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27/02/2020

Palácio Foz precisa de obras - reenvio de pedido à Presidência do Conselho de Ministros


Exmo. Senhor
Dr. Tiago Antunes,
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros

C.C. Senhor Primeiro-Ministro, Ministra da Cultura, Ministro da Economia, Ministro da Educação, Ministro da Administração Interna, CML e Media

No seguimento do nosso e-mail de Junho de 2016 (http://cidadanialx.blogspot.com/2016/06/palacio-foz-mais-um-edificio-notavel-em.html) e da resposta dos V/serviços de que seriam iniciadas obras de conservação e restauro do Palácio Foz no início de 2017, e tendo passado já 3 anos sobre essa data sem que se vislumbre qualquer obra, somos a reenviar este alerta no sentido de instar o Governo de Portugal a iniciar quanto antes as necessárias obras de recuperação deste imóvel notável da cidade de Lisboa e do País.

Reiteramos que o Palácio Foz apresenta sérios e evidentes problemas de conservação, com particular ênfase nas suas fachadas e coberturas, onde se verificam rachas, buracos, caixilharias descascadas, etc., conforme fotos em anexo.

Solicitamos, portanto, a melhor atenção de Vossas Excelências para esta situação, que a todos envergonha.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Luís Pedro Aguiar, Bernardo Ferreira de Carvalho, Helena Espvall, Virgílio Marques, Ana Celeste Glória, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro de Souza, Pedro Jordão, Jorge Pinto, Rui Pedro Martins, Alexandre Marques da Cruz, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis, Filipe Teixeira

Fotos: Luís Pedro Aguiar

26/11/2019

Retirada de placa da SPA de prédio nos Restauradores - exposição ao PCML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


Cc. AML, JF, Vereador do Urbanismo, Vereadora da Cultura, DGPC, SPA e media

Trazemos ao conhecimento de V. Exa. uma situação que nos parece estranha e que passamos a enunciar:

Logo após se ter verificado que, no seguimento das obras de reabilitação do edifício sito na Praça dos Restauradores, nº 13, havia sido retirada da fachada a placa evocativa (foto em anexo) que dá conta dali ter funcionado a primeira sede da Sociedade Portuguesa de Autores, foi contactado o Pelouro da Cultura da CML no sentido de localizar a mesma e instar o proprietário do edifício a recolocá-la no devido lugar.

Seguiu-se uma troca de correspondência, por vezes surreal, sendo agora confrontados com uma resposta definitiva da parte dos serviços da CML:

«1º ponto: referente à placa comemorativa alusiva à criação da primeira sede da Sociedade Portuguesa de Autores retirada da fachada do edifício (propriedade privada) sito na Praça dos Restauradores, 13, por motivos da reabilitação do imóvel. Após diligências efetuadas no local junto do responsável da obra, verificou-se que não tinham intenção de a recolocar após a conclusão dos trabalhos. Dado que a placa não é propriedade da Câmara Municipal de Lisboa, foi entregue em devido tempo à SPA encontrando-se nas suas instalações. Segundo o Sr. António Castro, a Sociedade Portuguesa de Autores está a preparar uma resposta por escrito endereçada aos Serviços da CML. sobre a possibilidade de encontrarem uma solução para a sua recolocação noutro local.
2º ponto: referente à questão levantada sobre a colocação de uma placa de homenagem à figura de Adelaide Cabete (1867-1935). De mencionar que se trata de uma das mais importantes mulheres do Século XX, médica obstetra e ginecologista, que teve um consultório médico exatamente no mesmo edifício da Praça dos Restauradores, 13. Somos da opinião que seria eventualmente oportuno e faria mais sentido a colocação de uma placa no edifício da sua residência em Lisboa, na Rua Frei Francisco Foreiro, nº 3, à Freguesia de Arroios.»

Ou seja:

1. Desde há muitos anos que existe determinada placa evocativa num prédio privado de Lisboa localizado no Conjunto de Interesse Público da Avenida da Liberdade (Portaria n.º 385/2013, DR, 2.ª série, n.º 115, de 18-06-2013).
2. Decorre desta classificação que, salvo parecer de especialista em contrário «não são admitidas alterações à volumetria, morfologia, alinhamento e cérceas, cromatismo e revestimento exterior dos edifícios…» (alínea a) do ponto 2), ou seja, não é permitida a abertura de novos vãos nem revestimentos novos como o que foi agora colocado na base da fachada.
3. Independentemente de ser um edifício privado, a placa foi colocada depois de devidamente autorizada, certamente com o empenho dos serviços da CML à época.
4. A placa em causa está ligada à história da cidade e do país.
5. Os serviços de Urbanismo e de Cultura da CML tiveram conhecimento da vontade do promotor e do projectista em abrirem novos vãos na fachada, colocarem outro tipo de revestimento na base da fachada e retirarem a placa referida, desde a submissão do Pedido de Informação Prévia respectivo e mesmo assim nada fizeram em contrário.
6. É apresentado o protesto à CML e esta responde que o prédio é privado, a placa pertence à SPA e esta já a tem com ela e quer colocá-la noutro local.

Mais se estranha a remoção da placa quando se reconhece que o edifício se valoriza com a todos reconhecemos que a existência da placa valorizava (valorizaria) o edifício em questão.

Colocamos à consideração de V. Exa., Senhor Presidente, esta história, que a História não merece.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Virgílio Marques, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Júlio Amorim

21/02/2016

BAIXA, a tourist trap: quiosque dos Restauradores


O emblemático Quiosque na Praça dos Restauradores já não vende jornais, revistas, e a venda de bilhetes para espectáculos asumidamente secundarizada. Os sintomas bem visíveis nas imagens provam que sofreu da metamorfose do costume - já está formatada ao serviço dessa indústria milagrosa chamada Turismo. A cidade como prostituta de uma ideia de turista? Mas que turista é este que Lisboa tão cegamente persegue?

13/12/2014

O raio de coisa é esta...?


Bem...que o palito não se esteja a dar bem no seu novo habitat por algum motivo será. Agora aquele suporte disfuncional e as ervas daninhas já a seguirem pelo passeio....não é obra para se apresentar nos Restauradores.

14/07/2010

É fartar vilanagem!...


Os motivos são sempre muito nobres, coisa "cultural" certamente pelo aspecto, mas será que a placa central dos Restauradores é o local indicado para fazer/montar uma "obra" deste género?

Já lá andam há uma semana e - como a foto documenta - há poucos minutos estavam 12 (doze!) veículos estacionados em cima da placa central.

Há um sentimento gratificante de "quem anda a trabalhar" em estacionar onde os normais condutores não se atrevem. É fartar, vilanagem!

09/03/2010

Lisboa é metade limpa e metade porca

Este edifício partiu de um convite que a CML fez em 1945 ao Arq. Cristino da Silva para um «Plano Parcial de Urbanização da zona compreendida entre a Praça dos Restauradores e a Praça D. João da Câmara». O projecto para este novo edifício que a Sociedade Industrial Aliança acabaria por erguer ficou pronto em 1948. Segundo os desenhos do projecto original sempre houve um piso recuado. Mas, conforme se vê nesta foto, o problema é que se acrescenta quase sempre um novo "piso" para as instalações técnicas (ar-condicinado, antenas para telemóveis, etc.). Enquanto a CML não exigir que as coberturas, em particular na Baixa, sejam rigorosamente tratadas também como "fachada" - a 5ª fachada - assistiremos à proliferação de telhados caóticos em toda a zona. Metade do imóvel foi vendido e remodelado para instalação de uma unidade hoteleira de 5 estrelas que vai ser inaugurada muito em breve. Quanto à outra metade do edifício, está no estado em que se vê: a proprietária é a Caixa Geral de Depósitos e o seu arrendatário, os Serviços Sociais do Ministério da Justiça. Mais palavras para quê?

Reabilitação de edifício nos Restauradores para novo hotel Altis aposta no requinte discreto dos anos 40

In Público (9/3/2010)
Por Ana Henriques

«Em tempo de Óscares, não é preciso muita imaginação para vislumbrar os actores de voz baixa e insinuante dos anos 40 a vaguearem lânguidos pelo edifício. Este fim-de-semana nasceu um novo hotel em Lisboa, num edifício dos Restauradores concebido pelo arquitecto modernista Cristino da Silva e com uma decoração que remete para os cânones da época.

A cargo do grupo Altis, a reabilitação do edifício não foi fácil. O orçamento para recuperar o imóvel, que data dos primórdios do betão em Portugal, disparou dos 14 milhões de euros inicialmente previstos - verba que inclui a sua compra a outro grupo hoteleiro, que acabou por desistir da tarefa - para 18 milhões. Quando a obra se iniciou, o estado do edifício fronteiro à Estação do Rossio metia dó. "Tinha pertencido à Câmara de Lisboa, mas estava completamente abandonado, e num adiantadíssimo estado de degradação", descreve o arquitecto encarregado da recuperação, João Vasconcelos Marques. Até animais mortos havia lá dentro.

As boas notícias é que, quando voltar o bom tempo, todos vão poder usufruir da grande varanda panorâmica do último andar, que será aberta ao público como esplanada da brasserie do hotel, ainda por cima num horário alargado: das 7h30 à uma da manhã. Daqui avista-se a Avenida da Liberdade de um ângulo muito especial: praticamente a partir do seu centro. Logo pela alvorada é vê-la muito pacata, quase sem carros, para nas horas seguintes se encher de trânsito barulhento. Um problema que levou os donos do hotel a munirem-se de todas as armas ao seu alcance - potentes caixilharias e vidros - para que os hóspedes possam dormir manhã fora em paz e sossego.

O preto lacado das paredes dos quartos faz parte de uma decoração retro que aposta num requinte discreto condizente com as cinco estrelas do alojamento, que, além de 68 quartos, conta com duas suítes. Os preços começam nos 160 euros por noite.

Recuperada com o acompanhamento do instituto do património, a obra de Cristino da Silva mantém muitas das suas características originais. É o caso da magnífica escadaria com corrimão de madeira que sobe até ao sexto andar. Para a recuperação ficar completa, falta estender-se à segunda metade do imóvel, ainda nas mãos da Caixa Geral de Depósitos e do seu arrendatário, os Serviços Sociais do Ministério da Justiça, mas que o grupo Altis já começou a cobiçar.»

...

Não fora o andar a mais que foi construído lá no topo ...

02/02/2009

Mais um andar encapuzado?


Já tinha chamado a atenção desta ampliação encapotada, aqui. E agora, esta foto recebida por email comprova o facto. Ou seja, que neste edifício [que partiu de um convite que a CML fez em 1945 ao Arq. Cristino da Silva para um «Plano Parcial de Urbanização da zona compreendida entre a Praça dos Restauradores e a Praça D. João da Câmara», cujo projecto para este novo edifício da Sociedade Industrial Aliança estaria pronto em 1948, segundo os desenhos do projecto original (publicados no catálogo da expo na Gulbenkian), em que sempre houve um piso recuado conforme se vê nesta foto], se acrescentou um novo "piso" para as instalações técnicas (ar-condicinado, antenas de telemóveis, etc.).

Os perfis de ferro são para uma cobertura de esplanada? É que, dependendo do aspecto final, isto poderá resultar num volume mais ou menos pesado/fechado e não respeita o equilíbrio projectado entre as cérceas de um lado e de outro, do Hotel Palace.

Uma coisa é muito certa: o Cristino projectou este edifício exactamente com a mesma cercea do Hotel Palace. Há alguém que pare esta espécie de "livre-trânsito" que todos os projectos de hoteis recebem na CML?


Info: FJ

21/01/2009

Reabilitação de edifícios na Baixa dinamiza o "coração" de Lisboa

In Público (21/1/2009)
Ana Espada

«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, visitaram ontem a obra de reabilitação do futuro Hotel Altis Avenida, situado junto à Praça dos Restauradores. Até ao fim do mês, a autarquia deverá apreciar 16 projectos para reabilitação de prédios devolutos na Avenida da Liberdade, para serem recuperados para habitação, escritórios e hotelaria.
O edifício, em tempos destinado aos serviços municipais de Urbanismo, encontrava-se degradado e sem utilização. O projecto de reconversão do imóvel é da autoria do arquitecto João Vasconcelos Marques e o futuro "hotel de charme", que deve abrir as portas em Junho, terá 72 quartos, restaurante panorâmico, bar lounge com esplanada, fitness room e business center. O investimento ascende a 14 milhões de euros.
Manuel Salgado referiu que o projecto "se insere no processo de planeamento do eixo central", que engloba a zona da Avenida da Liberdade e os bairros históricos da Baixa lisboeta. As potencialidades destas zonas requerem uma "prioridade de reabilitação feita pelos promotores privados em colaboração com a câmara e a grande aposta consiste numa redução dos tempos de licenciamento dos imóveis", declarou o vereador.
No total existem 4767 imóveis devolutos em Lisboa, sendo que 408 são edifícios municipais. Na Baixa-Chiado já estão a decorrer cerca de 40 processos de licenciamento. O presidente da câmara municipal, António Costa, adiantou que "o novo modelo de circulação previsto para a zona da Baixa vem, precisamente, contribuir para a reabilitação desta zona e é fundamental para melhorar a qualidade de vivência urbana". E acrescentou que, "em 2008, foram despachados 1800 processos que estavam acumulados na gestão urbanística".»

O único problema que aqui vejo é este, ou seja «segundo testemunhas, a ampliação no último piso já vai muito para além da casa das máquinas, ou de café miradouro, continuando-se a colocar tijolo sobre tijolo e parecendo que o prédio vai crescer, o que seria uma violação grosseira do projecto aprovado».

No resto, pior do que estava e do que era não fica. Duvido é que se possa chamar a um hotel da cadeia Altis, 'hotel de charme'. Isso é não fazer a mínima ideia do que é o conceito de 'hotel de charme', o que aliás tem sido notório nas escolhas que a CML tem feito ao longo do tempo. Verdadeiros hotéis de charme haverá uma mão cheia em Lisboa, talvez nem isso.

09/10/2008




Nuno Caiado

11/09/2008

Violação do projecto aprovado?




Para este edifício da Rua Primeiro de Dezembro, 120 (autoria de Cristino da Silva), a CML aprovou em Dezembro de 2006 um projecto de alterações para adaptação do mesmo a hotel de 4****, designado então 'Hotel Mundial Prestige', para a Soc. Hoteleira de Turismo Sotelmo, S.A. O projecto então aprovado (Proc. Nº 955/EDI/2006) dizia claramente que o hotel seria feito 'sem alterar as suas características arquitectónicas'. E que 'a volumetria do edifício é mantida na sua totalidade e que era proposta a manutenção das fachadas, com substituição das caixilharias de madeira por alumínio lacado, recuperação da entrada principal, bem como, das duas caixas de escadas e adaptação/alteração dos espaços de modo a dar resposta ao novo programa do edifício, bem como uma nova cobertura para o saguão'. O hotel seria 'composto por 1 piso em cave e 8 pisos acima do solo. O piso –1,, em cave é destinado a áreas de serviço, designadamente, instalações sanitárias e refeitório do pessoal, rouparia, depósito de bagagem/bengaleiro, armazenagem de lixos e áreas técnicas. O piso 0, é composto, essencialmente, pelo lobby e recepção, bem como, instalações sanitárias do público e elevadores e escadas de acesso aos pisos superiores. A entrada de serviço é efectuada pela rua Jardim do Regedor. Do piso 1 ao piso 6, localizam-se os quartos, 12 por piso, que correspondem a 24 camas por piso. No piso 1, encontra-se o quarto adaptado a pessoas de mobilidade condicionada e respectiva instalação sanitária. O piso 7, é composto por a sala dos pequenos-almoços, e respectiva copa, duas instalações sanitárias do público mais uma adaptada a pessoas de mobilidade condicionada. Existe ainda uma sala de estar/bar e um bengaleiro. É proposta para o hotel uma capacidade de 144 camas, distribuídas por 72 unidades de alojamento, todas estas designadas por quartos duplos'.

Posteriormente, em Agosto do corrente, foi apresentado um projecto de alterações durante a execução da obra (Proc. Nº 436/EDI/2008), no qual 'as alterações apresentadas são alterações decorrentes das contingências da obra e de outras circunstâncias não previsíveis à data da realização do projecto deferido. Assim, só após as demolições foi possível efectuar um levantamento rigoroso das dimensões interiores de todos os pisos, estrutura, redes de esgotos e águas pluviais. Analisadas as peças desenhadas, as alterações apresentadas no presente projecto não alteram nem cércea nem volumetrias. Nos alçados são apenas apresentadas alterações no desenho da caixilharia no piso 7, a criação de um gradeamento exterior no alçado poente e ampliação da casa das máquinas. Também a capacidade do hotel mantém-se com 72 unidades de alojamento, distribuídas por 144 camas, todas estas designadas por quartos duplos'. O projecto ainda se encontra formalmente em apreciação.

O problema é que, segundo testemunhas, a ampliação no último piso já vai muito para além da casa das máquinas, ou de café miradouro, continuando-se a colocar tijolo sobre tijolo e parecendo que o prédio vai crescer, o que seria uma violação grosseira do projecto aprovado. Em breve haverá fotografias actuais.