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04/05/2017

Muito bem, Inês Drummond!

In O Corvo (4.5.2017)
Texto: Samuel Alemão

«Junta de Benfica volta atrás e decide afinal fazer jardim em vez de acesso automóvel


Depois da contestação, e já com as obras em curso, nova mudança de planos. A Junta de Freguesia de Benfica decidiu alterar, mais uma vez, o projecto de requalificação de um terreno situado entre a Rua General Morais Sarmento e a Praceta Maestro Ivo Cruz. Afinal, será ali construído um espaço verde e não uma via com circulação e estacionamento automóvel, como faziam prever os trabalhos no local – realizados pela Câmara Municipal de Lisboa a pedido da junta – e como estava previsto na mais recente versão do plano de requalificação da vizinha Rua Nina Marques Pereira. Trata-se do regresso ao plano inicial, que entretanto havia sido abandonado, para surpresa de alguns moradores, tal como O Corvo havia dado conta a 20 de abril. A decisão foi assumida pela presidente da junta, Inês Drummond (PS), num comunicado distribuído à população nesta quarta-feira (3 de maio).

No documento assinado pela autarca socialista, e no qual se recordam as razões que justificavam a ideia de abrir uma rua com circulação viária no baldio em causa, dá-se conta da alteração como uma consequência da contestação por parte de vários residentes. O que, aliás, motivou a realização de uma reunião no local, junto ao muro que delimita as antigas instalações do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), na véspera (terça-feira, 2 de maio), com “vários moradores” e com o vereador da Mobilidade, Carlos Castro. “Considerando a pertinência dos argumentos bem como as preocupações expressas pelos moradores, ficou decidido na reunião não abrir o referido arruamento à circulação automóvel, criar ali um espaço verde e uma zona de circulação pedonal que poderá apenas ser utilizada apenas em caso de emergência pelas entidades competentes”, informa a presidente da Junta de Benfica.

No mesmo texto, Inês Drummond explica que, na referida reunião com residentes e o vereador, “ficou ainda decidido acautelar, aquando da construção do futuro empreendimento que irá nascer no antigo laboratório de Veterinária, a construção de um arruamento com circulação automóvel que permita descongestionar o trânsito do entroncamento da Rua Nina Marques Pereira com a Avenida Gomes Pereira”. Esse era, de resto, um dos argumentos apresentados pela autarquia, há algumas semanas, para fundamentar a desistência na construção do espaço verde há muito prometido e a opção por um arruamento com circulação automóvel e estacionamento. Com a reviravolta agora comunicada, tal ligação terá, todavia, de aguardar pela futura urbanização a surgir nos terrenos do LNIV.

“Estou em crer que a solução encontrada ontem trará mais-valias para esta zona quer em termos de segurança quer em termos de qualidade de vida”, diz a presidente da junta, depois de assinalar a importância da participação cívica e da “voz activa” dos moradores de Benfica na vida da freguesia. O Corvo sabe, no entanto, que alguns moradores daquela zona se queixam de não ter tido conhecimento da mencionada reunião, tal como garantem não ter sido auscultados aquando da primeira alteração de planos, que ditara a opção – entretanto abandonada – de construção da via automóvel e do estacionamento. Uma escolha que serviu para justificar o corte das árvores que ali existiam até há pouco tempo.»

...

24/04/2017

E por falar no Palacete Baldaia, que dizer de tanto pvc/alumínio e do estado destas fachadas?


Fotos: Vítor Vieira

Jardim do Palácio Baldaia abre ao público no 25 de Abril


In Diário de Notícias (24.4.2017)
Por Lina Santos

Edifício setecentista vai ser biblioteca e espaço de trabalho. O jardim abre amanhã com um concerto de Paulo de Carvalho

"Benfica tem tudo, só lhe falta glamour." Ricardo Marques, vogal de Educação, Formação e Eventos públicos da junta de freguesia, cita de cor o título que leu na imprensa há uma mão-cheia de anos, a propósito da (aparente) falta de história do bairro. Neste mandato, a direção, liderada por Inês Drummond, quis quebrar esse mito urbano. E a reabilitação do Palácio Baldaia, na Estrada de Benfica, é um dos passos. Em setembro abre em pleno, amanhã, assinalando o 25 de Abril, inaugura-se o jardim, com concertos da Orquestra Geração (15.00), Novas Vozes de Abril (17.00) e, finalmente, do intérprete da canção-senha E depois do Adeus. Paulo de Carvalho sobe ao palco às 18.00.

O palco do jardim Baldaia é a antiga plataforma das máquinas de ar condicionado, com um deck de madeira. Há árvores centenárias por aqui e o vogal da junta de freguesia chama a atenção para dois arbustos que, mercê das muitas podas a que foram sujeitos, "são como bonsais". Chamam-se Euohymus japonicus, explica o engenheiro agrónomo do projeto, Flávio Barros. Defende que sejam classificados como arbustos de interesse público.

Os dois lagos do jardim vão estar a funcionar, com carpas e tartarugas, e um caminho de calçada emoldura a entrada na casa. Respeitaram-se os canteiros que já existiam, delimitados por aço corten. Brita espalhada desenha os caminhos. Terá entre cinco e dez centímetros de altura, o suficiente para ser confortável pisá-la, explicam os responsáveis da obra. Ricardo Marques conta que defendeu a relva, "mas este é um jardim sombrio, seria uma manutenção morosa". Além disso, justifica, "é um jardim de fruição".

Por esta altura, impõe-se contar a história da casa. Maria Joana Baldaia foi a primeira proprietária, no século XVIII. O palácio chegou a ser um hotel, detalha Ricardo Marques, a partir da escassa informação que existe. "Alguns apontamentos interiores serão, aliás, da época em que o palácio funcionou como Hotel Mafra." Será desse tempo a escultura de bronze que está na escadaria. Duas outras, agora em restauro, estavam no jardim.

Ricardo Marques continua a história. "[O palácio] aparecia referido ainda no século XIX já não como Hotel Mafra, mas como hospedaria. Passa por várias mãos durante 20 anos, e em 1913 passa para o INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária]. Entram oficialmente em 1918", conta, e acrescenta: "Muito do que vemos aqui são intervenções para vir para cá o laboratório."

O Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), que saiu já em 2017 e cujo nome ainda está numa das entradas, foi construindo anexos. O seu destino é serem demolidos, o terreno loteado e vendido para construção. Estão previstas duas torres de habitação e um jardim público ao centro. Ricardo Marques espera que se preservem "as muitas espécies e árvores que aqui existem e que dão alguma particularidade ao recinto". »

08/01/2015

Espaço devoluto Travessa Morais Sarmento/Ivo Cruz


Chegado por e-mail:

«FW:

Exma Senhora Presidente:

Pelo presente, fica V.Exa convidada a assistir à " inauguração", durante todo o dia, do novo espaço verde e de lazer da freguesia de Benfica.

Não será oferecido um Porto de honra, por falta de cabimentação orçamental da comissão empreendedora. Aguardamos visita de V.Exa!

Cumprimentos

Vítor Vieira»

...Fotos recentes (17.2.2017):

24/04/2013

Chafariz de Benfica continua votado ao abandono








Fotografia de Fausto Castelhano (2013)




NOTA:

Relembramos que, em Março de 2011, o blogue comunitário "Retalhos de Bem-Fica" promoveu uma Acção de Sensibilização a propósito do estado de abandono a que o Chafariz de Benfica tinha sido votado pelas entidades competentes.

Depois de algumas respostas dessas mesmas entidades, em Setembro de 2011, a Junta de Freguesia de Benfica procedeu à limpeza do Chafariz de Benfica.

Desde então, e passados 2 anos, o Chafariz de Benfica regressou ao seu estado de degradação e abandono...
Lamentamos profundamente!




****



O Chafariz de Benfica começou a ser construído em Julho de 1788, por ordem da Junta de Águas Livres. A água que chegava aos bicos do Chafariz vinha do Aqueduto das Águas Livres, de onde se fez um desvio que passa por baixo da linha de caminho-de-ferro para Sintra e atravessa o Bairro de Santa Cruz. 



Fotografia de Fernando Martinez Pozal, 1947, 
in Arquivo Municipal de Lisboa





Quando o Chafariz de Benfica foi construído, possuía, no cimo, da sua zona central, duas pinhas ornamentais (ver fotografia acima)...




Fotografia de Alexandra Carvalho (2008)


Em 2008, apenas resistia a pinha do lado direito da fachada do Chafariz (ver fotografia acima)...


Fotografia de Well Stay (2013)


Fotografia de Vítor Vieira (2013)

Fotografia de Vítor Vieira (2013)



E foi preciso chegarmos a 2013 para que a única pinha ornamental, que ainda resistia, tombasse para as traseiras do Chafariz de Benfica...

Ali ficando, abandonada, até que alguém das entidades competentes se lembre de a ir buscar, antes que seja roubada (afinal de contas, estes artefactos são valiosíssimos).

E, assim, o nosso Chafariz de Benfica, património histórico da nossa freguesia, lá continua abandonado à vista de todos!...





Fotografia de Ana Nicolau (2013)

Fotografia de Ana Nicolau (2013)


Fotografia de Fausto Castelhano (2013)

 Fotografia de Ana Nicolau (2013)

 Fotografia de Fausto Castelhano (2013)

Fotografia de Fausto Castelhano (2013)