08/11/2011

Carros enchem estradas em dia de greve nos transportes


Paralisação parcial no sector público
Carros enchem estradas em dia de greve nos transportes
08.11.2011 - 07:31 Por Victor Ferreira, Raquel Almeida Correia in Público

O IC 19, que liga Lisboa e Sintra, regista maior movimento do que é habitual. A culpa será da aposta no carro particular em dia de greves no sector dos transportes públicos, convocada como protesto contra as medidas de austeridade e a fusão de empresas.

Antes da sete da manhã desta terça-feira, o trânsito no IC 19 estava já muito intenso, desde a descida de Massamá até ao nó de ligação com a Estrada Nacional 117 (Cabos d'Ávila).

Pouco depois, um toque entre viaturas, na faixa central do IC 19, entre Queluz e Amadora, complicou um pouco mais o trânsito, com filas a formarem-se desde o Cacém.

Esta greve foi marcada em protesto contra as medidas anunciadas pelo Governo para as transportadoras públicas, nomeadamente a revisão dos actuais Acordos de Empresa e a fusão de empresas em Lisboa e no Porto, que terá como consequência despedimentos no sector.

Será na circulação dos comboios que se sentirá maiores perturbações já que, apesar de haver dois períodos de greve definidos (das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30), os trabalhadores poderão parar de trabalhar antes, desde que o seu horário coincida com algum destes dois momentos.

Na prática, isto fará com que, conforme a própria empresa admite, se verifique uma supressão total ou quase total da operação em todo o país durante o dia.

Também se espera constrangimentos na sexta-feira, já que foi agendada para este dia uma greve dos maquinistas da CP, que terá impactos na quinta-feira à noite e, provavelmente, no sábado de manhã.

No metro também se espera perturbações durante o dia , mas apenas em Lisboa, já que os trabalhadores do Metro do Porto não aderiram à greve. Na capital, a paralisação começou às 6h e terminar às 10h.

Precisamente a essa hora vão começar os protestos nas carreiras de autocarros, tanto em Lisboa, como no Porto. A Carris e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) vão parar entre as 10h e as 16h.

Ao PÚBLICO, fonte da Carris afirmou que a empresa “não prevê grandes perturbações, atendendo ao facto do horário previsto estar fora das ‘horas de ponta’”.

A paralisação vai estender-se também às ligações fluviais, embora neste caso não tenha sido convocada uma greve. As supressões poderão acontecer devido à marcação de um plenário, que está agendado para as 14h e só deverá terminar às 17h30.

Haverá ainda protestos na Refer, que estão agendados para as últimas quatro horas do período de trabalho. No entanto, os trabalhadores da gestora ferroviária estatal ligados ao centro de comando e à área de circulação vão para todo o dia.

Também na EMEF está prevista uma greve parcial, apenas à última hora de serviço.

Notícia em actualização

1 comentário:

Filipe Melo Sousa disse...

como se prova aqui, os transportes públicos não são fiáveis. o meu carro nunca fez greve