06/06/2010

INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL E SENSIBILIDADE PATRIMONIAL

Isolada no oceano de híbrido e decadência em que a Rua da Prata se tornou, qual fortim sitiado ostentando orgulhosamente o seu estandarte de resistência à decrepitude que se instala, a farmácia Normal ousa existir agora em plena glória, depois de um restauro exemplar da sua fachada e dos seus INTERIORES ...
Foi em 2004 que a jovem farmacêutica decidiu assumir a herança do seu pai, e desde logo, percebeu da urgência das obras tão necessárias.
No entanto a sua intenção foi desde o início, consciente do valor do património que tinha em mãos, "desempoeirar" e assegurar uma maior funcionalidade e efectividade comercial, mas mantendo e respeitando ao máximo os seus magníficos interiores.
Tive o prazer de falar com ela no início do processo com a Unidade de Projecto da Baixa Chiado, e de aconselhar o arquitecto entretanto contratado pela senhora, apoiando a preservação integral do mobiliário...
Depois seguiu-se a consulta do então IPPAAR e a ajuda e o acompanhamento permanente do Museu da Farmácia.
O resultado está à vista .... Sr Vereador Manuel Salgado ... Para quando um reconhecimento público deste casos, através de uma merecida atribuição de Prémio-Louvor com respectiva placa em bronze na fachada ?
P.S. A qualidade também se estende aos "Bastidores" do estabelecimento ... aos laboratórios e zonas administrativas ... e ... também ao 'famoso' saguão pombalino.
Saudações de António Sérgio Rosa de Carvalho














05/06/2010

Igreja de S. Roque

Igreja de S. Roque. Vista do Google Street View.

Aqui há uns tempos atrás, finais de 2008, salvo erro, o largo Trindade Coelho foi remodelado e com ele a escadaria e o patamar de acesso à igreja de S. Roque.
Se bem se lembram o patamar ao cimo da escadaria era circundado por um belíssimo gradeamento em ferro forjado com várias secções apoiadas e separadas por pequenas colunas encimadas por luminárias, ver foto abaixo.

A antiga entrada para a igreja.

No decurso dessas obras todo esse gradeamento e colunatas desapareceram.

Aspecto actual da entrada.

A Casa Professa de São Roque / Igreja e Museu de São Roque é propriedade da Santa Casa da Misericórdia e Monumento Nacional, classificado como tal em toda a sua integridade desde 1910, como se pode verificar aqui.
Assim sendo e não discutindo a opção estética de retirar esse gradeamento, quanto a nós errada, é estranho que o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) tenha anuido com tal alteração, se é que de facto o fez. Aliás no sítio do IGESPAR ainda hoje, mais de um ano depois da intervenção, a imagem que documenta a fachada da igreja continua a ser a anterior à intervenção, onde permanece o gradeamento.

Imagem retirada do sítio do IGESPAR.

Por não entendermos este deliberado empobrecimento do nosso património arquitetónico deixamos aqui este pedido de esclarecimento por quem de direito.

Carris lança em Julho novo passe «Pague 10 e Passe 12»

A transportadora Carris vai lançar em Julho um novo passe, o «Pague 10 e Passe 12», que permitirá aos passageiros que paguem de uma única vez 10 meses, viajar durante 12 meses.
«Criámos um passe novo, chamado Pague 10 e Passe 12», avançou o presidente da Carris, Silva Rodrigues, em entrevista à agência Lusa.

Na prática, explicou, trata-se de um passe anual que permitirá os passageiros que «paguem à cabeça 10 meses possam usar o passe durante 12 meses».

O presidente da Carris disse que esta nova modalidade estará à venda a partir de Julho nos passes Carris (carreiras que circulam dentro da cidade de Lisboa) e rede Carris (carreiras que circulam fora da cidade).

O lançamento deste novo passe insere-se nos esforços da Carris destinados «à captação de passageiros», afirmou Silva Rodrigues.

Em 2009, viajaram nos autocarros da Carris 240,4 milhões de passageiros, uma subida de 2,6 por cento face ao ano anterior.

In Agência Financeira

Rede de autocarros da Carris vai ser reestruturada

In Sol Online (5/6/2010)

«A terceira fase da reestruturação da rede de autocarros da Carris, a Rede 7, deverá entrar em vigor no final do mês e envolverá 10 carreiras, disse à Lusa o presidente da empresa

«A terceira fase [da Rede 7] vai arrancar no final deste mês de junho», afirmou Silva Rodrigues, em entrevista à agência Lusa.

O presidente da empresa disse que «não se trata de um grande ajustamento», explicando que a terceira fase da Rede 7 envolverá «uma dezena de carreiras».

Com o desenvolvimento da terceira fase de Rede 7, a Carris pretende continuar a apostar no desenvolvimento da sua rede em «articulação» com o serviço prestado pelo Metro de Lisboa.

«A Carris é um distribuidor fino, que vai a todos os pontos da cidade e, portanto, tem de rebater ao metro», explicou, avançando que esta reestruturação não implicará a criação de novas carreiras.

A Carris tem atualmente 95 carreiras. A primeira fase da Rede 7, que entrou em vigor em setembro de 2006, implicou a supressão de oito carreiras e recebeu parecer negativo da Câmara de Lisboa.

A segunda fase da Rede 7, que entrou em vigor em janeiro de 2008, envolveu a alterações de percurso em oito carreiras e o cancelamento de outra, tendo aumentada a frequência de carreiras em oito percursos.

Lusa/SOL»

Atrelado de eléctrico estacionado há 25 anos em Belém serve de apoioa motoristas da Carris e aos sem-abrigo


In Público (5/6/2010)
Por Marisa Soares

«A empresa de transportes garante que este ano o veículo vai ser transformado num bar, cuja exploração será concessionada. Até lá, a chave do cadeado continua na mão dos motoristas

Menos investimento

A porta fechada a cadeado e as janelas tapadas com cartões dão um ar de abandono ao atrelado de eléctrico estacionado no Largo dos Jerónimos, em Lisboa. Ainda assim, o veículo está há 25 anos numa das zonas da capital mais visitadas pelos turistas, entre o Mosteiro dos Jerónimos e a fábrica dos pastéis de Belém.

Até aqui, tem funcionado como abrigo para os motoristas da Carris, mas em breve poderá tornar-se mais uma fonte de rendimento para a empresa, que teve em 2009 um prejuízo de 41,5 milhões de euros.

Luís Vale, secretário-geral da Carris, disse ao PÚBLICO que o atrelado ficou no Largo dos Jerónimos a pedido dos funcionários. "É uma zona de rendição dos motoristas [dos autocarros] e dos guarda-freios [dos eléctricos], e eles pediram para usar o atrelado como abrigo, enquanto têm de esperar pelos veículos", afirmou.

Actualmente, a empresa está a analisar várias propostas para dar uma nova vocação ao velho "amarelinho". Ainda este ano, espera concessionar o espaço, que irá transformar-se num bar, mantendo também a função de abrigo para os motoristas.


Janelas tapadas com cartões

Colocado em cima de uma base metálica, debaixo de várias oliveiras, o atrelado ainda tem a tradicional cor amarela dos eléctricos de Lisboa, apenas ligeiramente descorada, talvez por estar há tantos anos fora dos carris. Não escapou, no entanto, à tinta de spray dos graffiters, que deixaram a sua marca na frente do veículo. No interior, os bancos continuam lá, mas alguns foram arrancados para dar lugar a mesas, como que a antecipar a instalação de um bar. Não faltam lâmpadas nem luz eléctrica, que chega através de um cabo ligado aos postes de iluminação pública.

"Dá para nos abrigarmos da chuva e do frio", confirmou um motorista que costuma esperar ali pelo autocarro em que vai prestar serviço. No entanto, admite que as janelas sem vidros não protegem grande coisa nos dias de Inverno mais rigorosos.

Como ele, todos os motoristas da Carris que ali iniciam as suas jornadas de trabalho têm a chave do cadeado e entram à vontade. No Inverno, quando estão cheios os restaurantes da zona, "vamos buscar comida e trazemos para aqui", explica. E não serão os únicos. "Há dias em que encontramos latas de atum ou restos de comida nas mesas e percebemos que os sem-abrigo passaram cá a noite", conta. Depois, "alguém" vem limpar. Os utilizadores nocturnos conseguem entrar sem grande esforço pelas janelas sem vidro, algumas tapadas com cartões que facilmente retiram.

Embora não esteja no roteiro turístico da cidade, o atrelado estacionado no meio do largo atrai também os turistas. "Costumam vir aqui tirar fotografias. Nós é que explicamos o que isto é", diz o motorista.»

Bolas!

nem mais..
Daqui: http://cheirar.blogspot.com/

04/06/2010

Taxas ...Rock in Rio.

O último parágrafo é bem elucidativo e interessante.

A Real Praça do Comércio

Opinião/In Público (4/6/2010)
Por António Sérgio Rosa de Carvalho

«Pronto, finalmente reavemos a Real Praça do Comércio. Reparem que não lhe chamo "Terreiro do Paço"... e isto não acontece por acaso, mas é uma atitude consciente e premeditada... pois esta diferença de denominação ilustra precisamente o erro de perspectiva e de interpretação histórica que levou a todas as "trapalhadas" no antigo projecto, agora sensatamente corrigido.

A Real Praça do Comércio foi concebida por um primeiro-ministro "estrangeirado" que pretendia alcançar uma reforma profundíssima no plano político, social e mercantil do Reino de Portugal, aproveitando um cataclismo natural que, tendo criado uma situação de Tabula rasa no país, oferecia-lhe uma oportunidade única.

Ela foi concebida também seguindo referências eruditas e prestigiantes internacionais da place royale do séc. XVIII Iluminista, e, no caso de todo o plano de reconstrução da Baixa, ela anunciava com grandiosidade uma nova cidade, renascida das cinzas e que iria servir de décor para um novo Portugal reformado, e de contexto e habitação para uma nova burguesia mercantil e iluminada.

Assim, é perfeitamente claro que o conceito do "terreiro" pertencia a um passado pré-terramoto e a um tipo de sociedade que se pretendia reformar radicalmente numa perspectiva iluminista, embora num conceito tão típico para a época de despotismo iluminado.

Visto isto, vale a pena reflectir sobre o facto de que, mais uma vez, se o prazo foi cumprido "sem derrapagens orçamentais", se deve a um factor externo que nos pressionava e obrigava a uma clara deadline... a visita do Papa.

Sem questionar a evidente e prestigiante oportunidade mediática que nos foi oferecida com a visita do Papa, e agora que foi anunciado o Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina, teremos que reconhecer que a imagem que foi oferecida ao Papa e ao mundo não foi a imagem da verdadeira decrepitude em que se encontra a Baixa de Lisboa.

Assim, as intenções e os milhões pretendidos com o anúncio do plano de salvaguarda não podem ser encarados como algo para se "ir fazendo", mas como um dos projectos mais urgentes e indispensáveis para Lisboa, capital de Portugal.

Agora, em plena e profunda crise, que tentamos rever e reanalisar os grandes projectos de obras públicas, aqui temos um grande projecto, urgente, indispensável e verdadeiramente responsável. Ele é credível e responsável, pois os benefícios e resultados estão a priori garantidos.

Trata-se do prestígio e da atractibilidade da nossa imagem exterior e dos dividendos na área do turismo cultural. Trata-se da nossa qualidade de vida no quotidiano. Trata-se da auto-estima e do estímulo que ela transporta para o nosso empreendedorismo. Trata-se de provar à nossa juventude que Portugal está à altura da responsabilidade da salvaguarda do nosso património e portanto tem futuro.

Proponho portanto que o projecto de restauro e salvaguarda da Baixa pombalina seja elevado a desígnio nacional... que seja ligado a uma dimensão capaz de transcender a própria autarquia, e os ciclos políticos inerentes, através da ligação à Presidência da República pela nomeação de um comissário.

Seguindo o exemplo de Amesterdão, onde o presidente da câmara é nomeado pela Coroa como árbitro au dessus de la mêlée, pode cumprir vários mandatos e tem a função de estimular, vigiar e garantir, perante os eleitos políticos, a prioridade e o cumprimento dos projectos verdadeiramente importantes ... assim eu proponho um comissário escolhido pela Presidência da República, instituição suprema da nação portuguesa, que desempenhe este papel de guardião e de garantia de execução deste verdadeiro desígnio nacional.

Chegou a altura de encontrarmos em nós próprios a capacidade de realizar, de cumprir, e não "ir" avançando apenas aos soluços estimulados por factores externos.

Para isso, teremos de compreender, de vez, que estamos reduzidos a este pequeno rectângulo, e deixarmo-nos de fugas, de diásporas e quimeras. É Portugal que tem que ser cumprido!


Historiador de Arquitectura»

Conferência de Imprensa - Terminal de Contentores de Alcântara

Data: Segunda-feira, 7 de Junho de 2010
Hora: 16:00 - 16:30
Local: Restaurante Doca de Santo, nas Docas em Lisboa

Metro renova estações e esquece Praça de Espanha

In Diário de Notícias (4/6/2010)
Por Daniel Lam


«Obras já decorrem no Areeiro, seguindo-se depois Arroios, Anjos e Intendente. Para a Linha Azul não há intervenções previstas

O Metropolitano de Lisboa (ML) já deu início às obras no Areeiro, inseridas no plano de remodelação das estações que ainda mantêm o visual antigo, escuro e sombrio. Mas deixou fora desse plano a estação Praça de Espanha, a única da Linha Azul - liga Santa Apolónia a Amadora Este - que ainda não recebeu qualquer intervenção para melhorar profundamente a sua imagem.

Existente desde que o metropolitano foi inaugurado, em Dezembro de 1959, a estação Praça de Espanha encontra-se suja e escura. Os tectos deixaram de ser brancos e estão enegrecidos. O sistema de iluminação é antigo e muitas lâmpadas estão desligadas, tornando a estação ainda mais escura. A parte mais degradada situa-se no lado do acesso ao Instituto Português de Oncologia (IPO).

A estação Praça de Espanha precisa, no mínimo, de um refrescamento como o que foi efectuado há cerca de um ano na Avenida. Embora a intervenção efectuada tenha sido ligeira, a estação ficou a ganhar muito, com o novo mobiliário - bancos a papeleiras - e um sistema com iluminação mais intensa, que contribuiu para tornar aquele espaço menos sombrio e escuro. Os pequenos azulejos das paredes, que estavam bastante sujos, foram limpos e ficaram muito mais claros e coloridos.

No mesmo ano também foi remodelada a estação S. Sebastião, que recebeu novos painéis de azulejos e um sistema de iluminação, dando mais vida a esta estrutura subterrânea.

Tendo em conta que todas as outras estações da Linha Azul já têm intervenções artísticas, o DN perguntou à administração do ML quando será remodelada a Praça de Espanha. Mas os responsáveis da empresa pública responderam que só estão previstas obras de remodelação para a Linha Verde, que estabelece a ligação entre Cais do Sodré e Telheiras.

Explicaram que a estação Areeiro já está em obras para prolongar o cais e passar a ter capacidade para comboios de seis carruagens. Os trabalhos, que incluem a construção de um átrio a sul e a reformulação geral do revestimento, devem ficar concluídos em 2012.

As outras três estações da Linha Verde que ainda mantêm o visual antigo também vão receber obras de remodelação, embora o ML ainda desconheça quando começam os trabalhos e não consiga prever quando terminarão.

Em Arroios também será necessário prolongar os cais. Para Anjos e Intendente só está planeado o "refrescamento" das estações.»

Câmara reitera importância de «não prejudicar» dinamização do porto

In Sol Online (4/6/2010)

«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), recusou-se a comentar a aprovação parlamentar da revogação do prolongamento da concessão do terminal de Alcântara, reiterando que o importante é que a decisão «não prejudique» o porto

O autarca lembrou que a autarquia não é parte no contrato de concessão à Liscont e que se trata de um «assunto do Estado».

António Costa referiu que o porto é «essencial» para o município e reafirmou o que disse na semana passada, durante a revogação do mesmo diploma na Comissão Parlamentar de Obras Públicas.

«Queremos que o porto seja mais competitivo, com mais passageiros e com mais carga, que cresça. Achamos que é possível compatibilizar essa maior actividade com o lazer», disse, referindo que a câmara «conquistou» a cedência de áreas para o efeito.

«Além disso, é essencial a ligação entre as linhas de Cintura e de Cascais e a preservação do sistema hidro-geológico do vale de Alcântara. O que importa é que tudo isto não seja prejudicado», acrescentou.

O Parlamento aprovou hoje um projecto lei destinado a revogar a prorrogação do contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara até 2042, atribuída em 2008 à Liscont por ajuste directo, sem concurso público.

O diploma mereceu os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e PEV, a abstenção do CDS e o voto contra do PS.

Além das críticas da oposição e de um movimento de cidadãos, o contrato motivou a interposição de uma acção no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa pelo Ministério Público, que pedia a anulação e a nulidade da decisão.

Lusa / SOL »

Esquema de circulação da Baixa revisto para resolver casos de congestionamento

In Público (4/6/2010)
Por Inês Boaventura


«Autarquia quer mudar gradualmente o acesso às colinas e a distribuição de tráfego na Baixa, bem como a circulação dos transportes públicos. A proposta é discutida segunda-feira

Tráfego de atravessamento teve "reduções significativas"

O vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa afirma que o novo esquema de circulação da Baixa e frente ribeirinha, que contempla "algumas alterações importantes" em relação ao actual, deverá estar operacional no fim de 2011. A proposta, que vai ser discutida segunda-feira, pretende "proceder a uma optimização ao nível da gestão das circulações".

No corpo da proposta, o vereador Nunes da Silva salienta que o esquema introduzido em 2009 permitiu obter "inquestionáveis benefícios em termos de qualidade dos espaços públicos", além de "um pequeno acréscimo do número de utilizadores de transporte colectivo". Ainda assim, explica o especialista em transportes, "detectou-se ser possível e desejável" introduzir algumas modificações.

No essencial, diz-se no documento, trata-se de fazer a "correcção do funcionamento de alguns cruzamentos" e de "garantir uma maior clareza em relação a alguns itinerários", para "resolver as situações onde se verificam índices de congestionamento elevados". A nova solução deverá ser gradualmente levada à prática, à medida que forem avançando no terreno as intervenções previstas pela sociedade Frente Tejo.

Nunes da Silva explicou ao PÚBLICO que haverá "algumas alterações importantes", desde logo para acabar com as "sucessivas viragens" à direita entre as ruas da Conceição, de S. Julião e do Comércio, que "entopem a Rua dos Fanqueiros e da Prata". Com o novo esquema, a Rua da Conceição será afecta à ligação entre colinas, evitando que quem queira deslocar-se do Chiado para a Sé ande em "ziguezague". Já a distribuição de tráfego para as várias direcções será feita pelas ruas do Comércio e de S. Julião, com um sentido cada.

Segundo o vereador, as modificações a introduzir vão também permitir "uma clara separação" entre os transportes individuais e colectivos. Para os últimos haverá desde logo "uma melhoria da circulação no topo norte do Terreiro do Paço", já que vai ser criada uma via própria para os autocarros que querem virar à esquerda para entrar na Rua da Prata, evitando conflitos com os eléctricos.

Na Avenida Infante Dom Henrique, junto à Estação Sul e Sueste, também haverá alterações, com o objectivo de desviar para aqui alguns dos autocarros que hoje seguem pela Rua da Alfândega. Do outro lado da Praça do Comércio a ideia é também que parte do fluxo de transportes públicos deixe de se fazer pelas ruas Bernardino Costa e do Arsenal, a partir do Cais do Sodré. Para isso será prolongado o corredor bus da Av. 24 de Julho e os autocarros já só terão que entrar na Rua do Arsenal, junto ao Largo do Corpo Santo.

No Cais do Sodré será criada uma nova geometria de circulação, por forma a que este espaço passe a funcionar como "uma grande rotunda", eliminando-se o problemático cruzamento junto à Rua do Alecrim.»

...

Lá vai a Rua da Conceição voltar ao que era. Nesta coisa do condicionamento ao trânsito na Baixa é como na velha cançoneta: un pasito adelante, dos pasitos atras.

Liscont diz que fará valer os seus "direitos" se a concessão do terminal for anulada

In Público (4/6/2010)

«Empresa diz que tem contrato válido e que aguarda decisão de Cavaco Silva. Movimento cívico diz que revogação "era o mínimo" que se podia fazer


O presidente da Liscont, concessionária do terminal portuário de Alcântara, em Lisboa, afirmou anteontem que a empresa irá "fazer valer os seus direitos" caso a prorrogação da concessão seja anulada.

"Temos um contrato válido e assinado, que estava a ser cumprido por ambas as partes e foi anulado sem razão aparente nenhuma", disse Eduardo Pimentel à agência Lusa. O gestor reagia assim à revogação da prorrogação do contrato de concessão, aprovada horas antes na Assembleia da República, com os votos favoráveis de PSD, BE, PCP e PEV, contra do PS e a abstenção do CDS-PP.

Eduardo Pimentel acrescentou que a Liscont, controlada pelo grupo Mota-Engil, aguarda a apreciação do Presidente da República sobre a promulgação do diploma e a "reacção" da Administração do Porto de Lisboa, a entidade concedente do terminal, que já comunicou à Lusa que não irá reagir. "Se a decisão da APL for de anular o contrato, vamos fazer valer os nossos direitos", frisou Eduardo Pimentel.

O diploma de revogação da prorrogação do contrato foi aprovado em votação final global, após ter obtido luz verde na Comissão Parlamentar de Obras Públicas. Em meados de Abril, o Ministério Público interpôs uma acção junto do Tribunal Administrativo de Lisboa, requerendo a anulação e a nulidade do aditamento ao contrato de concessão celebrado em Outubro de 2008. A revogação da decisão governamental que prorrogou o contrato foi entretanto saudada por Miguel Sousa Tavares, um dos membros movimento "Lisboa é das Pessoas. Mais contentores? Não!". Na opinião do jornalista e escritor, a revogação "era o mínimo que um Estado de direito, com vergonha e pudor, podia fazer". Sousa Tavares disse aguardar que a Liscont e o Porto de Lisboa "acatem a decisão", porque "nem isso está garantido".

"Uma coisa é aprovar uma resolução, outra coisa é vê-la executada na prática. Como o Porto de Lisboa funciona como um quartel fechado, pode-se lá passar tudo e a gente não dá por nada", sustentou, acrescentando: "A luta não acabou, agora vai continuar nos tribunais". O escritor lamentou o voto contra do PS e disse-se "muito surpreendido" com a abstenção do CDS-PP, depois de este partido ter defendido publicamente que a prorrogação da concessão "era uma vergonha".»

Lisboa capital do charme...?

foto roubada no Janelas de Lisboa
.
Os exemplos são aos milhares. Descaracterizar Lisboa está na moda...! Quando a galinha dos ovos de ouro morrer....os pintos que se desenrasquem.

03/06/2010

POSTAL DA BAIXA: Praça da Figueira


Suja, grafitada, sem sombra, sem água e rodeada de edifícios em diferentes graus de degradação.

Parabéns à administração da CP






(Estação do Cais do Sodré, hoje por volta do meio-dia. Às três e meia da tarde até em Alcântara havia bichas enormes para as máquinas de bilhetes).

Hasta pública de Palácios Pancas Palha e Machadinho/apelo à AML

Exma. Sra. Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa
Dra. Simonetta Luz Afonso


Como é do conhecimento dessa Assembleia, a CML vai levar novamente a reunião de executivo, no dia 7 de Junho, as propostas de alienação em hasta pública dos palácios Pancas Palha (Sta. Apolónia) e do Machadinho (Madragoa), tendo por valores base de licitação 4 M€ e 3 M€, respectivamente, e com a condicionante prévia de se destinarem a unidades hoteleiras de "charme".

Trata-se de nova iniciativa nesse sentido, na prossecução do desiderato a que a CML vem designando por "transformar Lisboa na capital do charme".

Independentemente da designação e do desígnio, a nosso ver altamente discutíveis, vimos por este meio alertar Vossa Excelência, essa Assembleia e as Comissões Permanentes respectivas para terem em consideração, aquando da discussão destas propostas em assembleia, o seguinte:


1. As péssimas experiências recentes de dois casos similares, na circunstância o Palácio da Rosa (São Cristóvão) e o Palácio Braancamp Freire (Bairro Alto), que tendo sido vendidos em 2005 e 2009, respectivamente, com igual propósito ao que agora sustenta estas hastas públicas; em nada contribuiram para a reabilitação dos mesmos, muito menos das zonas envolventes, tendo somente aberto horizontes à especulação imobiliária.

Tais experiências, pensamos, não se devem repetir.


2. A imperiosa necessidade dessa Assembleia tomar conhecimento directo e concreto com a realidade dos Palácios Pancas Palha e do Machadinho, que agora voltam a ser objecto de hasta pública pela CML, procedendo:


* À requisição de estudos sobre o estado físico dos dois palácios, sobre as obras necessárias à sua readaptação e viabilização financeira enquanto hotéis (alterações patrimoniais, etc.), sobre alternativas de uso possíveis (designadamente o seu arrendamento a quem promova a sua recuperação cuidada e reutilização mais apropriada, evitando-se, assim a alienação de património - recordamos que no caso do Palácio Pancas Palha, a CML custeou a sua recuperação nos anos 90, recorrendo até a fundos comunitários), etc.;


* À visita urgente a ambos os palácios.

Na expectativa sobre o bom acolhimento destas sugestões por V.Exa e por essa Assembleia, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Maria Helena Barreiros, António Sérgio Rosa de Carvalho, Artur Lourenço, José Morais Arnaud, Pedro Formozinho Sanchez e Júlio Amorim

C.C. Grupos Municipais, Media.

Brincando com o nosso dinheiro.

A poente do Jardim da Praça do Príncipe Real existiam dois espaços verdes que foram calcetados a pretexto de permitirem que a feira de produtos biológicos, que se realiza aos Sábados, permanecesse no Príncipe Real no decurso das obras no jardim.
O primeiro espaço, o marcado a vermelho e designado por A no croquis abaixo, foi o primeiro a ser calcetado e é nesse espaço onde a feira se tem realizado. O espaço B, calcetado semanas depois, nunca chegou a ser ocupado.



Apesar de as obras no jardim terem sido anunciadas meses antes, o calcetamento do espaço marcado a vermelho na planta supra só se iniciou dias antes do Sábado, 7 de Novembro, que precedeu o início das obras, a 9 de Novembro de 2009.
Na noite de Sexta para Sábado esse calcetamento foi concluído à pressa e à chuva às 5h da manhã, sob a luz de holofotes.
É óbvio que ficou um trabalho muito mal feito, mas com certeza bastante caro.

Mais tarde os carros começaram a estacionar em cima desse espaço obrigando a CML à colocação de pilaretes metálicos.

Do espaço B, já depois de calcetado, foi arrancada uma pequena palmeira deixando o piso no estado documentado pela foto abaixo:


Entretanto a calçada do espaço A, apesar dos pilaretes, também não se apresentava em melhor estado:


De tal forma que estes calcetamentos foram mandados refazer, parcialmente, 3 vezes no espaço de alguns meses, a última das quais dias antes da inauguração da obra do jardim.

Pensariamos então que a CML iria, finalmente, tratar de outros assuntos e não se preocupar mais com o calcetamento desses espaços ex-verdes.

Puro engano. Eis senão que passado pouco mais de uma semana sobre o último recalcetamento parcial a CML decide refazer tudo de novo mas desta vez integralmente:


Recalcetamento em curso.

Cabe então perguntar à CML quanto é que esta brincadeira do calceta, recalceta, custou/custa aos nossos bolsos. Sim, convém não esquecer que quem paga estes desmandos somos nós.

E já agora, se esta obra estivesse a cargo de um particular quanto é este pagaria de coimas à CML por tão flagrante desleixo no estaleiro dos materiais e no manuseamento dos entulhos, ver fotos abaixo.



Entulho permanece há dias na berma.

Quando passa um autocarro ou mesmo um ligeiro levanta-se uma nuvem de pó.

Dinamização do Porto de Lisboa

A Assembleia da República revogou, FINALMENTE, o contrato de prolongamento da concessão. Esperemos que agora a APL, o Governo e - sim - a Câmara Municipal de Lisboa se apercebam de que há muitas formas de "dinamizar" o Porto de Lisboa; e que um terminal de contentores em pleno centro da cidade talvez não seja a melhor.

"Lisboa/Contentores: Câmara reitera importância de "não prejudicar" dinamização do porto"

02/06/2010

Preservação, novas espécies e biodiversidade no Parque Florestal de Monsanto




Gostaria de propor que estes magníficos animais(faltam aqui os camiões, que também têm os seus direitos e já são uma grande manada), que tal como diversas aves, voltam anualmente ao parque florestal de Monsanto e que são cada vez mais vistos, passem a fazer parte da fauna oficial o parque. Não só pela sua beleza mas também pela sua importância na preservação e aumento da biodiversidade . Gostaria ainda de propor que os diversos pisos que estão a ser colocados o sejam também , devido a sua beleza e utilidade , colocados no resto do parque. E já agora também que os pinheirinhos sejam todos, assim, aconchegadinhos com terra e pedras, para não se constiparem.
Obrigado.

Salgado promete afastar-se do terminal de cruzeiros se o seu ex-atelier vencer concurso

In Público (2/6/2010)
Por Ana Henriques


«Oposição quer explicações do vereador do Urbanismo de Lisboa, que entregou o seu atelier de arquitectura ao filho em 2007 para evitar incompatibilidades


O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, promete afastar-se do processo relacionado com a construção de um terminal de cruzeiros de Santa Apolónia, caso o atelier de arquitectura que fundou, o Risco, e que está neste momento nas mãos de um filho, seja escolhido para elaborar o projecto.

A notícia de que o Risco ia concorrer à concepção do terminal foi dada ontem pelo jornal i, que recordava os compromissos assumidos por Manuel Salgado em 2007, antes de ser eleito vereador. Na altura, para evitar eventuais incompatibilidades e afastar suspeitas de tratamentos de favor, o arquitecto desvinculou-se do atelier. Mais: assegurou que enquanto estivesse em funções, o Risco não aceitaria "encomendas de promotores privados de projectos sujeitos a licenciamento ou autorização da Câmara de Lisboa". Acontece, como frisa Salgado, que o projecto do terminal é promovido pela administração portuária, e não por um privado - e que, precisamente por essa razão, não está sujeito a licenciamento camarário. "Quando muito, está sujeito a parecer não vinculativo da autarquia", explica o vereador. Por outro lado, um dos membros do júri que irá seleccionar o projecto é designado pelos serviços camarários de Manuel Salgado.

O caso está a causar algum mal-estar entre os partidos da oposição, que tencionam pedir explicações ao principal responsável pelo Urbanismo de Lisboa

"Isto era escusado. O vereador pôs-se a jeito", comenta o líder da bancada do PSD na assembleia municipal, António Proa. "É dúbio se está ou não a cumprir o compromisso que assumiu antes de se tornar vereador." O presidente da câmara não comentou o caso, alegando que tinha acabado de chegar do estrangeiro. Também não foi possível ouvir a vereadora Helena Roseta, do Cidadãos por Lisboa.

"A obra do terminal de cruzeiros terá de ser apreciada pelo município". observa por seu turno o vereador do CDS António Carlos Monteiro. "Por que razão é que Manuel Salgado alterou o compromisso de transparência que assumiu", questiona.

"Trata-se de um concurso de ideias completamente anónimo", contrapõe Manuel Salgado. Ou seja, não é suposto o júri conhecer a autoria dos trabalhos que irá apreciar. João Bau, do BE, não conhecia o caso. "Mas não fico admirado", observa.»

Lisboa precisa de novas estratégias para atrair capital estrangeiro

In Público (2/6/2010)
Por Inês Boaventura

«A imagem da cidade em oito países não é favorável, segundo os formandos do Lisbon MBA. Falta promoção e planeamento urbano, sobra burocracia

A opinião deles

Como reposicionar a marca Lisboa para atrair investimento estrangeiro para a cidade? Divididos em grupos, 30 estudantes do Lisbon MBA estudaram oito mercados internacionais e chegaram à conclusão que o comportamento dos empresários e a imagem que têm de Lisboa é tão diferente consoante a sua nacionalidade que a capital deverá adoptar soluções específicas para captar o investimento de cada um desses países.

Esta é uma questão que estará na agenda do actual executivo camarário. Prova disso é a deslocação que António Costa realizou em Maio passado a Paris, com o objectivo de promover Lisboa junto de potenciais investidores, e a criação da Invest Lisboa, ainda em 2009, uma entidade que se preocupa em atrair capital estrangeiro.

Alemanha, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos da América, França, Índia e Reino Unido foram os mercados analisados, e em cada um desses casos chegou-se a "resultados completamente diferentes", explica a professora Catherine da Silveira, da Universidade Nova de Lisboa, que orientou este projecto, na área de gestão de marcas.

Quem frequenta o Lisbon MBA - um programa de formação em gestão de empresas das universidades Católica, Nova e a MIT Sloan School of Management - são portugueses e estrangeiros que têm à volta de 29 anos e 5,7 anos de experiência profissional e formação em Engenharia, Gestão e Economia, Ciências Naturais ou Sociais.

Neste estudo feito para Lisboa, o grupo concluiu que entre os potenciais investidores indianos "a notoriedade de Lisboa é muito fraca". Muitos não são sequer capazes de apontar num mapa onde fica a cidade. E os poucos que a identificam associam-na a "sol, praia e vinho do Porto", acrescenta a orientadora, Catherine da Silveira.


Medo do sistema

O desconhecimento é também um problema para os chineses. É por isso que Lauren Pong propõe que Lisboa intensifique a sua presença nos principais certames empresariais na China, com o objectivo de dar a conhecer as potencialidades de Lisboa. Lauren Pong sugere ainda que os diferentes departamentos do Governo falem a uma só voz aos empresários assustados com o "sistema burocrático" português.

No caso de França, é conhecida a ligação histórica a Portugal, mas, segundo Melanie Lavita e Luís Barreto Xavier, muitos franceses vêem Lisboa como destino turístico mas não tanto como local de investimento. Para convencer empresários reticentes, este grupo de trabalho sugere a criação de "uma espécie de loja do cidadão" destinada a investidores estrangeiros e a promoção em Lisboa de "eventos de charme", para mostrar a cidade e a sua qualidade de vida.

Quanto ao Brasil, a estratégia a adoptar deve ser dirigida a dois públicos específicos: os brasileiros com uma ligação positiva a Portugal, tanto no campo sentimental como no campo racional; e aqueles que estão emocionalmente ligados mas têm uma ideia negativa do país.

As recomendações dos alunos que analisaram este mercado passam por levar empresários portugueses ao país e aí promover eventos como provas de vinhos e feiras dedicadas a Portugal.»

01/06/2010

ROSSIO: Há festa na aldeia?

Durante cerca de 2 semanas a placa central do Rossio esteve assim. Um espaço urbano classificado, um Teatro Nacional (Monumento Nacional), uma área urbana com pretensões a ser reconhecida como Património Mundial da Humanidade. Nada temos contra a realização de feiras e actividades culturais nas praças e largos de Lisboa. Mas a ocupação temporária dos espaços históricos tem de ser sempre feita com respeito pelo património e nunca desta maneira, como se fosse um recinto de feira qualquer. O Rossio não pode ser transformado em campo de manobra de marcas de gelados, cerveja e café. Assim não pode ser.

Principe Real.

(Clicar para ampliar)
Sem querer entrar em polémicas desnecessárias aqui fica uma imagem do jardim na tarde de Domingo em que estava algum vento.A nuvem de pó chegava aos prédios da ruas adjacentes para um lado ou para o outro consoante o sentido do vento.


In Jornal i

Vem aí a requalificação da placa central da Pç. de Londres












A praça precisa efectivamente de aprumo (por ex. como explica a CML a co-existência em simultâneo de 5 tipos de banco no perímetro da totalidade da Praça de Londres?) e limpeza, sobretudo, remodelação dos pavimentos e talvez de iluminação nova. Espero que mantenham as sebes e o gradeamento e não apliquem a bitola recente de "canteiros de mangueiras".

Só três perguntas (desmultiplicáveis):

* A estátua sempre será mudada de orientação, virando-se agora Guerra Junqueiro para o jardim em vez de para a avenida com o seu nome?
* Vai haver quiosque, onde?
* Quais exactamente as 2 árvores de pequeno porte a serem abatidas, e quais as espécies das 4 novas árvores?

Cá estarei para aplaudir ou para apupar, espero que a primeira.

Muito obrigado.