta situação!

"Com esta decisão do Governo perde a Cidade de Lisboa, perdem os cofres públicos, perde o sistema portuário nacional, no fundo perdem os portugueses."

MENTIRA – Com esta decisão a cidade de Lisboa ganhará melhores acessibilidades e mais emprego, não se perdendo o existente, ganham os cofres públicos com a entrada de mais impostos (pois nesta terra paga-se impostos para tudo!) e ganha o sistema portuário nacional com um Porto de Lisboa que não precisa de roubar carga a outros para crescer de forma sustentada!

A bem da Livre Expressão!

Saudações Náuticas!

Luís Serpa disse...

Caro NCM,

vamos por partes, quer?

"MENTIRA – Nada será criado, neste momento e nesta zona os edifícios lá existentes são maiores que as pilhas de contentores que também já existem e que apenas não são visíveis devido aos já referidos edifícios. Mais, ao contrário dos edifícios (imóveis) os contentores podem ser parqueados de forma a que o impacto visual seja o menor possível, também não é verdade que só não se empilham mais contentores por falta de equipamento para tal, empilham-se mais contentores por falta de espaço, quanto maior for o espaço para parqueamento menor será a altura da pilha de contentores – empilhar contentores custa tempo de dinheiro – se fosse viável em termos de espaço nenhum contentor seria empilhado em cima de outro!"

Se os contentores não são empilhados, porque acham os defensores do projecto que se deve fazer "buracos" entre eles para se ver o Rio? É uma ideia peregrina, claro, tanto V. como eu sabemos perfeitamente que quanto menos um pórtico andar com as caixas mais depressa se descarrega o navio.

Eu já não vejo é espaço para "não empilhar os contentores" e para "deixar espaços entre eles"; acha que a plataforma vai chegar?

Além de que a tal muralha não vai ser só no lado exterior do cais, vai ser também na Doca do Espanhol, com as barcaças e SSS.
Se for preciso, no corpo do blog eu ponho uma fotografia de um porto de contentores daqueles onde há espaço, e vamos ver se os contentores estão empilhados ou não...


MENTIRA – As obras planeadas não impossibilitarão a população de aceder ao rio pelas “Docas” a doca de Santo Amaro e a Doca de Alcântara não serão encerradas. Igualmente os estabelecimentos das conhecidas “Docas” não serão encerrados – claro que existirão alguns constrangimentos nos acessos mas quais são as obras que não os provocam? Afirmar que 700 postos de trabalho se encontram em risco é pura demagogia e populismo barato!

Estou de acordo consigo: se o cômputo final fosse bom para o país deviam-se sacrificar esses 700 empregos. Infelizmente não é.

É possível que se percam alguns empregos e outros tenham de se deslocalizar e outros ainda, em vez de trabalharem em Alcântara, terão que ir para as múltiplas plataformas logísticas que se estão a construir em torno de Lisboa.

Mas outros empregos se criarão. Pense em duas coisas: por um lado, a modernidade cria emprego, não o destrói - nós somos hoje mais do que éramos no séc. XVII e há muitos mais empregos; por outro, já viu o que seria se o país tivesse que subsidiar todos os empregos que as mudanças tecnológicas impuseram? Que diria de manter as fábricas de velas de estearina abertas depois do advento da electricidade, para que os trabalhadores não fossem para o desemprego?


MENTIRA – O terminal da Liscont encontra-se saturado em termos de parqueamento de contentores desde 2000, é por isso que desde à alguns anos que se parqueiam contentores no Terminal de Passageiros de Alcântara – zona não concessionada à Liscont mas indispensável para que esta possa responder aos seus clientes de todo o País! Talvez os terminais de contentores de Setúbal e Sines se encontrem se encontrem às moscas mas não é roubando as cargas ao Porto de Lisboa que encontrarão a solução dos seus problemas!

a)Não me parece que Sines tenha um problema, aqui entre nós.
b) Este problema é um problema nacional e deve ser visto nessa perspectiva. Acha bem que se fosse fazer um terminal de águas profundas na Ericeira, por exemplo, para resolver o desemprego dos pescadores? E outro na Nazaré, e assim por diante?


MENTIRA – Onde ???[Refere-se ao relatório do Tribunal de Contas]

O Relatório do TC está linkado aqui no blog. Se não o encontrar diga-me que eu envio-lhe o lonk por mail.

MENTIRA – É perfeitamente legal, necessária e urgente – pena que não tivesse sido feita à mais tempo! A Liscont ganhou a concessão num concurso público - muito pouco concorrido por sinal...

Peço-lhe desculpa, mas V. deve ser a única pessoa neste país que defende a ideia de ter havido um concurso público. Já a patenteou?

MENTIRA – É perfeitamente legal e existem várias outras concessões públicas nesta situação!

Não sei se é legal. Sei que não é nem moral, nem economicamente racional. E sei que politicamente é um erro, devido à identidade do PCA da Mota-Engil. Só este facto aconselharia mais prudência ao Governo.

MENTIRA – Com esta decisão a cidade de Lisboa ganhará melhores acessibilidades e mais emprego, não se perdendo o existente, ganham os cofres públicos com a entrada de mais impostos (pois nesta terra paga-se impostos para tudo!) e ganha o sistema portuário nacional com um Porto de Lisboa que não precisa de roubar carga a outros para crescer de forma sustentada!

Em vez de dizer que a cidade vai ganhar pode dizer-nos quanto? E quanto ganharia se Alcântara e a Doca fossem utilizadas para os fins mais adequados - os quais também, como muito bem diz, pagam impostos? E quanto se pouparia em trabalhos faraónicos cujos custos vão inevitavelmente derrapar?

Anónimo disse...

Tanto local para a fundação com o nome do amigo do Aznar!

Por exemplo, aquele palacete na Estrada de Benfica.

Na Casa dos Bicos é que não lembrava ao careca.

ncm disse...

Caro Luís Serpa,

Vamos então por partes :

O espaço actualmente destinado ao parqueamento de contentores é insuficiente - o aumento deste espaço em profundidade permitirá um melhor e mais ordenado parqueamento dos mesmos. Não necessito que me mostre fotos de parques de contentores de Roterdão ou de Singapura pois compará-los com a situação proposta para o TCA é pura demagogia - quem me dera! (só a mim claro está!)

Também sei que as barcaças causarão alguns constrangimentos na Doca de Alcântara, no entanto como também sabe existem mais três docas que praticam "preços de saldo" na àrea de Lisboa : a de Belém, do Bom Sucesso e de Santo Amaro - E agora pergunto eu porque não actualizar os preços dessas docas aos preços particados nas marinas de Oeiras e Cascais? E não me responda que as condições são diferentes Bla Bla Bla... porque também possuo uma embarcação de recreio e quero é pagar o menos possível para a ter dentro de água, o resto é conversa...

Quanto aos 700 empregos das "Docas" o que defendo é que eles não se encontram em risco por causa das obras, o que o Luís Serpa defende é a deslocalização de milhares (sim MILHARES!) de empregos para poder ganhar mais 1,5km de vista quando já tem cerca de 18,5km? Quem é que defende mudanças faraónicas? não sou eu? E qual seria a utilização futura desta zona? Mais jardins e cafés? Só para turistas e intelectuais claro porque os Lisboetas iriam trabalhar para Setúbal...

Sines "já não tem" nenhum problema, mas Setúbal à muito que perdeu a vergonha e existe um autêntico loby montado no encerramento do Porto de Lisboa em favor do Porto de Setúbal - se não sabia fica a saber! Fica também a saber que esta solução por muitos preconizada custaria dezenas de vezes mais ao contribuite do que a obra que agora se propõe. Existem números para sustentar o que digo mas de um Oficial da Marinha Mercante para outro peço-lhe que vá ao Google Earth e faça umas contas de cabeça - afinal deve ter alguns conhecimentos sobre questões portuárias?

Quanto ao relatório do TC, mais uma vez não entendeu o que eu disse. A minha pergunta é ONDE? Gostava que os Srs. do TC me indicassem onde é que existem espaços destinados ao parqueamento de contentores sub-aproveitados no Porto de Lisboa? ONDE?

Concurso Público - mais uma vez não entendeu ou não quis entender -o que eu disse foi que a Liscont concorreu a um CP para o TCA que ganhou contra propostas muito pouco interessantes que foram apresentadas na altura e que agora por troca de um avultado investimento verá essa concessão inicialmente ganha num concurso público prolongada dentro da lei que o permite e cuja situação não é inédita nem em Portugal nem em outros países da europa! Entendeu agora?

Quanto à moralidade estamos conversados, a inquisição à muito que acabou e não vejo movimentos de cidadãos a protestar por situações bem mais imorais que se passam todos os dias debaixo dos nossos narizes! Podia aqui dar exemplos populistas mas penso não valer a pena...

"Em vez de dizer que a cidade vai ganhar pode dizer-nos quanto? E quanto ganharia se Alcântara e a Doca fossem utilizadas para os fins mais adequados - os quais também, como muito bem diz, pagam impostos? E quanto se pouparia em trabalhos faraónicos cujos custos vão inevitavelmente derrapar?"

Mais uma vez lhe digo, a Cidade vai ganhar melhores acessibilidades e não se perderão postos de trabalho com uma obra que terá certamente custos muito inferiores à deslocalização do TCA
por si defendida - essa sim com custos faraónicos para os contribuintes!

Anónimo disse...

HÁ, homem, é HÁ. Será que tens a Instrução Primária, ncm? Não tens? Então volta para lá! Já não há pachorra!

Anónimo disse...

caro ncm

vá la que não estou sozinho nisto.

estes palermas transformaram um blog sério num pasquim político e estão continuamente a mandar bitaites em questões para as quais não têm a mínima competência...

ainda têm a arrogância de dizer que TODOS os lisboetas são contra.

normalmente este tipo de pensamentos é típico de ditaduras.

abraço.

Anónimo disse...

O MST já meteu a viola no saco - deve ter amigos que lhe fizeram ver a triste figura que fez quando as perguntas não são encomendadas...

Anónimo disse...

Grande Homem NCM com ou sem H pôs os pontos nos is nesta campanha de difamação levada a cabo sabe-se lá com que interesses! A Defesa de Lisboa Ha Ha Ha...

Anónimo disse...

Até posso estar, e estou, de acordo com os benefícios e indispensabilidade do porto de Lisboa, não da sua administração. Estou-me nas tintas para as afectações de vista para os novos condomínios de luxo que nunca deveriam ser construídos.

Agora não estou de acordo de certeza com a maneira escandalosa como foi feito o negocio,com esta maneira de fazer as coisas, com a construção criminosa do terminal de cruzeiros, com a construção de hotéis e agencias, fundações, etc,etc. O que é certo é que qualquer dia não se vê o rio. continua a falar a voz da administração do Porto,embora por outra voz, os argumentos continuam a ser prepotentes,levianos e parcialmente fundamentados como se pode ver no Folheto distribuido as nossas custas pela administração do Porto de Lisboa que não é eleita e a quem não devemos rigorosamente nada. Bem pelo contrario.

Vergonhoso é o facto de o governo já ter arranjado maneira de, que caso o negocio não se concretize, as indemnizações da ordem não deixem de ser pagas. Às nossas custas. Ainda havemos de ver gente que no governo defende isto na administração da Liscont ou de alguma associada. Como noutras negociatas em que todos somos prejudicados em favor de privados.

Anónimo disse...

O terminal de cruzeiros, muro de betão com 600 metros de comprimento, com hotel, para que os passageiros dos cruzeiros possam dormir uma noite fora devido aos enjoos, vai ao que parece, ser mesmo construido em frente ao bairro histórico de Alfama. será que o José, antes Zé, ainda está descansado? Como é possivel este crime contra a cidade com a aprovação do executivo?

ncm disse...

Visto que parecem já estar minimamente esclarecidos relativamente à problemática do TCA alguns Anónimos atacam agora com o Terminal de Cruzeiros "muro de betão com 600 metros de comprimento" - esta história dos muros está-se a tornar repetitiva... e um bocadinho obsessiva!!! - Onde é que este pessoal nasceu? em Berlim?

O Terminal de Passageiros de Santa Apolónia, também já existente, será prolongado para jusante até à Doca da Marinha para permitir a atracação dos navios de cruzeiros que deixarão de atracar nas já muito antigas e ineficientes Gares Marítimas de Alcântara e Rocha que foram contruídas para navios de passageiros e não para navios de cruzeiros - o que parece a mesma coisa mas não é! - Dos projectos que tenho visto não resulta nenhum muro, só se chamam muro aos navios que atracam e largam - então voltamos à discussão do costume, querem que os navios de cruzeiro vão para onde? Para o Algarve talvez? Lisboa é uma das principais cidades europeias da costa atlântica em número de escalas de navios de cruzeiro, o que não é fácil de conseguir! Agora virá um grupo de cidadãos, guardiões da moral lisboeta colocar em causa mais uma obra de MELHORAMENTOS fundamental para o Porto de Lisboa ???

Relativamente aos comentários que tecem sobre as várias administrações da APL,SA - também eu penso que poderiam ter feito mais e melhor, no entanto, e sem lhes retirar a devida responsabilidade é bom notar que desde 2001 já passasam pela APL,SA quatro administrações diferentes - a culpa desta situação é apenas dos políticos que nos governam e por todos nós eleitos, que fazem questão de mudar os quadros técnicos logo que chegam ao poder - situação, essa sim escandalosa e inaceitavel do ponto de vista técnico e moral e contra a qual não vejo nenhum grupo de cidadãos protestar!!!

Caro Luís Serpa, aproveito para o convidar a visitar O CCCTMS de Lisboa (vulgo Torre VTS) para trocar-mos algumas impressões com vista sobre o rio pois confesso que já me começam a doer os dedos ;) Contacte-me através do meu blog e combinaremos um café!

Saudações Náuticas!

Anónimo disse...

'TROCARMOS algumas saudações'. Não há pachorra para tanto analfabrutismo de ncm. Será que os contentores não arranjam nenhum outro porta-voz que ao menos saiba escrever?

ncm disse...

O único analfabruto que por aqui vejo é a besta deste Anónimo.

Faça a todos um favor e volte para a poçilga de onde nunca devia ter saído, vá ler os livros do MST ou vá dar uma volta pelo SUL, talvez se perca e não volte !!!

Anónimo disse...

POCILGA não tem Ç. V.Exa. não tem solução!

Anónimo disse...

Perdoem-me a ignorancia, mas o que vai acontecer aos contentores que estão em santa apolonia?

Luís Serpa disse...

Caro NCM,

antes de mais, agrdaeço o seu convite, com bastante prazer.

Quanto ao resto:

a) Se me permite uma sugestão, vai ver que se mantivermos o debate em termos cordatos e civilizados é muito mais fácil.

Afinal de contas, quem não está de acordo connosco não é, forçosamente, uma besta, um idiota um incopmpetente ou um ladrão...

b) Não vejo muita gente "esclarecida" com a ampliação do TCA. Antes pelo contrário. Fala-se agora do terminal de Cruzeiros de Sta. Apolónia porque não se pode falar de tudo ao mesmo tempo.

V. sabe, como eu, que a APL é uma estrutura - como de resto quase todas, no nosso país - sobre-dimensionada e que precisa desesperadamente de aumentar os seus rendimentos, para pagar aos funcionários em excesso e para lhe dar as mordomias (lembra-se da história do parque automóvel?) a que eles se julgam com direito. É daí, e só daí, que vem este frenesim de imobiliário;

b) O modo como esta operação tem vindo a ser conduzida não indicia nada de bom para o país. Se o projecto é assim tão bom, porque foi mantido no segredo (repare que o site da APL nem sequer o mencionava. Como as pessoas que lá trabalham são tudo menos incompetentes, podemos perguntar-nos porquê)?

c) De qualquer forma, e antes de mais nada, acho que devia ser feito um estudo comparativo, profundo e abrangente de TODAS as opções - outra localização em Lisboa, Setúbal, Sines. Só depois disso estar feito se podem - ou devem - tomas decisões.

Penso eu. A verdade é que o estado do nosso país não leva a crer que a nossa forma de Governar seja a melhor para todos. Talvez a devamos mudar, não acha?

Luís Serpa disse...

PS - um pequeno acrescento ao comentário anterior: como já aqui disse várias vezes, não sou nem militante nem membro nem acólito de nenhum partido nacional (embora tenha, claro, as minhas simpatias e opiniões políticas).

Não o sou porque não me revejo no espectro partidário actual: sou um liberal em economia; socialmente oscilo entre o conservadorismo em algumas matérias e o liberalismo noutras; e penso que a democracia directa (ao estilo suíço e californiano, por exemplo) é a melhor forma de governação. Acho que os governos devem zelar e gerir correctamente os fundos públicos; e que a última palavra em obras desta natureza pertence ao povo.

Just in case.

ncm disse...

Caro Luís Serpa,

Concordo consigo quanto ao manter o diálogo de forma civilizada, mas quando se é insultado de forma anónima por um cobardolas que não expressa qualquer opinião a não ser o apontar erros de ortografia que todos cometemos e sem qualquer interesse (basta ler com atenção o seu penúltimo comentário) penso que também tenho o direito de o mandar bugiar!

Relativamente ao facto de a APL,SA ser uma empresa sobredimensionada e necessitar gerar receitas para sustentar as mordomias dos seus empregados - penso ser uma visão muito extremista e generalizadora pois como em todas as empresas de cariz público existem bons e maus funcionários, uns com melhores condiçoes de trabalho e outros com piores. Ligar a questão das viaturas ao suposto frenesim imobiliário que diz estar a acontecer continua a ser a opção fácil e populista da sua parte.

Quanto aos estudos que diz deverem ser feitos, esses estudos também custam o dinheiro dos contribuintes e não se realizam sem existirem fortes dúvidas entre as várias opções - neste caso, para a maioria dos técnicos que realmente estudaram o projecto existem muito poucas dúvidas que esta seja a solução menos dispendiosa e a que o País pode suportar nestes tempos de vacas magras. Pessoalmente também gostaria de ver o fecho da golada e a construção de um novo e enorme terminal de contentores na Trafaria mas como técnico que sou não preciso de um estudo pago a peso de ouro para me dizer que essa solução seria dezenas de vezes mais cara que a solução proposta e o mesmo se poderá dizer em relação à absurda proposta de deslocalização para Setúbal cujo preço do transporte por via ferroviária é apenas uma componente do problema!

Quando o Luís entra num avião não pede o plano de vôo ao Piloto para se certificar que tudo está em ordem, e ainda assim de vez em quando infelizmente lá cai um - não podemos confiar cegamente nos técnicos mas se deixarmos tudo nas mão dos politicos "representantes eleitos pelo povo" estamos condenados ao eterno debate e mudança de opiniões conforme estão ou não no poder! Para isso é que já não há Pachorra!

Quanto às obras de expansão do Terminal de Passageiros de Santa Apolónia (que não afectarão o Terminal de Contentores de Santa Apolónia) cá estou disponível para debater ideias de forma civilizada e sempre com uns erros de ortografia à mistura pois então ;)

Suadações Náuticas!

Anónimo disse...

O T de Santa Apolónia é destinado a cargas específicas e mantém-se, obviamente.

Anónimo disse...

Obrigado.

A.lourenço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A.lourenço disse...

Já antes se falou e muito do terminal de cruzeiros, um verdadeiro atentado contra a cidade e especificamente contra Alfama. Houve até um debate no ISPA. O que se passa é que se tornou mais urgente contestar os contentores. O negócio é legal, claro, mas imoral. Deveria ter existido um debate público efectivo sobre o assunto antes de se tomarem estas medidas. Deviam ter sido feitos estudos sérios antes de se assinarem contratos. E isto não há argumentos que justifiquem.