05/01/2012

CABOS & CABOS: Rua do Mirante

Parabéns à Comissão de Moradores do Bairro Azul



Arraiais em Lisboa só com novas regras

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Vereador admite acabar com arraiais populares.
Por Carlos Filipe in Público

Os arraiais populares de Lisboa, que se realizam em Junho, nos bairros da zona histórica e integrados no programa das Festas da Cidade, poderão não se realizar se não forem acordadas novas regras para a sua realização.
O ultimato foi ontem feito pelo vereador do Espaço Público, José Sá Fernandes, na reunião descentralizada da Câmara de Lisboa, na freguesia da Sé, em resposta a queixas de munícipes. "É uma situação confrangedora para a câmara que os munícipes nos relatam, pelo desmazelo que constituem os arraiais, pelo que, das duas uma: ou este ano não há arraiais ou se realizam com respeito pelas regras, tornando aqueles festejos diferentes daquilo que são hoje", disse o vereador, sem precisar que tipo de regras deverão ser aplicadas.
Com recurso a abaixo-assinado, entregue ao presidente da autarquia, António Costa, os munícipes dizem que vivem um inferno durante a realização dos arraiais, sem direito ao descanso durante vários dias, no meio do lixo e convivendo com cenas de violência.
A reunião camarária juntou nas instalações do Lusitano Clube munícipes das freguesias de Santo Estêvão, São Miguel, Santiago, Castelo, Sé, Penha de França, Graça, São Vicente de Fora e Santa Engrácia.

04/01/2012

E já agora:


Alguém, talvez a Junta de Freguesia, possa dizer aos responsáveis pela belíssima Igreja da Luz, que estes candeeiros junto à capela da Nossa Senhora da Luz são uma coisa horrorosa, e que a CML, no rescaldo da sua "política" de abate e substituição de candeeiros de época, um pouco por toda a cidade, talvez tenha nos seus armazéns (isto se alguém não os tiver levado entretanto), uns candeeiros de princípios do século XX, e que se todos tiverem boa vontade poderão ser ali colocados em vez do par de candeeiros horrorosos que ali estão? Muito obrigado:-)

O que é isto?



Em 10 anos nada, ou quase nada mudou no centro histórico de Carnide: bons restaurantes, que motivam uma avalanche de carros mal estacionados durante quase todo o dia; casario regra geral a cair, mas contrastando com algumas casas apalaçadas bem aproveitadas em condomínios; belas igrejas, quase sempre fechadas; pavimentos ridiculamente esburacados (aqueles carris de eléctrico estão assim há quanto tempo, 40 anos?), uns, outros "repavimentados"; mas continua também o mistério em volta deste prédio, que tem frente para o "largo do coreto" e traseiras para a Rua do Norte. Aparentemente em estado de embargo há alguns anos, já há pouco foi "reabilitado" para a frente, com aquele ar duvidoso que se vê. Por detrás, parece o que se vê, também. Parece que o promotor terá visto um projecto de alteração aprovado pela CML, mas a coisa não muda. Talvez estejam à espera do famigerado Plano de Urbanização Carnide-Luz, de algum pormenor que desconheço. Alguém sabe a razão desta aberração se manter assim, ano após ano? Muito obrigado.

É imperativo "ver" o "Bloco" da Rua Braamcamp como uma Unidade Patrimonial através de uma Classificação Integral, incluindo os Interiores!!


O Natal de 2011 e consequentemente o Fim do Ano, foi marcado pelo desastroso incêndio na cobertura de um conjunto de prédios na Rua Braamcamp, com notável e único Valor Patrimonial.
Este acontecimento foi um episódio que ilustra de forma gravemente simbólica um desfecho para um processo de destruição progressiva e sistemática que está a ser desenvolvido nas Avenidas, não por imponderável fatalidade, mas por vontade liderada e consciente, de Todo um Património Arquitectónico Insubstituível.
Ora, estes poucos conjuntos que restam,uma vez reconhecidos e classificados e assim protegidos, constituem verdadeiras ilhas ou “Blocos” de resistência à destruição envolvente.
As Avenidas não deveriam ser perspectivadas assim como uma “manta de retalhos” de Blocos e Zonas Resistentes, mas como um Todo, tal como nos “Boulevards” de Paris, Viena,etc., ...
Mas a Ausência de Consciência Cultural e o Vandalismo já vêm de Longe na História da Destruição Sistemática do Património das Avenidas ...
Assim, ao compararmos o Restauro do edifício da Versailles, classificado como de Interesse Público, inserido num “Bloco” resistente, que é rematado no gaveto por outro magnifico edifício “Boulevard-Arte Nova” com a intervenção no gaveto precisamente oposto ... estamos informados e esclarecidos ...
A acrescentar ao tal processo de vandalismo de várias gerações de Autarcas e à tal vontade liderada e consciente, liderada no presente pelo Vereador Manuel Salgado, temos Planos como o de “Alinhamento de Cérceas”, verdadeiros instrumentos de Destruição Sistemática do Património ...
Assim, é imperativo desenvolver um Movimento para a Classificação Integral do conjunto de edifícios da Rua Braamcamp, incluindo o de esquina, perfeitamente em “Unidade”com os outros dois notáveis edifícios ...
Reparem na linha de mansarda da cobertura ardida na Rua Braamcamp e comparem-na com a do edifício da Versailles ...
Rumo a um Ano Ameaçador e Preocupante ...
Por Lisboa !
António Sérgio Rosa de Carvalho

P.S. A maior parte das imagens do edifício da Versailles vêm do Lisboa SOS a quem agradeço e Saúdo ...














"Teríamos muita dificuldade em dar socorro adequado num incêndio como o do Chiado"



Por Ana Henriques in Público

"A vereadora dos Recursos Humanos da câmara tem sido a coveira do regimento", acusam a associação e o sindicato em comunicado enviado ao PÚBLICO

Associação Nacional de Bombeiros Profissionais faz retrato dramático das condições de trabalho dos Sapadores, que não descartam prolongar greve por tempo indeterminado

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e o Sindicato Nacional de Bombeiros fazem um retrato dramático das condições de segurança da cidade de Lisboa. "Esperemos que não aconteça um incêndio como o do Chiado, porque teríamos muita dificuldade em dar o socorro adequado", diz o presidente da associação, Fernando Curto.
Numa altura em que o Regimento de Sapadores Bombeiros está a meio de uma greve de dez dias que pode vir a ser prolongada por tempo indeterminado, por causa do fim do pagamento de horas extraordinárias, o dirigente associativo chama a atenção para as consequências da falta de condições de trabalho da corporação. Em Novembro os bombeiros salvaram a vida a uma mulher encurralada pelas chamas numa varanda da Rua Barão de Sabrosa, mas o acto heróico podia ter-lhes corrido mal, segundo contam: "Podia ter morrido toda a gente, vítima e bombeiros, porque não havia homens suficientes para cortar a luz e o gás."
Os relatos de Fernando Curto e do presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, sucedem-se. "Uma bombeira que partiu um maxilar em serviço teve de fazer um empréstimo para ser operada, porque o seguro não cobre isso - nem sequer cobre queimaduras, nem em Lisboa nem no resto do país. Como o casaco dela se estragou no acidente deram-lhe outro com 16 anos, que era de um colega que se reformou", recorda Sérgio Carvalho. A associação estima que neste momento sejam necessários no regimento 355 casacos de fogo e que existam 270 pares de calças em falta. "É vestuário de protecção que ou não existe ou está já degradado pelo uso de quem entretanto se reformou", explica Fernando Curto.
"Não há registo de controle dos nossos aparelhos respiratórios e os carregadores das garrafas de ar estão avariados, estando a ser usados compressores portáteis para essa função", descrevem os bombeiros. "É inadmissível o que está a acontecer. Não somos carne para canhão!", indigna-se o presidente da associação. Vários dos carros que andam na cidade a combater fogos têm mais de 20 anos, prossegue. Nas oficinas do regimento estão 20 veículos parados. "Têm peças avariadas que às vezes nem cem euros custam". Noutros casos, saem para a rua mesmo com problemas: "Há um veículo de combate a incêndios no quartel da Avenida Rio de Janeiro que está ao serviço com a bomba de água avariada. O motor pode gripar a qualquer momento".
Concursos lançados pela autarquia para renovar parte da frota foram anulados por suspeitas de corrupção. As auto-escadas são outro problema: apenas há três ao serviço para a cidade inteira, mais uma plataforma que os bombeiros asseguram ser uma autêntica relíquia museológica: data dos anos de 1950. Na véspera do Natal as três auto-escadas foram mobilizadas para um incêndio na Rua Braancamp. Se houvesse um incêndio noutro andar alto da cidade dificilmente lá chegariam a tempo, alertam o sindicato e a associação. Povoadas de prédios com mais de dez andares, zonas como a Alta de Lisboa e o Parque das Nações "têm uma carência de socorro brutal".

"Vereadora é coveira"

O previsto aumento do número de turnos nos Sapadores, decidido pela autarquia para acabar com o pagamento de horas extraordinárias, irá piorar mais ainda uma situação já aflitiva, asseguram os bombeiros. Um relatório elaborado pelo regimento dá conta do que poderá representar o fim das horas extras, caso não surja ao mesmo tempo um reforço de 200 homens: veículos como o que acorre a acidentes com matérias perigosas ou o que intervém em acidentes na zona portuária deixarão de poder sair, por falta da tripulação mínima.
"A câmara está a negar aos cidadãos de Lisboa um socorro efectivo e a pôr em causa a integridade física dos bombeiros", acusa um dos dirigentes. Sobre os elevados custos das horas extraordinárias dos Sapadores - a verba inscrita no orçamento camarário do ano passado ultrapassava os 7,2 milhões para os cerca de 900 funcionários do regimento -, o sindicato garante ter apresentado ao município uma proposta alternativa de pagamento que orçava em menos de 2,5 milhões, mas que não foi aceite. "A vereadora dos Recursos Humanos da câmara tem sido a coveira do regimento", acusam a associação e o sindicato em comunicado enviado ao PÚBLICO. Discordam, no entanto, da greve em curso, decretada por outra estrutura, o Sindicato de Trabalhadores do Município de Lisboa, por entenderem que a paralisação não resolverá estes problemas.
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A imagem foi acrescentada ao artigo do Público.
António Sérgio Rosa de Carvalho.

Grevistas recebem salário por inteiro


Escusando-se a comentar as acusações da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, o vereador da autarquia lisboeta Manuel Brito limita-se a dizer que "para efeitos salariais há zero por cento de grevistas", uma vez que, sendo obrigados a cumprir serviços mínimos, estes profissionais vão receber o salário completo ao fim do mês. Segundo o Sindicato de Trabalhadores do Município de Lisboa, a adesão tem estado acima dos 90%.
in Público
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A imagem foi acrescentada ao artigo do Público.
António Sérgio Rosa de Carvalho.

03/01/2012

Provedor de Justiça dá razão à Plataforma por Monsanto.





Provedor de Justiça  alerta Governo para desprotecção da Floresta estatal.
Rafaela Freitas -Público

No que ao Parque Florestal de Monsanto diz respeito:

"...O caso da sub-estação eléctrica instalada no Parque Florestal de Monsanto é mencionado,"uma afectação indevida" que o provedor sugere que seja compensada com a florestação de outras áreas do mesmo perímetro(...)alertando para a necessidade de protecção acrescida do parque de Monsanto.Aquando da sub-estação do Zambujal(PFM),o provedor já tinha manifestado reservas
 quanto à sua construção,pedindo esclarecimentos ao vereador com o pelouro dos espaços verdes,
José Sá Fernandes.Na comunicação enviada pelo provedor,vinha expresso o descontentamento quanto ao"efeito cumulativo" de obras"numa área que supostamente deveria manter-se incólume."

Parece que o Sr. Provedor deu razão às queixas apresentadas pela Plataforma por Monsanto,infelizmente agora já é tarde e cerca de 500 árvores foram abatidas injustificadamente.Algo que ficará para sempre na história,triste,desta Vereação no que a Monsanto diz respeito.

Aeroporto de Lisboa: acessos ao metro concluídos em novembro

In Expresso (2.1.2012)

«Já arrancou a construção dos acessos do terminal da Portela à futura estação do metropolitano, que deverá começar a funcionar em julho deste ano.


A construção dos acessos do terminal do aeroporto da Portela à futura estação do metropolitano já arrancou e deverá estar concluída em novembro, anunciou hoje a empresa responsável pelas obras, estimadas em cinco milhões de euros.

O projeto, adjudicado pela ANA -- Aeroportos de Portugal à Britalar Engenharia, integra o "plano de ampliação e modernização do metropolitano de Lisboa", divulgou a empresa em comunicado.

A obra inclui a construção dos acessos à nova estação de metropolitano e intervenções nas áreas envolventes, e deverá "ultrapassar um conjunto de condicionantes, como a tipologia dos espaços e a intensa circulação de pessoas e veículos".

A Britalar destaca algumas especificidades do projeto, como o facto de a Portela ser um aeroporto internacional e com elevado tráfego áereo, pelo que "os trabalhos decorrerão maioritariamente em horário noturno, exigindo uma iluminação adequada que cumpra as normas de segurança do espaço e da respetiva envolvente".

Metro arranca em julho



Por outro lado, a empresa aponta "um conjunto de dificuldades técnicas", nomeadamente a interação das gruas necessárias à execução da empreitada com o espaço aéreo.

A obra será coordenada pela ANA, Metropolitano de Lisboa e a Britalar, "no sentido de se garantir a correta compatibilização entre a nova estrutura e a existente, bem como o contínuo funcionamento do aeroporto e a segurança dos transeuntes que circulam nas imediações e no interior do mesmo".

Segundo o Metropolitano de Lisboa, a estação do Metro do Aeroporto Internacional de Lisboa deverá começar a funcionar em julho deste ano.

Primeiro hotel custará €15 milhões


A Britalar foi também a empresa escolhida para a construção do primeiro hotel junto ao aeroporto da capital. O hotel, sob a insígnia TRYP, da cadeia Meliã, resulta de uma parceria da Britalar Turismo e da Hoti Hotéis Portugal, e está orçado em 15 milhões de euros.

Com uma área de construção global de mais de 15 mil metros quadrados e 13 pisos, o estabelecimento hoteleiro terá 170 quartos e vai oferecer 130 lugares de estacionamento.

O espaço incluirá ainda três salas de conferências, restaurante e bar, piscinas interior e exterior, integradas num 'health club' e spa.

"O edifício caracteriza-se por uma elevada qualidade acústica, dada a proximidade ao aeroporto, e possuirá certificação energética de classe A", refere ainda a nota da Britalar.»

Produtora UAU comprou Teatro Tivoli


Por Marisa Soares in Público

Empresa quer reforçar aposta no teatro nacional. Para já, está à procura de patrocinadores para a renovação do edifício

A promotora de espectáculos UAU comprou o Teatro Tivoli, em Lisboa, onde pretende instalar o "principal ponto de apoio" para as suas produções de teatro. Segundo o director-geral da UAU, Paulo Dias, o edifício situado na Avenida da Liberdade vai também manter a vertente de sala de acolhimento para espectáculos de outras produtoras.
Sem revelar o montante envolvido no negócio, que foi fechado em Dezembro, Paulo Dias refere que o objectivo desta aquisição é reforçar a produção de teatro nacional. "Queremos continuar a crescer nesta área", afirma o director-geral da UAU.
O Teatro Tivoli estava desde 2004 na posse da Lx Skene, empresa constituída pelo humorista Herman José, pelo argumentista Nuno Artur Silva (das Produções Fictícias) e pelos empresários José Cruz e José Silva Pedro. "A venda foi um processo muito pacífico, que já estava a ser preparado há algum tempo", diz Nuno Artur Silva. Para este administrador da ex-proprietária, a UAU é a empresa portuguesa que reúne as "melhores condições para fazer do Tivoli o que ele tem de ser".
Para a UAU, a aquisição do teatro representa um "investimento a longo prazo", afirma o director-geral, que se mostra optimista apesar da crise e do aumento do IVA para as actividades culturais. "Agora vamos ter de encontrar parceiros nas áreas do mecenato e do marketing para conseguirmos a renovação de que o teatro precisa", adianta.
Com este negócio, a produtora ganha uma sala própria para a exibição dos seus espectáculos, o que não acontecia até então. Actualmente, a empresa é também responsável pela gestão de espectáculos no Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa. Só em 2011, produziu 55 espectáculos, exibidos em 328 sessões, alguns com digressões em mais de 35 cidades. Ao nível internacional, a UAU trouxe a Lisboa dez produções, que se reflectiram em 172 sessões, segundo um comunicado divulgado ontem. No total, a produção cultural da UAU chegou a cerca de 350 mil espectadores, só em 2011.
Projectado pelo arquitecto Raul Lino e inaugurado em 1924, o Teatro Tivoli está classificado como Imóvel de Interesse Público. Ao longo dos anos teve diversos proprietários, portugueses e espanhóis, e chegou a estar encerrado ao público durante alguns anos. Reabriu em 1999, após obras de remodelação e foi adquirido em 2004 pela Lx Skene. "Foi por acaso e por mera oportunidade que ficámos donos daquele espaço" em 2004, conta Nuno Artur Silva, lembrando que os sócios da Lx Skene são da área da produção televisiva. Agora, afirma, "o teatro passou para as mãos de quem tem realmente vocação para a produção de espectáculos".

02/01/2012

Aldeias históricas revivem flagelo das antenas em telhados por causa da TDT



Por Ricardo Paz Barroso, publicado em 2 Jan 2012 in I online

Nas 27 Aldeias de Xisto, as três mil habitações vão ter de instalar disco de satélite para a TDT
O coordenador da Agência para o De-senvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, (Adxtur) Rui Simão, vê com preocupação a chegada da televisão digital terrestre (TDT), pois “quase todas as aldeias, das 27 que existem na rede, não têm cobertura da TDT a não ser através do satélite”. Isto quer dizer que, depois de gastarem cerca de 30 milhões numa década a recuperar as habitações daquelas aldeias, também com a preocupação de enterrar os cabos e eliminar as antenas, aquelas povoações, que são um chamariz para milhares de turistas, “regressam de certa forma à estaca zero”.

Aquele coordenador diz que esta situação “é, além de contraditória, um contraciclo, pois há muita tecnologia que permitiria evitar a situação. Em causa estão cerca de três mil habitações, integradas na rede das Aldeias do Xisto, que poderão ser obrigadas a colocar um disco de satélite nos telhados para poder continuar a ver televisão em casa.

Rui Simão não aponta concretamente o dedo à Portugal Telecom, a empresa incumbida de instalar a rede de TDT em Portugal. O final deste processo está marcado para Abril, altura em que o sistema analógico – o actual sistema de emissão televisiva das estações em sinal aberto (RTP 1 e 2, SIC e TVI) – vai ser “apagado”. Ou seja, “além da PT também as autarquias e o governo central devem encontrar plataformas de entendimento para resolver este tipo de situações”, explicou Rui Simão.

E há autarquias que o têm tentado, nomeadamente a câmara de Oliveira do Hospital, cujo vice-presidente, José Francisco Rolo, integrou a semana passada uma comitiva que foi até ao parlamento para ser recebido pelos grupos parlamentares do PS, BE e PCP. Rolo deu o exemplo da freguesia Aldeia das Dez, a última a entrar na rede das Aldeias do Xisto, onde a autarquia está a investir 300 mil euros na sua recuperação. E a Aldeia das Dez fica perto da Aldeia do Piódão, uma das mais icónicas daquela rede, com os seus telhados de lousa “que agora vão ficar com aqueles pratos brancos à vista”.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) também veio pedir a suspensão do processo de introdução da TDT em Portugal, precisamente pela questão das zonas sem cobertura terrestre da TDT serem predominantemente habitadas por pessoas idosas e de baixos recursos materiais. Cada habitação exige o gasto de 120 euros para poder aceder à TDT, além da taxa de audiovisual, que custa de 2,25 euros mensais. E a ANMP pediu também ao Ministério Público para que investigue a atribuição deste processo à PT, alegando que “não se propiciou a concorrência, de forma a defender-se convenientemente o interesse público” e devia ter sido antes lançado um concurso internacional, lê-se no comunicado.

Ainda a Serra da Estrela se poderá queixar dos efeitos visuais que a TDT via satélite poderá ter na paisagem daquele parque natural. O presidente da câmara de Manteigas defendeu a instalação de um retransmissor de sinal de Televisão Digital Terrestre (TDT) no seu concelho, totalmente integrado no Parque Natural da Serra da Estrela, para evitar a proliferação de antenas parabólicas.

Segundo o autarca Esmeraldo Carvalhinho, a partir de 26 de Abril os habitantes do seu município só terão acesso aos canais de televisão através da TDT via satélite, uma vez que o sinal terrestre não abrange aquele território localizado em pleno coração da Serra da Estrela. O autarca discorda desta situação já que a aquisição de antenas parabólicas terá custos financeiros acrescidos para os residentes e a sua instalação originará efeitos visuais negativos na paisagem do Parque Natural da Serra da Estrela.

A solução passa pela instalação de um retransmissor de sinal terrestre que permitirá difundir o sinal TDT pelas habitações sem “adulterar a paisagem urbana”, considerou. Já houve uma reunião com a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e a PT, sugerindo-se esta alternativa, que custa cerca de 50 mil euros, mas nenhuma se mostrou disponível para assumir o encargo. Com Lusa

01/01/2012

Vamos continuar a assobiar para o ar...?



Praça Duque de Saldanha, 28-30 e Avenida da República, 1‏ (fotos roubadas no Lisboa S.O.S.)

Um dos edifícios (restantes) mais emblemáticos desta artéria, sem protecção legal ou outra qualquer.

Pode ler mais aqui sobre a (des)classificação deste imóvel. Deprimente....

In Memoriam ... Alfaiataria Piccadilly ... por António Sérgio Rosa de Carvalho.


No primeiro dia do ano ... vale a pena relembrar que foi em 2011 que desapareceu este verdadeiro Monumento do Chiado e de Lisboa ...
Sem ... um ai ... nem ... um ui ... da C.M.L.
Embora a mesma C.M.L. tivesse publicado um pequeno livro ( 2001 ) precisamente dedicado ao reconhecimento do Valor Único da Piccadilly, e implicitamente e consequentemente, à necessidade imperativa de o acarinhar e de o defender ... com Prefácio por João Soares ...

Escrevia eu, neste blog em 20/10/2010 num "post"com o título: VAI A PICCADILLY DESAPARECER ...?!? 'Reportagem' angustiada ..."A Alfaiataria Piccadilly conta com 60 anos de existência ... Depois do desaparecimento sistemático das alfaiatarias da Baixa, esta tem sido um 'monumento' de resistência ... mas ela sempre foi diferente . O saudoso Sr. Mendonça conseguiu criar uma verdadeira e autêntica alfaiataria londrina de "Savile Row"em pleno Chiado. Ela seguia as tradições do melhor 'bespoke' (alfaiataria por medida)londrino, com uma notável equipe de alfaiates e costureiras. Além disso tudo no estabelecimento vinha directamente de Londres ... o Sr. Mendonça encarregava-se disso, através das suas viagens regulares à capital Inglesa.
A filha e herdeira, tem tentado nestes últimos dez anos manter esta notável instituição e herança ... mas com dificuldade crescente ... afinal não é só com os clientes do Clube 'Turf' ou do Clube 'Tauromáquico que se "vai lá" em termos comerciais ... e os "gentlemen" são uma espécie ameaçada, senão em extinção ... além disso os que restam têm pouco poder de compra ...
O Chiado mudou nitidamente ... A Rua Nova do Almada tornou-se zona de "Pepe Jeans"e similares ... no Chiado, a 'Cartier' decidiu que não valia a pena e o 'Hermés' continua lá por teimosia, e talvez pelas ligação de um dos irmãos à Casa Cadaval e os afectos em relação a Portugal que isso implica ...Os interiores da 'David & David' foram salvos "in extremis" pela Câmara, caso que meteu tribunal, e só o aparecimento da 'Sisley' e a nova sensibilidade "Vintage", estabilizou, por agora, a situação.
A 'Picadilly' está numa situação de "saldos" finais, deprimentes, para quem conheceu esta loja e as sua glórias ... o prédio vai para obras, e já sei que vão fazer uma nova entrada que vai atravessar este estabelecimento ... o que vai acontecer a este magnifico interior?
È, nesta sucessão de casos, que nos surpreende o silêncio sistemático da C.M.L.... e do seu responsável máximo na área do Urbanismo Comercial, Arq. Manuel Salgado ..."

O Público relatava assim em 24/05/2011 o dramático, mas infelizmente ... já não surpreendente, desfecho ...

A antiga alfaiataria Piccadilly, no Chiado, em Lisboa, fechou as portas há cerca de um mês, e vai ser substituída por uma loja de uma cadeia de sanduíches.
Constrangimentos financeiros levaram os proprietários a aceitar a indemnização proposta pelo senhorio, um fundo imobiliário do banco Millenium, para se irem embora
"O senhorio foi-nos pressionando para sairmos, alegando que precisava do espaço para colocar um elevador para o condomínio de habitação que está a ser instalado nos andares de cima. E também para abrir um hall de entrada para o prédio", conta uma das proprietárias da Piccadilly, Teresa Mendonça. "Infelizmente, afinal o que vai para lá é uma Companhia das Sandes". Uma publicação da Câmara de Lisboa dedicada aos estabelecimentos históricos da capital conta que a Piccadilly vestiu membros de governos de vários cantos do mundo: "Aprumou políticos, diplomatas e artistas e teve acesso a alguns segredos de Estado".
Muito do mobiliário de madeira da loja foi levado para o atelier da Rua Anchieta, tal como a grande placa preta com letras douradas com o seu nome.













O pequeno livro publicado pela C.M.L. em Abril de 2001 com um Prefácio de João Soares