14/04/2015

Rua da Betesga: Que cores são estas? DGPC? CML?


Um pouco por toda a parte se vê prédios pintados de fresco com cores mais próprias da Disneylândia, ou outros territórios mais da fantasia pueril, do que bairros histópricos. É isto mais uma prova da falência & impotência do Plano de Pormenor de Salvaguaarda da Baixa Pombalina?!

Obras ilegais na Rua Viriato, nº 6?! (*)


Chegado por e-mail:

«Boa tarde.
Recordando um tópico que passou pelo Cidadania Lx no ano passado: http://cidadanialx.blogspot.pt/2014/05/como-e-possivel-falar-se-em-demolir-isto.html
gostaria de informá-los que a tela que se apresentava na fachada do edifício a indicar que o mesmo estava à venda, já foi retirada há uns meses atrás.
Segundo me indicaram hoje, estarão a ser feitas obras dentro do edifício em causa (perceptíveis pela presença de camiões carregados de entulho à porta do edifício).
Quem me reportou esta situação, indicou-me também que não está visível no edifício qualquer alvará de licenciamento.
Infelizmente não tive oportunidade de confirmar se estão realmente a ser feitas obras no edifício (e de que tipo). Caso consiga obter dados mais concretos, irei informá-los.
Cumprimentos,
Miguel Batista»

Foto: Nuno Castelo-Branco.
(*) Título nosso.

13/04/2015

Cobertura na Rua de São Pedro de Alcântara 83


Sim, foi aprovada e licenciada esta alteração de cobertura do imóvel classificado (Bairro Alto - Monumento de Interesse Público-MIP) sito na Rua de São Pedro de Alcântara 83. E sim, foi provavelmente aprovada esta alteração significativa da geometria do telhado porque se trata de um projecto de hotelaria - e isto, na Lisboa de hoje, facilita muitíssimo a abertura dos "portões da lei" tanto na CML como na tutela do Património (DGPC). Se fosse uma habitação particular seria talvez mais difícil (...a não ser que se apresente projecto assinado por um dos arquitectos da moda?). O PDM até pode afirmar que nesta zona classificada não é permitida a alteração da geometria das coberturas nem a construção de terraços, mas, aqui já está feito, e aprovado ,e licenciado, e a ser plenamente usado pelos turistas. Viva a República das Bananas chamada Lisboa?

Estacionamento na Calçada do Galvão


Chegado por e-mail:

«O estacionamento nos passeios da Calçada do Galvão é recorrente.
Quem, como nós, vem com um carrinho de bebé tem de contornar diversas vezes o passeio. Não só estacionam no passeio, como não deixam espaço entre o carro e a parede para a passagem de cadeiras de bebé ou de cadeirantes.
Foto em anexo tirada ontem (domingo).
Cordialmente,
Marco Vicente

10/04/2015

EXPOSIÇÃO: A Terceira Imagem - A Fotografia Estereoscópica em Portugal e o Desejo do 3 D



Lisbon Week 2015 faz de Alvalade o centro da cidade durante uma semana


In O Corvo (10.4.2015)
Por Samuel Alemão

«Onze visitas culturais e uma dúzia de exposições, sempre à volta de Alvalade. A terceira edição da Lisbon Week, que decorre desta sexta-feira (10 de Abril) até domingo da próxima semana (19), será dedicado ao bairro que inaugurou a existência de uma Lisboa moderna e à freguesia onde se insere. Os organizadores – a Associação Cultural Turística Urbana (ACTU), em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) – prometem “desvendar segredos de espaços marcantes como a Biblioteca Nacional de Portugal, o Jardim do Campo Grande, a Reitoria da Universidade de Lisboa, a Torre do Tombo, o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, o Museu Bordalo Pinheiro, o Hospital Júlio de Matos, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil ou o Complexo dos Coruchéus”. E, com isso, animar também o comércio local.

Todos os dias, haverá visitas a estes lugares, em relação aos quais se promete dar a “conhecer as perspectivas históricas, arquitectónicas e artísticas”. As entradas nas exposições serão gratuitas, mas as visitas culturais, passeios de autocarro e uma peça teatral a ter lugar no Hospital Júlio de Matos serão pagas. Das primeiras, as mais relevantes são: “Porfírio Pardal Monteiro – Arquitecto de Lisboa”, com curadoria de Ana Tostões e João Pardal Monteiro, em exibição na Biblioteca Nacional de Portugal; “Encontrar Maria Keil”, uma produção da ACTU que expõe, na Estação de Metro de Alvalade, alguns dos mais notáveis trabalhos de azulejaria da pintora; “Urban Sketchers”, que na exporá na Reitoria da Universidade de Lisboa a visão de diversos desenhadores sobre o quotidiano do bairro; e “Vanguarda”, exposição de fotografia, para ver no Centro Comercial de Alvalade. [...] Programa completo e informações: https://lojaluz.com/faq/lisbon-week»

...

Excelente iniciativa mas, por favor, não se esqueçam disto, que também é de Pardal Monteiro: ALERTA sobre edifícios de Pardal Monteiro, em vésperas de "Lisbon Week"!

Igreja resistiu ao terramoto mas não ao tempo e agora há um projecto para a salvar


In Público/LUSA (10.4.2015)
«O projecto “Arte por São Cristóvão” vai ser lançado este mês em Lisboa com várias acções para promover e divulgar o património da igreja de São Cristóvão, actualmente degradado, pretendendo-se angariar apoios para reabilitá-lo.

Construída no século XVII, a igreja de São Cristóvão, na Mouraria, um dos poucos edifícios a resistir ao terramoto de 1755, é uma das mais antigas de Lisboa e encontra-se num “estado de quase semiabandono, que seria importante reverter”, afirmou à agência Lusa a responsável pelo projecto, Paula Teixeira. [...] O projecto “Arte por São Cristóvão” vai ser apresentado publicamente na segunda-feira, pelas 11h00, na igreja, com a presença da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, da vereadora da Economia, Educação e Inovação, Graça Fonseca, e do director do Serviço de Inventário e Património do Patriarcado de Lisboa, padre António Pedro Boto.»

...

São boas notícias, sim senhor. Oxalá se traduzam numa recuperação total, atenta e cuidadosa. E se evitem coisas como as se passaram noutras igrejas, com chão a ser modernizado, rachas a serem preenchidas com cimento, perfis corridos a pvc, mudanças na disposição de púlpitos, etc. A presença pública da Vereadora Catarina Vaz Pinto e do Pe. Boto são um BOM presságio.

Esplanadas de Lisboa: R. de S. Tomé (Alfama)


Mais uma esplanada, com mobiliário publicitando uma marca de bebidas... Lisboa merecia esplanadas mais qualificadas e apropriadas às zonas históricas. E é lamentável que isto ainda se passe apesar de tudo o que já se afirmou e fez nos últimos anos... e logo a poucos metros do gabinete da CML.

09/04/2015

E pronto, lá se vai:


Ontem, a CML aprovou a demolição da sala de fumo, cozinha e escada de e para, no edifício da antiga hemeroteca. É arquitectura de transição? Pois é. E depois? Não é possível salvar isto? Porquê? Não sabem como? Bah.

Seca e vandalizada. Que pena!


Roubaram-lhe a bica e ficou à seca. Esta devia ir para França onde estimam as fontes ditas de Wallace

...

Fotos e título por Virgílio Marques, in Facebook

08/04/2015

E pronto, foram-se todas. Novo proprietário ordenou, fez-se a vontade.


Isto fica no logradouro-patamar do edifício onde funcionava o apoio social da SCML na Sé, junto ao Palácio do Correio-Velho, recentemente vendido pela CML (ver notícia em http://ocorvo.pt/2015/02/16/venda-de-palacio-em-leilao-pela-camara-de-lisboa-desaloja-centro-social-da-se/). E foram todas à vida, já. Triste sina, a das árvores desta cidade.

Alerta e fotos, por fc.

07/04/2015

António Costa - Agosto de 2007 a Abril de 2015


Este post pretende fazer uma análise isenta sobre o trabalho de António Costa como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. É uma opinião pessoal, de alguém que nasceu, vive e trabalha em Lisboa, não tem Partido político, e procura ajudar a melhorar a qualidade de vida na cidade. Nesse sentido, escrevo o que acho terem sido os pontos positivos, e os pontos negativos da gestão de António Costa.

Pontos Positivos :

 1. A efectivação de uma reforma administrativa na cidade, pioneira no país. Apesar disso, há que corrigir alguns detalhes importantes, desde logo é necessária uma revisão das competências dadas às Junta de Freguesia;

2. As contas da CML estão melhores do que em mandatos anteriores, quer em matéria dos resultados de exploração, quer em termos da “engenharia financeira” que se deixou de fazer;

3. Gestão global do “território APL”;

4. Gestão global do dossier “Frente Tejo”;

5. Resolução geral da revisão do PDM que devia ter sido feita em 2004;

6. Actualização e criação de vária regulamentação urbanística - Planos de Pormenor, etc.

7. Fim dos escândalos a nível urbanístico e dos processos em tribunal daí decorrentes;

8. Aposta numa rede efectiva de ciclovias.

9. Aposta em mais espaços pedonais (ex. Av. Duque d’Ávila e Lg. Bordalo Pinheiro) e lançamento do programa “Uma Praça em Cada Bairro”.

10. Aposta na criação de empresas e na fixação de negócios em Lisboa (ex. Start-up Lisboa e Moda Lisboa);

11. Arranque da reabilitação do Cine-Teatro Capitólio;

12. Reabertura dos complexos de piscinas do Areeiro e dos Olivais;

13. O novo Terreiro do Paço, pelo uso dado aos pisos térreos e aos torreões, e pela gestão dos dossiers “Arco da Rua Augusta e estátua de D. José I”.

14. A nova Ribeira das Naus, enquanto projecto integrado urbanístico-paisagista de rompimento com a situação deprimente dos últimos 40 anos.

15. O programa de recuperação e de lançamento de velhos e novos quiosques e de esplanadas, numa cidade em que faltavam ambos e muito, dando a Lisboa um maior cosmopolitanismo;

16. A "presidência aberta" no Intendente.

17. O estancar do arboricídio verificado em Monsanto, no período 2007-2010.

18. A extinção das SRU Baixa e Lx Oriental, e da SIMTEJO.

19. A aposta na criação das “Zonas 30”

20. Dinamização do turismo


Pontos Negativos :

1. A não extinção da SRU Ocidental e da EPUL

2. A não protecção efectiva do edificado dos bairros históricos em matéria de Planos de Pormenor e de salvaguarda, desde logo a Baixa, passando por Alfama, Sé e Castelo e da Lisboa pós-Ressano Garcia, tendo-se abolido a proibição de obras de alterações, onde dantes só se permitiam obras de recuperação dos imóveis. Importou-se, mal, o péssimo exemplo do Chiado, onde a reabilitação urbana não passa de construção nova. Sintomático disso mesmo, é, por um lado, a perda completa de protagonismo da antiga estrutura consultiva do PDM, e por outro a desconstrução do mito da “Baixa, património mundial”;

3. A delegação de competências em matéria de aprovação de projectos urbanísticos, evitando a sua aprovação em reunião de CML;

4. A existência de reuniões privadas da CML;

5. A completa inoperância dos Vereadores e serviços respectivos em matéria de asfaltamento das ruas, produzindo uma reacção justificada dos munícipes e de quem é obrigado a utilizar o automóvel por força da deficiente (insuficiente, incumpridora, etc.) oferta de transporte público da cidade;

6. A completa inoperância dos Vereadores e serviços respectivos face ao “problema do lixo”, sobretudo em épocas cruciais como o Natal, o Verão e as Festas da Cidade;

7. A completa inoperância dos Vereadores e serviços respectivos no que toca ao Urbanismo Comercial;

8. A completa inoperância dos Vereadores e serviços respectivos no que toca à manutenção dos jardins da cidade, transformando muitos deles em “desertos” outros em canteiros de mangueiras e “árvores-palito”, outros, ainda, em intervenções globais desastrosas (ex. Príncipe Real);

9. O incumprimento do próprio despacho do PCML em matéria de autorização de abate de árvores na cidade;

10. A indiferença perante o Cinema Odéon; 

11. A manutenção do “estado da arte” no Parque Mayer.

12. A autorização das campanhas publicitárias de gosto duvidoso (na via pública e em edifícios privados) e das ocupações do espaço público (muito dele protegido legalmente) de forma inadmissível e em desrespeito, inclusive, pela não autorização por parte da tutela estatal respectiva; 

13. Aposta na restrição ao trânsito automóvel na zona baixa de Lisboa e Avenida da Liberdade, centro da cidade, e que por isso mesmo deve ser alvo de medidas que aumentem o seu dinamismo e não o contrário.

14. Não apostar na recuperação das linhas de Eléctrico desactivadas.

15. Não conclusão da obra da EPUL no Martim Moniz;

16. A proliferação de publicidade legal e ilegal em toda a cidade, em alguns casos excessiva e demasiado duradoura.

17. O silêncio perante os inúmeros “atentados” urbanísticos e a não tomada de posição em relação à salvaguarda do património edificado, permitindo obras absurdas, especialmente no centro da cidade. 

18. As escolhas incompreensíveis ao nível do pavimento e iluminação na obra do Terreiro do Paço, sala de visitas da cidade, com mais de 200 anos de história.

19. A passividade perante o problema do estacionamento ilegal que contínua a proliferar.

20. A degradação dos passeios da cidade e os "atentados" à calçada portuguesa.



Conclusão :

Apesar dos Pontos Positivos, a minha visão de habitante e trabalhador na cidade, não me permite classificar de positiva a globalidade da acção de António Costa, dado não ter resolvido alguns problemas básicos, fundamentais para melhorar a qualidade de vida na cidade como um todo, quer dos seus habitantes, quer de quem a visita. Na minha perspectiva pessoal, não senti qualquer melhoria da qualidade de vida como habitante, e não senti que quem trabalha em Lisboa tenha também melhorado a sua experiência diária na cidade.

Chamada de atenção reunião de CML amanhã Proposta 172/95 proj. demolidor prédio Art Déco no Bº das Colónias (Proc. 1365/EDI/2013)


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


C.c. AML, Vereadora Cultura, JF Arroios, Media


Vimos pelo presente apresentar o nosso protesto pela previsível aprovação em Reunião de CML de amanhã, da proposta nº 172/2015, relativa ao licenciamento de obras de alteração e ampliação no edifício sito na Rua do Forno do Tijolo, nº 10-10ª, Freguesia de Arroios, processo nº 1365/EDI/2013, a qual, a ser aprovada, significará um grave precedente em pleno Bairro das Colónias, ao permitir a ampliação de um edifício Art Déco, incluindo a alteração dos seus vãos e a demolição dos seus interiores.

Críamos ser uma preocupação da CML a preservação e a recuperação do Bairro das Colónias, com a prossecução de uma política urbanística de sensibilização de proprietários e residentes no sentido de promoverem gradualmente a correcção de anomalias e a eliminação de elementos espúrios, com vista à efectiva protecção e futura classificação do Bairro das Colónias enquanto conjunto edificado homogéneo e ímpar de cariz Déco e modernista na cidade de Lisboa.

Não compreendemos como foi possível à CML ter aprovado em 2014 o projecto de arquitectura que subjaz ao processo de licenciamento de obras em apreço!

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, Jorge Lima, Gonçalo Cornélio da Silva, Rui Martins, José Filipe Soares, Luís Serpa, Miguel Atanázio Carvalho, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Inês Beleza Barreiros, João Oliveira Leonardo, Fernando Jorge, Pedro Gomes, Jorge Pinto, Irene Santos, Beatriz Empis, Miguel de Sepúlveda Velloso, Artur Lourenço, Pedro Janarra e Filipe Lopes

Monumento aos atletas da meia-maratona


Chegado por e-mail:

«novo monumento inspirado na tocha olímpica, que homenageia os atletas da Meia Maratona de Lisboa.
por amor de deus.
cumps.
dc»

Lisboa TURISTIFICADA: R. do Milagre de Sto António


06/04/2015

Chamada de atenção p/reunião de CML de 4ª Feira- Proj. Biblioteca Broteria/Palácio Condes de Tomar


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


C.c. AML, DGPC, Media

Chamamos a atenção de V. Exas. para o facto da Proposta nº 168/2015, relativa ao “projecto de arquitectura de ampliação e alterações a nível exterior e interior, para o edifício sito na Rua de São Pedro de Alcântara, 1 a 3 torneja Rua do Grémio Lusitano, 1 a 7, Antigo Palácio dos Condes de Tomar e antiga Hemeroteca de Lisboa, para aí instalar a Biblioteca Brotéria, no âmbito do processo n.º 1222/EDI/15”, ser altamente lesivo para o edifício em apreço, mormente para a parte daquele virada para a Rua do Grémio Lusitano, cujo interior será inteiramente demolido.

Assim,se esta proposta for aprovada, a mesma permitirá que seja destruída/alterada irreversivelmente parte significativa do património existente no antigo palácio, a saber, a sala do fumo, do século XIX, a parte mais “burguesa” do palácio, com as suas paredes revestidas a couro e brasonadas, a cozinha que lhe está anexa e a escada que liga a cozinha à sala do fumo. Neste local, contudo, também existem vestígios das construções dos séculos XVI e XVII. Tudo será demolido para se construir de raiz o depósito da biblioteca Broteria.

Cremos que é possível manter a vontade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de fazer nascer a Biblioteca Broteria neste palácio sem que isso signifique a demolição do que foi relatado (ainda que se nos afigure inviável instalar no Palácio dos Condes de Tomar os depósitos do arquivo da biblioteca Broteria, mais salas de leitura e mais apartamentos- hipótese plausível seria concertar este projecto com o do edifício imediatamente vizinho, também propriedade da SCML conjugando valências e programas), pelo que solicitamos a V. Exas. retirem a presente proposta da reunião de CML desta 4ª Feira, remetendo-a para o promotor, a fim da mesma ser reformulada para preservação integral da sala do fumo, cozinha e escada.

Aproveitamos a oportunidade para saudar V. Exa., Dr. Fernando Medina, como novo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, desejando-lhe as maiores felicidades nesse tão importante cargo.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Lopes Oliveira, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, Pedro Janarra, Miguel Jorge, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, João Oliveira Leonardo, Gonçalo Cornélio da Silva, Ricardo Mendes Ferreira, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge Lima

04/04/2015

O Expresso e o tabu do fim da calçada portuguesa em Lisboa

Subordinado ao título "Calçada portuguesa: tradição ou maldição?" o Expresso publica um artigo, que é um ataque totalmente despropositado e tendencioso à calçada portuguesa, dando no sub-titulo a quase certeza do seu fim: "Acabou o tabu sobre o mais típico pavimento português. A calçada portuguesa pode estar, em nome da acessibilidade, no princípio do fim". Nada de mais falso!

O artigo tem por inspiração a pseudo e ilegal consulta popular realizada em Campolide e é lamentável que o Expresso não tenha analisado os contornos deste pseudo referendo, nem referido a verdadeira dimensão de uma votação em que a taxa de abstenção foi de 97%. É com artigos como este, em que não é feita a mínima pesquisa, seguindo-se pelo caminho mais fácil e populista, que o Expresso tem perdido uma parte importante da sua reputação.

Para além disso, ao dar força à substituição da calçada portuguesa, como na referida pseudo consulta, o Expresso volta a cair no mesmo erro e na mesma demagogia do Presidente da Junta de Campolide, referindo apenas a sua substituição por outro tipo de piso, sem referir qual a solução.

Também a participação/entrevista a Pedro Homem de Gouveia, um dos responsáveis pelo plano de acessibilidade pedonal de Lisboa, é altamente tendenciosa, nomeadamente quando argumenta que os idosos, entre outros, preferem circular na faixa de rodagem, por causa dos buracos nos passeios, pois esquece-se de referir, que nomeadamente em Campolide, de onde é dado um desses exemplos, os peões preferem circular na faixa de rodagem, não por causa da calçada portuguesa, mas porque os carros estacionam em cima dos passeios, impedindo uma livre circulação dos peões e danificando irreparavelmente a calçada portuguesa. E isto apenas acontece por falta de fiscalização, nomeadamente por parte da CML. Mais, também não apresenta dados que justifiquem a afirmação de que "os peões que caminham na estrada representam a terceira causa de atropelamentos em Lisboa" e que isso se deve à calçada portuguesa, na medida em que afirma que não existem dados estatísticos sobre esta relação.

Para este assalariado da CML, que devia em primeiro lugar defender um dos principais símbolos de Lisboa, reconhecido internacionalmente, apenas existem defeitos na calçada portuguesa. Uma série de desculpas esfarrapadas, que apenas tentam justificar o injustificável e que mais não é do que a tentativa de, aos poucos se ir acabando com a calçada portuguesa, postura de que a actual vereação socialista da CML tem sido o principal impulsionador, em vez de se apostar seriamente na sua manutenção com qualidade.

Mas lamentável é também o fim do artigo, na parte em que supostamente são referidos os locais onde há calçada artística em Lisboa - 27, segundo Expresso. Ainda menos que os 29 a que a CML reduziu os locais onde diz que a calçada artística será preservada. Tal só se pode admitir se quem escreveu o artigo nunca tiver estado em Lisboa e como tal não conhecer a cidade.

Pior ainda que o número de locais é o facto de dois dos primeiros locais referidos, infelizmente já não terem calçada artística, pois a CML fez o favor de já a ter retirado - Praça do Comércio e Rua da Vitória (e aqui). Teria sido bom que a jornaleira do Expresso se tivesse dado ao trabalho de confirmar, local a local, se ainda lá existia calçada portuguesa e de verificar o estado em que o tal tão bom e milagroso "outro piso" se encontra.

Felizmente que ainda há quem defenda e bem a calçada portuguesa. Apesar de um artigo totalmente tendencioso pelo fim da calçada portuguesa em Lisboa, o Expresso lá deu um pequeno espaço aos defensores da calçada portuguesa que desde que bem feita e mantida é "o chão mais confortável do mundo".

Caos no Bairro Azul

Na sequência de um post que publiquei (aqui), e também na Rua Marquês da Fronteira, a poucos metros da zona a que na altura me referi, o caos continua.

Em meados de Fevereiro o meu amigo Paulo Ferrero, publicava no Facebook a foto abaixo com a seguinte legenda - "Tanta miséria junta no espaço de 20 metros, Junta 2 caldeiras sem árvores, 1 árvore tombada, o vidrão terceiro-mundista e pilaretes partidos! Até qdo?"

Foto Paulo Ferrero 19-2-2015

Se quanto ao vidrão discordo da opinião do Paulo Ferrero, apenas se podendo questionar a sua localização, a verdade é que este troço da Rua Marquês da Fronteira, que liga a Rua Fialho de Almeida à Av. Ressano Garcia, tem sido desde a sua reformulação há uns anos, constantemente massacrado, muito por fruto do piso escorregadio que incompreensivelmente foi escolhido, (tipo calçada mas para os automóveis), e que desde logo se mostrou ser inapropriado para aquela curva, com um declive relativamente acentuado e que inúmeros acidentes tem provocado ao longo dos anos.

Estes permanentes acidentes, provocados por vezes por pequeníssimas derrapagens, deitam constantemente abaixo os pilaretes que delimitam a faixa de rodagem, sendo infrutíferas as suas substituições, pois rapidamente voltam a ser derrubados.

Entretanto, iniciaram-se umas obras junto das 2 saídas do metropolitano (1 na R. Marquês da Fronteira e a outra no início da Av. Ressano Garcia), relativamente às quais não se percebe a finalidade e que se encontram paradas já há mais de meio ano, agravando ainda mais o estado em que esta zona se encontra.

Até quando se irão manter estes estaleiros, cuja propriedade e responsabilidade não está afixada?

Quanto às árvores de que o Paulo Ferrero se queixa e bem, parece-me ser a questão de mais fácil resolução. Espero que a Junta de Freguesia de Aveninas Novas, no seu plano para as árvores em caldeira, as reponha o mais rápido possível (como aliás tem vindo a fazer em vários pontos da freguesia) e intervenha sobre a que se encontra inclinada no sentido de tomar medidas que corrijam a já forte inclinação que apresenta.

Já relativamente ao piso da faixa de rodagem, não se percebe por que é que desde o início não foi adoptada, por exemplo, uma solução idêntica à escolhida para o passeio mesmo ali ao lado (e mais recentemente na entrada do El Corte Inglés), que utiliza dois tipos de pedra, diminuindo em muito o risco de derrapagem, mas que ao mesmo tempo permite manter a luminosidade que a nossa calçada portuguesa tão bem sabe transmitir à cidade e tão característica é. Mas uma coisa é certa, se nada se fizer, os acidentes irão continuar, os pilaretes continuarão a ser derrubados (nem sei se valerá a pena investir na sua substituição) e os buracos provocados pelo derrube dos mesmos continuarão a "nascer" e a aumentar. É urgente, pois uma intervenção, que substituindo o piso existente, termine de vez com este caos.


03/04/2015

Projecto para antigo terminal da antiga gare do Arco do Cego


in Site do IST: «No próximo dia 6 de abril, pelas 12h, no Salão Nobre do IST, será feita a apresentação do projeto de arquitetura desenvolvido para a antiga Gare do Arco do Cego, cedida ao IST pela Câmara Municipal de Lisboa, que será convertida num espaço de grande qualidade para a comunidade académica e científica.
http://learningcenter.ist.utl.pt/»

01/04/2015

EM DEMOLIÇÃO: RUA GOMES FREIRE 140-142


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


C.C. PCML, AML, JF Arroios

Vimos por este meio apresentar o nosso protesto pela demolição em curso no pequeno palacete/moradia de 1919, sito na Rua Gomes Freire, nº 140-142, na Freguesia de Arroios, resultante da aprovação de uma construção nova de 7 pisos e 2 caves, por despacho de V. Exa.

Trata-se, a nosso ver, de algo perfeitamente dispensável neste momento, dado que não só o edifício em causa era perfeitamente reabilitável, como o seu vasto logradouro permitiria uma solução de construção nova no mesmo salvaguardando-se a existência do palacete.

Em vésperas da 2ª edição da conferência "Lisboa Entre-Séculos, A Arquitectura Ameaçada dos Séculos XIX-XX", preferíamos focar-nos em exemplos de boas práticas na reabilitação deste património, que os há, embora raros.

Daqui apelamos a V. Exa. para que a CML pugne por tentar pôr cobro a estes projectos "cegos" e que, em vez, procure sensibilizar os promotores para soluções de projecto e de construção que evitem demolições como a presente. Tememos, muito sinceramente, que a muito breve trecho, tudo quanto exista em Lisboa relativo a moradias e a palacetes de transição tenha desaparecido, por força da saga pró-alinhamento de cérceas, salvo se forem edifícios classificados.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Atanázio Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, Beatriz Empis, Alexandre Marques da Cruz, José Filipe Soares, Nuno Caiado, Irene Santos, Miguel Jorge

Retorno sobre investimento dos parques de estacionamento da EMEL


Chegado por e-mail:

«para CML, em Bcc

Exmo. Dr. António Costa

Numa cidade repleta de indigentes e sem-abrigos como é o caso de Lisboa, é totalmente injustificável o apoio público que a edilidade através da EMEL, oferece de forma manifesta aos residentes que têm automóvel. Numa cidade com enormes carências sociais, onde o respetivo presidente é acusado até pelo próprio governo central de criar "taxas e taxinhas", numa cidade que tem muito do seu património público ao abandono, é totalmente incompreensível este apoio que a edilidade faz aos munícipes que possuem um automóvel particular.

Em Amesterdão a título de exemplo, onde o salário médio de um morador ronda três vezes o do lisboeta, além de não haver este tipo de apoio público descarado ao automóvel, os residentes pagam cerca de 500€ por ano para estacionarem os seus veículos na rua. Em Lisboa paga-se 80€ para estacionar em parques cujo custo unitário de construção pago pelos contribuintes ronda os 20 mil euros. Tudo isto na capital de um país recém resgatado pelos credores internacionais.

Esta tabela não inclui custos de financiamento nem custos operacionais, como limpeza, segurança ou manutenção dos parques de estacionamento. Fiz em tempos as contas considerando estes custos, e o retorno do investimento rondava os 500 anos.

Retorno sobre investimento dos parques de estacionamento da EMEL

Rogo-lhe que reflita nestes números

Com os melhores cumprimentos

João Pimentel Ferreira»

Miradouro Ignorado


Chegado por e-mail:

«Boa noite,
Hoje, quando estava a passar pelo largo da Academia Nacional de Belas Artes, reparei na fabulosa vista que se pode ter através de um parque de estacionamento privado. Acho incrível que se utilize um autêntico miradouro, como simples parque de estacionamento, forradinho de alcatrão e fechado ao público. Que desperdício.
P.S. As fotografias do lugar seguem em anexo.
Cumprimentos
Samuel Graça Rodrigues»

Lisboa, Capital Europeia da Demolição?





Rua Gomes Freire 142. Mais um edifício "Lisboa Entre Séculos" em demolição! Era perfeitamente reabilitável, mas está a ser destruído para se fazer MAIS 1 CONSTRUÇÃO NOVA (terá 7 pisos e 2 caves).

Este pequeno palacete, com um grande logradouro (sim, o jardim foi o primeiro componente a ser totalmente abatido) tem projecto de 1919.

Em vésperas da 2ª edição da conferência Lisboa Entre Séculos - A Arquitectura Ameaçada dos Séc. XIX-XX somos presenteados com mais esta prova de atraso civilizacional.

Na edição deste ano iremos pois focar a nossa atenção em exemplos de boas práticas na reabilitação deste tipo de património - porque não basta criticar e denunciar os abundantes maus exemplos, é preciso demonstrar que é possível reabilitar e há, felizmente, quem o faz muito bem em Portugal.

Será que vamos ficar sem moradias e palacetes na cidade historica? Por toda a cidade vemos as cerceas a subir e os logradouros impermeabilizados com caves para garagens. Desta forma apenas nos afastamos cada vez mais dos padrões de urbanismo sustentável de nível europeu.