tag:blogger.com,1999:blog-8262051.post4909179247362364217..comments2024-01-22T02:01:54.405+00:00Comments on CIDADANIA LX: De carro, a passo de caracolUnknownnoreply@blogger.comBlogger75125tag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-22366350311939709232009-06-07T18:05:30.122+01:002009-06-07T18:05:30.122+01:00Nada disso!Nada disso!Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-34231858073361463932009-06-07T01:06:31.154+01:002009-06-07T01:06:31.154+01:00Caro Xico205
"(...)muitos são idosos e não tê...Caro Xico205<br />"(...)muitos são idosos e não têm carro(...)","Ou muita gente a considerar que LX não tem qualidade de vida e a escolherem outras cidades para viver." Foi isto o que tu escreveste, em duas notas. Ora os velhos são dos que mais sofrem e mais se queixam com o excesso de carros em Lisboa. Queixam-se dos carros em cima dos passeios, da falta de passeios em muitas ruas ou do espaço insuficiente dos ditos. Portanto, como eles se queixam da degradação da sua qualidade de vida devido aos carros, a solução que tu apontas é que eles se mudem para outras cidades. Isto tem um nome - egoísmo pouco inteligente. Nem sequer pensas que poderás, um dia, sofrer um percalço que te obrigue a repensar a tua vida e a maneira de te deslocares. E, mesmo que escapes incólume às armadilhas existentes na cidade, tens grandes probabilidades de chegar a velho. Nessa altura, se por acaso te sentires um pouco atrapalhado quando pretenderes deslocar-te por Campo de Ourique, ou pela Graça, reprime a vontade de mandar um impropério ao miúdo que coloca o seu pópó em cima da passadeira mesmo à tua frente. O miúdo pode sempre dizer-te que "Isso são escolhas pessoais, cada um sabe de si."<br />É verdade que cada um sabe de si. Mas esta afirmação não pode significar que cada um possa fazer o que lhe dá na gana. Há uma responsabilidade individual perante os outros, perante a sociedade. A isso chama-se cidadania. Afirmar que cada um sabe de si, sem qualquer contexto, é o que permite que tanta gente circule em excesso de velocidade e quando atropelam alguém é azar (gosto especialmente daqueles que afirmam que são mais seguros a 200 Km/H que os velhos a 50... Os velhos são mesmo alvos a abater); tantos não sinalizem as manobras e quando atropelam alguém é azar; outros circulam de dia, com nevoeiro, sem sequer os médios acesos, enquanto em noites de Lua Cheia circulam com os faróis de nevoeiro ligados e quando atropelam alguém é azar; outros fazem ultrapassagens à Ayrton Senna, e quando batem ou atropelam alguém é azar... E tudo somado temos todos os dias um número que já é banal de acidentes, que são azares justamente porque vivemos numa sociedade onde "cada um sabe de si." (só não percebo é o motivo porque, sempre que vou a Lisboa de carro - e não só - tanta gente me buzina e me faz simpáticos gestos com os dedos só porque eu respeito os limites de velocidade e dou sempre prioridade aos peões. Afinal, se "cada um sabe de si", porque razão não posso ser respeitador?)<br />Será que a tua Escola tem regras? Provavelmente não, pois "cada um sabe de si".<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-23459187361932693172009-06-05T02:39:37.801+01:002009-06-05T02:39:37.801+01:00Eu não disse isso!Eu não disse isso!Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-69208386065425270212009-06-04T22:12:26.186+01:002009-06-04T22:12:26.186+01:00Caro Xico205
Não afirmei que circulava um milhão e...Caro Xico205<br />Não afirmei que circulava um milhão e quatrocentos mil carros em Lisboa. Pedi-te só para, num exercício de imaginação, considerares que esses dois milhões de seres humanos que diariamente usam Lisboa o fizessem todos de carro, com aquela relação aproximada que estávamos a considerar.<br />Pelo menos percebi que, no teu entender, cada um sabe de si e, portanto, tem o divino direito de fazer o que lhe apetece. Mesmo que atropele os direitos dos outros. Conceitos como cidadania e responsabilidade individual são coisas um pouco estranhas a este tipo de pensamento. O que conta é o meu umbigo e os outros que se... amanhem. Já percebi porque razão acusas os outros de serem demagógicos - não consegues compreender que haja alguém que pense no colectivo. É a velha história da beata no chão - qual é o problema de eu atirar a beata para o chão? Tanta gente faz isso, não é verdade? Mais beata, menos beata... E, no fim de contas, "Isso são escolhas pessoais, cada um sabe de si."<br />Repara que, de acordo com os teus números, um quarto da população impõe o seu modo de vida aos outros três quartos. Esse quarto reserva para si mais de 80% do território da cidade, só para circularem - e os outros 20% são cada vez mais pequenos, porque é cada vez menor o número de passeios disponíveis para os peões, pois o espaço para estes está cada vez mais pejado de carros. Esse quarto degrada imenso a qualidade de vida e a segurança dos outros três quartos que não têm ou não utilizam habitualmente carro. Ao contrário do que afirmas, o trânsito caótico da cidade deve-se, entre outras coisas, ao facto de a cidade, neste momento, desencorajar outras alternativas. Tu mesmo afirmas isso em relação aos transportes públicos! Não afirmas que andas de bicicleta? Quantas pessoas não te apodam, no mínimo, de maluco por usares bicicleta em Lisboa? Conheço muita gente que gostava de ir para Lisboa de bicicleta, "mas o trânsito, sabes, tenho medo, é mais seguro ir de carro." E então é mais um a contribuir para tornar a cidade mais insegura. E cada vez será maior o número de carros em Lisboa, desencorajando mais e mais outras alternativas. É a chamada pescadinha de rabo na boca. Os peões são forçados a circular na estrada, sujeitos a ser atropelados. Ora, para circularem na estrada, mais vale ser de carro, que é mais seguro. E depois coloca-se o carro em cima de um passeio, qual é o problema? Tanta gente faz isso, não é verdade? Atrapalha os outros peões? Eles que também circulem de carro, bolas! E, no fim de contas, "Isso são escolhas pessoais, cada um sabe de si."<br />O teu último argumento é especialmente egocêntrico e cínico. Por um lado afirmas que muitos residentes são idosos e não têm carro, depois pretendes escorraçá-los ao afirmares que, se eles se queixam, se consideram não ter qualidade de vida em Lisboa, o melhor é mudarem de cidade. Portanto, velhos, fora de Lisboa que vocês só estão a atrapalhar! Lembra-te desta afirmação quando chegares a velho.<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-30081764393191892012009-06-01T23:42:40.543+01:002009-06-01T23:42:40.543+01:00Quanto ao limite para n ser alcançado, pode aconte...Quanto ao limite para n ser alcançado, pode acontecer por exemplo, haver sempre tanto transito e tanta falta d estacionamento, mesmo ilegal que desencorage as pessoas de andarem de carro. Ou muita gente a considerar que LX não tem qualidade de vida e a escolherem outras cidades para viver. Isso são escolhas pessoais, cada um sabe de si.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-89126686489540765222009-06-01T23:39:26.335+01:002009-06-01T23:39:26.335+01:00Diariamente circulam 1,4 milhões de carros em Lisb...Diariamente circulam 1,4 milhões de carros em Lisboa? Fonte? Acho muito! A ultima estimativa que vi para a população de Lisboa é de 2007 e dizia que Lisboa tinha 499 mil habitantes. Se virmos que muitos são idosos e não têm carro, mas tambem há quem tenha mais que um carro (eu por exemplo), sei lá, Lisboa deve ter residentes 300 mil carros. A somar aos 400 mil que entram todos os dias, devem andar 700mil por dia em Lisboa. Isto estimo eu. Mas se houver mais gente a querer usar carro todos os dias têm toda a legitimidade para o fazer. Não se pode proibir a uns e a outros não.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-60799569359311231952009-06-01T22:34:12.327+01:002009-06-01T22:34:12.327+01:00Caro Xico205
Para quem acusa os outros de ser dema...Caro Xico205<br />Para quem acusa os outros de ser demagógico estás a ser perfeito na maneira como foges à questão... Mas a culpa também é minha, porque acabo por permitir que fujas ao tema. Assim, vou tentar centrar o problema naquilo que entendi ser a questão do Miguel Carvalho:<br />1. 400 mil carros circulam diariamente em Lisboa, transportando seiscentas mil pessoas, entupindo, sufocando e subjugando um milhão e quatrocentas mil pessoas à sua necessidade voraz de espaço.<br />2. É ou não legítimo que aqueles que não utilizam actualmente o carro em Lisboa possam, TODOS, a partir de amanhã, por exemplo, circular exclusivamente de carro em Lisboa, todos os dias, independentemente do motivo?<br />3. Se a resposta for sim, a cidade poderá comportar dois milhões de carros, isto é, será possível que dois milhões de viaturas consigam circular e estacionar na cidade?<br />4. Imagina que as tuas considerações acerca das previsões a 10 anos falham (faz lá um esforço, caramba!, também podes falhar, ou não?...) Qual é o limite de capacidade de carros que a cidade comporta?<br />5. Quais são os critérios ou soluções que propões para que esse limite nunca seja alcançado?<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-63386190602311877382009-06-01T00:31:47.223+01:002009-06-01T00:31:47.223+01:00Actualmente já as crianças e alguns adultos que nã...Actualmente já as crianças e alguns adultos que não têm carro fazem enormes sacrificios de noite. Em qualquer dia da semana se vê imensa gente cheia de sono e alguns a dormir na rua em interfaces de transportes à espera dos transportes da manhã. <br /> Os mais velhos que já não estão para isso tendo carro, muitas vezes arriscam a conduzir alcoolizados e são multados em 500€ e ficam sem carta, porque normalmente todas as saidas de Lisboa estão minadas com operações stop pelo menos ás quintas, sextas e sábados!<br /><br />Quanto a essas perspectivas dentro de 10 anos, ñ acredito nelas. A meu ver a tendência é de Lisboa continuar a perder empregos e população para os concelhos vizinhos. Assim como tem perdido ao longo dos ultimos anos. As maiores empresas instaladas em Portugal mudaram-se de LX para Oeiras, Amadora e Sintra. Com a proliferação de polos industriais mais baratos e bem servidos de estradas a tendência é para continuar a descentralizar do centro de LX. E a maioria dos trabalhadores até prefere assim, uma vez que residem fora do concelho de Lisboa.<br /><br />Isto é só a minha opinião.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-12956544735958216972009-05-29T23:36:30.274+01:002009-05-29T23:36:30.274+01:00Caro Xico205
Se me deixarem, ainda responderei com...Caro Xico205<br />Se me deixarem, ainda responderei com os meus argumentos a esses sete pontos. Não sei se me deixarão, depois do testamento que foi a minha última mensagem... Mas, para já, o que importa é a questão levantada pelo Miguel Carvalho. Insisto, vou dar-te total razão no que expões e em tudo o que argumentaste até ao momento. O carro é a única opção e isso é uma fatalidade do nosso tempo. Aliás, vou até aproveitar a tua explicação do nível de vida para justificar que todos podem vir a ter um carro, se ainda o não possuem - e todos o podem trazer e circular em Lisboa. Um milhão e trezentos mil carros em Lisboa, é esse o teu veredicto? É uma fatalidade com que teremos de viver? Mas, atenção, já há quem esteja a prever mais de dois milhões e quinhentas mil pessoas em Lisboa nos próximos 10 anos. Portanto, se estas previsões se confirmarem, facilmente chegaremos aos dois milhões de carros em Lisboa. Vais manter-te coerente com a tua linha de pensamento e considerar que não há outra opção, que todos têm direito a (ab)usar do carro como bem entenderem e a cidade é que tem de se adaptar ao dito cujo?<br />(Só não percebo como ficarão as crianças no meio disto. Até aos 18 anos vão ter de ficar presas em casa, dependentes de um adulto, pois não podem conduzir e não podem ir para a rua, uma vez que esta pertence aos carros. A não ser, claro, que morem num condomínio fechado...)<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-78278396784005884822009-05-28T19:07:17.480+01:002009-05-28T19:07:17.480+01:00Foi uma boa opção da TT aceitar bicicletas nos bar...Foi uma boa opção da TT aceitar bicicletas nos barcos, afinal deve haver espaço de sobra.<br /><br />Quanto ao IC19, tem uma via urbana paralela desde as portas de Benfica até Sintra. A continuação da Estrada de Benfica na Amadora dá pelo nome de Rua Elias Garcia, que no fim tem uma ponte sobre uma ribeira e entra-se na cidade de Queluz. Tem sempre via urbana a Massamá, Belas, Cacem, Rinchoa, Tapada das Mercês, etc... Há opção ao IC19 para bicicletas.<br /><br />Quanto à ponte Vasco da Gama não me parece que fosse opção de muita gente atravessá-la a pé fora das maratonas. Mas como vai ser alargada para quatro faixas e não vai haver alargamento do tabuleiro (apenas vão estreitar as faixas), fica a faltar espaço para os peões!<br /><br />O que se passa com as linhas do Alentejo e do Douro é que tinham falta de procura, por isso fecharam. Se continuasse a haver a procura doutros tempos, certamente continuavam abertas.<br /><br />Estacionar nos passeios é proibido desde que não se deixe 1,20m de passeio. Mas também é falta de ordenamento do territorio, fazer passeios tão grandes e não ter feito estacionamento! Acontce por exemplo no Campo Pequeno e na Av. Gago Coutinho.<br /><br />Quanto ás bicicletas ao longo do tempo terem desaparecido das estradas, assim como os ciclomotres deve-se a um melhor nível de vida das pessoas que hoje têm acesso ao automovel e antigamente não tinham. Não tinham aqueles meios de transporte por gostarem, era sim por falta doutra opção.<br /><br />Quanto à deslocação de carro de madrugada, do MTJ para Lisboa volto ao mesmo. Não há gente suficiente que justifique um transporte publico. Polui menos vir de carro do que ter um transporte publico. À noite ñ há problemas de estacionamento e circulação em Lisboa, até porque Lisboa à noite é uma cidade muito vazia.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-76208443936813356702009-05-28T01:59:42.901+01:002009-05-28T01:59:42.901+01:00(...) Tudo está a ser feito tendo como único objec...(...) Tudo está a ser feito tendo como único objectivo o fomento do carro, em detrimento de outras formas de locomoção, incluindo a pedonal. E isto vem de encontro ao que está aqui em discussão. Considero que há excesso de carros em Lisboa, entupindo cada vez mais as artérias da cidade e afogando os passeios em lata. Mas vou aceitar como válida a tua tese de que 400 mil carros não é um número exagerado. Pelo que me apercebi, também consideras que o transporte público é mau e que muita gente não tem outra opção a não ser levar carro para Lisboa. E nada é possível fazer para melhorar isto. E, como é público, a única aposta que se vê é no "melhoramento" das vias rodoviárias só a pensar no carro, em detrimento do transporte público e do resto. Logo, se assim é, não me podes recusar o direito de também eu me deslocar de carro para e em Lisboa, pois cada vez é mais difícil deslocar-me de bicicleta. Nem a mim nem ao milhão e quatrocentos mil que diariamente ainda se desloca não utilizando o carro. De acordo com o teu pensamento, não há outra opção. E, também de acordo com o que entendes por liberdade de escolha, todos têm direito a utilizá-lo. Por isso faz todo o sentido aquilo que o Miguel Carvalho refere: que tipo de cidade queremos. Queremos ser como Marraquexe ou como as cidades do norte da Europa? Como colocar mais de um milhão e trezentos mil carros em Lisboa? Tu mesmo afirmas que as portagens são injustas, que é socialmente injusto essa maneira de se controlar ou limitar a entrada de carro na cidade (neste ponto concordo contigo). Consideras então que a cidade comporta mais de um milhão de carros? E no futuro, como será?<br />Em meu entender, uma parte da solução do problema da mobilidade em Lisboa passa por impedir o estacionamento em cima dos passeios e nas passadeiras; transformar a AMT Lisboa numa verdadeira entidade reguladora dos transportes públicos, com pessoas competentes à sua frente, capazes de articular a oferta existente e criar outras de maneira a servir os interesses das populações e não como um organismo que actualmente serve para dar uns poleiros para os rapazes do partido (seja ele qual for); rever o código da estrada, reconhecendo a bicicleta como aquilo que ela é, um veículo de transporte, de maneira a proteger os ciclistas e a incentivar o seu uso; rever o plano rodoviário, para que o carro seja só mais uma opção de locomoção, entre as bicicletas, os riquexós, os coches, os patins e os pés, esse extraordinário meio de locomoção; liquidar as vias rápidas dentro das localidades; garantir a existência de passeios com as medidas regulamentares em todas as ruas, sem empecilhos que prejudiquem os peões.<br />Em vez de perderes tempo a responderes ao comentário infeliz do Luís Alexandre (e sem querer condicionar o teu pensamento), poderias apontar aquelas que seriam, no teu entender, as tuas opções ou soluções para este problema. Isto, claro, se o consideras um problema...<br />Isto já vai longo, mas quero só referir mais um caso: desde que a Transtejo mudou a política de transporte da bicicleta, o número de utilizadores da dita aumentou bastante, na opinião dos trabalhadores da empresa. Serve isto para reforçar a minha opinião da indução: ofereceu-se outra opção às pessoas e elas têm aderido. Ou seja, a opinião vigente era a de que não existiam clientes que justificassem a oferta. Afinal todos os dias se prova que essa ideia estava errada. Clientes existiam, a oferta é que era escassa. Aposto que, se as pontes sobre o estuário do Tejo tivessem faixa para bicicletas, o número de carros a passar nelas reduzia-se drasticamente. Mas isso, se calhar, não interessa à Lusoponte...<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-48095658926166956192009-05-28T01:58:51.872+01:002009-05-28T01:58:51.872+01:00Caro Xico205
Lamento que tenhas revelado a tua ida...Caro Xico205<br />Lamento que tenhas revelado a tua idade, não é meu propósito saber a idade, o sexo ou a cor de quem aqui emite a sua opinião. Até porque, como se viu, isso só serve para nos distrair do essencial. Ser mais velho 40 ou 60 anos não dá automaticamente seja a quem for razão seja sobre o que for (a não ser, eventualmente, sobre as dores da velhice...) O que interessa é tentar perceber aquilo de que se fala, pensar no assunto e tentar apontar soluções para resolver o problema, argumentando na base daquilo que se sabe e da experiência adquirida. Mesmo que essa experiência seja adquirida à custa de terceiros. Partilhar experiências não só não é crime como poderia ter evitado muitos problemas actualmente existentes. Mas justamente um dos grandes problemas é que tudo olha demasiado para o seu umbigo e poucos são os que se apercebem que, se as coisas estiverem bem para todos, então o mais provável é estarem bem para mim também.<br />É verdade que a forma de deslocação é uma questão de opção pessoal. Mas nós vivemos em sociedade, como tal não podemos actuar como se estivéssemos sozinhos no mundo. Há uma responsabilidade individual pelo colectivo, para que o colectivo seja a fonte de protecção do indivíduo. Cada opção individual devia ser também pensada em relação ao outro. E nisso a sociedade, como um todo, tem a sua responsabilidade. E os representantes do poder, especialmente do poder local, têm grande responsabilidade. Por exemplo, permitir que seja o indivíduo a decidir o que é um automóvel bem estacionado é contribuir para o caos, para a desordem e para a diminuição da qualidade de vida e da própria vida dos outros e, a prazo, do próprio. Conheço pessoas que compraram casa em condomínios fechados para os filhos poderem brincar em segurança na rua, pois no seu cantinho não há carros estacionados em cima do passeio; ao mesmo tempo, quando vão para o seu local de trabalho, ou quando vão buscar os seus filhos à escola, estacionam o seu carro em qualquer passeio, com o argumento de que não há lugar para o estacionar, quando muitas vezes, a 100 ou 200 metros daquele local, há muitos lugares vagos e legais para arquivar o carro. O que é isto senão puro egoísmo e miopia?<br />Outro exemplo é a falta de opções. É evidente que a Transtejo não podia operar uma carreira especialmente para mim, às 2 ou 3 da manhã. Mas porque razão só é possível entrar em Lisboa, vindo do deserto da margem sul, de carro ou de barco? Agora também há o comboio, é certo, mas não serve uma grande parte da população desta margem. Porque motivo as pontes não têm acesso pedonal? Porque motivo têm de ser vias rápidas? Porque motivo não posso, de facto, escolher a minha forma de locomoção da margem sul para Lisboa? Porque motivo à noite sou obrigado a utilizar o carro em Lisboa? (já agora, o exemplo que deste da TST não foi bom. Os horários são piores que os da Transtejo, para não falar do preço do serviço, algo que referes e bem.) E de Lisboa para Sintra, outro exemplo. Até há cerca de vinte anos eu deslocava-me calmamente de Lisboa a Sintra, na ginga, pela estrada que foi ocupada pelo IC19. Hoje é um martírio para fazer esse percurso, pois a via principal passou a via rápida. Foi-me cortada uma opção de locomoção. E, nesse tempo, não eram poucos os que utilizavam tal meio de transporte. Esse teu professor nunca te falou no efeito indutor das opções que colocam às pessoas? Há medida que cerceavam as estradas ao redor de Lisboa disponíveis para as bicicletas, estas desapareciam da estrada e o número de carros aumentava. Porque será? Terá o pessoal, de repente, perdido o equilíbrio? Ou o exemplo dos comboios da CP. As ligações entre comboios são feitas de maneira a dissuadir o utente de utilizar o comboio. Verifica o que se passa nas linhas do Alentejo ou do Douro. A opção é, naturalmente, o carro.<br />(...)Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-66762982756661441552009-05-27T13:14:21.384+01:002009-05-27T13:14:21.384+01:00E esta manhã já andou por aí a comentar outras coi...E esta manhã já andou por aí a comentar outras coisas, e por aqui ñ passou! O Xico tem toda a razão.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-14054597645961006472009-05-27T03:11:54.655+01:002009-05-27T03:11:54.655+01:00Eu não fico contente! Muita conversa da treta! Mui...Eu não fico contente! Muita conversa da treta! Muita gente anda aqui apenas com o proposito de incendiar em vez de fazer uma coisa construtiva! Falta de civismo e de visão!!!!<br /><br />Veja-se o Luis Alexandre, andou a mandar postas de pescada para o ar a ver se me atingia! Primeiro vem com uma conversa que os tecnicos ñ prestam, depois de saber que eu ñ sou técnico, vem-me com a conversa que n tenho idade para debater estes assuntos. O problema é que ele pode ter muitos anos em cima, mas visão de ordenamento não tem nenhuma!!!! Ainda não vi um argumento dele que se aproveite! Vem para aqui com conversas feitas, e anda a disparar em todas as direcções a ver se acerta uma. Quando se pede para argumentar com um facto concreto o que atira para o ar, cala-se (ñ tem argumentos)!!! Fala mal dos técnicos, mas os tecnicos são da geração dele, uma autentica nódoa! Enfim, gente oca é assim...Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-48885966299334083582009-05-27T02:48:27.017+01:002009-05-27T02:48:27.017+01:00Fico contente por o meu post ter criado tanto deba...Fico contente por o meu post ter criado tanto debate, queria apenas repetir a ideia dele, que infelizmente ninguém discutiu:<br /><br />Quando o espaço físico é limitado, o carro é o pior meio de transporte que existe. Ou se destrói metade dos quarteirões em Lisboa para alargar ruas, ou aceitamos como normal que a cidade esteja constantemente entupida e insuportável, ou acabamos com a obsessão do popó na cidade de uma vez por todas.<br /><br />(E por favor, esqueçam por momentos o próprio umbigo. Este blogue serve para debater a cidade e como queremos que ela seja, não como me dá mais jeito a mim ir daqui até ali.)Miguel Carvalhohttps://www.blogger.com/profile/10258543636382787768noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-35569948528124687772009-05-26T18:26:22.200+01:002009-05-26T18:26:22.200+01:00Filipe, a Estrada dos Prazeres tem uma boa curvatu...Filipe, a Estrada dos Prazeres tem uma boa curvatura para articulados entrarem na Rua Maria Pia. O ângulo é inferior a 45º. Pior é a curvatura da 750 da Av. Gomes Pereira para a Estrada de Benfica.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-3194759938324982332009-05-26T12:51:51.677+01:002009-05-26T12:51:51.677+01:00Sr. Luis Alexandre exemplifique onde há disparates...Sr. Luis Alexandre exemplifique onde há disparates?<br /><br /><br />O Sr. é que se farta de dizer disparates!Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-68020087143719364322009-05-26T09:47:57.749+01:002009-05-26T09:47:57.749+01:00Xico 205 disse:
"Caro Iletrado, não me veja como u...Xico 205 disse:<br />"Caro Iletrado, não me veja como um tecnico porque eu ainda só sou um estudante universitario. Ainda só tenho 24 anos e só entrei no ensino superior aos 22. Estive fora do ensino dos 19 aos 22."<br />Está explicado o porquê de tantos disparates. Caro "amigo", cresca e apareça.<br />Luís AlexandreAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-890495707098173262009-05-25T23:18:20.832+01:002009-05-25T23:18:20.832+01:00Não me tinha lembrado da Rua de Cascais. Realmente...Não me tinha lembrado da Rua de Cascais. Realmente é boa ideia.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-31227883886559194072009-05-25T20:15:33.810+01:002009-05-25T20:15:33.810+01:00Xico205, apontaste a solução de Alfragide para a E...Xico205, apontaste a solução de Alfragide para a Estrela que eu faria: 185 para as Amoreiras e depois ou a pé (10~12 minutos) ou 713. Em caso de incompatibilidade com a 185, iria no 799 até à estação de Benfica, depois comboio para Campolide e depois 713. Sei que nunca iria por Entrecampos...são quilómetros a mais desnecessários sem que haja uma poupança de tempo.<br /><br />Da Estrela para a linha de Sintra, isso sim tenho algumas vezes feito pelo 713 e não me tenho arrependido. Entre o aguardar na paragem e entrar no comboio em Campolide vão geralmente 30 minutos.<br /><br />Sobre o 709 para Alcântara, seria um pouco difícil ele fazer o gancho da estrada dos Prazeres para a rua Maria Pia. Mas um bom terminal para os articulados pode ser na Rua de Cascais no espaço dantes ocupado pelos terminais do 12 e do 20. <br /><br />Sobre o blogue, infelizmente não apontei o endereço. Foi-me apontado por um colega do T-XXI, mas achei aquilo tão ordinário que nem me dei ao trabalho de apontar o nome de um blogue de alguém que não consegue respeitar as opiniões dos outros, por mais tontas que sejam.Filipenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-77221982007620741812009-05-25T19:45:00.392+01:002009-05-25T19:45:00.392+01:00Que os utentes possam pedir melhores transportes p...Que os utentes possam pedir melhores transportes publicos, sim podem, só que a forma como o sistema está montado ñ permite alterações de fundo. O Estado quis alhear-se ao problema e deu a concessão rodoviária aos privados.<br />Mas claro que as empresas publicas dando prejuizo servem melhor o passageiro que as privadas. Veja-se a comparação entre a CP e a Fertagus. A CP tem melhores horários fora das horas de ponta e melhores preços (que obviamente ñ são sustentaveis).<br /> Claro que a RN dava prejuízo, daí o Estado a despachar. Se tinha maus horários é possivel, mas ñ melhoraram com as privatizações, antes pelo contrário. Um amigo meu que mora no Murtal( Parede) disse-me que a ScottUrb presta um serviço muito pior do que a RN prestava. E isto é geral pelo país, pois as empresas privadas têm que cortar as ligações ñ rentáveis porque ñ podem dar prejuizo. Ou aquelas que são consideradas sociais e ñ podem mesmo ser cortadas têm que ter redução de horário! Outro aspecto é a renovação de frota. As empresas do Estado só compram veículos novos, já as privadas compram em segunda mão porque ñ dispõe de recursos para material circulante novo. Os funcionarios das empresas estatais tinham e têm muito melhores condições de trabalho que os das empresas privadas de transportes! Ainda hoje há funcionários nas empresas privadas herdados da RN, assim como ainda há autocarros em circulação que foram da RN e têm mais de 30 anos.<br /> Uma curiosidade: Em 1996 vi uma entrevista ao director da Rod. Lisboa em que dizia q a renovação de frota é um esforço mt dificil para as empresas. Foi herdada da RN um passivo e uma frota velha quase toda dos anos 70. Na altura era urgente abater 300 e tal viaturas. A empresa apenas dispunha dum orçamento de 400 mil contos para a renovação. Se fosse comprar novos, só trazia 16. Foi ás compras à Alemanha e trouxe 80 autocarros usados. Conseguiu baixar a média da idade da frota de 15 para 12 anos. Foi o que foi possivel dadas as circunstancias. Isto é muito usual nas empresas privadas.<br /><br /><br />Quanto ao seu post dontem à noite, é obvio que a Transtejo ñ tem passageiros suf. que justifiquem haver barcos durante a madrugada. Logo é mais viável quem tenha que fazer essa deslocação, que a faça de automovel particular. No entanto a TST tem ligações MTJ-LX após a meia noite.<br /><br />O meu prof. de transportes logo nas primeiras aulas disse que n se planeam carreiras para passageiros ocasionais ou para carreiras em q n haja um certo nº fixo de passageiros por circulação. Há quem fique prejudicado? Sim há! Em tudo na vida há quem seja beneficiado e prejudicado. Mas esses prejudicados são mt poucos, mais prejudicada fica a empresa a dar um prejuizo enorme em custos com recursos humanos, combustivel e a desgastar o material para andar com o barco vazio. <br /><br />O exemplo que o prof. usou foi: Não se planeia uma carreira de autocarros ás 4 da manhã dum dia util para o homem de Benfica que está com insónias e tem uma vontade subita de ir a Carcavelos ver o mar! Se ele quer ver o mar assim de repente faz sim sentido que ele vá no seu veículo particular. <br />Os transportes publicos têm que ser organizados com racionalidade.<br /><br />Ainda qt ao nº de veiculos a motor que entram em Lisboa (motas inclusive): <br />400.000x1,5=600.000<br /><br />2.000.000-600.000=1.400.000 (um milhão e quatrocentos)<br /><br />R. Um milhão e quatrocentas mil pessoas entram em Lisboa de transportes publicos, a pé, de trotineta, de skate, bicicleta ou patins. Valor superior aos 600 mil que entram num veículo privado a motor.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-66651711029836806482009-05-25T19:44:28.568+01:002009-05-25T19:44:28.568+01:00Caro Iletrado, não me veja como um tecnico porque ...Caro Iletrado, não me veja como um tecnico porque eu ainda só sou um estudante universitario. Ainda só tenho 24 anos e só entrei no ensino superior aos 22. Estive fora do ensino dos 19 aos 22.<br /><br /> O problema são autocarros ou comboios por vezes mal concebidos por quem os desenhou e que não têm boa renovação do ar (notava-se isto nas antigas carruagens do metro, azuis, mas nos actuais já ñ se nota), outras vezes são os tubos entupidos, assim como na maior parte das vezes fazem um efeito de estufa enorme. Dá a sensação que quem os desenhou nunca lá andou dentro e nunca se sentou ao volante, senão era impossível ñ ter reparado em angulos mortos nos espelhos que chegam a superar os 3m por exemplo!!! Mas também contribui para o mau cheiro, muita gente junta a respirar o mesmo ar, a catinga, e os velhos campeões a mijar nos bancos. Coitados dos velhotes que têm incontinencia, quem sabe se eu qd chegar á idade deles, se chegar tambem ñ vou ser assim~, eles coitados ñ têm culpa! Há ainda pessoas que ñ têm habitos de higiene, pois logo de manhã é um cheiro a suvaco e andam com o cabelo oleoso que misturado com calor é bastante desagradável. Isto acontece mais numas carreiras que em outras porque os passageiros são diferentes nas várias carreiras. Não pense que eu sou maluco, quem anda todos os dias em certas carreiras sabe que isto é assim. Dou-lhe um exemplo concreto: as carreiras 726 e 729 da carris pertencem as duas à estação da Pontinha e são feitas exactamente com o mesmo modelo de autocarros, os MAN 18-280 com carroçaria Marcopolo Viale. Pois há uma diferença enorme de cheiros de uma para a outra, assim como o tipo de passageiros tem muita diferença. E um motorista ou passageiro que ande nestas carreiras sabe comprová-lo! Eu sou utente quase diario da 726 e digo-lhe que é uma carreira agradável, transporta na sua maioria gente ordeira e raramente há problemas (o que ñ implica que à uns meses um motorista tenha sido lá esfaqueado ás 19:30 no Arco Cego. Se calhar se tivesse sido na Pontinha ng ligava, mas como foi no centro de Lx, todos dizem: No Arco Cego???!!!). Eu vi imagens de como ficou a cabine do motorista e digo que impressiona os mais sensiveis!<br /><br />Continuando nos cheiros, a 726 ñ é mal cheirosa, mas noutro dia entrei num autocarro nesta carreira e veio-me um cheiro bastante desagradável, olho para o nº de frota e lá está um 248X (dois mil Quatrocentos e oitenta e...), autocarros normalmente usados na 729 que por alguma razão nesse dia andava na 726! Caro Iletrado mais uma vez ñ pense q sou maluco, conforme há diferenças de cheiros nos autocarros das várias carreiras tb há difs. no estado dos motores. Há percursos que desgastam mais os autocarros que outros. Os 249x que normalmente andam na 790 têm um "cantar" do motor completamente diferente dos 246x que costumam andam na 726. Enquanto que a 726 tem um percurso quase todo sem declives acentuados e tem espaço para acelerar, a 790 tem o percurso quase todo em colinas e quase n tem espaço para acelerar. Daí eu achar que deveria haver mais rotatividade de autocarros por carreiras. Assim como noutro dia o 1803 que normalmente faz a ligação do terminal 1 ao terminal 2 do aeroporto andava no 36 e notava-se o motor preso. Provavelmente foi posto no 36 para ganhar rodagem e soltar o motor.<br /><br /><br />Mudando de assunto, qt à forma das deslocações, isso é uma opção pessoal como eu ja disse, cada um sabe de si. As portagens ñ resolvem o problema e são injustas e se vivemos numa democracia cada um tem a liberdade de escolher o seu modo de deslocação dentro da legalidade. Quem acha o ar de Lisboa extremamente poluído, secalhar o melhor é mudar-se para uma cidade pequena, pois as grandes cidades têm todas o ar poluído sejam países desenvolvidos ou em vias. No ano passado qd vim duma visita de estudo de 10 dias a Marrocos, achava o ar de LX muito bom, comparando com o de Marraquesh! Lá está as comparações fazem-se com os hábitos de cada um.Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-34256916712582696372009-05-25T11:34:39.399+01:002009-05-25T11:34:39.399+01:00Caro Xico205
Uma correcção e um esclarecimento.
Co...Caro Xico205<br />Uma correcção e um esclarecimento.<br />Correcção: "Assim sendo, mais pessoas entram de carro em Lisboa, mais metade." A soma dos carros com as pessoas é intencional.<br />Esclarecimento: a ligação do mau cheiro e do racismo reside na minha presunção (porventura errada) que esse comentário vem na linha de pensamento que a maioria dos brancos que conheço costuma ter àcerca dos maus cheiros nos autocarros e comboios suburbanos de Lisboa, referindo-se ao cheiro a catinga dos pretos. É a queixa mais usual. Como se os pretos não tivessem olfacto e o cheiro dos brancos não os incomodasse. Se acaso não te referias a isto, as minhas desculpas.<br />Quanto ao resto, aguardo serenamente os teus argumentos nada demagógicos. Dizer que ao longo dos anos existiram muitas medidas erradas no (des)ordenamento do território é fácil, como tu próprio admites. Qualquer um o diz, mesmo indivíduos que, aparentemente, nada percebem do assunto. Mas limitas-te a criticar aqueles que apontam soluções para combater essas medidas, apodando-os de iluminados e fantasistas, sem qualquer alternativa e sem argumentos para os contrariar.<br />Eu sei que estou à beira da idade do Alzheimer, mas olha que não me recordo de a Rodoviária Nacional não dar prejuízo. E lembro-me de muitos protestarem energicamente pelo péssimo serviço prestado pela empresa. Pelo contrário, esses foram dos argumentos apresentados pelos especialistas para dividir e privatizar a empresa que, se a memória não me falha, foi formada depois do golpe de estado de 74, através da fusão à força de várias empresas privadas. Segundo os especialistas, o Estado não tinha capacidade para gerir eficazmente os transportes públicos. E o Estado privatizou. O mesmo Estado que gasta milhares de milhões na duplicação de vias rápidas e tem um discurso de moderação de despesas quando se trata dos transportes públicos ou de outras alternativas ao carro. Talvez seja por isso que afirmas "logo agora aguentem".<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-85006598863857183212009-05-25T03:37:09.775+01:002009-05-25T03:37:09.775+01:00Sim tens razão no que dizes. Sebem que eu aqui sou...Sim tens razão no que dizes. Sebem que eu aqui sou atacado sem motivo!Xico205noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8262051.post-66614224018129442282009-05-25T02:47:17.984+01:002009-05-25T02:47:17.984+01:00Caro Xico205
Sou mesmo iletrado, por isso escolhi ...Caro Xico205<br />Sou mesmo iletrado, por isso escolhi este pseudónimo. Agradeço a tua correcção, foi um lapso da minha parte. Assim sendo, mais pessoas entram de carro em Lisboa, mais de metade. Porreiro. Só não percebi onde está a parte da minha arrogância - escarneces dos outros acusando-os de demagógicos por quererem diminuir o número de carros em Lisboa, de não quererem ver a realidade. É bom poderes acusar os outros de arrogância, arrogando-te o direito de o seres. Desde o início desta discussão, muito antes de eu aqui expressar a minha opinião, que apelidas quem não pensa como tu de demagógico. Noto, no entanto, que não respondeste a qualquer uma das três questões que te coloquei, tu, o paladino da discussão séria. Afloraste de leve o tema dos incómodos pessoais de quem usa o transporte público - e chega. Arrogas-te o direito de, sendo especialista, considerares que sabes mais que os outros e quem discorda é arrogante. Todo o teu discurso é conformista, as coisas são como são e nada há a fazer para contrariar tal estado de coisas, porque és especialista e tu é que sabes. Pois é, os últimos trinta anos demonstraram à saciedade aquilo que podemos esperar dos especialistas.<br />Quando alguém sugere alguma alternativa é demagógico. Porquê? Foi isso que te perguntei, é isso que eu esperava que respondesses. Mesmo que fosse com arrogância... que utilizaste, pois aproveitaste o meu erro inicial para não responderes ao restante: excesso de carros em Lisboa e usurpação do espaço público por parte dessas latas que ocupam o espaço do peão; irracionalidade e "umbiguismo" de quem pensa com os três pedais debaixo dos pés, colocando sempre em cheque a vida daqueles que optam por outras alternativas ao carro; direito democrático a todos utilizarem o carro para e em Lisboa - como será possível um milhão de carros em Lisboa?<br />Penso que é inegável que cada um sabe qual é o melhor modo de locomoção que pode ou é forçado a utilizar. Mas, da maneira como as coisas estão implantadas em Portugal, o carro surge quase sempre como a única opção. Há muita gente que podia evitar o uso do carro em Lisboa - ou pretendes convencer-me que esses 400 mil carros que entram em Lisboa são todos comerciais e camiões? Não é o que eu vejo quando me desloco na minha ginga entre o Cais do Sodré e o Lumiar. Muitos podiam optar por outras alternativas mas, como disse o Luís Alexandre, para quase todos o carro é um símbolo social, um símbolo de poder. Poder diminuir a qualidade de vida dos demais, direi eu.<br />Quando vou a Lisboa à noite sou forçado a ir de carro, pois a partir das 23H30 já não tenho barco para voltar para o deserto da margem sul, estação fluvial do Montijo (sou forçado só porque houve alguns especialistas em ordenamento e planeamento que decidiram não me deixar utilizar a bicicleta na ponte Vasco da Gama). Mas só à noite e só quando sei que vou estar em Lisboa para lá dessa hora. Durante o dia uso a bicicleta (e o computador vai na mochila...). É uma opção pessoal, dirás. Claro que é. Mas esta minha opção pessoal retira um carro a Lisboa. Queres convencer-me que, entre os milhares de indivíduos que se deslocam para Lisboa de carro, eu sou o único que tem a possibilidade de não o fazer?<br />O que eu não percebo é o motivo pelo qual estás contra políticas que desincentivem o uso do carro. Que impeçam a usurpação de espaço de quem usa o carro. E que melhorem a qualidade de vida de todos, mesmo daqueles que são mesmo obrigados a utilizar o carro. Até porque, com menos carros na cidade, inalavas menos maus cheiros dos ditos.<br />Boas pedaladas.Iletradonoreply@blogger.com