31/08/2016

Lixeiras de Lisboa: CHIADO

 Rua do Alecrim
Travessa do Carvalho

Enquanto isso, sorrateiramente e sempre no Verão ...


A CML despacha os candeeiros de antanho da Rua da Escola do Exército, em Arroios, naquela saga anual a que já nos opusemos sobremaneira, sem nenhum resultado prático que não fosse adiar o inevitável: os candeeiros antigos de ferro e com globo em forma de nabo vão-se e aparecem coisas medonhas, geralmente da mesma origem. Desta vez os exemplares novos são dignos da mais bera das periferias. Sindicância aos serviços de iluminação pública? Ora.

Fotos: Nuno Caiado

28/08/2016

Orçamento Participativo de Arroios: participe!















Até dia 30 de Agosto de 2016, qualquer cidadão nacional pode votar em 3 projectos a concurso no Orçamento Participativo de Arroios. Este ano há 3 projectos de criação de pequenos espaços verdes/plantação de árvores. Participe aqui:  http://www.participarroios2016.pt/projectos_votacao.php

27/08/2016

Mercados de Lisboa, "A terceira geração está a voltar"


Mercado de Benfica "o melhor de Lisboa"

Já foram um local privilegiado para as compras dos lisboetas, mas as grandes superfícies vieram mudar os hábitos de consumo. Ir à praça comprar peixe ou legumes frescos caiu em desuso nas últimas décadas, mas os comerciantes dizem que os mais jovens estão a voltar. Em Lisboa há 28 mercados à procura de um lugar na vida dos lisboetas.

Pode ler o resto aqui no DN de hoje

25/08/2016

Transporte público - o caso da Avenida

As faixas centrais da Avenida da Liberdade foram alvo de intervenções ao nível do pavimento não faz muitos anos, 2 ou 3 anos no máximo.

Não recordo o estado em que se encontrava a Avenida naquela altura - imagino que em mau estado porque, regra geral, o adjectivo "mau" aplicava-se razoavelmente bem na definição do estado de grande parte das vias de Lisboa - mas recordo que não era de forma suave que o autocarro percorria diariamente as faixas bus da mesma.

Aliás, não só o recordo como ainda hoje o verifico porque na intervenção de que foi alvo a Avenida, a tal que não terá ocorrido há mais de 2 ou 3 anos, ficaram por reparar as zonas que realmente era importante terem sido reparadas: as faixas BUS. 



As tais faixas por onde circulam aqueles veículos grandes, amarelos, com mais ou menos pessoas conforme as horas...é um bocadinho difícil não se reparar neles, seja pelo tamanho, pela cor ou até pelo barulho de suspensão que fazem a circular na faixa que lhes é destinada, com todos os estragos e encargos nas folhas de manutenção que isso lhes traz diariamente.
São uma das "alternativas" ao veículo privado, só não tiveram direito a uma faixa igualmente alcatroada.


Mas tentemos compreender, isto fez sentido na cabeça de alguém. 
Só tivemos azar porque era alguém com poder de decisão.

O transporte público merecia melhor.
E nem teria sido difícil.

23/08/2016

Afinal o Desterro continua abandonado e estropiado...


Foi em 2014 que se prometeu que na Primavera de 2016, o antigo Hospital do Desterro reabriria como centro de várias coisas, desde alojamento a medicinas alternativas, artes e tutti quanti. Pois estamos no final do Verão de 2016 e nem obras há quanto mais artes e ofícios e pensionato. Parou tudo, se é que alguma vez começou, a não ser a clássica remoção de caixilharias de madeira e as habituais tropelias sob a forma de escavações e descobertas que sempre compõem belos powerpoints. Ali, está tudo assim, como dantes ou pior, mais valia as infecto-contagiosas, como fotografou Gonçalo Gouveia, aquando da sua visita no âmbito da Open House:

N.B. Mais fotos AQUI.

Viva! Um Museu Arte Nova e Art Déco em Lisboa!


Na Rua 1º de Maio, vai nascer o Museu Berardo de Arte Nova e Art Déco... no edifício do mirante, mesmo por baixo da ponte. Boa notícia. Muita curiosidade em ver o que sai dali... (dica e foto da Inês Beleza Barreiros)

22/08/2016

DEMOLIDO: gaveto da Rua Andrade Corvo / Rua Sousa Martins



Concluída a demolição do palacete no gaveto da Rua Andrade Corvo 22 / Rua Sousa Martins 18. Mais um palacete da Lisboa Entre Séculos (LES) demolido - integralmente. Estava em bom estado de conservação e podia ser reabilitado. Os restantes dois edifícios, que ladeavam este palacete, continuam em trabalhos de demolições mas desconhecemos se serão também integralmente demolidos ou se ficam as fachadas como é prática corrente em Lisboa.

Bike sharing


Chegado por e-mail: «Boa tarde

No último dia da Volta a Portugal em Bicicleta 2016, o presidente da CM Lisboa, Fernando Medina, disse que, a partir de 2017, Lisboa ia passar a ter um rede de bike sharing. Uma óptima decisão que apenas peca por tardia, visto que isso já existe em várias capitais europeias.

Numa altura em que o ciclismo está em alta no nosso país, com os regressos à estrada de FC Porto e Sporting, e do Benfica no próximo ano, eu acho que a CML, juntamente com os dois "eternos rivais" de Lisboa e a Federação Portuguesa de Ciclismo, deviam fazer uma campanha que estimulasse as pessoas a usarem a bicicleta para se deslocarem em Lisboa. Já temos uma boa rede de ciclovias, sempre em expansão.

Com os meus melhores cumprimentos

Álvaro Pereira»

16/08/2016

Santa Casa de Lisboa converte palácio em ponto de encontro entre gerações


In Público (15.8.2016)
Por INÊS BOAVENTURA

«Na Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar, vão nascer um lar de idosos e uma unidade residencial para jovens. As obras já começaram, com a reabilitação do Palácio do Marquês do Alegrete, dos seus azulejos e pinturas murais.

Construído no século XVIII por iniciativa do 2.º Conde de Vilar Maior e 1.º Marquês de Alegrete, o até aqui degradado e inacessível Palácio do Marquês do Alegrete, na freguesia lisboeta de Santa Clara, está a ser reabilitado e em breve passará a estar aberto à comunidade. A iniciativa é da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que está a desenvolver no local um projecto que inclui a criação de uma residência para idosos e de uma unidade residencial para jovens.

“Este mega projecto tem por base a intergeracionalidade”, sublinha a directora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da SCML, durante uma visita do PÚBLICO ao local. Helena Lucas explica que estão em causa três obras diferentes, que serão executadas de forma faseada. Quando estiverem terminadas, jovens e idosos passarão a partilhar o mesmo espaço, parte do qual estará também acessível a todos os que o queiram visitar. A primeira dessas obras está já em curso e passa, como resume a dirigente da instituição, pela “reabilitação exterior e interior, na íntegra” do Palácio do Marquês do Alegrete. Está em causa um investimento de “cerca de um milhão de euros”, que contempla também a recuperação do “jardim romântico” que se desenvolve nas traseiras do palácio e do qual se avista o Aeroporto Humberto Delgado.

[...] Tanto o palácio como o jardim, que foi já limpo de todo o mato que o cobria, vão passar a estar abertos ao público, assumindo-se como algo que a SCML designa como “unidade social”. A ideia, como explica Helena Lucas, é que no interior do edifício surja um restaurante e uma cafetaria/casa de chá, bem como um conjunto de salas que permitam a realização de actividades diversas e de eventos culturais.

Já aprovada pela Câmara de Lisboa foi a segunda das obras a desenvolver na Quinta Alegre, cujo arranque se estima que possa ocorrer no início de 2017. Trata-se da construção da chamada “unidade assistida”, que terá 75 camas e se destina a acolher funcionários aposentados da SCML. Para tal vai ser construído um novo edifício, estando igualmente previsto o aproveitamento de parte dos “pavilhões agrícolas” anexos ao palácio, que actualmente se encontram praticamente em ruínas. [...]»

...

Assim sim, a SCML a fazer jus ao seu estatuto. Vamos lá ver como sai a construção nova "aproveitando parte dos pavilhões agrícolas"...

14/08/2016

Plataforma em Defesa das Árvores


Nota/esclarecimento à notícia do Sol de ontem sob o título "Jardins de Lisboa todos arranjados até Fevereiro”:


...

E a notícia hilariante:

"Remete-mos" nota explicativa sobre a destruição do teatrino Camões. Afinal ficou mto. mais seguro :-)


«Exmos. Senhores,

Em resposta ao vosso e-mail, informamos o seguinte:

1. O projeto de reabilitação do Teatro foi aprovado pela Direção-Geral do Património e pelos Serviços Municipais competentes.

2. A empreitada foi adjudicada por concurso público à empresa TEIXEIRA, PINTO & SOARES, LDA., estabelecendo o Programa de Procedimento, como uma das condições de habilitação, a apresentação de “Comprovativos da execução, como empreiteiro responsável, de três obras de reabilitação de edifícios para equipamentos, devendo pelo menos uma delas ter valor igual ou superior a 1.700.000€ (um milhão e setecentos mil euros), nos últimos cinco anos, acompanhados de declaração abonatória dos respetivos donos de obra.”

3. Quanto à necessidade de uma reabilitação mais profunda do Teatro, remete-mos para o esclarecimento prestado pelo Arq. Manuel Graça Dias, coordenador e coautor do projeto com o Arq. Egas José Vieira, que se transcreve:

“(…) será, assevero-lhe, em tudo semelhante ao original, só que muito mais seguro. Mais seguro enquanto estrutura de suporte do público e dos trabalhadores do Teatro, mais seguro face ao risco de incêndio, mais seguro quanto a caminhos de evacuação, mais seguro em termos de impermeabilizações. Um dos objectivos, precisamente, é que a sala de espectáculos possa voltar a abrir ao público, já que se encontra encerrada, desde 2006, por falta de condições de segurança, após vistoria da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). O interior do edifício não tem estado a ser "demolido", mas desmontado; o estado de podridão das várias estruturas de madeira mais escondidas (barrotes de suporte dos pavimentos, asnas da cobertura) era muito superior àquele que os ensaios sumários, quando da execução do Projecto, faziam prever. Mesmo as peças de madeira que não foram ainda desmontadas, por parecerem em melhor estado de conservação, irão ser sujeitas a testes ("resistografias"), no sentido de aferir a viabilidade da sua permanência no todo restaurado. Percebo que, para quem não esteja familiarizado com o universo da construção, possa parecer muito drástico ou violento ver repentinamente o interior descarnado... Mas posso garantir-lhe que tanto o Dono da Obra, como o Construtor, como os Autores do Projecto sabem o que estão a fazer e equacionam sempre as várias opções possíveis, quer em termos de custos quer em termos de segurança e robustez do objecto acabado quer, final e principalmente, em termos da não descaracterização do ambiente que chegou até nós, alegre e naïf, vindo dos idos de 1880.”

Face ao exposto, solicitamos e agradecemos que este esclarecimento seja divulgado de modo idêntico ao do vosso “protesto”.

Com os melhores cumprimentos,

Teresa do Passo
Presidente Conselho de Administração»

AS OBRAS DO CAMPO DAS CEBOLAS


TOTAL FALTA DE RESPEITO E CUIDADO PARA COM AS ESPÉCIES VEGETAIS PRESENTES. TOTAL FALTA DE CONSIDERAÇÃO PARA COM A MEMÓRIA DA CIDADE.

E ASSIM, LISBOA CONTINUA IGUAL A SI PRÓPRIA, COM O ATRASO CIVILIZACIONAL QUE É INCAPAZ DE ULTRAPASSAR.


João Pinto Soares