Vamos a factos objectivos e indesmentíveis:
* A partir de dia 9, a Casa-Museu Almeida Garrett será irreversível, ou não;
* A partir de dia 9, os condomínios em execução para o Convento dos Inglesinhos e Convento de Arroios serão reversíveis, ou não;
* A partir de dia 9, o Odéon estará salvo, ou não;
* A partir de dia 9, a Avenida da Liberdade terá o trânsito fortemente condicionado, recuperará uma linha de eléctrico, e verá as faixas laterais eliminadas e os passeios ainda mais amplos e com mais vida; ou continuará como hoje, agravada ainda pela construção de parques de estacionamento subterrâneo nas zonas laterais, junto ao São Jorge e Tivoli;
* A partir de dia 9, o Capitólio poderá respirar de alívio no meio de um jardim a sério, ou será demolido para dar lugar a uma gigantesca estrutura metálica multiusos;
* A partir de dia 9, o Rossio verá finalmente nivelado o poço de ventilação do Metro, ou não;
* A partir de dia 9, a Colecção Berardo ficará em Lisboa ou rumará para Itália;
* A partir de dia 9, a CRIL respeitará o Aqueduto, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa não verá avançarem os parques subterrâneos no Príncipe Real, na Pcta.José Lins do Rêgo e no Largo Barão de Quintela, ou não;
* A partir de dia 9, o túnel do Marquês poderá ficar-se pela Rua Castilho, ou trazer ainda mais subúrbio para o coração de Lisboa, até á António de Aguiar, juntando-se assim ao previstos túneis do Saldanha e sob a Penha de França, este a ligar a Almirante Reis a São João;
* A partir de dia 9, Alvalade verá ser construído um parque de estacionamento ao lado do mercado, em terreno camarário, ou voltar a possibilidade de se esventrar a Avenida da Igreja;
* A partir de dia 9, a Lapa terá a possíbilidade de ter estacionamento na zona abandonada do Hospital Militar, ou não;
* A partir de dia 9, Benfica verá reabilitado o parque Silva Porto e os projectos da Quinta da Granja e da praça central avançarem, ou não;
* A partir de dia 9, a Ajuda verá efectivamente recuperada a zona envolvente do Palácio da Ajuda, e dignificao o «rio seco», ou não;
* A partir de dia 9, o Lumiar verá salvaguardado o que resta do Paço do Lumiar (Qta.Senhora Paz, Casa Cesário Verde, Qta. do Cunhal), e dignificado o parque periférico, ou não;
* A partir de dia 9, o São Jorge terá uma programação condigna, ou será transformado em «rockódromo»;
* A partir de dia 9, o Paris terá um efectivo projecto cultural, ou um investidor imobiliário;
* A partir de dia 9, Lisboa poderá contar com o projecto do Espaço A Capital, ou não;
* A partir de dia 9, a CML apostará efectivamente na reabilitação urbana, ou manterá a aposta na demolição urbana;
* A partir de dia 9, Lisboa deixará de ver publicidade ao trabalho normal da CML, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa deixará de ver publicidade enganosa ao trabalho feito pela CML em prol da reabilitação, ou não;
* A partir de dia 9, Lisboa poderá ter arborizadas e reperfiladas avenidas e perpendiculares à Av.Roma, Av.República, Av.Almirante Reis, Av.Padre Cruz e Av.Infante D.Henrique, ou não;
* A partir de dia 9, a CML poderá intervir na Administração do Porto de Lisboa com vista a libertar-se mais zona ribeirinha, ou verá os contentores amontoarem-se ainda mais;
* A partir de dia 9, Lisboa verá ser escrupulosamente respeitado o trabalho do IPPAR, ou não;
* A partir de dia 9, haverá na CML responsáveis directos pelo que se passa no nosso bairro, ou não;
* A partir de dia 9, as escolas primárias públicas de Lisboa poderão voltar a ombrear com as privadas, ou não;
* A partir de dia 9, haverá salas de chuto em Lisboa, ou não;
* A partir de dia 9, haverá remodelações profundas na EMEL, GEBALIS, EPUL, EGEAC, etc., ou não.
A escolha compete aos lisboetas, e só a eles!
BEM HAJAM!
PF
06/10/2005
04/10/2005
Para amanhã, último dia campanha, 11º e último teaser aos candidatos a Lx:
11º Teaser: E DAQUI A 4 ANOS? Quantos automóveis entrarão por dia em Lisboa? Quantos assaltos haverá por dia? Ainda existirá teatro de revista? Chegará o Metro a Santa Apolónia? Haverá portagens à entrada de Lisboa? Quantos prédios bonitos ainda haverá em Lisboa? Haverá mais pessoas a viver em Lisboa? Menos escapes e cláxons poluidores? Mais e melhor oferta cultural? Nenhum cartaz de campanha? Quantos buracos na calçada e no asfalto? Quantos mais condomínios e menos cultura de bairro?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Para 5ª Feira, 10º dia de campanha, 10º teaser aos candidatos a Lx:
10º Teaser - E OS ACESSOS AO CASTELO?E os acessos ao Castelo de São Jorge, que tanta tinta fizeram correr há 4 anos? Porque nenhum dos candidatos fala nisso agora? Escadas-rolantes, funiculares? Vai-se de burro ou "a butes", em que ficamos?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Para amanhã, 9º dia de campanha, 9º teaser aos candidatos a Lx:
9º Teaser - OS TRANSPORTES PÚBLICOS NÃO FUNCIONAM. COMO É QUE OS CANDIDATOS QUEREM QUE FUNCIONEM? Irá o sistema de rede da Carris permanecer organizado como está desde há 100 anos? Será que o Metropolitano se irá continuar a desenvolver para quintas onde não vive ninguém (Falagueira) ou vales agrícolas (Bela Vista) promovendo apenas a especulação imobiliária?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
03/10/2005
Para amanhã, 8º dia de campanha, 8º teaser aos candidatos a Lx:
8º Teaser: QUE JARDINS? A CML entende que jardim é sinónimo de relvado pré-fabricado com árvores em forma de palito. E os canteiros? E as árvores de fruto? E as flores? E os arbustos? E as fontes? E as bicas? E as esplanadas? E os coretos? E os quiosques? E o plano para contrariar a política de impermeabilização dos solos que tem sido a política da CML de construir placas de betão com coberturas ajardinadas?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
30/09/2005
Para 2ª Feira, 7º dia de campanha, 7º teaser aos candidatos a Lx:
7º Teaser - FEIRA POPULAR, ONDE? COMO? QUANDO? Quando é que se assume o evidente sobre a Feira Popular: que ela será muito mais útil e atractiva fora, do que dentro do concelho de Lisboa?! E que sobre ela se fez uma negociata imobiliária das maiores a que Lisboa jamais assistiu? E porque são os feirantes indemnizados sem que haja alternativa para um novo parque de diversões?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Para Domingo, 6º dia de campanha, 6º teaser aos candidatos a Lx:
6ª Teaser- UM NOVO AEROPORTO A PENSAR NAS FUTURAS GERAÇÕES?A questão do novo aeroporto resume-se a uma pergunta: queremos ou não queremos deixar uma Lisboa melhor às futuras gerações? mais segura? com menos decibéis? com mais oxigénio? menos doenças incuráveis? menos congestionada de tráfego aéreo? com accessibilidades à europeia? É sobre isso que os candidatos se têm que pronunciar, sem demagogias, por muito que a opção final seja do Governo.
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Para amanhã, 5º dia de campanha, 5º teaser aos candidatos a Lx:
5º Teaser- QUANDO DEIXARÁ A EPUL DE SER UMA SOCIEDADE IMOBILIÁRIA?A EPUL tem-se comportado como uma normalíssima promotora imobiliária, parecendo incapaz de cumprir o seu objecto social e até o que anunciou no passado recente, como por exemplo o empreendimento no Martim Moniz. Qual dos candidatos vai usar a EPUL como verdadeiro instrumento de reabilitação das zonas históricas (restaurando quarteirões) e como exemplo de bom urbanismo/arquitectura nas zonas modernas?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
29/09/2005
"Estética" na Pç Marquês de Pombal
1 - A Praça do Marquês de Pombal está circundada por prédios de grande dignidade, todos da mesma cor, com a mesma altura e com o mesmo tipo de fachada.
2 - Os reclamos luminosos que encimam os prédios são todos idênticos e todos de luz branca, o que lhes confere um ar de certa homogeneidade.
3 - Porém, o prédio ao lado do Hotel Fénix e que torneja para a Rua Braancamp, pertencente ao Banco Espírito Santo, de acordo com o reclamo luminoso que o encima, tem um cartaz de publicidade ao BES que ocupa toda a fachada do prédio.
4 - O prédio que torneja para o outro lado da Rua Braamcamp, tem a toda a altura da fachada, um enorme reclamo ao Banco Santader.
5 - No prédio ao lado deste, está um cartaz também de enormes proporções,a fazer reclamo a uma Clínica de Olhos.
6 - No prédio que torneja para a Rua Rodrigues Sampaio, está outro cartaz (azul) de enormes proporções a fazer reclamo a uma empresa de Venda de Prédios.
7 - Por este andar, as demais empresas instaladas na Praça do Marquês de Pombal, como seja o Banco do Brasil, a AXA, a EDP, etc. também se sentirão no direito de colocar cartazes nas fachadas dos seus prédios.
8 - Na minha opinião, os cartazes instalados são uma forte agressão à estética da praça, devendo ser retirados de imediato, pois contribuem poderosamente para o descrédito cultural das empresas que os colocaram e das autoridades que permitiram a sua colocação.
9 - Finalmente, os turistas estrangeiros que por ali circulam devem sorrir com desprezo, por tamanha manifestação de mau gosto.
10 - E nós, os lisboetas, não fazemos nada para extirpar esta mal educada publicidade, que vandaliza uma das mais bonitas Praças de Lisboa ?
Santos Fernandes
2 - Os reclamos luminosos que encimam os prédios são todos idênticos e todos de luz branca, o que lhes confere um ar de certa homogeneidade.
3 - Porém, o prédio ao lado do Hotel Fénix e que torneja para a Rua Braancamp, pertencente ao Banco Espírito Santo, de acordo com o reclamo luminoso que o encima, tem um cartaz de publicidade ao BES que ocupa toda a fachada do prédio.
4 - O prédio que torneja para o outro lado da Rua Braamcamp, tem a toda a altura da fachada, um enorme reclamo ao Banco Santader.
5 - No prédio ao lado deste, está um cartaz também de enormes proporções,a fazer reclamo a uma Clínica de Olhos.
6 - No prédio que torneja para a Rua Rodrigues Sampaio, está outro cartaz (azul) de enormes proporções a fazer reclamo a uma empresa de Venda de Prédios.
7 - Por este andar, as demais empresas instaladas na Praça do Marquês de Pombal, como seja o Banco do Brasil, a AXA, a EDP, etc. também se sentirão no direito de colocar cartazes nas fachadas dos seus prédios.
8 - Na minha opinião, os cartazes instalados são uma forte agressão à estética da praça, devendo ser retirados de imediato, pois contribuem poderosamente para o descrédito cultural das empresas que os colocaram e das autoridades que permitiram a sua colocação.
9 - Finalmente, os turistas estrangeiros que por ali circulam devem sorrir com desprezo, por tamanha manifestação de mau gosto.
10 - E nós, os lisboetas, não fazemos nada para extirpar esta mal educada publicidade, que vandaliza uma das mais bonitas Praças de Lisboa ?
Santos Fernandes
Para amanhã, 4º dia de campanha, 4º teaser aos candidatos a Lx:
4º Teaser: QUE ZONA RIBEIRINHA DEFENDEM OS CANDIDATOS?A zona ribeirinha de Lisboa continua desaproveitada mas tem um imenso potencial natural e património industrial, conventual, palaciano e bairrista a proteger e revitalizar. Quais são as ideias concretas e quais são os prazos para esta zona? Neste contexto como é possível estar a deixar a Administração do Porto de Lisboa aumentar o terminal de contentores, bloqueando mais rio, depois das conquistas significativas de sinal contrário em outros anos?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
28/09/2005
Para amanhã, 3º dia de campanha, 3º teaser aos candidatos a Lx:
3º Teaser: PORQUE NINGUÉM FALA EM DESPOLUIR O TEJO?
Dado o facto indesmentível de Lisboa, em pleno século XXI, continuar a ter um péssimo (quando não nulo) tratamento dos esgotos e resíduos poluidores, no que é perigosamente acompanhada pelos municípios a montante do rio, aliás; porque é que nenhum dos candidatos fala em despoluir o Tejo? Porque se continua a adiar o inadiável?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Dado o facto indesmentível de Lisboa, em pleno século XXI, continuar a ter um péssimo (quando não nulo) tratamento dos esgotos e resíduos poluidores, no que é perigosamente acompanhada pelos municípios a montante do rio, aliás; porque é que nenhum dos candidatos fala em despoluir o Tejo? Porque se continua a adiar o inadiável?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
27/09/2005
Para amanhã, 2º dia de campanha, 2º teaser aos candidatos a Lx:
2º Teaser: QUE PARQUES SUBTERRÂNEOS? E POR QUEM?
Que seja preciso mais parques de estacionamento subterrâneo, mormente para residentes e comerciantes, é algo consensual. Mas queremos ouvir os candidatos sobre:
- Se vão ou não avançar, se forem eleitos, com os polémicos parques de estacionamento subterrâneo anunciados em tempos, e retirados oportunamente de agenda pela CML, para o Largo Barão de Quintela (Chiado), Pç. José Lins do Rêgo (Av.Brasil), Príncipe Real, Avenida Liberdade e Avenida da Igreja?
- Se se vai continuar a dar a sua concessão aos mesmos de sempre - na maior parte dos casos, mesmo antes de estar aberto concurso para a sua execução?
- E, já agora, porque é que sendo parques para residentes, eles não são gratuitos?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Que seja preciso mais parques de estacionamento subterrâneo, mormente para residentes e comerciantes, é algo consensual. Mas queremos ouvir os candidatos sobre:
- Se vão ou não avançar, se forem eleitos, com os polémicos parques de estacionamento subterrâneo anunciados em tempos, e retirados oportunamente de agenda pela CML, para o Largo Barão de Quintela (Chiado), Pç. José Lins do Rêgo (Av.Brasil), Príncipe Real, Avenida Liberdade e Avenida da Igreja?
- Se se vai continuar a dar a sua concessão aos mesmos de sempre - na maior parte dos casos, mesmo antes de estar aberto concurso para a sua execução?
- E, já agora, porque é que sendo parques para residentes, eles não são gratuitos?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
26/09/2005
Campanha "1 Teaser por dia de Campanha eleitoral"
Por constatarmos que há uma série de assuntos em Lisboa que parecem estar esquecidos pelas candidaturas à CML, encetamos hoje a campanha que intitulámos "1 teaser por dia de campanha eleitoral".
Com ela pretendemos espicaçar os candidatos para que se pronunciem e comprometam em relação a 11 problemas que têm sido afastados dos seus folhetos, cartazes e debates.
1º Teaser -FECHO DA CRIL: PRESERVAR OU MUTILAR O AQUEDUTO?Para se acabar a CRIL tem que se fazer uma de duas coisas: destruir-se um troço do Aqueduto das Águas Livres ou fazer-se um viaduto /túnel . O Governo comprometeu-se a acabar com a CRIL. Como? Ninguém sabe. A CML tem uma palavra (decisiva) a dizer. Quem se compromete com o quê? Depois das eleições que fará a CML com as mais de 8.000 assinaturas do abaixo-assinado em defesa do nosso Aqueduto (http://oprurb.org/aa.php?id=1&lg=pt)?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Com ela pretendemos espicaçar os candidatos para que se pronunciem e comprometam em relação a 11 problemas que têm sido afastados dos seus folhetos, cartazes e debates.
1º Teaser -FECHO DA CRIL: PRESERVAR OU MUTILAR O AQUEDUTO?Para se acabar a CRIL tem que se fazer uma de duas coisas: destruir-se um troço do Aqueduto das Águas Livres ou fazer-se um viaduto /túnel . O Governo comprometeu-se a acabar com a CRIL. Como? Ninguém sabe. A CML tem uma palavra (decisiva) a dizer. Quem se compromete com o quê? Depois das eleições que fará a CML com as mais de 8.000 assinaturas do abaixo-assinado em defesa do nosso Aqueduto (http://oprurb.org/aa.php?id=1&lg=pt)?
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
22/09/2005
Mobilidade: 2 boas notícias do Governo
"A linha azul do metro vai ficar ligada à linha de Sintra, a partir de 2009, através de um interface na Reboleira, anunciou hoje a secretária de Estado dos Transportes. Para assinalar o Dia Europeu Sem Carros, Ana Paula Vitorino fez hoje o percurso de Metro entre as Laranjeiras e a estação Amadora/Este (Linha Azul), que está actualmente separada da estação ferroviária da Reboleira (linha de Sintra da CP) por apenas 250 metros, e aproveitou para anunciar a nova ligação.
"O túnel [do metro] já está construído até 250 metros da estação da Reboleira e a ligação deve entrar em funcionamento em 2009", disse a secretária de Estado.
Se todos os prazos forem cumpridos, a obra deverá começar em 2007, depois de concluídos os estudos de impacte ambiental e os concursos públicos de adjudicação.
A ligação e construção da estação e interface da Reboleira (com capacidade para estacionamento) têm um custo estimado de 50 milhões de euros.
Ana Paula Vitorino justificou a obra com a necessidade de melhorar a coordenação intermodal numa das freguesias mais densamente povoadas da Área Metropolitana de Lisboa.
"A Reboleira é uma freguesia com elevada densidade populacional. Estamos a identificar os pontos negros dos transportes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto e os estudos determinaram que seria importante fazer a ligação entre estes dois eixos (ferrovia e metropolitano)", frisou a mesma responsável.
O Governo vai, entretanto, abandonar a ideia anunciada pelo ex- ministro social-democrata, António Mexia, de avançar com uma linha de metro para servir o centro histórico da cidade.
"A linha das Colinas foi desaconselhada do ponto de vista físico e de rentabilidade social e económica", afirmou a governante, argumentando que o sistema de mobilidade "não se consegue apenas à custa do Metro".
Ana Paula Vitorino adiantou que a Carris está a rever a rede no sentido de intensificar as ligações ao metro e estações ferroviárias e melhorar o serviço aos bairros.
A secretária de Estado sublinhou ainda a importância de coexistirem vários meios de transportes, "por que têm funções diferentes: uns servem como transportes de massas, outros para fazer a distribuição das pessoas".
O Governo está também interessado em melhorar a integração ao nível da bilhética, dos sistemas tarifários e de informação ao público.
A segurança é outra das preocupações."Vamos arranjar formas de promover a segurança nas paragens", declarou, o que deverá ser conseguido combinando videovigilância, iluminação e soluções arquitectónicas.
A secretária de Estado lembrou, por outro lado, que nem todas as responsabilidades incumbem ao Governo.
"Podemos promover a segurança, a coordenação, a regularidade e a fiabilidade, mas as competências das autarquias também devem ser salvaguardadas. Tem de haver uma política de estacionamento adequada e uma articulação entre o ordenamento do território e as estratégias de mobilidade".
Face à "insustentável taxa de utilização do transporte individual", Ana Paula Vitorino lamentou que o Dia Sem Carros não tivesse tido mais adesão por parte das autarquias, e sobretudo a ausência de Lisboa.
O ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações quis solidarizar-se com o evento oferecendo viagens gratuitas nos operadores de transportes públicos de Lisboa (barcos, comboios, autocarros e metropolitano).
Mas a iniciativa pecou por falta de divulgação. Na estação da Amadora/Este, apenas uma nota manuscrita e colada numa das máquinas de venda de bilhetes alertava para o facto. Na estação das Laranjeiras nada indicava que os utilizadores pudessem usufruir hoje de viagens gratuitas."
Eis duas boas notícias em "Dia Sem Carros", em "Semana da Mobilidade". Só é pena que em relação aos interfaces, por este andar nem daqui a 30 anos teremos todos os outros que são necessários; e continuarmos a não ouvir nada dizer quanto aos acessos às colinas, nomeadamente quanto ao lançamento de funiculares/escadas rolantes/eléctricos.
Mas mais valem estas 2 boas notícias do que o pseudo-pacote de medidas, supostamente não simbólicas, que a CML anunciou ontem, e que já comentáramos na altura própria.
PF
"O túnel [do metro] já está construído até 250 metros da estação da Reboleira e a ligação deve entrar em funcionamento em 2009", disse a secretária de Estado.
Se todos os prazos forem cumpridos, a obra deverá começar em 2007, depois de concluídos os estudos de impacte ambiental e os concursos públicos de adjudicação.
A ligação e construção da estação e interface da Reboleira (com capacidade para estacionamento) têm um custo estimado de 50 milhões de euros.
Ana Paula Vitorino justificou a obra com a necessidade de melhorar a coordenação intermodal numa das freguesias mais densamente povoadas da Área Metropolitana de Lisboa.
"A Reboleira é uma freguesia com elevada densidade populacional. Estamos a identificar os pontos negros dos transportes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto e os estudos determinaram que seria importante fazer a ligação entre estes dois eixos (ferrovia e metropolitano)", frisou a mesma responsável.
O Governo vai, entretanto, abandonar a ideia anunciada pelo ex- ministro social-democrata, António Mexia, de avançar com uma linha de metro para servir o centro histórico da cidade.
"A linha das Colinas foi desaconselhada do ponto de vista físico e de rentabilidade social e económica", afirmou a governante, argumentando que o sistema de mobilidade "não se consegue apenas à custa do Metro".
Ana Paula Vitorino adiantou que a Carris está a rever a rede no sentido de intensificar as ligações ao metro e estações ferroviárias e melhorar o serviço aos bairros.
A secretária de Estado sublinhou ainda a importância de coexistirem vários meios de transportes, "por que têm funções diferentes: uns servem como transportes de massas, outros para fazer a distribuição das pessoas".
O Governo está também interessado em melhorar a integração ao nível da bilhética, dos sistemas tarifários e de informação ao público.
A segurança é outra das preocupações."Vamos arranjar formas de promover a segurança nas paragens", declarou, o que deverá ser conseguido combinando videovigilância, iluminação e soluções arquitectónicas.
A secretária de Estado lembrou, por outro lado, que nem todas as responsabilidades incumbem ao Governo.
"Podemos promover a segurança, a coordenação, a regularidade e a fiabilidade, mas as competências das autarquias também devem ser salvaguardadas. Tem de haver uma política de estacionamento adequada e uma articulação entre o ordenamento do território e as estratégias de mobilidade".
Face à "insustentável taxa de utilização do transporte individual", Ana Paula Vitorino lamentou que o Dia Sem Carros não tivesse tido mais adesão por parte das autarquias, e sobretudo a ausência de Lisboa.
O ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações quis solidarizar-se com o evento oferecendo viagens gratuitas nos operadores de transportes públicos de Lisboa (barcos, comboios, autocarros e metropolitano).
Mas a iniciativa pecou por falta de divulgação. Na estação da Amadora/Este, apenas uma nota manuscrita e colada numa das máquinas de venda de bilhetes alertava para o facto. Na estação das Laranjeiras nada indicava que os utilizadores pudessem usufruir hoje de viagens gratuitas."
Eis duas boas notícias em "Dia Sem Carros", em "Semana da Mobilidade". Só é pena que em relação aos interfaces, por este andar nem daqui a 30 anos teremos todos os outros que são necessários; e continuarmos a não ouvir nada dizer quanto aos acessos às colinas, nomeadamente quanto ao lançamento de funiculares/escadas rolantes/eléctricos.
Mas mais valem estas 2 boas notícias do que o pseudo-pacote de medidas, supostamente não simbólicas, que a CML anunciou ontem, e que já comentáramos na altura própria.
PF
21/09/2005
Câmara Municipal de Lisboa adere à Semana da Mobilidade
Depois deste título pomposo do alto do site da CML, o que se esperaria ler era que quem nos dirige enquanto moradores de Lisboa, nos anunciasse um conjunto de medidas que passasse por:
1. Anúncio de lançamento, em conjunto com os municípios de Oeiras, Amadora, Loures e Odivelas, de concurso para a criação de uma série de parques de estacionamento dissuasores, na periferia de Lisboa; e de concurso para a criação de 4-5 linhas de metro de superfície que permitam um efectiva alternativa ao uso do automóvel, entre esses concelhos e Lisboa, distribuindo passageiros ao longo de paragens estratégicas em todo o percurso.
2. Anúncio de concurso para criação de verdadeiros inter-faces de passageiros, à entrada de Lisboa, que permitam uma ligação rápida e eficaz com as linhas de metro de superfície atrás mencionados.
3. Anúncio de criação e reabertura de uma série de linhas de eléctrico fechadas ao longo das últimas décadas, sem qualquer razão que tivesse a ver com a qualidade de vida em Lisboa (Cais Sodré-Rato-Amoreiras, Graça-Paiva Couceiro-Chile/Madre Deus, Restauradores-Saldanha-Campo Grande).
4. Anúncio de soluções para o acesso a colinas como a do Castelo, Penha de França e Santo Amaro, por via de concurso para escadas-rolantes e funiculares.
5. Anúncio de condicionamento efectivo do trânsito entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, e o fecho do trânsito entre o Rossio e o Terreiro do Paço .
6. Condicionamento do trânsito e estacionamento em mais bairros de Lisboa, a começar por Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.
7. Anúncio de construção de mais parques de estacionamento subetrrâneos em zonas nevrálgicas da cidade, mas sempre evitando zonas fortemente arborizadas, locais de convívio ou de valor histórico-patrimonial evidente (Pç.José Lins do Rêgo, Av.Igreja, Príncipe Real) .
8. Fiscalização e punição efectiva do estacionamento abusivo.
Mas não, o que a CML nos diz é que montou um caso experimental de um corredor BUS intermitente, na Cidade Universitária (directamente saído do eminente gurúr de serviço); que está a rebaixar alguns passeios de Lisboa por causa do cegos, que o famigerado Gertrude vai chegar a Sete-Rios, que a CML tem um "link" para o seu Departamento de Tráfego, e que, finalmente (e mais seria impossível esperar...), a CML abriu uma exposição sobre Segurança Rodoviária no antigo Cinema Roma (onde mais valia que soubessem programá-lo!) .
Ex.mos Senhores da CML
OBRIGADO POR TRABALHAREM TÃO AFINCADAMENTE EM PROL DA MOBILIDADE!
Nada de medidas meramente simbólicas, portanto?!!
Pedro Policarpo e Paulo Ferrero
1. Anúncio de lançamento, em conjunto com os municípios de Oeiras, Amadora, Loures e Odivelas, de concurso para a criação de uma série de parques de estacionamento dissuasores, na periferia de Lisboa; e de concurso para a criação de 4-5 linhas de metro de superfície que permitam um efectiva alternativa ao uso do automóvel, entre esses concelhos e Lisboa, distribuindo passageiros ao longo de paragens estratégicas em todo o percurso.
2. Anúncio de concurso para criação de verdadeiros inter-faces de passageiros, à entrada de Lisboa, que permitam uma ligação rápida e eficaz com as linhas de metro de superfície atrás mencionados.
3. Anúncio de criação e reabertura de uma série de linhas de eléctrico fechadas ao longo das últimas décadas, sem qualquer razão que tivesse a ver com a qualidade de vida em Lisboa (Cais Sodré-Rato-Amoreiras, Graça-Paiva Couceiro-Chile/Madre Deus, Restauradores-Saldanha-Campo Grande).
4. Anúncio de soluções para o acesso a colinas como a do Castelo, Penha de França e Santo Amaro, por via de concurso para escadas-rolantes e funiculares.
5. Anúncio de condicionamento efectivo do trânsito entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, e o fecho do trânsito entre o Rossio e o Terreiro do Paço .
6. Condicionamento do trânsito e estacionamento em mais bairros de Lisboa, a começar por Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.
7. Anúncio de construção de mais parques de estacionamento subetrrâneos em zonas nevrálgicas da cidade, mas sempre evitando zonas fortemente arborizadas, locais de convívio ou de valor histórico-patrimonial evidente (Pç.José Lins do Rêgo, Av.Igreja, Príncipe Real) .
8. Fiscalização e punição efectiva do estacionamento abusivo.
Mas não, o que a CML nos diz é que montou um caso experimental de um corredor BUS intermitente, na Cidade Universitária (directamente saído do eminente gurúr de serviço); que está a rebaixar alguns passeios de Lisboa por causa do cegos, que o famigerado Gertrude vai chegar a Sete-Rios, que a CML tem um "link" para o seu Departamento de Tráfego, e que, finalmente (e mais seria impossível esperar...), a CML abriu uma exposição sobre Segurança Rodoviária no antigo Cinema Roma (onde mais valia que soubessem programá-lo!) .
Ex.mos Senhores da CML
OBRIGADO POR TRABALHAREM TÃO AFINCADAMENTE EM PROL DA MOBILIDADE!
Nada de medidas meramente simbólicas, portanto?!!
Pedro Policarpo e Paulo Ferrero
20/09/2005
Acesso à zona ribeirinha, 1 passo à frente, 2 passos atrás?!!
Ao mesmo tempo que se faz a reconversão urbanística da antiga zona industrial de Alcântara, prepara-se a ampliação do terminal de contentores de Alcântara e respectivo nó rodo-ferroviário. E embora esse assunto seja da competência do governo, a CML pode e deve ter uma palavra decisiva a dizer. Trata-se de mais um sinal de retrocesso na política camarária da última década de reproporcionar o acesso ao rio Tejo, uma das coisas mais fantásticas e valiosas de Lisboa.
Sintoma desse retrocesso foi a vedação do porto junto ao conjunto de armazéns reconvertidos na Bica do Sapato, onde ficam o restaurante deste nome e a discoteca Lux, entre outros espaços comerciais. Neste momento, e descontando uma pequena abertura junto a outro conjunto idêntico, no Jardim do Tabaco, toda a zona ribeirinha entre o Parque das Nações e o Terreiro do Paço está vedada. Daí para a frente, até ao Cais do Sodré, as obras do metropolitano prolongam-se, sem se saber ao certo quais as intenções da CML após a sua conclusão.
Na zona do Cais do Sodré, uma intervenção muito discutível suprimiu a antiga doca e o mercado, com uma estação fluvial desproporcionada que veio ocupar mais um bom pedaço de margem do rio. Mais à frente há parques de estacionamento com vista para o rio, e depois está tudo novamente vedado até à Ponte 25 de Abril. Ou seja, praticamente toda a margem do Tejo entre o Parque das Nações e Santo Amaro está hoje vedada ao público.
Tudo isto tem vindo a acontecer perante a indiferença geral, talvez por não estar em causa o “património" no sentido tradicional do termo. Mas agora, com a anunciada ampliação do terminal de contentores de Alcântara, fica-se sem saber quais as intenções em relação às gares marítimas da Rocha Conde de Óbidos e de Alcântara, emblemáticos edifícios modernistas da autoria de Pardal Monteiro que contam com os famosos painéis de Almada Negreiros, consensuais obras-primas das artes visuais portuguesas do século XX.
Que sentido farão as duas gares de passageiros a meio dum mar de contentores, e como é que o público terá acesso?
A concretizar-se a ampliação, lá se vai uma oportunidade histórica de libertar um bom pedaço de rio para os lisboetas e não só. A concessionária Liscont já tinha acordado com o anterior governo sair para a zona de Santa Apolónia, onde se, por um lado, seria necessário fazer dragagens, já existe uma ligação directa à Linha do Norte, o que evitaria a necessidade de construir a ligação ferroviária desnivelada em Alcântara.
O Governo já anunciou que o plano de expansão do terminal de contentores será apresentado em 2006. Ao invés de outras cidades portuárias como Barcelona e Londres, em que se reconverteram as zonas portuárias no centro da cidade, aqui em Lisboa reforça-se a presença do porto. Será uma questão de pura inércia? Porque não deslocar o terminal de contentores para Santa Apolónia? Não haverá outras alternativas?
Porque é que nenhum dos senhores candidatos pega neste tema?
Os lisboetas agradecem.
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Pedro Ornelas
Sintoma desse retrocesso foi a vedação do porto junto ao conjunto de armazéns reconvertidos na Bica do Sapato, onde ficam o restaurante deste nome e a discoteca Lux, entre outros espaços comerciais. Neste momento, e descontando uma pequena abertura junto a outro conjunto idêntico, no Jardim do Tabaco, toda a zona ribeirinha entre o Parque das Nações e o Terreiro do Paço está vedada. Daí para a frente, até ao Cais do Sodré, as obras do metropolitano prolongam-se, sem se saber ao certo quais as intenções da CML após a sua conclusão.
Na zona do Cais do Sodré, uma intervenção muito discutível suprimiu a antiga doca e o mercado, com uma estação fluvial desproporcionada que veio ocupar mais um bom pedaço de margem do rio. Mais à frente há parques de estacionamento com vista para o rio, e depois está tudo novamente vedado até à Ponte 25 de Abril. Ou seja, praticamente toda a margem do Tejo entre o Parque das Nações e Santo Amaro está hoje vedada ao público.
Tudo isto tem vindo a acontecer perante a indiferença geral, talvez por não estar em causa o “património" no sentido tradicional do termo. Mas agora, com a anunciada ampliação do terminal de contentores de Alcântara, fica-se sem saber quais as intenções em relação às gares marítimas da Rocha Conde de Óbidos e de Alcântara, emblemáticos edifícios modernistas da autoria de Pardal Monteiro que contam com os famosos painéis de Almada Negreiros, consensuais obras-primas das artes visuais portuguesas do século XX.
Que sentido farão as duas gares de passageiros a meio dum mar de contentores, e como é que o público terá acesso?
A concretizar-se a ampliação, lá se vai uma oportunidade histórica de libertar um bom pedaço de rio para os lisboetas e não só. A concessionária Liscont já tinha acordado com o anterior governo sair para a zona de Santa Apolónia, onde se, por um lado, seria necessário fazer dragagens, já existe uma ligação directa à Linha do Norte, o que evitaria a necessidade de construir a ligação ferroviária desnivelada em Alcântara.
O Governo já anunciou que o plano de expansão do terminal de contentores será apresentado em 2006. Ao invés de outras cidades portuárias como Barcelona e Londres, em que se reconverteram as zonas portuárias no centro da cidade, aqui em Lisboa reforça-se a presença do porto. Será uma questão de pura inércia? Porque não deslocar o terminal de contentores para Santa Apolónia? Não haverá outras alternativas?
Porque é que nenhum dos senhores candidatos pega neste tema?
Os lisboetas agradecem.
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Pedro Ornelas
19/09/2005
Moto-Cães ou mais um sinal do apocalipse...
A aquisição das 27 unidades de equipamento, designadas por "moto-cães" e postas em funcionamento pela CML um pouco por toda a cidade, é um esforço apreciável relativamente a uma preocupação dos lisboetas com a saúde dos seus passeios.
No entanto, não deixa de ser uma solução particular relativamente a dois aspectos:
Em primeiro lugar, o custo de aquisição e de funcionamento deste equipamento relativamente à sua viabilidade. Será operacional ter uma moto-aspirador atrás de cada cão, no momento em que o dono o leva à rua a passear? Será que ser atropelado pelas motos, carregadas de dejectos e odores caninos, a circular em cima dos estreitos passeios da nossa cidade é mais (ou menos) agradável do que tropeçar no dejecto canino em si?
Em segundo lugar, o sinal que este tipo de medida dá aos munícipes, em particular a quem não cumpre as regras, é muito claro: podem passear os seus melhores amigos pelas ruas, sem a ajuda do saco de plástico, pois logo que se sintam mais aliviados, a "moto-cão" passará e tratará do assunto.
Uma última nota, em fim de férias, estive na Irlanda durante 8 dias e não vi nada como em Lisboa. Nem como este problema, que a nossa falta de urbanidade causa, nem como esta solução, preconizada pelas motas&cães da CML. Mas vi cartazes a anunciar multas sérias para os prevaricadores.
Para quem aprecia os números, na Irlanda a multa vai até aos 3 000 euros. Relativamente ao custo desta medida da CML a vereação responsável ainda não nos conseguiu informar.
PP
No entanto, não deixa de ser uma solução particular relativamente a dois aspectos:
Em primeiro lugar, o custo de aquisição e de funcionamento deste equipamento relativamente à sua viabilidade. Será operacional ter uma moto-aspirador atrás de cada cão, no momento em que o dono o leva à rua a passear? Será que ser atropelado pelas motos, carregadas de dejectos e odores caninos, a circular em cima dos estreitos passeios da nossa cidade é mais (ou menos) agradável do que tropeçar no dejecto canino em si?
Em segundo lugar, o sinal que este tipo de medida dá aos munícipes, em particular a quem não cumpre as regras, é muito claro: podem passear os seus melhores amigos pelas ruas, sem a ajuda do saco de plástico, pois logo que se sintam mais aliviados, a "moto-cão" passará e tratará do assunto.
Uma última nota, em fim de férias, estive na Irlanda durante 8 dias e não vi nada como em Lisboa. Nem como este problema, que a nossa falta de urbanidade causa, nem como esta solução, preconizada pelas motas&cães da CML. Mas vi cartazes a anunciar multas sérias para os prevaricadores.
Para quem aprecia os números, na Irlanda a multa vai até aos 3 000 euros. Relativamente ao custo desta medida da CML a vereação responsável ainda não nos conseguiu informar.
PP
15/09/2005
Água a dobrar na Avenida: poluição para metade ou dobro do desperdício?
Anunciar que a Avenida da Liberdade será lavada duas vezes ao dia, em vez de uma, e que por isso as partículas poluidoras aderentes ao asfalto passarão a ir parar aos esgotos em vez de aos pulmões de quem lá passa, é uma notícia estapafúrdia, a que o apoio manifestado por pseudo-ambientalistas dá o necessário toque de surrealista.
Água a dobrar sobre o asfalto significará em primeiro lugar desperdício de água, em ano de seca, e numa cidade em que o Jardim Botânico, o Zoo e os canis e gatis de Lisboa têm sistematicamente imensa falta de água. Mas significa também o dobro da água que costuma confluir para as sarjetas da Avenida, tradicionalmente hiper-entupidas, o que só por si significa passeios inundados. Mas imaginando que as sarjetas estão desentupidas, mesmo aí a dupla lavagem do asfalto significará meter o lixo dentro do Tejo. Por isso, esta medida pomposamente anunciada pela CML só significa uma coisa: as partículas poluidoras podem ficar satisfeitas pois poderão tomar banho duas vezes ao dia!!
Mais valia que a CML e as entidades ligadas ao ambiente se preocupassem em resolver o problema da poluição na Avenida da Liberdade, propondo medidas concretas de actuação a montante e a jusante, designadamente a criação de parques de estacionamento dissuasores ao redor de Lisboa, a construção de linhas de metro de superfície até à periferia, o restabelecimento de linhas de eléctricos nos principais eixos de Lisboa (neste caso Restauradores-Saldanha-Campo Grande) e fechando, pura e simplesmente, parte significativa do trânsito que ali circula, deixando apenas livre o trânsito transversal.
Água a dobrar sobre o asfalto significará em primeiro lugar desperdício de água, em ano de seca, e numa cidade em que o Jardim Botânico, o Zoo e os canis e gatis de Lisboa têm sistematicamente imensa falta de água. Mas significa também o dobro da água que costuma confluir para as sarjetas da Avenida, tradicionalmente hiper-entupidas, o que só por si significa passeios inundados. Mas imaginando que as sarjetas estão desentupidas, mesmo aí a dupla lavagem do asfalto significará meter o lixo dentro do Tejo. Por isso, esta medida pomposamente anunciada pela CML só significa uma coisa: as partículas poluidoras podem ficar satisfeitas pois poderão tomar banho duas vezes ao dia!!
Mais valia que a CML e as entidades ligadas ao ambiente se preocupassem em resolver o problema da poluição na Avenida da Liberdade, propondo medidas concretas de actuação a montante e a jusante, designadamente a criação de parques de estacionamento dissuasores ao redor de Lisboa, a construção de linhas de metro de superfície até à periferia, o restabelecimento de linhas de eléctricos nos principais eixos de Lisboa (neste caso Restauradores-Saldanha-Campo Grande) e fechando, pura e simplesmente, parte significativa do trânsito que ali circula, deixando apenas livre o trânsito transversal.
Casa Garrett: dono interpôs providência cautelar e cml contra-argumenta
Pois é (foi): à suspensão da demolição ordenada pela CML, o proprietário - no seu legítimo direito, mas sem bom senso absolutamente nenhum - interpôs uma providência cautelar à decisão da CML. Acção à qual a CML contra-argumentou (conforme se pode ler aqui, apresentando uma série de contra-interessados (entre os quais nós próprios), mas que o juíz não julgou por bem considerar.
Portanto, brevemente seguirão cenas dos próximos capítulos...
PF
Portanto, brevemente seguirão cenas dos próximos capítulos...
PF
14/09/2005
Património Municipal
Há três anos que não vou lá com a alegria e a frescura com que por lá andei, ao Bairro Alto. Há três anos que me puseram fora daquele bairro, daquele prédio feio da Rua Diário de Notícias/Travessa Poço da Cidade, casarão enorme e fantástico onde iamos inventando a vida, as artes e misturando os dias com os sonhos, as palavras dos artistas com o carimbo das contas, era ali que vivíamos, n´a Capital.
Agora, quase só passo por lá quando os estrangeiros chegam, em Julho foi o Davide Enia e o Ascanio Celestini, em Agosto costuma ser o Jerzy Radziwilowicz e acabamos a noite normalmente no Luso a ouvir o Pedro Moutinho, daqui a uns dias será a vez do Juan Mayorga, autores a quem prometi aquelas salas inventadas, aquela proximidade com o público, aquele peso da vida vivida tão vivida que a honra nos enchia a miséria dos bolsos.
Lá está, o casarão, emparedado. Morto. Matado.
Como tantos outros prédios, mesmo em frente na Rua do Norte há aquele fantástico que pertenceu ao Diário Ilustrado, 5 andares em open-space a estragarem-se ano após ano, e mais aquele que dá para a Rua da Misericórdia e Rua das Gáveas, apenas uma loja de vinhos no rés do chão e à noite há só uma janela acesa, terá sido um bordel e depois prédio da Censura, e lá estão duas estátuas de Nossa Senhora de ambos os lados do prédio a proteger as raparigas.
Vou lá no Verão e vou com os meus amigos, vamos comer ao Primavera, comer ao Fidalgo, às vezes conseguimos ir mais cedo e ser recebidos naquele maravilhoso Cantinho do Bem Estar, com as suas carnes bem temperadas, os surpreendentes peixes, tudo fresco, às vezes vamos ao Sinal Vermelho, às Gáveas.
Mas são agora sempre com a sombra da nostalgia estes jantares de amigos entre as delícias do queijo fresco ou os filetes de pescada. “Mas vão recuperar o prédio?”, “ O que é que vão fazer dele?”, “ E vão dar-to?” “ E vocês onde é que vão trabalhar?”. Já se foi a esperança, o sangue na guelra de há alguns anos em que a conversa era “É fantástico, as coisas que se podem fazer aqui”. “Não há nada assim em Madrid”. “Nem em Londres...”
A Rua do Diário de Notícias está cheia de gente à noite, há copos e gente cá fora, há lojas novas muitas lojas novas na Rua do Norte, roupas, coisas para malta nova, sapatos. E tanta gente pela rua, mesmo á quarta-feira, mesmo á terça, dias que eram mortos.
Mas, três anos depois, não tenho com que falar-lhes, nada a propor-lhes, venham ao teatro, estamos aqui ao pé, falamos de nós, não tenho. Assombrado, o casarão lá está, ocupando quase um quarteirão, por ali andaram Eça e Ramalho, ali, naquela primeira sede do Diário de Notícias iam entregando, divertidos, o Mistério da Estrada de Sintra, e andaram os grandes da República, o actor Taborda, Egas Moniz, Angelina Vidal, aquela redacção era ponto assente de convívio, intriga e acção, daqueles anos inquietos.
O casarão está morto e tem uma lápide. Como os jazigos: património municipal.
A lápide foi lá posta há três anos, quando nos puseram na rua, mal fecharam as portas e nos proibiram de trabalhar e fizeram promessas e promessas de obras e acolhimento, promessas e convites, promessas pela boca fora logo a seguir desfeitas, costas voltadas, ai como eu desprezo esta gente que promete sem saber o quê, que sorri só para não discutir, que insulta pelas costas, ai o nojo.
E o Bairro Alto vai vivendo o seu ócio nocturno, parece que continuam os assaltos, parece que só há copos, eu já quase lá não vou, para quê, não me vou enfrascar nem fingir que ouço house music, os mais velhos vão sendo retirados daquele bairro que um dia prometeu ser a nossa cidadezinha das artes, não foi?
Ainda digo aos meus amigos estrangeiros que é naquelas ruas que corre a vida mais inventiva de Lisboa, mas as ruas começam a ficar iguais a todo o lado, há lojas assim em Chueca, no Soho, em Fulham Road, na Goute d´or, na internet, o dourado paraíso dos marginais elegantes, as roupas inventadas de quem marca uma diferença andando pela cidade.
E livrarias? E galerias de arte? E gente a conversar durante o dia?
E escritórios de gente do cinema? E ONGs? E escolas de artes marciais, de gravura, escolas de línguas. de jornalismo, escolas, editoras? E os palácios fechados, Marim-Olhão, Pombal, tantos com a mortuária placa “Património Municipal”, não é?
Cidade oca, vazia. Esvaziada, esventrada, abandonada, adiada. Chamou-se “Enseada Amena”, nunca o foi, pois não? Cidade “património municipal”: a vida não continua aqui.
Tudo em suspenso.
À espera de eleições municipais. Como se não fôssemos nós a decidir a nossa vida e aguardássemos sempre as maiorias para nos refugiarmos nos pequenos cantinhos que nos reservarem.
Acho graça ao slogan de uma das campanhas eleitorais, “Vamos a isto, Lisboa!”, traduzido do francês de Balzac.“A nous deux. Paris” dizia o jovem Rastignac, o aventureiro, o oportunista chegado da província, do alto do Père Lachaise e certo que o seu destino havia de encontrar-se com o da cidade que ainda o repelia. Que ainda o deixava de lado. Se pegássemos em Lisboa com as nossas mãos?
Se lhe pegássemos pelos cornos e começássemos a tornar nossa? (“ Se fosse em Roma já estava ocupado este edifício”, dizia-me a Sara. “ E aquele também”. “E em Varsóvia não demorava um mês”).
Como é que continuamos a deixar estes edifícios municipais fechados, encerrados, emparedados, especulados, esquecidos? Não são nossos?
Ainda, já sozinho, volto a dar uma volta pelo casarão d´A Capital, já vão esquecidas as horas, muito mas muito tarde mesmo.
Que farão daquilo tudo, daqueles quase 5.000 metros quadrados, que farão daquele fantasma? Quanto tempo durarão ainda as nossas impressões digitais naquelas paredes, as nossas lágrimas?
Que vai ser de mim e de ti?
Jorge Silva Melo
Agora, quase só passo por lá quando os estrangeiros chegam, em Julho foi o Davide Enia e o Ascanio Celestini, em Agosto costuma ser o Jerzy Radziwilowicz e acabamos a noite normalmente no Luso a ouvir o Pedro Moutinho, daqui a uns dias será a vez do Juan Mayorga, autores a quem prometi aquelas salas inventadas, aquela proximidade com o público, aquele peso da vida vivida tão vivida que a honra nos enchia a miséria dos bolsos.
Lá está, o casarão, emparedado. Morto. Matado.
Como tantos outros prédios, mesmo em frente na Rua do Norte há aquele fantástico que pertenceu ao Diário Ilustrado, 5 andares em open-space a estragarem-se ano após ano, e mais aquele que dá para a Rua da Misericórdia e Rua das Gáveas, apenas uma loja de vinhos no rés do chão e à noite há só uma janela acesa, terá sido um bordel e depois prédio da Censura, e lá estão duas estátuas de Nossa Senhora de ambos os lados do prédio a proteger as raparigas.
Vou lá no Verão e vou com os meus amigos, vamos comer ao Primavera, comer ao Fidalgo, às vezes conseguimos ir mais cedo e ser recebidos naquele maravilhoso Cantinho do Bem Estar, com as suas carnes bem temperadas, os surpreendentes peixes, tudo fresco, às vezes vamos ao Sinal Vermelho, às Gáveas.
Mas são agora sempre com a sombra da nostalgia estes jantares de amigos entre as delícias do queijo fresco ou os filetes de pescada. “Mas vão recuperar o prédio?”, “ O que é que vão fazer dele?”, “ E vão dar-to?” “ E vocês onde é que vão trabalhar?”. Já se foi a esperança, o sangue na guelra de há alguns anos em que a conversa era “É fantástico, as coisas que se podem fazer aqui”. “Não há nada assim em Madrid”. “Nem em Londres...”
A Rua do Diário de Notícias está cheia de gente à noite, há copos e gente cá fora, há lojas novas muitas lojas novas na Rua do Norte, roupas, coisas para malta nova, sapatos. E tanta gente pela rua, mesmo á quarta-feira, mesmo á terça, dias que eram mortos.
Mas, três anos depois, não tenho com que falar-lhes, nada a propor-lhes, venham ao teatro, estamos aqui ao pé, falamos de nós, não tenho. Assombrado, o casarão lá está, ocupando quase um quarteirão, por ali andaram Eça e Ramalho, ali, naquela primeira sede do Diário de Notícias iam entregando, divertidos, o Mistério da Estrada de Sintra, e andaram os grandes da República, o actor Taborda, Egas Moniz, Angelina Vidal, aquela redacção era ponto assente de convívio, intriga e acção, daqueles anos inquietos.
O casarão está morto e tem uma lápide. Como os jazigos: património municipal.
A lápide foi lá posta há três anos, quando nos puseram na rua, mal fecharam as portas e nos proibiram de trabalhar e fizeram promessas e promessas de obras e acolhimento, promessas e convites, promessas pela boca fora logo a seguir desfeitas, costas voltadas, ai como eu desprezo esta gente que promete sem saber o quê, que sorri só para não discutir, que insulta pelas costas, ai o nojo.
E o Bairro Alto vai vivendo o seu ócio nocturno, parece que continuam os assaltos, parece que só há copos, eu já quase lá não vou, para quê, não me vou enfrascar nem fingir que ouço house music, os mais velhos vão sendo retirados daquele bairro que um dia prometeu ser a nossa cidadezinha das artes, não foi?
Ainda digo aos meus amigos estrangeiros que é naquelas ruas que corre a vida mais inventiva de Lisboa, mas as ruas começam a ficar iguais a todo o lado, há lojas assim em Chueca, no Soho, em Fulham Road, na Goute d´or, na internet, o dourado paraíso dos marginais elegantes, as roupas inventadas de quem marca uma diferença andando pela cidade.
E livrarias? E galerias de arte? E gente a conversar durante o dia?
E escritórios de gente do cinema? E ONGs? E escolas de artes marciais, de gravura, escolas de línguas. de jornalismo, escolas, editoras? E os palácios fechados, Marim-Olhão, Pombal, tantos com a mortuária placa “Património Municipal”, não é?
Cidade oca, vazia. Esvaziada, esventrada, abandonada, adiada. Chamou-se “Enseada Amena”, nunca o foi, pois não? Cidade “património municipal”: a vida não continua aqui.
Tudo em suspenso.
À espera de eleições municipais. Como se não fôssemos nós a decidir a nossa vida e aguardássemos sempre as maiorias para nos refugiarmos nos pequenos cantinhos que nos reservarem.
Acho graça ao slogan de uma das campanhas eleitorais, “Vamos a isto, Lisboa!”, traduzido do francês de Balzac.“A nous deux. Paris” dizia o jovem Rastignac, o aventureiro, o oportunista chegado da província, do alto do Père Lachaise e certo que o seu destino havia de encontrar-se com o da cidade que ainda o repelia. Que ainda o deixava de lado. Se pegássemos em Lisboa com as nossas mãos?
Se lhe pegássemos pelos cornos e começássemos a tornar nossa? (“ Se fosse em Roma já estava ocupado este edifício”, dizia-me a Sara. “ E aquele também”. “E em Varsóvia não demorava um mês”).
Como é que continuamos a deixar estes edifícios municipais fechados, encerrados, emparedados, especulados, esquecidos? Não são nossos?
Ainda, já sozinho, volto a dar uma volta pelo casarão d´A Capital, já vão esquecidas as horas, muito mas muito tarde mesmo.
Que farão daquilo tudo, daqueles quase 5.000 metros quadrados, que farão daquele fantasma? Quanto tempo durarão ainda as nossas impressões digitais naquelas paredes, as nossas lágrimas?
Que vai ser de mim e de ti?
Jorge Silva Melo
13/09/2005
Mega Bandeira Nacional hasteada em Lisboa
Já lá tivemos uma roda gigante, e temos há demasiado tempo um falo, à Cutileiro; agora é a vez de uma mega-bandeira! Dizem que para puxar pelo nacionalismo!
Srs. Presidente e Vice-Presidente (ou será ao contrário?) da CML: o mundial de futebol ainda é só para o ano!!
Foi desta que a CML instalou um circo no alto do Parque Eduardo VII? Ou será esta uma das consequências indeléveis do esperadíssimo choque tecnológico? Ou algo a assinalar o gigantesco buraco deste absoluto green que é Portugal? Talvez o lançamento da primeira acção pró-candidatura de Lisboa aos Jogos Olímpicos? Ou será que é para dos céus se saber que, afinal, apesar de ser o vizinho Corte Inglês a servir de mecenas ao património português (ex. o restauro das telas seculares da Casa dos Patudos, em Alpiarça), Lisboa ainda é portuguesa?!
Santo provincianismo!
PF
Srs. Presidente e Vice-Presidente (ou será ao contrário?) da CML: o mundial de futebol ainda é só para o ano!!
Foi desta que a CML instalou um circo no alto do Parque Eduardo VII? Ou será esta uma das consequências indeléveis do esperadíssimo choque tecnológico? Ou algo a assinalar o gigantesco buraco deste absoluto green que é Portugal? Talvez o lançamento da primeira acção pró-candidatura de Lisboa aos Jogos Olímpicos? Ou será que é para dos céus se saber que, afinal, apesar de ser o vizinho Corte Inglês a servir de mecenas ao património português (ex. o restauro das telas seculares da Casa dos Patudos, em Alpiarça), Lisboa ainda é portuguesa?!
Santo provincianismo!
PF
12/09/2005
Inaugurada primeira fase do Jardim do Arco do Cego
Chamar-se "jardim" a um imenso lençol de relva pré-ligada, com árvores em regime de paliteiro é, no mínimo, caricato, como o atestam as fotos da própria CML. O silo seguirá dentro de momentos!
PF
PF
14 medidas por uma Lisboa mais estética!
A campanha eleitoral está aí! E as promessas também. Muitas delas são as de sempre, mais as que hão-de vir. A maior parte delas para «inglês ver».
A nós, contudo, cidadãos comuns, muito nos satisfaria ter uma Lisboa mais estética daqui a 4 anos. Só isso e já nos sentíriamos melhor connosco mesmo.
Por isso apresentámos a quem de direito 14 propostas simples, na sua maior parte já consignadas na lei, e/ou já pensadas pelo nosso vizinho mais próximo, mas que, por razões que a razão desconhece, ninguém cumpre ou faz cumprir, mas que tornariam Lisboa uma cidade verdadeiramente europeia :
1. Preservar a varanda, combatendo a marquise!
Fazendo cumprir a lei e incutindo bom gosto e bom senso a senhorios e inquilinos. O homem não deve viver em gaiolas, muito menos em aldeias de macacos.
2. Retirar os ar-condicionados das varandas e fachadas!Fazendo cumprir a lei, e começando por dar o exemplo nos edifícios do Estado, ex. Paços do Concelho e Terreiro do Paço.
3. Retirar as antenas de tv a quem tiver tv cabo!As antenas de tv dão cabo de qualquer horizonte. Mantê-las quando se tem acesso a tv cabo é, no mínimo, desleixo e preguiça. E é preciso pugnar pela instalação de antenas comuns a quem não tiver cabo.
4. Preservar as portadas nas janelas, combatendo os estores!Haverá coisa mais inestética numa cidade que se pretende bonita do que o famigerado estore? Ter estore e portada na mesma janela é o mesmo que usar cinto e suspensórios.
5. Manter a calçada portuguesa bem conservada!A calçada portuguesa , além de ser um dos ex-libris de Lisboa, especialmente no centro da cidade, gera valor acrescentado, a todos os níveis. Mas cada ano que passa há menos calceteiros e mais buracos na calçada , mais saltos altos estropiados, quando não pernas partidas, ou pior. É preciso mantê-la lavada e regular, e com o desenho bem feito. Mas também se deve aumentar os vencimentos de quem a coloca a fim que a profissão de calceteiro seja mais atractiva.
6. Proceder à substituição imediata das árvores arrancadas e decepadas!
O abate das árvores em Lisboa é muitas vezes escandaloso e os argumentos que o sustentam, capciosos. Já o deixar-se os coutos e as raízes a apodrecer na via pública é um acto de desleixo e incúria inaceitável.
7. Transformar os canteiros relvados de Lisboa em verdadeiros canteiros, isto é, floridos e bem tratados!Em Lisboa entende-se por espaço verde um rectângulo mal amanhado, com vedação básica e semeado de erva daninha. Lisboa tem melhor clima do que as cidades do lado de lá dos Pirinéus, mas apresenta os piores canteiros da Europa civilizada.
8. Diminuir drasticamente os outdoors e muppies de Lisboa!Que a partir do primeiro dia do pós-eleições sejamos todos menos agredidos visualmente, por tanta cara em sorriso forçado, braços nús, fotografias de Lisboa invertida e frases em mau português.
9. Demolir alguns mamarrachos emblemáticos de Lisboa!Aproveitando o impacto mediático e social da demolição da Torralta, em Troia, é preciso começar a implodir e explodir vários dos mamarrachos de Lisboa, a começar pelos dois centros comerciais do Martim Moniz, mais o antigo mercado do Chão do Loureiro, os edifícios da Docapesca, os terminais de contentores de Alcântara e Santos, etc., etc..
10. Requalificar as esplanadas de Lisboa!Acabando com as cadeiras de plástico e os guarda-sóis polvilhados de publicidade gratuita. Delimitando as zonas de esplanadas com pequenos vasos com arbustos. Proceder à requalificação da maior parte das marquises «pseudo parisienses».
11. Requalificar os ecopontos! Deve requailifcar-se os vidrões e demais contentores de lixo envolvendo-os por cercas de madeira pintada, ou outro tipo de material, que os esconda minimamente; quando não enterrá-los. Retirando-os para as traseiras dos prédios, sempre que possível.
12. Acabar com as gasolineiras em zonas residenciais!As gasolineiras em áreas residenciais, junto a jardins e a escolas, além de serem um perigo público, e um antro de gases e poluição visual, são também o reflexo de um Portugal atrasado e adiado.
13. Fim à transformação dos espaços deixados por prédios devolutos em parques de estacionamento a céu aberto!É uma situação perfeitamente terceiro-mundista, ignóbil e que, além do mais, costuma passar de temporária a definitiva.
14. Requalificar o vergonhoso terminal rodoviário de Campo Grande!Onde turistas (e não turistas) tomam o autocarro para Mafra ou para Óbidos, o tubo de escape e o cláxon são infernais, os horários e os destinos das carreiras são escritos à mão em folhas A4 (!!), ninguém respeita as passadeiras de peões, os autocarros são de antanho, as escadas de ligação ao Metro estão decrépitas, o conceito de "interface" é surrealista, enfim, é Lisboa no seu pior! É preciso acabar com isto!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
A nós, contudo, cidadãos comuns, muito nos satisfaria ter uma Lisboa mais estética daqui a 4 anos. Só isso e já nos sentíriamos melhor connosco mesmo.
Por isso apresentámos a quem de direito 14 propostas simples, na sua maior parte já consignadas na lei, e/ou já pensadas pelo nosso vizinho mais próximo, mas que, por razões que a razão desconhece, ninguém cumpre ou faz cumprir, mas que tornariam Lisboa uma cidade verdadeiramente europeia :
1. Preservar a varanda, combatendo a marquise!
Fazendo cumprir a lei e incutindo bom gosto e bom senso a senhorios e inquilinos. O homem não deve viver em gaiolas, muito menos em aldeias de macacos.
2. Retirar os ar-condicionados das varandas e fachadas!Fazendo cumprir a lei, e começando por dar o exemplo nos edifícios do Estado, ex. Paços do Concelho e Terreiro do Paço.
3. Retirar as antenas de tv a quem tiver tv cabo!As antenas de tv dão cabo de qualquer horizonte. Mantê-las quando se tem acesso a tv cabo é, no mínimo, desleixo e preguiça. E é preciso pugnar pela instalação de antenas comuns a quem não tiver cabo.
4. Preservar as portadas nas janelas, combatendo os estores!Haverá coisa mais inestética numa cidade que se pretende bonita do que o famigerado estore? Ter estore e portada na mesma janela é o mesmo que usar cinto e suspensórios.
5. Manter a calçada portuguesa bem conservada!A calçada portuguesa , além de ser um dos ex-libris de Lisboa, especialmente no centro da cidade, gera valor acrescentado, a todos os níveis. Mas cada ano que passa há menos calceteiros e mais buracos na calçada , mais saltos altos estropiados, quando não pernas partidas, ou pior. É preciso mantê-la lavada e regular, e com o desenho bem feito. Mas também se deve aumentar os vencimentos de quem a coloca a fim que a profissão de calceteiro seja mais atractiva.
6. Proceder à substituição imediata das árvores arrancadas e decepadas!
O abate das árvores em Lisboa é muitas vezes escandaloso e os argumentos que o sustentam, capciosos. Já o deixar-se os coutos e as raízes a apodrecer na via pública é um acto de desleixo e incúria inaceitável.
7. Transformar os canteiros relvados de Lisboa em verdadeiros canteiros, isto é, floridos e bem tratados!Em Lisboa entende-se por espaço verde um rectângulo mal amanhado, com vedação básica e semeado de erva daninha. Lisboa tem melhor clima do que as cidades do lado de lá dos Pirinéus, mas apresenta os piores canteiros da Europa civilizada.
8. Diminuir drasticamente os outdoors e muppies de Lisboa!Que a partir do primeiro dia do pós-eleições sejamos todos menos agredidos visualmente, por tanta cara em sorriso forçado, braços nús, fotografias de Lisboa invertida e frases em mau português.
9. Demolir alguns mamarrachos emblemáticos de Lisboa!Aproveitando o impacto mediático e social da demolição da Torralta, em Troia, é preciso começar a implodir e explodir vários dos mamarrachos de Lisboa, a começar pelos dois centros comerciais do Martim Moniz, mais o antigo mercado do Chão do Loureiro, os edifícios da Docapesca, os terminais de contentores de Alcântara e Santos, etc., etc..
10. Requalificar as esplanadas de Lisboa!Acabando com as cadeiras de plástico e os guarda-sóis polvilhados de publicidade gratuita. Delimitando as zonas de esplanadas com pequenos vasos com arbustos. Proceder à requalificação da maior parte das marquises «pseudo parisienses».
11. Requalificar os ecopontos! Deve requailifcar-se os vidrões e demais contentores de lixo envolvendo-os por cercas de madeira pintada, ou outro tipo de material, que os esconda minimamente; quando não enterrá-los. Retirando-os para as traseiras dos prédios, sempre que possível.
12. Acabar com as gasolineiras em zonas residenciais!As gasolineiras em áreas residenciais, junto a jardins e a escolas, além de serem um perigo público, e um antro de gases e poluição visual, são também o reflexo de um Portugal atrasado e adiado.
13. Fim à transformação dos espaços deixados por prédios devolutos em parques de estacionamento a céu aberto!É uma situação perfeitamente terceiro-mundista, ignóbil e que, além do mais, costuma passar de temporária a definitiva.
14. Requalificar o vergonhoso terminal rodoviário de Campo Grande!Onde turistas (e não turistas) tomam o autocarro para Mafra ou para Óbidos, o tubo de escape e o cláxon são infernais, os horários e os destinos das carreiras são escritos à mão em folhas A4 (!!), ninguém respeita as passadeiras de peões, os autocarros são de antanho, as escadas de ligação ao Metro estão decrépitas, o conceito de "interface" é surrealista, enfim, é Lisboa no seu pior! É preciso acabar com isto!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
08/09/2005
A vida é feita de pequenos nadas
No dia 12/8/2005 enviei o seguinte e-mail à EDP online:
"Há pequenas coisas que podem contribuir para a nossa qualidade de vida, dando também um contributo cívico pedgógico. Refiro-me às degradadas e inestéticas CAIXAS DE ELECTRICIDADE e às CASETAS (desconheço a designação técnica).
Será possível considerar que as caixas e as casetas sejam pintadas com tinta rugosa e anti-grafitti (incluindo as portas) para que não seja possível colar todo o género de papelada? Será possível sensibilizar os fabricantes nesse sentido? E quem se encarrega de repintar tudo isto e qual o processo burocrático para o solicitar?
Concretamente em Alfragide todas precisam de repintura e remoção de papelada. Sou candidata à Junta de Freguesia (em 2ª posição) nas próximas eleições e muito gostava de ser informada.
Muito obrigada"
Espantosamente, 15 minutos depois, recebi a resposta:
"Agradecemos o seu comentário/sugestão, que será objecto da nossa melhor atenção. Registamos com agrado a sua contribuição para o processo de melhoria da nossa qualidade de serviço e gostaríamos de realçar que o conhecimento das suas opiniões e sugestões assume, para a EDP, grande importância e constituirá certamente um importante contributo para o acréscimo do nível de satisfação dos seus clientes.
Melhores cumprimentos
EDP Online"
Odete Pinto
"Há pequenas coisas que podem contribuir para a nossa qualidade de vida, dando também um contributo cívico pedgógico. Refiro-me às degradadas e inestéticas CAIXAS DE ELECTRICIDADE e às CASETAS (desconheço a designação técnica).
Será possível considerar que as caixas e as casetas sejam pintadas com tinta rugosa e anti-grafitti (incluindo as portas) para que não seja possível colar todo o género de papelada? Será possível sensibilizar os fabricantes nesse sentido? E quem se encarrega de repintar tudo isto e qual o processo burocrático para o solicitar?
Concretamente em Alfragide todas precisam de repintura e remoção de papelada. Sou candidata à Junta de Freguesia (em 2ª posição) nas próximas eleições e muito gostava de ser informada.
Muito obrigada"
Espantosamente, 15 minutos depois, recebi a resposta:
"Agradecemos o seu comentário/sugestão, que será objecto da nossa melhor atenção. Registamos com agrado a sua contribuição para o processo de melhoria da nossa qualidade de serviço e gostaríamos de realçar que o conhecimento das suas opiniões e sugestões assume, para a EDP, grande importância e constituirá certamente um importante contributo para o acréscimo do nível de satisfação dos seus clientes.
Melhores cumprimentos
EDP Online"
Odete Pinto
05/09/2005
Concurso público para Museu Júlio Pomar
E mais outra boa notícia, com que nos congratulamos (só não percebemos como a mesmíssima vereação tem argumentos pró-casa de Pomar, e aprova a demolição da casa de Garrett, para depois se retratar ... coisas de campanha).
Mas, já agora, não se esqueçam da casa-atelier de Alfredo Keil, na R.Conceição à Glória, e na casa-atelier de Edgar Cardoso, na Av.Gago Coutinho, ambas a cairem aos bocados e em iminente perigo de demolição. Atenção: trata-se de dois nomes que nada devem ao de Júlio Pomar, muito pelo contrário, e que Lisboa persiste em olvidar.
PF
Mas, já agora, não se esqueçam da casa-atelier de Alfredo Keil, na R.Conceição à Glória, e na casa-atelier de Edgar Cardoso, na Av.Gago Coutinho, ambas a cairem aos bocados e em iminente perigo de demolição. Atenção: trata-se de dois nomes que nada devem ao de Júlio Pomar, muito pelo contrário, e que Lisboa persiste em olvidar.
PF
Obras no Jardim de São Pedro de Alcântara começam em Setembro
Ora aí está uma boa notícia para quem gosta do miradouro de São Pedro de Alcântara, outrora um dos mais bonitos recantos de Lisboa, hoje um espaço abandonado aos dejectos e à marginalidade de quem continua a querer dar cabo do pouco que por aí há. Finalmente se aposta na recuperação do tabuleiro inferior, recolocando os bustos partidos e perdidamente remetidos pela anterior vereação para um dos seus armazéns (de notar que o ex-edil João Soares até quis construir um parque de estacionamento exactamente sob esse tabuleiro?!).
A ver se é desta, portanto, que o fabuloso gradeamento é reparado condignamente; a ver se é desta que os canteiros passam a ter flores em vez de erva; os caminhos deixam de ser alcatruados; e a ver se é desta que é aberta uma cafetaria-casa de chá no tabuleiro inferior, a ver. Só é pena que notícias destas apareçam em plena campanha eleitoral. Pergunta: que andaram a fazer durante as últimas décadas?
PF
A ver se é desta, portanto, que o fabuloso gradeamento é reparado condignamente; a ver se é desta que os canteiros passam a ter flores em vez de erva; os caminhos deixam de ser alcatruados; e a ver se é desta que é aberta uma cafetaria-casa de chá no tabuleiro inferior, a ver. Só é pena que notícias destas apareçam em plena campanha eleitoral. Pergunta: que andaram a fazer durante as últimas décadas?
PF
Cá estamos!
Depois de um banho de 35 dias de civilização, ar puro, monumentos acarinhados, esplanadas por todo o lado e automóveis silenciosos, sabe-me tremendamente bem tropeçar nos buracos do passeio, pisar dejectos de cão e esbarrar nos andaimes do prédio da esquina. Isso, mais a proliferação de cartazes de filme de terror, os troncos de árvore devidamente decapitados e aquela rotineira má educação com que todo o santo dia me deparo no café mais próximo, são a melhor prova dos nove à resistência de quem deseja uma Lisboa europeia.
Às vezes penso no que seria de nós se viesse aí um «Katrina». Talvez fosse a sorte grande de Lisboa ...
Cá estamos!
PF
P.S. Fiquei ontem a saber pela boca do Prof.Carmona Rodrigues que se ele for eleito avançará com mais um túnel, desta vez lá para o fim da Pascoal de Melo: Penha de França, acautela-te, lembra-te da engenharia do Túnel do Terreiro do Paço.
Às vezes penso no que seria de nós se viesse aí um «Katrina». Talvez fosse a sorte grande de Lisboa ...
Cá estamos!
PF
P.S. Fiquei ontem a saber pela boca do Prof.Carmona Rodrigues que se ele for eleito avançará com mais um túnel, desta vez lá para o fim da Pascoal de Melo: Penha de França, acautela-te, lembra-te da engenharia do Túnel do Terreiro do Paço.
28/07/2005
Casa Almeida Garrett, a crónica de Jacinto Lucas Pires
O nosso alerta a todos quantos se interessam pela nossa luta em prol da preservação e transformação da casa mandada construir por Garrett em casa-museu - causa que deu origem a este movimento - , para a crónica de Jacinto Lucas Pires, na edição de hoje, dia 28 de Julho, n' A Capital, e que AQUI reproduzimos na íntegra.
Agradecemos sinceramente a sua simpática e atenciosa crónica, caro Jacinto Lucas Pires, e a oportuníssima chamada de atenção que a mesma representa para os candidatos à CML.
MUITO OBRIGADO
PF
Agradecemos sinceramente a sua simpática e atenciosa crónica, caro Jacinto Lucas Pires, e a oportuníssima chamada de atenção que a mesma representa para os candidatos à CML.
MUITO OBRIGADO
PF
22/07/2005
4 anos de CML, que Cultura?
Numa altura em que a CML procura (?) salvar o Ballet Gulbenkian, achamos que era de elementar justiça fazer-se um balanço à actuação da CML ao longo dos últimos 4 anos, um balanço que se resume pouco mais que meia dúzia de colóquios e exposições, e um verdadeiro «choque cultural»: a instalação de comes e bebes e carrinhos-de-choque na Av.24 de Julho, e a abertura de um ringue de gêlo numa tenda no Pátio das Missas, em Belém, a fim, certamente, de os lisboetas aperfeiçoarem os seus dotes de condutores e «patinadores».
Passado o choque inicial, queremos dizer à CML que teria sido melhor ter antes agido da mesma forma decidida e empenhada na resolução de 4 casos sintomáticos de abandono, desleixo e incompetência a nível de gestão e programação dos próprios equipamentos culturais da CML, a saber: Cinema São Jorge, Maria Matos, Espaço A Capital e Museu Bordalo Pinheiro.
1. Como é possível ter-se mandado encerrar o Espaço A Capital, despejando os Artistas Unidos, por perigo de derrocada e estar tudo na mesma passados 4 anos, sem sequer se ter dado início ao projecto de reabilitação tantas vezes publicitado? O projecto artístico dos Artistas Unidos para o espaço A Capital é uma excelente oferta cultural para o Bairro Alto e para Lisboa. O C.V. da companhia fala por si. Por isso, pedimos ao próximo Presidente da CML que dê andamento imediato ao respectivo projecto de recuperação.
2. Como é possível comemorar-se o 100º aniversário da morte de Bordalo Pinheiro e ter-se o respectivo museu fechado há anos?
Bordalo Pinheiro é uma fígura ímpar da cultura alfacinha e nacional. O espólio é imenso, muito mais do que o que exígua casa-museu deixa ver. Encontre-se outro espaço. Renegoceie-se o espólio e os ditos testamentários de quem cedeu o espaço!
3. Como é possível o São Jorge ainda não ter sido transformado em sala única e recuperado o estatuto de sala mais frequentada de Lisboa?
O Cinema São Jorge só tem futuro se for sala única, e se for a "casa do cinema português", com filmes portugueses em estreia obrigatória e em "reprise" . Deve-se apostar em protocolos com distribuidores e com a Cinemateca, que garantam a exclusividade da exibição. E complementar essa aposta com espectáculos musicais que se adequem à sala.
4. Como é possível ter-se fechado o Teatro Maria Matos sem saber o que programar para lá, e anunciar uma hipotética revitalização do Parque Mayer?
O Maria Matos foi a primeira sala a ser património municipal. Está num bairro em que poderia ser o pólo cultural de toda a zona. Com programação variada, desde teatro infantil a peças clássicas, passando por concertos e ópera. Abra-se a sua gestão a privados. Porque não começar pelos empresários do Parque Mayer?
Mas o futuro Presidente da CML vai ter também que equacionar novas formas de gestão, abrindo os espaços à iniciativa privada, com contratos de execução física e orçamental, claros, que contemplem gestão por objectivos, partilha de receitas e avaliação periódica por parte da CML. Terá que pensar em “mecenato municipal”. Eventualmente, equacionar também a própria existência da EGEAC. E deve apostar numa maior adesão da população de Lisboa (e não só) aos espaços culturais da CML, contemplando, por exemplo, o lançamento de passes sócio-culturais.
Por fim, se a próxima vereação quiser apostar em mais carrinhos-de-choque e em mais patinagem no gêlo, por favor, que o faça nos espaços próprios, concebendo uma nova Feira Popular em local adequado, devidamente arborizada e de fácil acesso, onde até poderá construir de raíz, também, um ringue de patinagem no gêlo, à semelhança, aliás, do que é feito lá fora. Lisboa agradece e não choca!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Passado o choque inicial, queremos dizer à CML que teria sido melhor ter antes agido da mesma forma decidida e empenhada na resolução de 4 casos sintomáticos de abandono, desleixo e incompetência a nível de gestão e programação dos próprios equipamentos culturais da CML, a saber: Cinema São Jorge, Maria Matos, Espaço A Capital e Museu Bordalo Pinheiro.
1. Como é possível ter-se mandado encerrar o Espaço A Capital, despejando os Artistas Unidos, por perigo de derrocada e estar tudo na mesma passados 4 anos, sem sequer se ter dado início ao projecto de reabilitação tantas vezes publicitado? O projecto artístico dos Artistas Unidos para o espaço A Capital é uma excelente oferta cultural para o Bairro Alto e para Lisboa. O C.V. da companhia fala por si. Por isso, pedimos ao próximo Presidente da CML que dê andamento imediato ao respectivo projecto de recuperação.
2. Como é possível comemorar-se o 100º aniversário da morte de Bordalo Pinheiro e ter-se o respectivo museu fechado há anos?
Bordalo Pinheiro é uma fígura ímpar da cultura alfacinha e nacional. O espólio é imenso, muito mais do que o que exígua casa-museu deixa ver. Encontre-se outro espaço. Renegoceie-se o espólio e os ditos testamentários de quem cedeu o espaço!
3. Como é possível o São Jorge ainda não ter sido transformado em sala única e recuperado o estatuto de sala mais frequentada de Lisboa?
O Cinema São Jorge só tem futuro se for sala única, e se for a "casa do cinema português", com filmes portugueses em estreia obrigatória e em "reprise" . Deve-se apostar em protocolos com distribuidores e com a Cinemateca, que garantam a exclusividade da exibição. E complementar essa aposta com espectáculos musicais que se adequem à sala.
4. Como é possível ter-se fechado o Teatro Maria Matos sem saber o que programar para lá, e anunciar uma hipotética revitalização do Parque Mayer?
O Maria Matos foi a primeira sala a ser património municipal. Está num bairro em que poderia ser o pólo cultural de toda a zona. Com programação variada, desde teatro infantil a peças clássicas, passando por concertos e ópera. Abra-se a sua gestão a privados. Porque não começar pelos empresários do Parque Mayer?
Mas o futuro Presidente da CML vai ter também que equacionar novas formas de gestão, abrindo os espaços à iniciativa privada, com contratos de execução física e orçamental, claros, que contemplem gestão por objectivos, partilha de receitas e avaliação periódica por parte da CML. Terá que pensar em “mecenato municipal”. Eventualmente, equacionar também a própria existência da EGEAC. E deve apostar numa maior adesão da população de Lisboa (e não só) aos espaços culturais da CML, contemplando, por exemplo, o lançamento de passes sócio-culturais.
Por fim, se a próxima vereação quiser apostar em mais carrinhos-de-choque e em mais patinagem no gêlo, por favor, que o faça nos espaços próprios, concebendo uma nova Feira Popular em local adequado, devidamente arborizada e de fácil acesso, onde até poderá construir de raíz, também, um ringue de patinagem no gêlo, à semelhança, aliás, do que é feito lá fora. Lisboa agradece e não choca!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
21/07/2005
Convento dos Inglesinhos: PCP/AR requer explicações ao MC
Relativamente ao assunto mencionado em epígrafe, recebemos um e-mail do Grupo Parlamentar do PCP dando-nos conta de um requerimento feito ao Governo, na pessoa da Senhora Ministra da Cultura, que passamos a divulgar:
"Requerimento
(15-07-2005)
Assunto: O Convento dos Inglesinhos
Apresentado por: Deputada Luísa Mesquita (PCP)
Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República
A Comissão de Educação Ciência e Cultura recebeu, recentemente, em audiência representantes do Fórum Cidadania Lisboa que vieram dar notícia da sua indignação perante o desaparecimento daquele “magnífico tesouro” – o Convento dos Inglesinhos.
Após o parecer favorável da Câmara Municipal de Lisboa ao projecto da empresa Amorim Imobiliária que pretende converter o referido património em condomínio fechado, de imediato “se passou ao esventramento do recheio do espaço, à destruição dos jardins,…etc, num edifício que não só se encontra num recinto, o Bairro Alto, classificado pelo IPPAR como IIP, como o próprio convento é classificado pela DGEMN”.
Inúmeras foram as medidas entretanto tomadas, nomeadamente petições, interposição de uma providência cautelar e debates com o objectivo de parar os procedimentos em curso e motivar as entidades responsáveis para a importância patrimonial do edifício a destruir.
Afirmam os interlocutores neste apelo à Comissão de Educação Ciência e Cultura que “tememos que só nos restem V. Exas na prossecução das nossas expectativas e dos protestos de todos quantos, de Lisboa ao estrangeiro, se mostram indignados por verem aquele espaço ser convertido e mais um condomínio, especialmente numa zona, o B. A. que tem uma taxa de habitante por hectare muito superior à média de Lisboa”
Perante este apelo e a obrigatoriedade que nos assiste no cumprimento da Lei nº 107 de 2001 que no seu artigo 2º considera como “património cultural todos os bens que, sendo testemunho com valor de civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devam ser objecto de especial protecção e valorização” e no seu artigo 11º, nº 2 determina que “Todos têm o dever de defender e conservar o património cultural, impedindo, no âmbito das faculdades jurídicas próprias, em especial, a destruição, deterioração ou perda de bens culturais”, solicito ao Governo, ao abrigo das alíneas d) e) do artigo 156º da Constituição da República Portuguesa e da alínea l) do nº 1 do artigo 5º do Regimento da Assembleia da República através do Ministério da Cultura, que me informe, com urgência, o seguinte:
1. Como pretende o governo, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, intervir na defesa e protecção deste património cultural que é - o Convento dos Inglesinhos.
A Deputada
Luísa Mesquita"
O nosso obrigado à senhora deputada, e fazemos votos para que o pedido não caia em saco roto.
PF
"Requerimento
(15-07-2005)
Assunto: O Convento dos Inglesinhos
Apresentado por: Deputada Luísa Mesquita (PCP)
Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República
A Comissão de Educação Ciência e Cultura recebeu, recentemente, em audiência representantes do Fórum Cidadania Lisboa que vieram dar notícia da sua indignação perante o desaparecimento daquele “magnífico tesouro” – o Convento dos Inglesinhos.
Após o parecer favorável da Câmara Municipal de Lisboa ao projecto da empresa Amorim Imobiliária que pretende converter o referido património em condomínio fechado, de imediato “se passou ao esventramento do recheio do espaço, à destruição dos jardins,…etc, num edifício que não só se encontra num recinto, o Bairro Alto, classificado pelo IPPAR como IIP, como o próprio convento é classificado pela DGEMN”.
Inúmeras foram as medidas entretanto tomadas, nomeadamente petições, interposição de uma providência cautelar e debates com o objectivo de parar os procedimentos em curso e motivar as entidades responsáveis para a importância patrimonial do edifício a destruir.
Afirmam os interlocutores neste apelo à Comissão de Educação Ciência e Cultura que “tememos que só nos restem V. Exas na prossecução das nossas expectativas e dos protestos de todos quantos, de Lisboa ao estrangeiro, se mostram indignados por verem aquele espaço ser convertido e mais um condomínio, especialmente numa zona, o B. A. que tem uma taxa de habitante por hectare muito superior à média de Lisboa”
Perante este apelo e a obrigatoriedade que nos assiste no cumprimento da Lei nº 107 de 2001 que no seu artigo 2º considera como “património cultural todos os bens que, sendo testemunho com valor de civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devam ser objecto de especial protecção e valorização” e no seu artigo 11º, nº 2 determina que “Todos têm o dever de defender e conservar o património cultural, impedindo, no âmbito das faculdades jurídicas próprias, em especial, a destruição, deterioração ou perda de bens culturais”, solicito ao Governo, ao abrigo das alíneas d) e) do artigo 156º da Constituição da República Portuguesa e da alínea l) do nº 1 do artigo 5º do Regimento da Assembleia da República através do Ministério da Cultura, que me informe, com urgência, o seguinte:
1. Como pretende o governo, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, intervir na defesa e protecção deste património cultural que é - o Convento dos Inglesinhos.
A Deputada
Luísa Mesquita"
O nosso obrigado à senhora deputada, e fazemos votos para que o pedido não caia em saco roto.
PF
20/07/2005
CML anuncia "Praça de Entre-campos"
A CML parece estar ufana: "Praça de Entrecampos - Um empreendimento Facilitador de Vida . Felizmente o sonho de ter casa própria deixou de ser um problema", pode ler-se no seu site. Tudo isto a propósito de um empreendimento que a EPUL acaba de lançar na Avenida das Forças Armadas, onde até há poucos anos funcionava o mercado abastecedor. O empreendimento assenta num conjunto de 5 edifícios, de volumetria considerável, dispostos em volta de uma pseudo-praça, e compreende habitação, comércio e escritórios. E destina-se exclusivamente a jovens até aos 39 anos de idade.
Onde a CML rejubila mesmo é com o denominado o “Lisboa Arte Fórum”, um futuro espaço de arte contemporânea, que irá contribuir para uma nova dimensão cultural e urbana na capital. Para ter tudo à mão de semear, à sua porta ou ao virar da esquina!".
É uma iniciativa de aplaudir, obviamente, sobretudo se se tiver em conta que naquela zona abundam os estabelecimentos de ensino universitário ... mas, sejamos realistas, por enquanto, o que lá está são tapumes e «outdoors», e o que se vê no site da CML são apenas fotos virtuais, portanto imaginárias.
PF
Onde a CML rejubila mesmo é com o denominado o “Lisboa Arte Fórum”, um futuro espaço de arte contemporânea, que irá contribuir para uma nova dimensão cultural e urbana na capital. Para ter tudo à mão de semear, à sua porta ou ao virar da esquina!".
É uma iniciativa de aplaudir, obviamente, sobretudo se se tiver em conta que naquela zona abundam os estabelecimentos de ensino universitário ... mas, sejamos realistas, por enquanto, o que lá está são tapumes e «outdoors», e o que se vê no site da CML são apenas fotos virtuais, portanto imaginárias.
PF
Santana quer condicionar trânsito no Castelo
Santana Lopes quer condicionar o trânsito no bairro do Castelo de São Jorge! Óptimo. Só que uma coisa é querer, ou anunciar querer, outra, bem diferente, é fazer.
Sendo que é também de lamentar que o desejo anunciado peque por tardio (4 anos é muito ano!) e incompleto, já que a par do Castelo, também os bairros de Alvalade, Azul e Campo de Ourique têm que ser rapidamente condicionados a nível de trânsito e o seu estacionamento disciplinado.
PF
Sendo que é também de lamentar que o desejo anunciado peque por tardio (4 anos é muito ano!) e incompleto, já que a par do Castelo, também os bairros de Alvalade, Azul e Campo de Ourique têm que ser rapidamente condicionados a nível de trânsito e o seu estacionamento disciplinado.
PF
18/07/2005
Casa Garrett no Provedor de Justiça
Acabamos de receber de André Folque, coordenador do Senhor Provedor da Justiça, resposta à nossa exposição do passado dia 27 de Junho, que muito agradecemos e da qual passamos a transcrever o mais importante:
"(...) Vai proceder-se à análise das questões suscitadas e à audição da CML e do Ippar, de modo a procurar esclarecer o assunto, nos termos que se justificarem".
Mais se esclarece que "(...) nos termos da legislação em vigor, a intervenção do Provedor da Justiça não suspende o decurso de quaisquer prazos, quer administrativos quer judiciais (...) o Provedor não tem competência legal para anular, revogar ou modificar os actos dos poderes públicos (...) sendo a sua actuação apenas persuasória e baseada em propostas ou recomendações".
PF
"(...) Vai proceder-se à análise das questões suscitadas e à audição da CML e do Ippar, de modo a procurar esclarecer o assunto, nos termos que se justificarem".
Mais se esclarece que "(...) nos termos da legislação em vigor, a intervenção do Provedor da Justiça não suspende o decurso de quaisquer prazos, quer administrativos quer judiciais (...) o Provedor não tem competência legal para anular, revogar ou modificar os actos dos poderes públicos (...) sendo a sua actuação apenas persuasória e baseada em propostas ou recomendações".
PF
15/07/2005
E agora que o Capitólio é propriedade da CML?
O que pensam fazer?
O que nós pensamos é que, o próximo Presidente da CML, seja com Gehry ou sem ele, deve preservar o Capitólio, recuperá-lo e abri-lo ao público (no Parque Mayer ou trasladado) com cinema e teatro de revista. Como?
Disso damos conta em http://cidadanialx.tripod.com/capitolio.html.
Onde também damos conta do comunicado de imprensa dos nossos amigos, os "Cidadãos pelo Capitólio", a propósito da recente classificação do Capitólio na lista dos 100 monumentos em perigo da World Monuments Fund.
PF
Nota: O Capitólio passou a fazer companhia ao Cinema Odéon, na fabulosa base de dados do Cinema Treasures!
O que nós pensamos é que, o próximo Presidente da CML, seja com Gehry ou sem ele, deve preservar o Capitólio, recuperá-lo e abri-lo ao público (no Parque Mayer ou trasladado) com cinema e teatro de revista. Como?
Disso damos conta em http://cidadanialx.tripod.com/capitolio.html.
Onde também damos conta do comunicado de imprensa dos nossos amigos, os "Cidadãos pelo Capitólio", a propósito da recente classificação do Capitólio na lista dos 100 monumentos em perigo da World Monuments Fund.
PF
Nota: O Capitólio passou a fazer companhia ao Cinema Odéon, na fabulosa base de dados do Cinema Treasures!
13/07/2005
Convento Inglesinhos, balanço ida à AR
Valeu a pena ter ido à AR, expôr a nossa posição e ouvir os membros da Comissão Parlamentar de Ciência, Educação e Cultura da AR; e queremos desde já agradecer a amabilidade e o interesse demonstrados pelos senhores deputados António José Seguro (Presidente), Manuela Melo e Nuno da Câmara Pereira ... embora estranhemos a ausência dos membros do PC, CDS e BE.
E valeu a pena ir à AR porque, do nosso ponto de vista, os deputados da AR ficam agora a conhecer de forma mais real e profunda este escândalo de atentado ao património de Lisboa e do país, pelo que poderão e deverão surgir novas formas de pressão junto da CML e do MC para que o monumento não se perca, nem seja mais adulterado do que já foi. E que seja encontrada uma solução alternativa, em conjunto com o próximo Presidente da CML, que agrade a todas as partes, a começar por Lisboa.
Agradecemos mais uma vez a colaboração inexcedível dos jornalistas que nos têm dado voz, e, na impossibilidade de reproduzirmos aqui todas as menções que fizeram sobre este assunto, aqui fica o balanço feito hoje pelo "Jornal de Notícias":
"Comissão parlamentar ouve defesa do Convento
inglesinhos Fórum Lisboa e Cidadania lamenta ausência de alguns grupos parlamentares Deputados estão informados sobre a matéria arquivo jn
Defesa do convento dos Inglesinhos na Assembleia da República
AComissão Parlamentar de Cultura ouviu, ontem, na Assembleia da República, José Fonseca e Costa, Raúl Hestnes Ferreira e Pedro Policarpo, que ali foram explicar a sua posição contra a demolição do convento dos Inglesinhos, no Bairro Alto. Para o local está previsto um condomínio de luxo.
No fim da audiência (solicitada há dois meses) Pedro Policarpo, do Fórum Cidadania Lisboa, contou, ao JN, que os três defensores do edifício foram recebidos pelo presidente da comissão, António José Seguro e pelos deputados do grupo parlamentar do PS, Manuela Melo e o independente Nuno da Câmara Pereira, em representação do PP. Os outros grupos parlamentares não se representaram. "Estranhamos a falta de interesse dos outros grupos parlamentares por esta matéria", lamentou. "No entanto os que nos receberam mostraram estar bem informados e vão entrar em contacto com a Câmara de Lisboa para obterem mais informações".
"Congratulamo-nos pela forma como fomos recebidos, uma vez que nesta fase estamos a dar mais conhecimento do que se passa ao maior número de pessoas que possa influenciar nesta matéria", explicou.
Pedro Policarpo recordou ainda, quando em Setembro do ano passado o cineasta Fonseca e Costa foi ouvido na Assembleia Municipal de Lisboa, "sem grande sucesso". "Temos em atenção que as obras estão licenciadas e que o proprietário tem direitos daquiridos", admitiu, mas, "enquanto o património lá estiver, acreditamos ser possível e tudo faremos para que se mantenha".
PF
E valeu a pena ir à AR porque, do nosso ponto de vista, os deputados da AR ficam agora a conhecer de forma mais real e profunda este escândalo de atentado ao património de Lisboa e do país, pelo que poderão e deverão surgir novas formas de pressão junto da CML e do MC para que o monumento não se perca, nem seja mais adulterado do que já foi. E que seja encontrada uma solução alternativa, em conjunto com o próximo Presidente da CML, que agrade a todas as partes, a começar por Lisboa.
Agradecemos mais uma vez a colaboração inexcedível dos jornalistas que nos têm dado voz, e, na impossibilidade de reproduzirmos aqui todas as menções que fizeram sobre este assunto, aqui fica o balanço feito hoje pelo "Jornal de Notícias":
"Comissão parlamentar ouve defesa do Convento
inglesinhos Fórum Lisboa e Cidadania lamenta ausência de alguns grupos parlamentares Deputados estão informados sobre a matéria arquivo jn
Defesa do convento dos Inglesinhos na Assembleia da República
AComissão Parlamentar de Cultura ouviu, ontem, na Assembleia da República, José Fonseca e Costa, Raúl Hestnes Ferreira e Pedro Policarpo, que ali foram explicar a sua posição contra a demolição do convento dos Inglesinhos, no Bairro Alto. Para o local está previsto um condomínio de luxo.
No fim da audiência (solicitada há dois meses) Pedro Policarpo, do Fórum Cidadania Lisboa, contou, ao JN, que os três defensores do edifício foram recebidos pelo presidente da comissão, António José Seguro e pelos deputados do grupo parlamentar do PS, Manuela Melo e o independente Nuno da Câmara Pereira, em representação do PP. Os outros grupos parlamentares não se representaram. "Estranhamos a falta de interesse dos outros grupos parlamentares por esta matéria", lamentou. "No entanto os que nos receberam mostraram estar bem informados e vão entrar em contacto com a Câmara de Lisboa para obterem mais informações".
"Congratulamo-nos pela forma como fomos recebidos, uma vez que nesta fase estamos a dar mais conhecimento do que se passa ao maior número de pessoas que possa influenciar nesta matéria", explicou.
Pedro Policarpo recordou ainda, quando em Setembro do ano passado o cineasta Fonseca e Costa foi ouvido na Assembleia Municipal de Lisboa, "sem grande sucesso". "Temos em atenção que as obras estão licenciadas e que o proprietário tem direitos daquiridos", admitiu, mas, "enquanto o património lá estiver, acreditamos ser possível e tudo faremos para que se mantenha".
PF
12/07/2005
Lisboa, Cidade de Bairros, Como? Onde?
É com imensa satisfação que vemos os candidatos a Lisboa recuperarem para a acções de campanha o tema "Lisboa Cidade de Bairros", apostando, e bem, no conceito de bairro de há 50-60 anos, tantas vezes vilipendiado no decurso das últimas décadas.
Com efeito, muitas das virtudes subjacentes ao modelo "casa-logradouro-escola-comércio tradicional-zona pedonal-mercado-sala de espectáculos-igreja-bombeiros-clube recreativo-espaço verde-praça-cafés-esplanadas-vizinhança" foram sendo violadas seriamente nos últimos tempos, quando não perdidas para sempre. Por isso, congratulamo-nos com essa preocupação.
E propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de medidas com vista à melhoria efectiva de 3 bairros, que julgamos preencherem na íntegra o modelo pretendido: Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Com efeito, muitas das virtudes subjacentes ao modelo "casa-logradouro-escola-comércio tradicional-zona pedonal-mercado-sala de espectáculos-igreja-bombeiros-clube recreativo-espaço verde-praça-cafés-esplanadas-vizinhança" foram sendo violadas seriamente nos últimos tempos, quando não perdidas para sempre. Por isso, congratulamo-nos com essa preocupação.
E propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de medidas com vista à melhoria efectiva de 3 bairros, que julgamos preencherem na íntegra o modelo pretendido: Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
11/07/2005
Convento Inglesinhos na AR, amanhã às 11h
No seguimento das acções de protesto já feitas contra a destruição do Convento dos Inglesinhos (denúncia pública, vigília, petição, providência cautelar - lançada pelos moradores do Bairro Alto - e debate no CNC), a 8ª Comissão Parlamentar de Cultura da Assembleia da República aceitou o nosso pedido de audiência de há 2 meses e irá receber amanhã, Terça-feira, dia 12 de Julho, pelas 11h, José Fonseca e Costa, Raúl Hestnes Ferreira e Pedro Policarpo.
Com esta iniciativa, desejamos que a AR conheça e se pronuncie sobre o assunto, emitindo parecer ou recomendação à CML e ao Ministério da Cultura, no sentido de se evitar a delapidação daquele importante património de Lisboa, e se encontre uma solução alternativa a contento de todos, a começar por Lisboa.
Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Com esta iniciativa, desejamos que a AR conheça e se pronuncie sobre o assunto, emitindo parecer ou recomendação à CML e ao Ministério da Cultura, no sentido de se evitar a delapidação daquele importante património de Lisboa, e se encontre uma solução alternativa a contento de todos, a começar por Lisboa.
Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
União Zoófila: S.O.S. recebido via e-mail
da boa amiga Helena Carvalho Pereira:
"Quando forem às compras, lembrem-se deste email e comprem um saco de ração para cão gato. Ainda que seja o mais barato do LIDL. É melhor do que nada. Cães e Gatos, são SERES VIVOS, RESPIRAM, COMUNICAM, SENTEM, BRINCAM E TAMBÉM CHORAM.
Não falhem...
Amigos,
A União Zoófila está na iminência de FECHAR. A primeira medida é despedir a pessoa que cozinha para os animais diariamente, já no fim deste mês. Como sabem é uma instituição que vive essencialmente da quotização aos sócios e até esses deixaram de pagar. Eles são 800 cães e não sei quantos gatos ! Então aqui vai o meu apelo: Eles necessitam de comida para os animais, sobretudo de secos para os cães. Solicitaram que cada pessoa leve um saco, para poderem "manter o barco". Claro, que o dinheiro também ajuda, mas se quiserem, convertam-no em COMIDA!
AGORA OUTRA AJUDA TÃO IMPORTANTE E URGENTE COMO ESTA! AJUDEM-ME A PASSAR ESTA INFORMAÇÃO!
Façam chegar este e-mail aos Directores de Redacção, ou a quem achem mais apropriado, para que todas as revistas e jornais FALEM DESTE ASSUNTO. Uma boa reportagem, em todos os meios, dava certamente mais impacto e ajudava a dar a conhecer as dificuldades da UNIÃO ZOÓFILA.
Acredito que não estavam à espera deste meu "press release", mas façam circular este e-mail (não ofereço telemóveis nem viagens), pois estou convencida que vamos conseguir entre todos, contar SEMPRE com a UNIÃO ZOÓFILA para acolher os "nossos" bichinhos."
"Quando forem às compras, lembrem-se deste email e comprem um saco de ração para cão gato. Ainda que seja o mais barato do LIDL. É melhor do que nada. Cães e Gatos, são SERES VIVOS, RESPIRAM, COMUNICAM, SENTEM, BRINCAM E TAMBÉM CHORAM.
Não falhem...
Amigos,
A União Zoófila está na iminência de FECHAR. A primeira medida é despedir a pessoa que cozinha para os animais diariamente, já no fim deste mês. Como sabem é uma instituição que vive essencialmente da quotização aos sócios e até esses deixaram de pagar. Eles são 800 cães e não sei quantos gatos ! Então aqui vai o meu apelo: Eles necessitam de comida para os animais, sobretudo de secos para os cães. Solicitaram que cada pessoa leve um saco, para poderem "manter o barco". Claro, que o dinheiro também ajuda, mas se quiserem, convertam-no em COMIDA!
AGORA OUTRA AJUDA TÃO IMPORTANTE E URGENTE COMO ESTA! AJUDEM-ME A PASSAR ESTA INFORMAÇÃO!
Façam chegar este e-mail aos Directores de Redacção, ou a quem achem mais apropriado, para que todas as revistas e jornais FALEM DESTE ASSUNTO. Uma boa reportagem, em todos os meios, dava certamente mais impacto e ajudava a dar a conhecer as dificuldades da UNIÃO ZOÓFILA.
Acredito que não estavam à espera deste meu "press release", mas façam circular este e-mail (não ofereço telemóveis nem viagens), pois estou convencida que vamos conseguir entre todos, contar SEMPRE com a UNIÃO ZOÓFILA para acolher os "nossos" bichinhos."
Mercado de Santa Clara em obras de reabilitação
Mais um boa notícia que nos é dada pela voz do "Jornal de Notícias". É caso para dizer "finalmente". E parabéns à Junta local e à CML. Mas também "cuidado". Cuidado com a estrutura centenária. Cuidado os pormenores exteriores e interiores, nada de falsificações! E que a programação escolhida o torne o factor dinamizador de toda aquela maravilhosa zona de Lisboa, tão mal aproveitada.
PF
PF
08/07/2005
Para quê empresas municipais?
Alguém me sabe dizer para que serve isto, isso e aqueloutra?
Alguém me sabe dizer com que dinheiro e como é possível existirem respectivos conselhos de administração para cada um dos sítios (na sua esmagadora não sabendo ao que vão, e ainda acumulando com outro lugar e com outro vencimento camarário), mais respectivas mordomias?
Tem a palavra o futuro Presidente da CML.
PF
Alguém me sabe dizer com que dinheiro e como é possível existirem respectivos conselhos de administração para cada um dos sítios (na sua esmagadora não sabendo ao que vão, e ainda acumulando com outro lugar e com outro vencimento camarário), mais respectivas mordomias?
Tem a palavra o futuro Presidente da CML.
PF
07/07/2005
Visitem a Quinta Bensáude!
Desconhecida da maioria dos lisboetas, mesmo dos que diariamente passam por ela, na Estrada da Luz, em São Domingos de Benfica, a Quinta Bensaúde abriu ao público no passado mês de Maio e vai voltar a fechar, no final de Setembro, porque a Câmara Municipal de Lisboa (CML) não tem condições para a manter aberta durante todo o ano ... Ora aí está uma excelente dica para a Lisboa bonita que ainda falta descobrir. Obrigado "Jornal de Notícias"!
PF
PF
06/07/2005
chiado, parabéns, mas é preciso mais
O seu a seu dono: foi esta vereação da CML que interveio na recuperação física dos dois locais mais genuinamente literários do Chiado: o Círculo Eça de Queiroz e o Grémio Literário. Mais ninguém o fez.
Portanto, só temos que aplaudir a homenagem do primeiro à CML, na figura do actual Presidente, em sinal de retribuição pela inclusão do Círculo no Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado, e pela comparticipação financeira de 40.000 € nas obras dos interiores.
Só que, Sr.Presidente, faltam muito mais coisas para que o Chiado seja melhor. Alguns exemplos:
* renovação de algumas artérias, a começar pela Rua do Ferragial;
* reconversão do Tribunal da Boa-Hora em unidade hoteleira;
* reconversão do edifício da antiga Universidade Livre em unidade hoteleira;
* alargamento do Museu de Arte Contemporânea;
* condicionamento de facto do trânsito;
* protecção e recuperação de interiores de lojas e outros;
* fecho do Largo do Carmo, Largo Bordalo Pinheiro e Calçada do Sacramento, ao trânsito (mantendo circulação descendente Rua Nova da Trindade-Rua Trindade-Calçada do Carmo);
* reabertura do passadiço do Elevador de Santa Justa;
* recuperação dos pátios interiores e escadarias criados por Siza Vieira na zona ardida;
* recuperação do que resta do Convento da Trindade;
* harmonização das esplanadas;
etc., etc..
PF
Portanto, só temos que aplaudir a homenagem do primeiro à CML, na figura do actual Presidente, em sinal de retribuição pela inclusão do Círculo no Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado, e pela comparticipação financeira de 40.000 € nas obras dos interiores.
Só que, Sr.Presidente, faltam muito mais coisas para que o Chiado seja melhor. Alguns exemplos:
* renovação de algumas artérias, a começar pela Rua do Ferragial;
* reconversão do Tribunal da Boa-Hora em unidade hoteleira;
* reconversão do edifício da antiga Universidade Livre em unidade hoteleira;
* alargamento do Museu de Arte Contemporânea;
* condicionamento de facto do trânsito;
* protecção e recuperação de interiores de lojas e outros;
* fecho do Largo do Carmo, Largo Bordalo Pinheiro e Calçada do Sacramento, ao trânsito (mantendo circulação descendente Rua Nova da Trindade-Rua Trindade-Calçada do Carmo);
* reabertura do passadiço do Elevador de Santa Justa;
* recuperação dos pátios interiores e escadarias criados por Siza Vieira na zona ardida;
* recuperação do que resta do Convento da Trindade;
* harmonização das esplanadas;
etc., etc..
PF
BAIRRO AZUL "EM VIAS DE CLASSIFICAÇÃO" CONTINUA ABANDONADO
Em 1981, a Secretaria de Estado da Cultura considerava que o Bairro Azul deveria ser alvo de um estudo tendente à sua classificação como “interesse público”.
Em 1988 os arquitectos José Manuel Fernandes e Maria de Lurdes Janeiro fizeram para a Câmara Municipal de Lisboa um levantamento sistemático e um estudo classificativo da Arquitectura Modernista na cidade de Lisboa (1925-1940). Esse estudo permitiria à Câmara “ proteger (...) ou recuperar (...) imóveis ou conjuntos de imóveis (...) dentro de uma perspectiva de valorização do património arquitectónico de Lisboa”. O Bairro Azul aparece classificado como um conjunto “Muito Bom“. Dever-se-iam “manter obrigatoriamente (os edifícios) adaptando, recuperando ou valorizando”.
Em 1994 a CML elaborou o Inventário Municipal do Património (IMP)[1] que assinala os imóveis e conjuntos edificados com interesse histórico, arquitectónico e/ou ambiental. Na freguesia nº 50 - S. Sebastião da Pedreira - o conjunto urbano Bairro Azul integra o IMP do Plano Director Municipal (IMP 50.02). “As condições a impor à reabilitação dos edifícios e conjuntos constantes do IMP serão definidas, enquanto não for publicada a Carta Municipal do Património, caso a caso, com o apoio de estruturas consultivas a constituir, compostas por técnicos do Município e por personalidades e entidades tecnicamente qualificadas”.
No mesmo ano de 1994 a CML/ DPPE elaborou mais um documento - “Estudos Preliminares da Carta Municipal do Património”, Abril 1994 (policopiado) - no qual foi proposta a classificação do Bairro Azul.
Em Julho de 2002, face à acelerada destruição que se verificava no Bairro, a Comissão de Moradores entregou à CML uma proposta para a sua classificação. Esta integrava uma contribuição escrita da professora Raquel Henriques da Silva, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: “ (…) O Bairro reúne todas as condições para ser classificado. E tal tornou-se indispensável para que a vida que nele existe não estiole. Mas a classificação visa também ser uma via propiciatória para o requalificar”.
Vinte e quatro anos passados sobre o Despacho nº 76/81, o Bairro Azul, em vias de classificação, continua abandonado!
Antes que seja tarde, é urgente a classificação deste conjunto que constitui o Bairro Azul, com a consequente implementação de medidas de salvaguarda e protecção. A cidade agradece.
A Comissão de Moradores do Bairro Azul
--------------------------------------------------------------------------------
[1] Inventário Municipal do Património – anexo I ao Plano Director Municipal – aprovado pela Assembleia Municipal em 26 de Maio de 1994, ratificado pelo Governo em 14 de Julho de 1994 (resolução do C.M. 94/94 ) – publicado no D.R. nrº 226, de 29 de Setembro de 1994.
Ana Alves de Sousa
Em 1988 os arquitectos José Manuel Fernandes e Maria de Lurdes Janeiro fizeram para a Câmara Municipal de Lisboa um levantamento sistemático e um estudo classificativo da Arquitectura Modernista na cidade de Lisboa (1925-1940). Esse estudo permitiria à Câmara “ proteger (...) ou recuperar (...) imóveis ou conjuntos de imóveis (...) dentro de uma perspectiva de valorização do património arquitectónico de Lisboa”. O Bairro Azul aparece classificado como um conjunto “Muito Bom“. Dever-se-iam “manter obrigatoriamente (os edifícios) adaptando, recuperando ou valorizando”.
Em 1994 a CML elaborou o Inventário Municipal do Património (IMP)[1] que assinala os imóveis e conjuntos edificados com interesse histórico, arquitectónico e/ou ambiental. Na freguesia nº 50 - S. Sebastião da Pedreira - o conjunto urbano Bairro Azul integra o IMP do Plano Director Municipal (IMP 50.02). “As condições a impor à reabilitação dos edifícios e conjuntos constantes do IMP serão definidas, enquanto não for publicada a Carta Municipal do Património, caso a caso, com o apoio de estruturas consultivas a constituir, compostas por técnicos do Município e por personalidades e entidades tecnicamente qualificadas”.
No mesmo ano de 1994 a CML/ DPPE elaborou mais um documento - “Estudos Preliminares da Carta Municipal do Património”, Abril 1994 (policopiado) - no qual foi proposta a classificação do Bairro Azul.
Em Julho de 2002, face à acelerada destruição que se verificava no Bairro, a Comissão de Moradores entregou à CML uma proposta para a sua classificação. Esta integrava uma contribuição escrita da professora Raquel Henriques da Silva, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: “ (…) O Bairro reúne todas as condições para ser classificado. E tal tornou-se indispensável para que a vida que nele existe não estiole. Mas a classificação visa também ser uma via propiciatória para o requalificar”.
Vinte e quatro anos passados sobre o Despacho nº 76/81, o Bairro Azul, em vias de classificação, continua abandonado!
Antes que seja tarde, é urgente a classificação deste conjunto que constitui o Bairro Azul, com a consequente implementação de medidas de salvaguarda e protecção. A cidade agradece.
A Comissão de Moradores do Bairro Azul
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[1] Inventário Municipal do Património – anexo I ao Plano Director Municipal – aprovado pela Assembleia Municipal em 26 de Maio de 1994, ratificado pelo Governo em 14 de Julho de 1994 (resolução do C.M. 94/94 ) – publicado no D.R. nrº 226, de 29 de Setembro de 1994.
Ana Alves de Sousa
05/07/2005
Mais e melhores esplanadas, s.f.f.
A propósito deste oportuníssimo "post" chamado Esplanar, conviria ao próximo Presidente de CML legislar, decretar e fazer aplicar umas quantas regras de bom gosto, estética e bom senso; a saber:
* acabar com as esplanadas feitas de cadeirinhas de plástico pindérico e guarda-sol frutacores, com publicidade gratuita;
* intervenção de fundo no ordenamento das esplanadas, a nível da área ocupada, número de mesas, material, etc.;
* delimitar as esplanadas existentes com sebes de pequeno porte, móveis, à semelhança do que é feito no estrangeiro;
* acabar gradualmente com a existência de marquises "agaioladas", substituindo-as por outro tipo de marquise, com toldo, e de estrutura móvel;
* introduzir animação musical de forma continuada, colocando palanques adequados, e atribuindo a cada praça, a cada esplanada, um determinado tipo de música que permita identificar cada qual ao gosto do frequentador da praça, da rua, etc.;
* intervir prioritariamente em zonas-chave como a Rua Garrett, o Largo do Carmo, o Rossio, as Portas de Santo Antão, Jardins-Miradouro, etc.
PF
* acabar com as esplanadas feitas de cadeirinhas de plástico pindérico e guarda-sol frutacores, com publicidade gratuita;
* intervenção de fundo no ordenamento das esplanadas, a nível da área ocupada, número de mesas, material, etc.;
* delimitar as esplanadas existentes com sebes de pequeno porte, móveis, à semelhança do que é feito no estrangeiro;
* acabar gradualmente com a existência de marquises "agaioladas", substituindo-as por outro tipo de marquise, com toldo, e de estrutura móvel;
* introduzir animação musical de forma continuada, colocando palanques adequados, e atribuindo a cada praça, a cada esplanada, um determinado tipo de música que permita identificar cada qual ao gosto do frequentador da praça, da rua, etc.;
* intervir prioritariamente em zonas-chave como a Rua Garrett, o Largo do Carmo, o Rossio, as Portas de Santo Antão, Jardins-Miradouro, etc.
PF
nomes ilustres em casas esquecidas
Muito bom, o artigo "Casas Ilustres" do "Diário de Notícias" de hoje, dedicado ao estado calamitoso de uma série de casas onde viveram escritores célebres do nosso burgo, que se tivessem vivido lá fora seriam hoje casas-museu, de permanente fruição, estudo e devoção. Estando em Lisboa, arriscam-se a já nem sequer serem empecilhos à especulação imobiliária.
Parabéns à autora do artigo!
PF
Parabéns à autora do artigo!
PF
04/07/2005
Queremos recolocar a Ajuda no mapa de Lisboa!
É urgente pôr em prática um Plano de Pormenor da área envolvente ao Palácio da Ajuda, que abranja as seguintes componentes:
* Intervenção no próprio palácio, com recuperação da zona ardida, finalização do lado Norte e remodelação das actividades dos próprio palácio;
* Intervenção na zona circundante a nível da requalificação da área, recuperando o património e alargando a mobilidade dos cidadãos, nomeadamente no Jardim das Damas, na torre sineira (Galo da Ajuda), no Paço Velho, no próprio largo e terreiro de feiras, nos espaços verdes circundantes, e nas antigas pedreiras da Rua Eduardo Bairrada, a Sul do palácio.
* Potenciar a proximidade com Belém, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda, Monsanto e Santo Amaro, com a criação de ciclovias, circuitos pedonais e turísticos que possibilitem um melhor usufruto de toda a zona;
* Intervenção de fundo na Tapada da Ajuda, designadamente na programação do Pavilhão de Exposições, na reformulação da utilização do Instituto de Agronomia e do Observatório Astronómico da Ajuda, de modo a acabar com a construção desenfreada dentro da tapada, recuperando-se lagos e espaços lúdicos, e alargando o usufruto da tapada pela população;
* Apoio ao Belém Clube, apoiando a recuperação e programação do belíssimo teatrino da Calçada da Ajuda;
* Alargamento do percurso do eléctrico nº 18 até Belém/Museu dos Coches, através da bifurcação da actual rede entre a Calçada da Ajuda e Belém, permitindo assim uma maior mobilidade a quem se queira deslocar no "arco" Belém-Calçada da Ajuda-Palácio da Ajuda-Monsanto-Tapada da Ajuda-Calçada do Galvão-Santo Amaro;
* Intervir em 3 casos escandalosos de património ao abandono nesse mesmo arco: Quinta das Águias, Palacete da Ribeira Grande (ambos na Rua da Junqueira) e antigas cocheiras do Palácio Valle Flor, no Alto de Santo Amaro;
* Apoio à revitalização do Atlético Clube de Portugal, como pilar social e desportivo de toda uma comunidade, pólo mobilizador da juventude;
Que o próximo Presidente da CML tenha vontade política para o fazer!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
* Intervenção no próprio palácio, com recuperação da zona ardida, finalização do lado Norte e remodelação das actividades dos próprio palácio;
* Intervenção na zona circundante a nível da requalificação da área, recuperando o património e alargando a mobilidade dos cidadãos, nomeadamente no Jardim das Damas, na torre sineira (Galo da Ajuda), no Paço Velho, no próprio largo e terreiro de feiras, nos espaços verdes circundantes, e nas antigas pedreiras da Rua Eduardo Bairrada, a Sul do palácio.
* Potenciar a proximidade com Belém, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda, Monsanto e Santo Amaro, com a criação de ciclovias, circuitos pedonais e turísticos que possibilitem um melhor usufruto de toda a zona;
* Intervenção de fundo na Tapada da Ajuda, designadamente na programação do Pavilhão de Exposições, na reformulação da utilização do Instituto de Agronomia e do Observatório Astronómico da Ajuda, de modo a acabar com a construção desenfreada dentro da tapada, recuperando-se lagos e espaços lúdicos, e alargando o usufruto da tapada pela população;
* Apoio ao Belém Clube, apoiando a recuperação e programação do belíssimo teatrino da Calçada da Ajuda;
* Alargamento do percurso do eléctrico nº 18 até Belém/Museu dos Coches, através da bifurcação da actual rede entre a Calçada da Ajuda e Belém, permitindo assim uma maior mobilidade a quem se queira deslocar no "arco" Belém-Calçada da Ajuda-Palácio da Ajuda-Monsanto-Tapada da Ajuda-Calçada do Galvão-Santo Amaro;
* Intervir em 3 casos escandalosos de património ao abandono nesse mesmo arco: Quinta das Águias, Palacete da Ribeira Grande (ambos na Rua da Junqueira) e antigas cocheiras do Palácio Valle Flor, no Alto de Santo Amaro;
* Apoio à revitalização do Atlético Clube de Portugal, como pilar social e desportivo de toda uma comunidade, pólo mobilizador da juventude;
Que o próximo Presidente da CML tenha vontade política para o fazer!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Obrigado, candidato, mas a gente já sabia
A propósito das acções de campanha de Sá Fernandes, pode ler-se no "Jornal de Notícias", de Sábado passado:
" (...) o candidato pôs-se a caminho da Travessa do Convento de Jesus, na freguesia de Santa Catarina, onde decorre a construção de um parque de estacionamento subterrâneo junto ao Convento dos Inglesinhos. Intervenção que está a provocar grande alvoroço entre os moradores e comerciantes, já que a travessa, devido à colocação de separadores de cimento junto à berma, se encontra limitada em termos de circulação e a via paralela - Rua do Vale - está fechada ao trânsito por um estaleiro de uma obra camarária.
"Isto é um barril de pólvora, se acontecer alguma coisa as ambulâncias e os bombeiros não conseguem aqui chegar", acusou Fernandes Rodrigues, comerciante. "Tenho uma oficina aqui e já perdi muitos clientes", acrescentou Luís Pato. Além disso, os moradores queixam-se dos muitos assaltos que ali ocorrem e afirmam não entender o porquê da suspensão das obras de construção do estacionamento. "Isto é o caos", alertam."
Bom, para além de chamar a atenção para não se confundir conventos (Inglesinhos vs. Jesus) convém esclarecer o seguinte:
Por motivos particulares sou frequentador habitual daquele largo, pelo que confirmo aqui a necessidade de construção do estacionamento subterrâneo em causa. Porquê?
Porque antes do candidato se importar com a circulação das ambulâncias, elas já quase não circulavam uma vez que aquele pobre largo tem sido um autêntico amontoado de carros, completamente anárquico (carros dos moradores, carros dos alunos do Passos Manuel, carros dos médicos e das enfermeiras do Hospital de Jesus, carros dos moradores, carros dos comerciantes, carros abandonados, etc.), que dificultava em muito o acesso de doentes ao hospital, mas não só. Situação que se potencia ainda mais com a idiotice de quem planeou a circulação nas ruas vizinhas, uma vez que não faz o mínimo sentido que o trânsito não tenha sido ainda condicionado naquele perímetro (Largo Academia das Ciências, Rua Cruz dos Poiais, etc.).
Nunca percebi foi como é possível ter aquela zona assim, e só me posso congratular com a construção do dito parque, se o mesmo disciplinar o estacionamento à superfície. Não só pelo hospital, pelo liceu e pelos moradores, mas porque até há um riquíssimo património ali bem perto que merece ser visitado: Convento de Jesus e Academia das Ciências.
PF
Nota: O pior de tudo é que a construção do parque defronte ao Convento de Jesus demonstra à saciedade que o auto-silo da Calçada do Combro é tão redundante quanto inútil.
" (...) o candidato pôs-se a caminho da Travessa do Convento de Jesus, na freguesia de Santa Catarina, onde decorre a construção de um parque de estacionamento subterrâneo junto ao Convento dos Inglesinhos. Intervenção que está a provocar grande alvoroço entre os moradores e comerciantes, já que a travessa, devido à colocação de separadores de cimento junto à berma, se encontra limitada em termos de circulação e a via paralela - Rua do Vale - está fechada ao trânsito por um estaleiro de uma obra camarária.
"Isto é um barril de pólvora, se acontecer alguma coisa as ambulâncias e os bombeiros não conseguem aqui chegar", acusou Fernandes Rodrigues, comerciante. "Tenho uma oficina aqui e já perdi muitos clientes", acrescentou Luís Pato. Além disso, os moradores queixam-se dos muitos assaltos que ali ocorrem e afirmam não entender o porquê da suspensão das obras de construção do estacionamento. "Isto é o caos", alertam."
Bom, para além de chamar a atenção para não se confundir conventos (Inglesinhos vs. Jesus) convém esclarecer o seguinte:
Por motivos particulares sou frequentador habitual daquele largo, pelo que confirmo aqui a necessidade de construção do estacionamento subterrâneo em causa. Porquê?
Porque antes do candidato se importar com a circulação das ambulâncias, elas já quase não circulavam uma vez que aquele pobre largo tem sido um autêntico amontoado de carros, completamente anárquico (carros dos moradores, carros dos alunos do Passos Manuel, carros dos médicos e das enfermeiras do Hospital de Jesus, carros dos moradores, carros dos comerciantes, carros abandonados, etc.), que dificultava em muito o acesso de doentes ao hospital, mas não só. Situação que se potencia ainda mais com a idiotice de quem planeou a circulação nas ruas vizinhas, uma vez que não faz o mínimo sentido que o trânsito não tenha sido ainda condicionado naquele perímetro (Largo Academia das Ciências, Rua Cruz dos Poiais, etc.).
Nunca percebi foi como é possível ter aquela zona assim, e só me posso congratular com a construção do dito parque, se o mesmo disciplinar o estacionamento à superfície. Não só pelo hospital, pelo liceu e pelos moradores, mas porque até há um riquíssimo património ali bem perto que merece ser visitado: Convento de Jesus e Academia das Ciências.
PF
Nota: O pior de tudo é que a construção do parque defronte ao Convento de Jesus demonstra à saciedade que o auto-silo da Calçada do Combro é tão redundante quanto inútil.
01/07/2005
Hoje, ligue a Antena 1 às 9H30!
O debate na Antena 1 passa esta manhã, entre as 9H30-12H05 e tem um espaço dedicado aos ouvintes. Não se façam rogados!
Tudo em http://195.245.179.232/EPG/radio/epg-dia.php?canal=1
Nota: leia o rescaldo (possível), no "Diário Digital", em http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=181225
PF
Tudo em http://195.245.179.232/EPG/radio/epg-dia.php?canal=1
Nota: leia o rescaldo (possível), no "Diário Digital", em http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=181225
PF
29/06/2005
Que fizeram à Pompadour?!!
Faço minhas as palavras de Criar-te, que acabo de ler, tardiamente, por culpa minha:
"a 19 de Março fiquei feliz quando vi que iam recuperar a antiga Pompadour na Rua Garrett.
depois da "obra" feita devo confessar que estou desiludida e triste: os frescos do tecto e os balcões que faziam conjunto com as portas desapareceram; fizeram uns acabamentos a que os “senhores empreiteiros” costumam chamar de luxo, com mármores e focos encastrados na montra. surge assim um espaço comercial de confecções estrangeiras com decoração de mau gosto requintado.o “novo riquismo” e o “pastiche” mal feito apagam as memórias da perfumaria que ainda me lembro. estava decadente mas tinha muito potencial.
entristece-me ver que o alumínio (o verdadeiro e o figurado) falam sempre mais alto neste país, que podia ser um dos mais bonitos da Europa."
É lamentável o que fizeram com a velhinha Pompadour, no Chiado - aliás o mesmo se passou com a loja da Rua Garrett (será perseguição?), que faz esquina com a Serpa Pinto. Já resta tão pouco do comércio dos bons tempos: Perfumaria Benamor, Sapataria Lorde, Alfaiataria Ramiro Correia, Intimissimi (Rua Augusta), a leitaria Camponesa (Rua dos Sapateiros), cada vez menos barbearias e casas de chá e café, algumas tabacarias por aí, e as retrosarias na Rua da Conceição. Pouco, muito pouco.
Duas perguntas:
- Será que ninguém pode intervir enquanto ainda é tempo?
- Será que estas obras de gosto duvidoso são comparticipadas ao abrigo do Fundo de Reconstrução do Chiado? Se for esse o caso, feche-se já o fundo!
PF
"a 19 de Março fiquei feliz quando vi que iam recuperar a antiga Pompadour na Rua Garrett.
depois da "obra" feita devo confessar que estou desiludida e triste: os frescos do tecto e os balcões que faziam conjunto com as portas desapareceram; fizeram uns acabamentos a que os “senhores empreiteiros” costumam chamar de luxo, com mármores e focos encastrados na montra. surge assim um espaço comercial de confecções estrangeiras com decoração de mau gosto requintado.o “novo riquismo” e o “pastiche” mal feito apagam as memórias da perfumaria que ainda me lembro. estava decadente mas tinha muito potencial.
entristece-me ver que o alumínio (o verdadeiro e o figurado) falam sempre mais alto neste país, que podia ser um dos mais bonitos da Europa."
É lamentável o que fizeram com a velhinha Pompadour, no Chiado - aliás o mesmo se passou com a loja da Rua Garrett (será perseguição?), que faz esquina com a Serpa Pinto. Já resta tão pouco do comércio dos bons tempos: Perfumaria Benamor, Sapataria Lorde, Alfaiataria Ramiro Correia, Intimissimi (Rua Augusta), a leitaria Camponesa (Rua dos Sapateiros), cada vez menos barbearias e casas de chá e café, algumas tabacarias por aí, e as retrosarias na Rua da Conceição. Pouco, muito pouco.
Duas perguntas:
- Será que ninguém pode intervir enquanto ainda é tempo?
- Será que estas obras de gosto duvidoso são comparticipadas ao abrigo do Fundo de Reconstrução do Chiado? Se for esse o caso, feche-se já o fundo!
PF
Antena 1, debate com os cinco candidatos
A propósito do debate de amanhã entre os 5 candidatos a Lisboa, na Antena 1 - a ser gravado amanhã, 5ª Feira, e a ser transmitido na 6ª Feira - gostava que lhes perguntassem o seguinte:
1. Será desta que o Tejo começa a ser despoluído?
2. Porque razão a Feira Popular não há-de ser fora de Lisboa?
3. Qual dos candidatos tem coragem para acabar com as empresas municipais?
4. Quem se compromete a fazer regressar as linhas de eléctrico aos eixos fundamentais de Lisboa, ligando-os à periferia?
5. Como é possível que os prédios a cair sejam na sua maioria propriedade de bancos?
PF
P.S. No caso de alguém querer colocar perguntas aos candidatos deve fazê-lo para: antena1@rdp.pt ou antena1.direccao@rdp.pt.
1. Será desta que o Tejo começa a ser despoluído?
2. Porque razão a Feira Popular não há-de ser fora de Lisboa?
3. Qual dos candidatos tem coragem para acabar com as empresas municipais?
4. Quem se compromete a fazer regressar as linhas de eléctrico aos eixos fundamentais de Lisboa, ligando-os à periferia?
5. Como é possível que os prédios a cair sejam na sua maioria propriedade de bancos?
PF
P.S. No caso de alguém querer colocar perguntas aos candidatos deve fazê-lo para: antena1@rdp.pt ou antena1.direccao@rdp.pt.
Palácio da Rosa: falta de espaço emperra hotel
Eis uma notícia que convém repescar para a campanha eleitoral, e que vai de encontro às nossas preocupações: é preciso reavaliar a questão da instalação de um hotel no Palácio da Rosa, mais a mais com as exigências que parece serem agora as da empresa madeirense envolvida!
Porquê? Porque tal como sugerimos aqui, aquela zona tem que ser objecto de uma solução integrada património-mobilidade-cidadania, e nunca à base de um equipamento único, mais a mais um hotel. Ou seja, tem que se
- resolver o problema do acesso ao Castelo de São Jorge, teatro romano, Teatro Taborda, sem destruir a silhueta da colina, optando pela construção de uma série de escadas-rolantes (dentro de prédios da Rua Fanqueiros e Rua Madalena; escadinhas do Chão do Loureiro e escadinhas do Largo da Rosa);
- demolir o mercado do Chão do Loureiro, construindo estacionamento subterrâneo e jardim à superfície;
- condicionar o trânsito em toda zona à semelhança do Bairro Alto, Bica e Alfama;
- reavaliar a instalação do hotel no Palácio da Rosa (até porque está também previsto um hotel de charme no Convento Corpus Christi, na Rua dos Fanqueiros), porque não abrindo alas para a instalação da Colecção Berardo no Palácio da Rosa?
PF
Porquê? Porque tal como sugerimos aqui, aquela zona tem que ser objecto de uma solução integrada património-mobilidade-cidadania, e nunca à base de um equipamento único, mais a mais um hotel. Ou seja, tem que se
- resolver o problema do acesso ao Castelo de São Jorge, teatro romano, Teatro Taborda, sem destruir a silhueta da colina, optando pela construção de uma série de escadas-rolantes (dentro de prédios da Rua Fanqueiros e Rua Madalena; escadinhas do Chão do Loureiro e escadinhas do Largo da Rosa);
- demolir o mercado do Chão do Loureiro, construindo estacionamento subterrâneo e jardim à superfície;
- condicionar o trânsito em toda zona à semelhança do Bairro Alto, Bica e Alfama;
- reavaliar a instalação do hotel no Palácio da Rosa (até porque está também previsto um hotel de charme no Convento Corpus Christi, na Rua dos Fanqueiros), porque não abrindo alas para a instalação da Colecção Berardo no Palácio da Rosa?
PF
Casa Garrett, congratulamo-nos com suspensão da demolição!
Enquanto autores da petição em prol da Casa Garrett, congratulamo-nos com a suspensão da demolição ordenada pelo Senhor Presidente da CML, felicitando o Dr. Pedro Santana Lopes pela atitude de extremo bom senso e oportunidade política; e que vem ao encontro do que havíamos solicitado publicamente ao proprietário do imóvel, isto é, que ele aguardasse pelo próximo presidente da CML, para então sim se decidir sobre a melhor forma de todas as partes sairem satisfeitas, incluindo a memória do próprio Garrett.
Sendo assim, renovamos aqui o nosso pedido público ao próximo presidente da CML, Prof. Manuel Maria Carrilho ou Prof. Carmona Rodrigues, para que imediatamente após as eleições, resolva este assunto de vez, classificando a casa de Garrett como imóvel de interesse concelhio, e negociando a aquisição da casa. Uma vez isto feito, a CML deve avançar com:
- A recuperação do edifício, seguindo as descrições nos próprios escritos do autor, e encetando negociações com os herdeiros do dramaturgo, e com os especialistas em Garrett, com vista a reunir o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia (com menús à base das receitas descritas por Garrett, vide Edições Colares);
- O estabelecimento de protocolos com as Edições Sá da Costa e com a Europa-América, apoiando, se necessário, reedições das obras de Garrett, com vista ao municiamento da casa-museu com obras em português, castelhano, inglês, francês e alemão;
- O estabelecimento de protocolos com escolas e com o Teatro Dona Maria II, com vista a visitas de estudo e intercâmbio de programação;
- O envolvimento activo do Instituto Camões enquanto pilar da cultura e línguas portuguesas, solicitando-lhe a melhor divulgação da casa-museu e a ajuda indispensável ao próprio municiamento desta;
- A atribuição da gestão do espaço ao Centro Nacional de Cultura, entidade de enorme prestígio e reconhecida competência para zelar pela nossa cultura e para gerir um espaço como o que se pretende para ali.
Agradecemos o empenho de todos quantos têm vindo a envolver-se directamente nesta batalha (CNC, APE, Pen Clube, SPA, deputados municipais e da AR), bem como a simpatia, o profissionalismo e o empenho dos jornalistas de A Capital, Correio da Manhã, Destak, Diário de Notícias, Expresso, Jornal da Região, Jornal de Notícias, Lusa, Magazine de Artes, Metro, O Independente, Público, RTP e SIC, que têm dado voz às nossas reivindicações. Aos blogues e à Net, sem a qual tudo seria muito mais difícil.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Sendo assim, renovamos aqui o nosso pedido público ao próximo presidente da CML, Prof. Manuel Maria Carrilho ou Prof. Carmona Rodrigues, para que imediatamente após as eleições, resolva este assunto de vez, classificando a casa de Garrett como imóvel de interesse concelhio, e negociando a aquisição da casa. Uma vez isto feito, a CML deve avançar com:
- A recuperação do edifício, seguindo as descrições nos próprios escritos do autor, e encetando negociações com os herdeiros do dramaturgo, e com os especialistas em Garrett, com vista a reunir o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia (com menús à base das receitas descritas por Garrett, vide Edições Colares);
- O estabelecimento de protocolos com as Edições Sá da Costa e com a Europa-América, apoiando, se necessário, reedições das obras de Garrett, com vista ao municiamento da casa-museu com obras em português, castelhano, inglês, francês e alemão;
- O estabelecimento de protocolos com escolas e com o Teatro Dona Maria II, com vista a visitas de estudo e intercâmbio de programação;
- O envolvimento activo do Instituto Camões enquanto pilar da cultura e línguas portuguesas, solicitando-lhe a melhor divulgação da casa-museu e a ajuda indispensável ao próprio municiamento desta;
- A atribuição da gestão do espaço ao Centro Nacional de Cultura, entidade de enorme prestígio e reconhecida competência para zelar pela nossa cultura e para gerir um espaço como o que se pretende para ali.
Agradecemos o empenho de todos quantos têm vindo a envolver-se directamente nesta batalha (CNC, APE, Pen Clube, SPA, deputados municipais e da AR), bem como a simpatia, o profissionalismo e o empenho dos jornalistas de A Capital, Correio da Manhã, Destak, Diário de Notícias, Expresso, Jornal da Região, Jornal de Notícias, Lusa, Magazine de Artes, Metro, O Independente, Público, RTP e SIC, que têm dado voz às nossas reivindicações. Aos blogues e à Net, sem a qual tudo seria muito mais difícil.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
28/06/2005
Casa Garrett, que balanço até agora?
Numa altura em que há novos desenvolvimentos relativamente à Casa de Garrett, e que outros hão-de vir, julgamos conveniente deixar aqui um memento sobre os resultados práticos daquilo que foi dito e feito desde que lançámos a nossa petição, em Outubro passado (por sinal uma petição que já vem no seguimento de múltiplas chamadas de atenção públicas, feitas isoladamente durante os últimos anos). Petição que entregámos à CML, ao Ippar e ao Instituto Camões, em Março passado, por alturas do nascimento de Garrett, com cerca de 2.300 assinaturas de lisboetas, portugueses e estrangeiros. Aqui vai:
Apelámos a:
- Sua Excelência o Senhor Presidente da República, enquanto supremo magistrado, homem culto e ex-Presidente da CML;
- Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, enquanto responsável pelo governo, líder partidário e homem culto;
- Senhor Provedor da Justiça, enquanto zelador dos valores de cidadania;
Análise objectiva ao comportamento da CML:
- A CML fez ouvidas moucas aos pedidos que lhe foram feitos nos últimos 150 anos por quem sempre apelou à compra do imóvel e à sua transformação em casa-museu:
- A CML, não contente com o facto de ter permitido uma operação imobiliária de contornos especulativos, foi indiferente ao projecto de demolição do actual proprietário, aprovando-o como se fosse relativo a um outro edifício qualquer;
- A CML não respondeu aos promotores da petição;
- A CML desresponsabilizou-se do assunto ignorando a hipótese de classificar a casa como "imóvel de interesse municipal", remetendo responsabilidades para o IPPAR/MC;
- A CML justificou-se com "desculpas de mau pagador" (ex. falta de verba, suposta ausência de espólio do escritor, suposto pouco valor arquitectónico da casa, existência da casa-museu Pessoa nas vizinhanças - esta mesma num edifício sem qualquer valor arquitectónico e de pouca de memória do poeta), como se comprovam nas afirmações das Senhoras Vereadoras da Cultura e da Reabilitação Urbana;
- A CML mentiu sobre o estado actual do interior do edifício, como se comprova no local;
- Já em relação à Junta de Freguesia de Santa Isabel, cuja sede está na mesma rua da Casa de Garrett, o seu silêncio ao longo dos anos é revelador da tamanha inutilidade da instituição "junta de freguesia".
Análise objectiva ao comportamento do MC/IPPAR:
- A Senhora Ministra da Cultura mostrou-se sensível ao caso, e disse ir estar atenta ao parecer do IPPAR; mas após o parecer deste último desresponsabilizou-se do assunto, passando a responsabilidade novamente para a CML e para os cidadãos (!);
- O IPPAR, ao contrário do que as suas posições iniciais faziam supôr, recusou-se a classificar o edifício como sendo de interesse público, declarando que o melhor seria classificá-lo como "imóvel de interesse concelhio", confessando desconhecer que existe espólio, que o escritor tinha deixado escritos no sentido de vir ter ali a sua casa-museu, e desconhecendo que o projecto de construção nova de 4 andares nada tem a ver com a traça da rua;
- O IPPAR nem sequer respondeu aos promotores da petição.
Análise objectiva ao comportamento do Instituto Camões:
- O Instituto Camões não respondeu aos promotores da petição.
- O Instituto Camões não tomou qq posição pública sobre o assunto, pelo que se conclui que acha que a língua portuguesa é apenas abrir centros de português no mundo, editando livros em português, ignorando que a língua portuguesa é também feita de lugares como espaços de memória dos artistas dessa língua, a começar por Garrett. É caso para dizer o que faz Garrett no site do Instituto Camões?
Agradecemos a ajuda amiga do Centro Nacional de Cultura:
- O CNC, na figura do seu Presidente, sempre esteve do lado da preservação, classificação e conversão da casa de AG em casa-museu, e deu mostras públicas disso ao promover a nossa petição, a ao intervir publicamente de forma continuada e determinada na prossecução daqueles objectivos. Pelos resultados alcançados, e infelizmente, conclui-se que o peso do CNC ainda não é o devido numa sociedade culta e desenvolvida.
- Foi-lhe feito um repto no sentido de se arregimentarem vontades para a abertura de uma conta bancária, em nome do CNC, no sentido de possibilitar a compra da casa ao proprietário, pelo que se aguarda por decisão da Direcção do CNC nesse sentido. Pelas declarações do proprietário estão em causa cerca de largos milhares de contos.
Agradecemos a ajuda amiga da Assembleia da República e da Assembleia Municipal, nomeadamente aos deputados que defenderam publicamente os nossos propósitos (a começar por Manuel Alegre, vice-presidente e deputado da AR, e putativo candidato a PR). Infelizmente, o resultado prático é nulo. Mas é à AR e à AM que compete legislar e fazer cumprir a lei para que no futuro não seja permitido que, a coberto da legalidade, aconteçam mais casos como o da Casa Garrett.
Agradecemos a ajuda amiga da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Portuguesa de Escritores e do Pen Clube que se têm mostrado indignados pela situação a que se chegou, própria de um país de iletrados e displicentes face ao património que os nossos antepassados nos vêm deixando.
Não agradecemos às fundações Gulbenkian, Oriente, etc., contactadas no sentido de se disponibilizarem como mecenas nesta operação de resgate da casa do autor de "Viagens da Minha Terra", porque nem sequer responderam ao que lhes solicitámos.
Nem agradecemos à Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, porque se recusou a incluir na programação da Feira do Livro, uma sessão sobre o assunto, refugiando-se em falsos argumentos. A CML, estamos certos, agradece.
Em relação ao proprietário, que por acaso é ministro, queremos esclarecer que
- Sempre agiu dentro da lei, o que revela o quão mal está a lei;
- Enquanto homem culto, ainda não demonstrou sê-lo (ser-se coleccionador de fotos de Man Ray não chega!);
- Enquanto cidadão, portou-se mal pois quando comprou a casa sabia-a envolta em polémica, e veio falar de números quando a ocasião aconselhava ao silêncio e à ponderação; agora recusa-se a esperar pelos resultados das eleições de Outubro, tendo iniciado os preparativos para a demolição da casa em plena época estival;
- Enquanto ministro, portou-se mal pois os bons exemplos têm que vir de cima.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Apelámos a:
- Sua Excelência o Senhor Presidente da República, enquanto supremo magistrado, homem culto e ex-Presidente da CML;
- Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, enquanto responsável pelo governo, líder partidário e homem culto;
- Senhor Provedor da Justiça, enquanto zelador dos valores de cidadania;
Análise objectiva ao comportamento da CML:
- A CML fez ouvidas moucas aos pedidos que lhe foram feitos nos últimos 150 anos por quem sempre apelou à compra do imóvel e à sua transformação em casa-museu:
- A CML, não contente com o facto de ter permitido uma operação imobiliária de contornos especulativos, foi indiferente ao projecto de demolição do actual proprietário, aprovando-o como se fosse relativo a um outro edifício qualquer;
- A CML não respondeu aos promotores da petição;
- A CML desresponsabilizou-se do assunto ignorando a hipótese de classificar a casa como "imóvel de interesse municipal", remetendo responsabilidades para o IPPAR/MC;
- A CML justificou-se com "desculpas de mau pagador" (ex. falta de verba, suposta ausência de espólio do escritor, suposto pouco valor arquitectónico da casa, existência da casa-museu Pessoa nas vizinhanças - esta mesma num edifício sem qualquer valor arquitectónico e de pouca de memória do poeta), como se comprovam nas afirmações das Senhoras Vereadoras da Cultura e da Reabilitação Urbana;
- A CML mentiu sobre o estado actual do interior do edifício, como se comprova no local;
- Já em relação à Junta de Freguesia de Santa Isabel, cuja sede está na mesma rua da Casa de Garrett, o seu silêncio ao longo dos anos é revelador da tamanha inutilidade da instituição "junta de freguesia".
Análise objectiva ao comportamento do MC/IPPAR:
- A Senhora Ministra da Cultura mostrou-se sensível ao caso, e disse ir estar atenta ao parecer do IPPAR; mas após o parecer deste último desresponsabilizou-se do assunto, passando a responsabilidade novamente para a CML e para os cidadãos (!);
- O IPPAR, ao contrário do que as suas posições iniciais faziam supôr, recusou-se a classificar o edifício como sendo de interesse público, declarando que o melhor seria classificá-lo como "imóvel de interesse concelhio", confessando desconhecer que existe espólio, que o escritor tinha deixado escritos no sentido de vir ter ali a sua casa-museu, e desconhecendo que o projecto de construção nova de 4 andares nada tem a ver com a traça da rua;
- O IPPAR nem sequer respondeu aos promotores da petição.
Análise objectiva ao comportamento do Instituto Camões:
- O Instituto Camões não respondeu aos promotores da petição.
- O Instituto Camões não tomou qq posição pública sobre o assunto, pelo que se conclui que acha que a língua portuguesa é apenas abrir centros de português no mundo, editando livros em português, ignorando que a língua portuguesa é também feita de lugares como espaços de memória dos artistas dessa língua, a começar por Garrett. É caso para dizer o que faz Garrett no site do Instituto Camões?
Agradecemos a ajuda amiga do Centro Nacional de Cultura:
- O CNC, na figura do seu Presidente, sempre esteve do lado da preservação, classificação e conversão da casa de AG em casa-museu, e deu mostras públicas disso ao promover a nossa petição, a ao intervir publicamente de forma continuada e determinada na prossecução daqueles objectivos. Pelos resultados alcançados, e infelizmente, conclui-se que o peso do CNC ainda não é o devido numa sociedade culta e desenvolvida.
- Foi-lhe feito um repto no sentido de se arregimentarem vontades para a abertura de uma conta bancária, em nome do CNC, no sentido de possibilitar a compra da casa ao proprietário, pelo que se aguarda por decisão da Direcção do CNC nesse sentido. Pelas declarações do proprietário estão em causa cerca de largos milhares de contos.
Agradecemos a ajuda amiga da Assembleia da República e da Assembleia Municipal, nomeadamente aos deputados que defenderam publicamente os nossos propósitos (a começar por Manuel Alegre, vice-presidente e deputado da AR, e putativo candidato a PR). Infelizmente, o resultado prático é nulo. Mas é à AR e à AM que compete legislar e fazer cumprir a lei para que no futuro não seja permitido que, a coberto da legalidade, aconteçam mais casos como o da Casa Garrett.
Agradecemos a ajuda amiga da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Portuguesa de Escritores e do Pen Clube que se têm mostrado indignados pela situação a que se chegou, própria de um país de iletrados e displicentes face ao património que os nossos antepassados nos vêm deixando.
Não agradecemos às fundações Gulbenkian, Oriente, etc., contactadas no sentido de se disponibilizarem como mecenas nesta operação de resgate da casa do autor de "Viagens da Minha Terra", porque nem sequer responderam ao que lhes solicitámos.
Nem agradecemos à Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, porque se recusou a incluir na programação da Feira do Livro, uma sessão sobre o assunto, refugiando-se em falsos argumentos. A CML, estamos certos, agradece.
Em relação ao proprietário, que por acaso é ministro, queremos esclarecer que
- Sempre agiu dentro da lei, o que revela o quão mal está a lei;
- Enquanto homem culto, ainda não demonstrou sê-lo (ser-se coleccionador de fotos de Man Ray não chega!);
- Enquanto cidadão, portou-se mal pois quando comprou a casa sabia-a envolta em polémica, e veio falar de números quando a ocasião aconselhava ao silêncio e à ponderação; agora recusa-se a esperar pelos resultados das eleições de Outubro, tendo iniciado os preparativos para a demolição da casa em plena época estival;
- Enquanto ministro, portou-se mal pois os bons exemplos têm que vir de cima.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Casa Garrett, o CNC tem sido incansável, mas é preciso mais!
No seguimento dos últimos desenvolvimentos relativos à casa que Garrett mandou construir, onde viveu e morreu, CNC renova apelo em defesa da última casa de Garrett. Obrigado Dr. Oliveira Martins, mas, infelizmente, é preciso mais; que se avance com a criação de conta bancária!
PF
PF
27/06/2005
Moradores do Bairro de São João de Brito realojados na Mata de Alvalade?!!
Fiquei a conhecer este bairro há 5 anos, por altura da polémica à volta de uma possível transferência dos seus moradores daquele (e de outro bairro ilegal, na mesma freguesia) para local que não era do agrado dos moradores. Uns quantos foram, mas a maioria haveria de ficar. Há 4 anos todos os candidatos à CML foram visitar o bairro, prometendo mundos e fundos. São pouco mais de 200 pessoas, cujos votos até poderão ser importantes, se nos lembrarmos dos últimos resultados em Lisboa. Por isso fico contente em finalmente se fazer justiça para quem nunca viveu em barracas antes de para ali ser votado ao abandono, na sequência da descolonização de 74-75.
Contudo, a coisa muda radicalmente de tom se pensarmos que os terrenos onde este bairro se encontra, na chamada Quinta do Carrapato, são terrenos muito apetecíveis pois estão paredes meias com a 2ª Circular, bem juntinho ao ainda Aeroporto de Lisboa. E ainda muda mais de tom quando vemos que a CML, afinal, se prepara para mais uma vez mudar ajeitar o PDM à vontade e à ocasião do momento, ao querer transformar uma zona verde de Alvalade - a Mata de Alvalade - numa zona de construção, com tudo de mau que advirá disso.
Não haverá por acaso outras zonas para instalar as famílias do Bairro de São de Brito? É que, de repente, estou a lembrar-me de uma zona, bem junto à actual Junta de Freguesia de São João de Brito (por detrás dela, aliás), onde podiam construir perfeitamente as casas para as 120 famílias, que ficariam bem instaladas, perto da zona onde actualmente estão e com fácil acesso aos transportes públicos. E assim se evitava mudar o PDM e, sobretudo, dar cabo de uma das poucas zonas verdes de Alvalade.
PF
Contudo, a coisa muda radicalmente de tom se pensarmos que os terrenos onde este bairro se encontra, na chamada Quinta do Carrapato, são terrenos muito apetecíveis pois estão paredes meias com a 2ª Circular, bem juntinho ao ainda Aeroporto de Lisboa. E ainda muda mais de tom quando vemos que a CML, afinal, se prepara para mais uma vez mudar ajeitar o PDM à vontade e à ocasião do momento, ao querer transformar uma zona verde de Alvalade - a Mata de Alvalade - numa zona de construção, com tudo de mau que advirá disso.
Não haverá por acaso outras zonas para instalar as famílias do Bairro de São de Brito? É que, de repente, estou a lembrar-me de uma zona, bem junto à actual Junta de Freguesia de São João de Brito (por detrás dela, aliás), onde podiam construir perfeitamente as casas para as 120 famílias, que ficariam bem instaladas, perto da zona onde actualmente estão e com fácil acesso aos transportes públicos. E assim se evitava mudar o PDM e, sobretudo, dar cabo de uma das poucas zonas verdes de Alvalade.
PF
23/06/2005
Casa Garrett: começou a demolição!
Aproveitando a época estival e a desresponsabilização de quem de direito (CML, Ippar e MC), o proprietário da Casa de Garrett começou a demolição daquela que tem sido a causa de muitos de nós: a preservação e recuperação da última morada do autor de "Viagens da Minha Terra".
Com efeito, já está montada uma grua no Cemitério dos Inglesinhos, bem como afixado um anúncio na porta da referida casa, informando os transeuntes que a mesma vai para "obras". A destruição do interior já começou.
Como autores da petição pela classificação e transformação da casa de Garrett em casa-museu do dramaturgo, escritor e político - por sinal, desejo que o próprio escritor manifestou e que tem sido reivindicado ao longo dos últimos 150 anos - , queremos reafirmar o nosso mais profundo repúdio pela atitude do proprietário, que deste modo se recusa a esperar pelo resultado das eleições autárquicas, e a parar para pensar na hipótese de transferir o seu projecto de construção para outro local que não aquele; indo assim contra o sentimento de milhares de pessoas para quem a memória de Garrett não se resume a um nome de rua, sala de teatro ou pastelaria.
Compreendemos o "esforço titânico" que o proprietário demonstra em querer impulsionar a economia portuguesa, através de um política tipicamente keynesiana de disparo da despesa agregada, naquilo que ela tem de mais genuinamente português: a construção civil. No entanto, chamamos a atenção do proprietário que isso talvez nem o mais comum dos diplomados no livro de razão tivesse sequer a ideia de fazer, perante a memória e o legado de alguém como Garrett.
Neste momento não sabemos que mais poderemos fazer, que não apelarmos a todos os amigos desta causa, dos jornalistas às individualidades e ao comum dos cidadãos que se solidarizaram connosco; para denunciarem estes últimos acontecimentos e juntarmos esforços concretos no sentido de se evitar a perda irreversível da casa de Garrett.
Muito obrigado a todos!!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Com efeito, já está montada uma grua no Cemitério dos Inglesinhos, bem como afixado um anúncio na porta da referida casa, informando os transeuntes que a mesma vai para "obras". A destruição do interior já começou.
Como autores da petição pela classificação e transformação da casa de Garrett em casa-museu do dramaturgo, escritor e político - por sinal, desejo que o próprio escritor manifestou e que tem sido reivindicado ao longo dos últimos 150 anos - , queremos reafirmar o nosso mais profundo repúdio pela atitude do proprietário, que deste modo se recusa a esperar pelo resultado das eleições autárquicas, e a parar para pensar na hipótese de transferir o seu projecto de construção para outro local que não aquele; indo assim contra o sentimento de milhares de pessoas para quem a memória de Garrett não se resume a um nome de rua, sala de teatro ou pastelaria.
Compreendemos o "esforço titânico" que o proprietário demonstra em querer impulsionar a economia portuguesa, através de um política tipicamente keynesiana de disparo da despesa agregada, naquilo que ela tem de mais genuinamente português: a construção civil. No entanto, chamamos a atenção do proprietário que isso talvez nem o mais comum dos diplomados no livro de razão tivesse sequer a ideia de fazer, perante a memória e o legado de alguém como Garrett.
Neste momento não sabemos que mais poderemos fazer, que não apelarmos a todos os amigos desta causa, dos jornalistas às individualidades e ao comum dos cidadãos que se solidarizaram connosco; para denunciarem estes últimos acontecimentos e juntarmos esforços concretos no sentido de se evitar a perda irreversível da casa de Garrett.
Muito obrigado a todos!!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
22/06/2005
O Europa volta a ser usado
Movimento de defesa do Europa volta à carga: reconversão Instalar no imóvel um pólo multifuncional continua a ser desejo dos cidadãos Sá Fernandes defende que a Câmara pode expropriar, pode ler-se na edição do "Jornal de Notícias" de ontem. Mais à frente, o representante do movimento "S.O.S. Cinema Europa" diz: "O cinema, enquanto pólo de actividades culturais e artísticas, faz falta ao bairro e à cidade". E que "está agora em cima da mesa, a hipótese de o edifício integrar o Arquivo Municipal de Lisboa".
Estas declarações vêm no mesmo sentido de outras feitas anteriormente, que confirmam o seguinte: o antigo Europa está a ser usado. Os ditos moradores ora bem reclamam o Europa como cinema, ora como centro cultural, ora como auto-silo com espaço cultural (?), ora como arquivo municipal.
Paralelamente, parece que o candidato Sá Fernandes alinha na utilização do Europa como joguete eleitoral, porque defender, como ele defendeu, que "o que importa é que a Câmara accione os mecanismos legais para que o imóvel não caia e negoceie com o proprietário a sua aquisição, com permutas ou não. E caso nenhuma das hipóteses seja aceite, a autarquia deve expropriar" e que "o que importa é saber como decorreu o processo de desclassificação" é exactamente isso. Vamos por partes:
1. O Europa actual não tem nada que ver com o antigo Europa, objecto de obras na década de 60 que o desvirtuaram para sempre.
2. O Europa actual não tem nenhum elemento que justifique a sua classificação, seja por quem for.
3. O Europa actual foi objecto de promessas camarárias durante o mandato de João Soares, apenas porque estava na Junta do Condestável, de maioria PS/PC. Enquanto que ali ao lado, o Paris (cinema com muito mais história, inserido numa ZEP e com um projecto digno para a sua re-utilização) agonizava, sem estar nas boas graças do mesmo executivo, apenas porque era de uma Junta, de maioria PSD/CDS.
4. Era o que faltava que a prorrogativa da expropriação fosse usada por isto e aquilo, à vontade do freguês.
5. Um conselho ao candidato Sá Fernandes: antes de pensar em termos judiciais, pense em soluções viáveis, exequíveis e sensatas.
PF
Estas declarações vêm no mesmo sentido de outras feitas anteriormente, que confirmam o seguinte: o antigo Europa está a ser usado. Os ditos moradores ora bem reclamam o Europa como cinema, ora como centro cultural, ora como auto-silo com espaço cultural (?), ora como arquivo municipal.
Paralelamente, parece que o candidato Sá Fernandes alinha na utilização do Europa como joguete eleitoral, porque defender, como ele defendeu, que "o que importa é que a Câmara accione os mecanismos legais para que o imóvel não caia e negoceie com o proprietário a sua aquisição, com permutas ou não. E caso nenhuma das hipóteses seja aceite, a autarquia deve expropriar" e que "o que importa é saber como decorreu o processo de desclassificação" é exactamente isso. Vamos por partes:
1. O Europa actual não tem nada que ver com o antigo Europa, objecto de obras na década de 60 que o desvirtuaram para sempre.
2. O Europa actual não tem nenhum elemento que justifique a sua classificação, seja por quem for.
3. O Europa actual foi objecto de promessas camarárias durante o mandato de João Soares, apenas porque estava na Junta do Condestável, de maioria PS/PC. Enquanto que ali ao lado, o Paris (cinema com muito mais história, inserido numa ZEP e com um projecto digno para a sua re-utilização) agonizava, sem estar nas boas graças do mesmo executivo, apenas porque era de uma Junta, de maioria PSD/CDS.
4. Era o que faltava que a prorrogativa da expropriação fosse usada por isto e aquilo, à vontade do freguês.
5. Um conselho ao candidato Sá Fernandes: antes de pensar em termos judiciais, pense em soluções viáveis, exequíveis e sensatas.
PF
16/06/2005
Que Passeio na Avenida?
A Avenida é o único «boulevard» de Lisboa, mas já não tem nem 10% da traça e da qualidade de vida dos tempos dos nossos pais. Porquê?
- Porque 90% do edificado antigo já não existe e os 10% que restam estão em risco de desaparecer;
- Porque a habitação deu lugar a escritórios;
- Porque se respira um mau ar e se ouve ruído em demasia;
- Porque das salas de espectáculo que a faziam viver apenas resta um Tivoli telenovelesco e um São Jorge a meio gás;
- Porque a Avenida está «emparedada» por automóveis, semáforos, etc.;
- Porque a Avenida não tem «chama própria».
Por isso propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de soluções para a Avenida da Liberdade; propostas a nível da mobilidade, do equipamento e do lazer: AQUI.
Estaremos a ser demasiadamente ambiciosos? Ingénuos? Tontos?
- Porque 90% do edificado antigo já não existe e os 10% que restam estão em risco de desaparecer;
- Porque a habitação deu lugar a escritórios;
- Porque se respira um mau ar e se ouve ruído em demasia;
- Porque das salas de espectáculo que a faziam viver apenas resta um Tivoli telenovelesco e um São Jorge a meio gás;
- Porque a Avenida está «emparedada» por automóveis, semáforos, etc.;
- Porque a Avenida não tem «chama própria».
Por isso propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de soluções para a Avenida da Liberdade; propostas a nível da mobilidade, do equipamento e do lazer: AQUI.
Estaremos a ser demasiadamente ambiciosos? Ingénuos? Tontos?
09/06/2005
Carmona quer passeio ribeirinho, e eu também
Pois é, é tudo muito bonito: "(...) proposta de Carmona Rodrigues para o Terreiro do Paço inclui a criação de um museu dedicado aos 250 anos após o terramoto de 1755 e à Baixa Pombalina.". Carmona pretende "trazer mais animação cultural e turística", reutilizando a zona ribeirinha entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, quando terminarem as obras do Metro, proposta que deve apresentar em breve numa reunião da Câmara. Carmona quer recuperar a antiga doca seca do Arsenal da Marinha e fazer um cais para que estejam ali em permanência a fragata Dom Fernando II e Glória e a Sagres, além da criação do Museu das Descobertas, frisou o candidato ao "Jornal de Notícias". Só que durante 4 anos nada se fez por isso. Creio mesmo que Carmona perdeu a sua oportunidade.
Mais, não creio que haja mais passeio ribeirinho com o rio que temos. Explico: o Tejo continua poluidíssimo. Faz quase década e meia que outro Professor se lançou ao Tejo como forma de alertar para a urgência de despoluir o nosso rio. Mas, de então para cá o que se fez por isso? Nada.
Portanto, antes que outro Professor decida lançar-se ao Tejo, convinha, por exemplo, importar algumas das ideias e dos métodos que outras cidades mais evoluídas do que Lisboa, tiveram e usaram para despoluir os seus rios, o seu mar interior. Quem?
Por exemplo, seria importante ouvir o que têm para nos dizer os responsáveis pela despoluição das águas que circundam a bela Estocolmo, outrora poluidíssmas, e hoje objecto de peregrinação, onde não falta quem a beba. Por isso, seria bom que alguém decidisse tentar despoluir o Tejo antes de falar em "zona ribeirinha".
Convoquem até cá os responsáveis da Skanska, que foi ela quem purificou as águas da capital-modelo que é Estocolmo. Seria bom, que por uma vez na vida, Lisboa importasse uma boa receita.
E convinha que, antes de se falar em museus das Descobertas, hotéis de pseudo-charme e fragatas, se resolvesse o escândalo terceiro-mundista que é termos, em pleno séc.XXI, um buraco gigantesco no Terreiro do Paço, obra e graça de governantes, técnicos e empreiteiros incompetentes e descarados.
PF
Mais, não creio que haja mais passeio ribeirinho com o rio que temos. Explico: o Tejo continua poluidíssimo. Faz quase década e meia que outro Professor se lançou ao Tejo como forma de alertar para a urgência de despoluir o nosso rio. Mas, de então para cá o que se fez por isso? Nada.
Portanto, antes que outro Professor decida lançar-se ao Tejo, convinha, por exemplo, importar algumas das ideias e dos métodos que outras cidades mais evoluídas do que Lisboa, tiveram e usaram para despoluir os seus rios, o seu mar interior. Quem?
Por exemplo, seria importante ouvir o que têm para nos dizer os responsáveis pela despoluição das águas que circundam a bela Estocolmo, outrora poluidíssmas, e hoje objecto de peregrinação, onde não falta quem a beba. Por isso, seria bom que alguém decidisse tentar despoluir o Tejo antes de falar em "zona ribeirinha".
Convoquem até cá os responsáveis da Skanska, que foi ela quem purificou as águas da capital-modelo que é Estocolmo. Seria bom, que por uma vez na vida, Lisboa importasse uma boa receita.
E convinha que, antes de se falar em museus das Descobertas, hotéis de pseudo-charme e fragatas, se resolvesse o escândalo terceiro-mundista que é termos, em pleno séc.XXI, um buraco gigantesco no Terreiro do Paço, obra e graça de governantes, técnicos e empreiteiros incompetentes e descarados.
PF
08/06/2005
Requalifiquem a Graça, s.f.f.
José Sá Fernandes veio falar recentemente do Convento da Graça, e do que fez há 5 anos. Nós vamos mais longe. Apontamos uma solução para o Convento da Graça: AQUI!
Resumindo, queremos que a próxima CML negoceie com o Ministério da Defesa (à semelhança do que foi feito com a CMC no que toca à Cidadela de Cascais e a outras fortalezas da Linha) para a sua cedência definitiva à CML, de modo a que esta o possa reconverter na sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa, que ali poderá dar aulas em regime de semi-internato, ensaiar e dar espectáculos.
Mas queremos também que se faça uma intervenção de fundo no bairro da Graça,que passe pela criação de uma linha de metro ligeiro de superfície, em "L", que una o Largo da Graça ao Jardim da Paiva Couceiro, pela Av.General Roçadas, e que vá até à Madre de Deus e a Santa Apolónia. Queremos que o próximo Presidente da CML reconverta as instalações da Fábrica de Chocolates da Favorita em habitação jovem. E queremos o trânsito condicionado tal qual Alfama, o Bairro Alto e a Bica, em toda a zona do Largo da Graça, Calçada da Ajuda e Voz do Operário.
Resumindo, queremos que a próxima CML negoceie com o Ministério da Defesa (à semelhança do que foi feito com a CMC no que toca à Cidadela de Cascais e a outras fortalezas da Linha) para a sua cedência definitiva à CML, de modo a que esta o possa reconverter na sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa, que ali poderá dar aulas em regime de semi-internato, ensaiar e dar espectáculos.
Mas queremos também que se faça uma intervenção de fundo no bairro da Graça,que passe pela criação de uma linha de metro ligeiro de superfície, em "L", que una o Largo da Graça ao Jardim da Paiva Couceiro, pela Av.General Roçadas, e que vá até à Madre de Deus e a Santa Apolónia. Queremos que o próximo Presidente da CML reconverta as instalações da Fábrica de Chocolates da Favorita em habitação jovem. E queremos o trânsito condicionado tal qual Alfama, o Bairro Alto e a Bica, em toda a zona do Largo da Graça, Calçada da Ajuda e Voz do Operário.
06/06/2005
Não, Prof. Carmona, os moradores já pagam o seu estacionamento
Confesso que não ouvi a totalidade da entrevista do Prof. Carmona Rodrigues, de ontem à noite, à SIC-N. Mas se foi como os 2 minutos finais, estamos conversados. Porquê? Porque nesses minutinhos finais, o candidato à CML e vice-presidente desde há 4 anos, anunciou - fugindo a uma pergunta sobre as eventuais taxas-portagens de entrada em Lisboa - como "solução" para o estacionamento em cima dos passeios, que "os moradores usassem os parques de estacionamento subterrâneo que estão vazios, a preços convidativos", dando como exemplo o parque da Alameda D.Afonso Henriques. Ora:
1. O estacionamento indevido, em 99,9% dos casos não é feito por moradores, mas por visitantes. Visitantes que todos os dias são "convidados" a trazerem o automóvel para Lisboa e a inundarem os passeios de Lisboa e, pior, os lugares de estacionamento destinados a moradores.
2. E os visitantes são "convidados" a trazer o automóvel para Lisboa porque todos os dias se anunciam mais medidas de oferta de estacionamento, mais asfalto, etc., em vez de se restringir a procura,
- investindo-se definitivamente na melhoria da qualidade e eficiência e eficácia da Carris e Metro;
- investindo-se definitivamente em interfaces de transportes públicos, à entrada de Lisboa, com parques de estacionamento compatíveis e ligação aos transportes da periferia;
- investindo-se em linhas de metro ligeiro de superfície ("tram") não poluidor, designadamente no Campo Grande, Av. República, Av.Fontes Pereira de Melo, Marquês; Bº Encarnação-Olivais-Avenida Gago Coutinho-Almirante Reis, Martim Moniz.
3. Os moradores já pagam para ter um lugar de estacionamento por automóvel; e pagam por um direito que lhes assiste enquanto moradores o que é imoral. Pagam o dístico para estacionarem junto a suas casas, e pagam, como qualquer outro cidadão, para estacionarem nas outras zonas de Lisboa, quando não são coagidos a pagarem ainda ao arrumador ilegal.
4. Por outro lado, os moradores não têm culpa que a proliferação de parques de estacionamento subterrâneo - a maior parte dos quais pondo em risco valioso património, desde árvores e espaços verdes a fundações antigas, etc. - e dos chamados auto-silos se destine a proveitosos negócios para construtor civil, e para tapar o sol com a peneira, ou seja, adiar as grandes medidas de fundo no que toca ao trânsito e ao estacionamento em Lisboa.
5. Finalmente, e no que se refere às portagens à volta de Lisboa, lembro ao Prof. Carmona Rodrigues que já há portugueses a pagar, injustamente, entrada em Lisboa: são os moradores da margem sul do Tejo. Por isso, portagens a norte de Lisboa seriam, sob esse ponto de vista, uma medida de justiça social imediata.
PF
1. O estacionamento indevido, em 99,9% dos casos não é feito por moradores, mas por visitantes. Visitantes que todos os dias são "convidados" a trazerem o automóvel para Lisboa e a inundarem os passeios de Lisboa e, pior, os lugares de estacionamento destinados a moradores.
2. E os visitantes são "convidados" a trazer o automóvel para Lisboa porque todos os dias se anunciam mais medidas de oferta de estacionamento, mais asfalto, etc., em vez de se restringir a procura,
- investindo-se definitivamente na melhoria da qualidade e eficiência e eficácia da Carris e Metro;
- investindo-se definitivamente em interfaces de transportes públicos, à entrada de Lisboa, com parques de estacionamento compatíveis e ligação aos transportes da periferia;
- investindo-se em linhas de metro ligeiro de superfície ("tram") não poluidor, designadamente no Campo Grande, Av. República, Av.Fontes Pereira de Melo, Marquês; Bº Encarnação-Olivais-Avenida Gago Coutinho-Almirante Reis, Martim Moniz.
3. Os moradores já pagam para ter um lugar de estacionamento por automóvel; e pagam por um direito que lhes assiste enquanto moradores o que é imoral. Pagam o dístico para estacionarem junto a suas casas, e pagam, como qualquer outro cidadão, para estacionarem nas outras zonas de Lisboa, quando não são coagidos a pagarem ainda ao arrumador ilegal.
4. Por outro lado, os moradores não têm culpa que a proliferação de parques de estacionamento subterrâneo - a maior parte dos quais pondo em risco valioso património, desde árvores e espaços verdes a fundações antigas, etc. - e dos chamados auto-silos se destine a proveitosos negócios para construtor civil, e para tapar o sol com a peneira, ou seja, adiar as grandes medidas de fundo no que toca ao trânsito e ao estacionamento em Lisboa.
5. Finalmente, e no que se refere às portagens à volta de Lisboa, lembro ao Prof. Carmona Rodrigues que já há portugueses a pagar, injustamente, entrada em Lisboa: são os moradores da margem sul do Tejo. Por isso, portagens a norte de Lisboa seriam, sob esse ponto de vista, uma medida de justiça social imediata.
PF
03/06/2005
1998-2002: Obras virtuais no Teatro Tália
Voltando ao Teatro Tália, a que já fizemos referência anteriormente, para dizermos que a Net não pára de nos surpreender, senão vejamos:
* Em 1998, o Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública fez incluir no seu plano de actividades a recuperação do Teatro Tália. Estimou até um orçamento de 630.000 cts., por fases, estimando para 98 cerca de 100 mil cts, 52.300 cts. para 1999, 100 mil cts. para 2000, 206 mil cts. para 2001, 160.700 cts. para 2002 e 10.000 cts. para os anos seguintes.
* E em 2002, a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais fez questão de incluir o Teatro Tália no seu plano de actividades para 2002, sob o título pomposo de "Recuperação do Património Classificado", cabimentando despesas com a estabilidade do edifício, instalação de electricidade, esgotos, etc. Orçamento: 38.000 €.
Tem graça como o Teatro Tália se mantém na mesma ...
PF
* Em 1998, o Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública fez incluir no seu plano de actividades a recuperação do Teatro Tália. Estimou até um orçamento de 630.000 cts., por fases, estimando para 98 cerca de 100 mil cts, 52.300 cts. para 1999, 100 mil cts. para 2000, 206 mil cts. para 2001, 160.700 cts. para 2002 e 10.000 cts. para os anos seguintes.
* E em 2002, a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais fez questão de incluir o Teatro Tália no seu plano de actividades para 2002, sob o título pomposo de "Recuperação do Património Classificado", cabimentando despesas com a estabilidade do edifício, instalação de electricidade, esgotos, etc. Orçamento: 38.000 €.
Tem graça como o Teatro Tália se mantém na mesma ...
PF
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