20/01/2008

Ginginha reabre

Era a ASAE que quereria acabar com os produtos típicos portugueses, iria obrigar a comida a ser embalada em plásticos, palitos só se fossem redondos para serem homologados, bebidas somente em copos de plástico, colheres de pão nem vê-las...
A Ginginha felizmente já reabriu. A única exigência que afinal teve que satisfazer: um lavatório novo.

Haverá exageros da parte da ASAE, sem dúvida, agora sejamos razoáveis e discutamos as acções reais da ASAE, não o que imaginamos e nos fazem imaginar dela.

PSD propõe retirada de depósito de contentores de lixo do mercado do Rato

In Público (20/1/2008)

«A Câmara Municipal de Lisboa vai discutir na próxima quarta-feira uma proposta dos vereadores sociais-democratas para que seja retirado do mercado do Rato, à entrada da Rua de Alexandre Herculano, um depósito de contentores de lixo, que funciona num espaço contíguo às bancas daquele espaço comercial.
Na proposta apresentada, os vereadores do PSD afirmam que o nível de ocupação mercado do Rato "estará abaixo dos 30 por cento, deixando vaga uma vasta superfície", e que a câmara aproveitou esse espaço coberto, contíguo às bancas dos comerciantes, para aí instalar um depósito de contentores do lixo.
"As camionetas com contentores misturam-se com as de abastecimento, os odores das matérias em decomposição invadem todo o mercado e a água de limpeza dos contentores corre ao longo das caleiras que delimitam os corredores, transformando o mercado do Rato num potencial caso de saúde pública", sustentam os eleitos sociais-democratas. Segundo os vereadores, "as queixas de vendedores e utentes não tiveram, até à data, qualquer resposta e a situação arrasta-se por motivos imputáveis à Câmara Municipal de Lisboa".
Os vereadores do PSD propõem que "seja de imediato retirado o serviço de limpeza de lixos e contentores que funciona no mercado do Rato".
Até ser encontrada uma "solução satisfatória" para o destino a dar ao mercado, devem ser "garantidas as condições de higiene, segurança e fruição" daquela infraestrutura, defende o PSD. »

Câmara de Lisboa pagou 78 mil euros por festa de Natal

In Público (20/1/2008)
Ana Henriques

«Oposição desconhecia o gasto e mostra-se surpreendida. Adjudicação do evento feita sem concurso, com base em excepção legal

A Câmara de Lisboa pagou 78.650 euros por um evento de Natal que, além de ter tido escasso impacto na cidade, não foi alvo de qualquer tipo de concurso. Vários vereadores da oposição que ignoravam os custos da iniciativa que recebeu o nome de Postal de Natal Humano criticam agora a autarquia por ter assumido semelhante despesa. As dificuldades financeiras que a câmara enfrenta levaram o seu presidente a cancelar o habitual jantar de Natal com os funcionários e a abdicar das iluminações da Av. da Liberdade e do Rossio, pagas à última hora pelo banco Totta Santander.
A ideia de levar a cabo um evento com cânticos gospel, leitura de contos de Natal, figurantes e jogos de luzes na Praça do Município partiu não da autarquia, mas de uma empresa de produção de eventos culturais e recreativos criada há pouco mais de seis meses, a Sopm Outbranding. "Importámos a ideia de Curitiba, no Brasil, onde eu vivi muitos anos", explica Mónica Carrelhas, que além de trabalhar na Outbranding se dedica às consultas de astrologia, ao reiki, à numerologia e à limpeza da aura.
Esta empresa e a agência de publicidade Mstf Partners propuseram ao município - "que adorou a ideia", nas palavras de Mónica Carrelhas - promover a iniciativa na Praça do Município, defronte do edifício dos Paços do Concelho. Nesta altura o que estava em causa era uma grande produção estimada em 255 mil euros, com audiovisuais, luzes laser e fogo-de-artifício. Perante a falta de verbas para tão espectacular produção a Outbranding acabou por reduzir ao máximo os custos, ao mesmo tempo que angariou o patrocínio do Sapo Adsl, da Portugal Telecom.
Nem a agência de publicidade nem a produtora sabem dizer quanto custou afinal o evento. Mónica Carrelhas diz que terá ficado muito aquém dos 255 mil euros, mas que o apoio do Sapo Adsl terá sido pelo menos da dimensão do gasto da câmara. Foram quatro os espectáculos realizados, nos dias 13, 14, 15 e 16 de Dezembro, com cerca de uma hora cada um. Artistas como Luís Represas ou os Gatos Fedorentos actuaram gratuitamente. "Oitenta das pessoas envolvidas não cobraram nada", garante Mónica Carrelhas. Mesmo assim, cada minuto de espectáculo saiu à autarquia a perto de 328 euros, IVA incluído. "As muitas pessoas que se deslocaram à Praça do Município viveram momentos absolutamente fascinantes", garante Mónica Carrelhas.
A vereadora independente Helena Roseta, do movimento Cidadãos por Lisboa, ficou imune ao fascínio e critica não só o dinheiro gasto como o próprio conteúdo do evento, que no seu entender se transformou numa campanha publicitária. "Fiquei chocada quando vi umas criaturas vestidas de sapos aos saltos na Praça do Município e na varanda dos Paços do Concelho", afirma a autarca. "À varanda foram só uma vez. Como o Sapo Adsl tinha feito este investimento, tínhamos de lhe dar alguma notoriedade", explica a produtora.
No ofício em que apresentou a ideia à vereadora da Cultura, no final de Novembro, a assessora camarária que subscreveu a proposta fala num "espectáculo inovador", cuja apresentação constitui "uma estreia na Europa". Como a Msts Partners é "a única entidade que está habilitada a produzir e apresentar este espectáculo, por ser detentora dos meios artísticos, técnicos e humanos necessários", aplica-se a este caso a disposição legal que permite a contratação de serviços por ajuste directo a determinados fornecedores "por motivos de aptidão técnica ou artística", argumentou a assessora.
A lei estabelece ainda que, no caso das adjudicações por ajuste directo, "os serviços devem negociar as propostas apresentadas pelos concorrentes, quando as circunstâncias e o valor da aquisição o justifiquem". Para ultrapassar este entrave, a assessora recorreu a uma justificação já usada noutros casos pela autarquia: "A proposta não deve ser previamente negociada, uma vez que não se prevê a obtenção de condições mais vantajosas de preço ou outras." Dada a proximidade da data do evento - que se iria realizar dali a duas semanas -, uma eventual tentativa de negociação poderia "obstar a que o fornecimento" do serviço fosse feito "em devido tempo". Dias depois os serviços municipais da Cultura recorreram a outra excepção legal para justificar a dispensa de um contrato escrito entre a câmara e as duas empresas às quais foi adjudicado o evento.
Apesar de tudo, o director municipal de Cultura, Rui Pereira, não tem dúvidas: "Este foi um excelente negócio para a câmara, que só pagou parte do custo desta festa para os munícipes."
Helena Roseta ficou "chocada" com "criaturas vestidas de sapos aos saltos na varanda dos Paços do Concelho" »

19/01/2008

Peças raras de arte namban expostas em galeria recém-inaugurada no Chiado

In Público (19/1/2008)

«Uma sela em laca vermelha e madrepérola decorada com imagens de portugueses é uma das peças raras e exóticas de arte namban em destaque na exposição Depois dos Bárbaros II, que está patente desde terça-feira numa nova galeria de antiguidades, em Lisboa.
O espaço, com 300 metros quadrados, foi inaugurado pelos sócios Jorge Welsh e Luísa Vinhais, que detinham uma galeria mais pequena na Rua de São Bento, entretanto encerrada.
A exposição integra um conjunto de "19 peças únicas, extraordinárias pela sua raridade, exotismo e beleza, e complementa a anterior mostra, realizada em Londres e em Lisboa, em 2003", explicou Jorge Welsh à Lusa. Deste antiquário também saíram algumas peças, nomeadamente uma espingarda japonesa, para integrar a grande exposição de arte Encompassing the Globe sobre os Descobrimentos portugueses, que esteve no Verão em Washington e actualmente está patente em Bruxelas no âmbito do festival Europália.
De acordo com Jorge Welsh, as peças desta exposição - que esteve quatro anos em preparação - são provenientes de coleccionadores particulares de todo o mundo, desde a Europa, Estados Unidos e do oriente.
As obras de arte namban foram produzidas durante a presença dos ocidentais no Japão, que teve início em 1542 com a chegada dos portugueses a Tanegashima, e terminou em 1639. Lusa »

Comunidade portuária contra passagem de terrenos para a câmara a custo zero

In Público (19/1/2008)
Inês Boaventura

«A APL tem sido "um garante de que não há abusos de construção" na frente ribeirinha
de Lisboa e foi o Governo que impôs projectos polémicos, diz o presidente da comunidade

A Comunidade Portuária de Lisboa acredita que a transferência para o domínio municipal de várias áreas da frente ribeirinha do Tejo pode comprometer o futuro do Porto de Lisboa e abre caminho à especulação imobiliária, rejeitando ainda que essa transferência seja feita a custo zero.
O presidente da comunidade portuária, João Carvalho, reagia assim à aprovação pelo Governo do decreto-lei que permite a passagem para as câmaras municipais de "áreas sem utilização portuária reconhecida, actual ou futura", com o objectivo anunciado de promover a sua "integração no tecido urbano envolvente" e "tendo em vista a prossecução de objectivos de qualificação urbana".
Em declarações ao PÚBLICO, João Carvalho afirmou que essa transferência, "como é evidente, só pode ser para especulação imobiliária", até porque só assim as autarquias poderão arrecadar receitas para suportar as despesas inerentes à assunção da propriedade das novas áreas. "Se não é para construir, para que é que as câmaras as querem, é só para terem despesas?", questiona o responsável, que não acredita na garantia do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de que as áreas que forem "utilizadas como fonte de especulação" retornarão ao domínio público do Estado.
O presidente da comunidade, que reúne 11 associações do sector portuário, diz que não é "fundamentalista" em relação à possibilidade de alguns terrenos sob jurisdição da Administração do Porto de Lisboa (APL) passarem para o domínio da autarquia, mas contesta que tal seja feito sem encargos financeiros. "Se o dinheiro vai para a administração portuária ou para o Governo não sei, mas não estamos de acordo que as transacções sejam a custo zero, mesmo nos terrenos que não tenham benfeitorias", defende o responsável.
João Carvalho, que ainda não teve acesso ao decreto-lei aprovado anteontem em Conselho de Ministros, está também preocupado com a possibilidade de a definição que foi feita daquilo que é actividade portuária não ter em conta a necessidade de salvaguardar as "acessibilidades" às áreas em que se desenvolve essa actividade. O responsável questiona ainda se a identificação dos terrenos que vão continuar sob jurisdição da APL contempla "zonas de reserva", para responder a uma possível necessidade de crescimento da actividade portuária.
O presidente da Comunidade Portuária de Lisboa defende que a APL, como as restantes administrações portuárias do país, tem sido "um garante de que não há usos e abusos de construção" na frente ribeirinha, preservando-a da especulação imobiliária. Segundo João Carvalho, os muito contestados projectos do hotel na Doca do Bom Sucesso e das sedes da Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu de Droga e Toxicodependência no Cais do Sodré "foram imposições do Governo".
O PÚBLICO contactou a Câmara de Lisboa e a APL, que não se mostraram disponíveis para prestar esclarecimentos sobre esta matéria.
A Administração do Porto de Lisboa tem sob sua jurisdição 19 quilómetros de frente ribeirinha no concelho de Lisboa, dos quais apenas oito estão actualmente consagrados à actividade portuária. Segundo o presidente da Comunidade Portuária de Lisboa, João Carvalho, essa actividade desenvolve-se em Alcântara, Santa Apolónia, no estaleiro naval da Rocha Conde d"Óbidos, nos docas de recreio do Bom Sucesso, Belém, Santo Amaro e Alcântara e nos terminais dos passageiros dos cruzeiros e da Transtejo.»

18/01/2008

Carmona e restantes arguidos concertados para beneficiar a Bragaparques

Câmara de Lisboa: acusação arrasa arguidos no caso dos terrenos do Parque Mayer
IN: Público 18/01/2008
José António Cerejo

A única coisa que a acusação do Ministério Público não afirma é que Carmona Rodrigues e os restantes arguidos obtiveram algum benefício pessoal com a permuta e venda dos terrenos do Parque Mayer e da antiga Feira Popular a uma empresa do grupo Bragaparques. Fora isso, é toda a sua intervenção neste processo, ao longo de três anos, que é apresentada como obedecendo a um único objectivo, concertado entre eles: beneficiar a empresa Parque Mayer, SA, detida pela Bragaparques.
Desde a aprovação de um pedido de informação prévia que atribuiu à empresa, em 2002, o direito de construir 46.500 m2 no Parque Mayer, todo o intrincado processo que culminou, em 2005, na aquisição de uma parte dos terrenos da antiga feira terá sido conduzido em prejuízo do município e em violação da lei.
Em resultado desta actuação, o procurador responsável pelo inquérito decidiu acusar o antigo presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues, os vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão e o director municipal dos Serviços Centrais, Remédio Pires, da co-autoria de um crime de prevaricação, o qual engloba, pela sua natureza, o crime de participação económica em negócio. Acusados da co-autoria de um crime de abuso de poder foram os arquitectos José Guilherme Azevedo e Rui Macedo, respectivamente director e técnico do Departamento de Planeamento Estratégico.
No centro do processo está a forma como os 43 mil m2 da feira, em Entrecampos, foram parar à mãos da Bragaparques e como é que a câmara ali aprovou um loteamento, em violação do Plano Director Municipal (PDM) e de outras disposições legais, sem pagar taxas urbanísticas ou as compensações correspondentes.
De acordo com a matéria apurada, tudo terá começado com a aprovação ilegal do pedido de informação prévia para o Parque Mayer, então propriedade da Bragaparques, que valorizou indevidamente aqueles terrenos. Apesar de desrespeitar o PDM e ter caducado um ano depois, aquela decisão, proposta por Eduarda Napoleão e tomada apenas com os votos do PSD e do PP, está no cerne da estratégia que levou a que os terrenos comprados por 11 milhões de euros em 1999 valessem à Bragaparques 54,6 milhões em 2005.
Pelo meio há um tortuoso caminho que, apesar da permanente oposição e denúncia do PCP, do BE e por vezes do PS, conduziu à permuta do Parque Mayer por uma parte dos terrenos camarários de Entrecampos e à venda em hasta pública da parte remanescente. Foi fundamentalmente este último negócio que esteve na mira da investigação judicial, já que a sua viabilização, em termos leoninos para a Bragaparques, assentou igualmente numa série de violações do PDM e da legislação sobre loteamentos urbanos e no incumprimento de decisões da câmara e da assembleia municipal.
Graças a um acordo estabelecido entre os principais arguidos e a Bragaparques, a câmara não só permitiu que a empresa beneficiasse de um inexistente direito de preferência na compra da parcela que não tinha sido permutada, como tudo fez para que ela poupasse os 9,1 milhões de euros de taxas que os regulamentos determinavam. Para atingir este fim, os arguidos, incluindo os dois arquitectos, permitiram que a totalidade dos terrenos de Entrecampos fosse objecto de um loteamento municipal, não tendo portanto taxas a pagar - quando já se tratava de terrenos privados e as decisões camarárias obrigavam a que eles assim fossem considerados. Já a atribuição do direito de preferência na hasta pública, contrariando as deliberações da câmara e da assembleia, fez com que a Bragaparques ficasse com os terrenos por 61,9 milhões de euros, que foi o valor da proposta mais elevada, apresentada por um outro concorrente.
Caso não lhe tivesse sido atribuído tal direito, teria de fazer uma nova licitação, sendo que o regulamento obrigava a que ela não fosse inferior a 1,1 milhões de euros. Feitas as contas, a actuação "consciente" e "deliberada" dos arguidos lesou directamente a câmara em 10,2 milhões de euros, conclui o Ministério Público.

Nova ponte: protesto e duas dúvidas ingénuas

Faço minhas as palavras do Paulo Ferrero n'O Carmo e a Trindade a propósito da notícia no post imediatamente anterior, a dos 69 mil automóveis diários a entrar em Lisboa.

Fico também indignado com a atitude de António Costa, que dá o dado por adquirido sem a mínima oposição (adenda: ler comentários) e que exige mais vias para Lisboa. Argumenta ele que não deve ser egoísta face aos anseios da população do Barreiro. Então e se amanhã Cacilhas, Trafaria, Monte da Caparica, Seixal e Montijo também quiserem uma ponte, seria ser egoísta dizer que não concordamos com 5 novas pontes? Não estou a querer ser maniqueísta, mas a querer esclarecer uma dúvida legítima. Quanto a novas vias para "mitigar" os efeitos nefastos da nova ponte, julgo que os efeitos desastrosos da construção de inúmeras novas vias nos últimos 15, 20 anos na cidade é prova suficiente que deveremos ter muito cuidado com isto.

Para o fim duas questões ingénuas, que aparentemente só eu as tenho:
- Estando a Ponte Vasco da Gama bem longe da sua capacidade máxima e estando prevista a nova travessia ferroviária (que obviamente anuviará as necessidades rodoviárias), será mesmo necessária uma nova travessia rodoviária?
- Se o Aeroporto e as novas deslocações serão para leste de Alcochete, para que servirá construir uma ponte a oeste de uma outra ponte, também ela a oeste de Alcochete? (Não estou a querer defender uma ponte a montante da Vasco da Gama!)

Os primos, o Governo e as câmaras...

A propósito de uma transcrição feita aí em baixo, escrevi hoje um artigo sobre o relacionamento díspar do Governo com a CML e com outras câmaras. Acho que terá interesse em ler: "(…) congratulo-me porque no caso de Lisboa as coisas andam depressa e bem.É o que vale ter primos no Governo. É a tradução política de um aforisma popular que me apetece adaptar: «Quanto mais primo, mais me arrimo»..."
Leia mais em 'O Carmo e a Trindade'

Nova ponte vai trazer 69 mil veículos por dia para a capital

In Jornal de Notícias (18/1/2008)
Bruno Simões Castanheira

«Costa quer Governo a pagar remodelação na rede viária

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), vai debater com o Governo as intervenções que a localização do novo aeroporto e da nova ponte implicam na capital, sobretudo na rede rodoviária.

"Há um conjunto de intervenções que têm de ser feitas para suportar estas novas infra-estruturas", explicou António Costa no final de uma reunião do Executivo municipal convocada para discutir a localização do novo aeroporto de Lisboa e a nova travessia do Tejo, realizada anteontem à noite.

Na mesma reunião, estiveram presentes o presidente do Laboratório Nacional de Engenheira Civil (LNEC) e dois engenheiros que coordenaram o estudo que sustentou a decisão do Governo de localizar o novo aeroporto na zona do campo de tiro de Alcochete.

O presidente e elementos do conselho de administração da RAVE - empresa pública que gere o projecto do comboio de alta velocidade (TGV) - também estiveram na reunião para a apresentar o projecto da ponte Chelas-Barreiro, que integrará aquele transporte.

"Os 69 mil veículos diários que se estima para a nova travessia, distribuir-se-ão depois pelo conjunto da cidade. A intervenção não se esgota na ligação da ponte à cidade", sublinhou António Costa. Para o autarca, "a única forma que existe de reestruturar a malha viária da cidade é ter um conjunto de vias circulares e evitar o congestionamento do centro".

António Costa ainda não contabilizou quanto vão custar estas intervenções mas sublinhou que "são custos que estes projectos [aeroporto e ponte] têm que incorporar".

Entretanto, o Bloco de Esquerda exigiu ontem ao Governo que resgate os contratos de concessão das travessias do Tejo à empresa Lusoponte, afirmando que o Estado português tem sido o principal perdedor.

Numa declaração política lida no plenário da Assembleia da República, a deputada bloquista Helena Pinto afirmou que o negócio de concessão da ponte Vasco da Gama à Lusoponte é "inaceitável", porque quem ficou a perder foi o Estado. "O Estado deve resgatar e não renegociar a concessão, seguindo o parecer da Procuradoria-Geral da República que põe em causa a exclusividade da Lusoponte sobre as travessias do Tejo", defendeu.»

Este é um tema que será objecto, espero, de um movimento de cidadania de dimensões assinaláveis e que, espero outra vez, impeça o pior. Que comece já hoje! Aceitam-se contributos!

S.F.F. Mandem-nos as vossas ideias!

Museu do Chiado apresenta 'Múltiplas Direcções' da colecção

In Diário de Notícias (18/1/2008)
PAULA LOBO

«Nova perspectiva sobre o acervo junta Columbano, Pomar e Julião Sarmento

A ideia é mostrar o acervo a partir de outras perspectivas que não a meramente cronológica ou referenciada a movimentos, levando o visitante a descobrir as possíveis relações estabelecidas por essas abordagens. Desde 2002 que, por falta de espaço para a colecção permanente, o Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) aposta nesta forma de apresentar as suas peças. Desta vez, juntou em "Múltiplas Direcções" 40 artistas e obras entre 1850 e a actualidade. (...)»

Anulação de permuta é solução

In Diário de Notícias (18/1/2008)
FILIPE MORAIS

«Reunião decide na quarta-feira qual a posição oficial da autarquia no processo
O executivo municipal de Lisboa poderá vir a apresentar, na próxima quarta-feira, uma proposta que determine a anulação da permuta de terrenos entre a autarquia (Entrecampos) e a empresa Bragaparques (Parque Mayer).

Em causa está a acção judicial que foi colocada por José Sá Fernandes, então apenas como cidadão, contra o processo e que deverá começar a ser julgada um dia após a reunião camarária - da qual o agora vereador eleito pelo BE já pediu escusa.

Sá Fernandes defendeu ontem, ao DN, a necessidade de se fazer uma nova avaliação aos terrenos envolvidos, para justificar a anulação do negócio: "Estou disposto a chegar a um acordo para se adiar o início do processo, para se fazer uma nova avaliação", referiu. Face às acusações da Bragaparques, Sá Fernandes diz que "está mais que provado que o negócio foi mau para Lisboa. Se isso é defender interesses privados, o que será defender os interesses públicos...".

Isto, porque a acusação do Ministério Público a Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão sublinha que a permuta de terrenos lesou a cidade, que perde cerca de 44 milhões de euros, sendo que 13 milhões de euros seriam arrecadados através de compensações urbanísticas, enquanto a câmara abriu mão de 30,958 milhões de euros em indemnizações à Fundação O Século e aos feirantes da Feira Popular.

A acusação ao ex-presidente e ex--vice-presidente da autarquia pode potenciar a anulação do negócio, já que o documento considera que o loteamento para os terrenos de Entrecampos não está conforme a legislação e sublinha que foi com base neste loteamento "que foi constituído um lote destinado à venda em hasta pública". O Ministério Público dá como certo que foi a presidência da Câmara de Lisboa, então exercida por Carmona Rodrigues, que dirigiu a negociação da permuta e que permitiu que a empresa estabelecesse um direito de preferência sobre o lote, através de carta. É ainda referido que a carta "desrespeita o teor da proposta aprovada em reunião de CML e os pressupostos que a viabilizaram".

Um dos pontos polémicos no processo, a aprovação do direito de preferência pela Assembleia Municipal, é esclarecido na acusação que destaca que este órgão não teve conhecimento deste pressuposto, pelo que nunca o aprovou.»

Terrenos dos portos passam para câmaras

In Público (18/1/2008)
Inês Boaventura

«O Governo abriu ontem caminho para a transferência de terrenos "sem utilização portuária" sob jurisdição da Administração do Porto de Lisboa (APL) para o domínio da Câmara de Lisboa, com a aprovação de um decreto que determina a reversão dessa transferência no caso de especulação imobiliária.
O decreto-lei, que se aplica a todas as administrações portuárias do país, permite a transferência para as câmaras municipais de "áreas sem utilização portuária reconhecida, actual ou futura", com o objectivo de promover a sua "integração no tecido urbano envolvente" e "tendo em vista a prossecução de objectivos de qualificação urbana".
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações explicou que a passagem dos terrenos "para as entidades que melhor estão preparadas para lhes dar o devido uso" será feita "sem encargos financeiros", dado que estes continuam a ser do domínio público. A excepção verifica-se nos casos em que no local existam "bens activos que constem do inventário da administração portuária", situações em que, segundo Mário Lino, "a entidade que os larga tem de ser ressarcida desse valor".
O governante garantiu que a transferência em causa "não facilita, nem permite, nem dá abertura a que haja qualquer especulação sobre esses terrenos", estando, aliás, previsto o retorno do domínio público municipal para o domínio público do Estado das áreas que sejam "utilizadas como fonte de especulação".
No caso de Lisboa, Mário Lino explicou que o Governo e a autarquia estão a desenvolver "há algum tempo" o trabalho de identificação dos terrenos sem utilização portuária, pelo que o processo deverá ficar concluído em breve.
Em declarações anteriores, o presidente do conselho de administração da APL, Manuel Frasquilho, revelou que tem sob a sua alçada uma área de 200 quilómetros, dos quais 14 são dedicados à actividade portuária e 116 são "espaços agrícolas e naturais".
Terrenos sem utilização pelas autoridades portuária, em todo o país, passarão para o domínio das autarquias locais »

17/01/2008

Concurso de arquitectura para a Boavista

In Público (17/1/2008)

«A Câmara de Lisboa e a EDP vão lançar um concurso de arquitectura para a zona do Aterro da Boavista entre a Praça D. Luís, junto ao mercado da Ribeira, a Rua do Instituto Industrial e a Av. 24 de Julho. É neste local que a empresa de distribuição de energia é proprietária de dois quarteirões, e é ali que quer instalar a sua sede.
Segundo o Plano Director Municipal, a zona tem de ser requalificada e revitalizada, o que passa também por uma aproximação à zona ribeirinha, da qual está separada pela linha do comboio. "O concurso visa a elaboração e desenvolvimento de um estudo preliminar de arquitectura para o futuro edifício-sede da EDP e uma operação imobiliária com programa a estabelecer entre as duas partes", explica a CML em comunicado. "Visa ainda a elaboração de uma proposta de desenho urbano para a zona do Aterro da Boavista, que poderá constituir uma proposta preliminar do plano de pormenor."
A segunda metade do Aterro da Boavista, que se estende até à Av. D. Carlos I, foi alvo de outro plano de pormenor em regime simplificado que não foi ainda aprovado, estando prevista a sua discussão pública. Resta saber se será um dos projectos cujas autorizações a CML vai tentar anular, de modo a repensar a ocupação do espaço. Este segundo plano de pormenor inclui uma torre de 90 metros de altura desenhada pelo arquitecto Norman Foster. Quanto ao concurso de arquitectura, autarquia e EDP assinam hoje um protocolo para a sua concretização.»

Eleitos regionais querem directas para Assembleia Metropolitana

In Público (17/1/2008)
Jorge Talixa

«A Assembleia Metropolitana de Lisboa (AML) aprovou, por unanimidade, um parecer que defende que a eleição dos seus membros deve competir directamente aos cidadãos dos 18 municípios da região e não às respectivas assembleias municipais, como acontece actualmente.
O documento, elaborado pela Comissão Eventual para Análise do Regime Jurídico das Áreas Metropolitanas (CEARJAM), sustenta também que as juntas metropolitanas devem ser eleitas directamente pela Assembleia Metropolitana, considerando que o modelo de indicação de presidentes de câmara para as juntas metropolitanas "permite perspectivar inoperância e vacuidade do órgão, por indisponibilidade dos autarcas".
A AML defende, assim, a existência de um órgão executivo (junta) "permanente com legitimidade democrática" e "emanado directamente da Assembleia Metropolitana", frisando que estes órgãos regionais devem, também, ser dotados de "um quadro claro de atribuições/ competências próprias de cariz metropolitano e não uma mera tentativa de eficácia de intervenção intermunicipal". Dentro desta filosofia, a AML propõe a existência de uma Assembleia Metropolitana (AM) directamente eleita pelos cidadãos "com competências reforçadas e o poder de iniciativa regulamentar", de uma junta metropolitana eleita entre os membros da AM e de um conselho metropolitano, composto pelos presidentes das câmaras e que tenha funções consultivas e de coordenação.
O documento aprovado entende que a Área Metropolitana deve configurar uma forma específica de organização territorial autárquica, o que "implica uma representatividade através de eleições directas". Defende que os órgãos devem ter competências no ordenamento do território, na elaboração de documentos de orientação estratégica, de representação nos órgãos de decisão das administrações portuárias, de incentivo à criação de clusters regionais e de participação em organismos como as autoridades metropolitanas de transportes.
No que diz respeito ao financiamento, o parecer refere que, para além das contribuições dos municípios, deverá ser o Orçamento do Estado a garantir os meios necessários ao seu funcionamento.
18
Este é o número de municípios que actualmente assento na Assembleia Metropolitana
de Lisboa»

Caso Bragaparques: CML reune para definir posição sobre negócio do Parque Mayer

In Sol Online (17/1/2008)
Por Margarida Davim

«A Câmara de Lisboa vai reunir no dia 23 para acertar a estratégia a defender no julgamento da acção popular posta por José Sá Fernandes para a anulação do negócio de permuta dos terrenos do Parque Mayer e de Entrecampos (...)»

Projecto do PS e PSD para garantir executivos maioritários nas autarquias é discutido hoje

In Sol Online (17/1/2008)

«O Parlamento discute hoje o projecto conjunto de PS e PSD de alteração à lei eleitoral autárquica, que prevê executivos maioritários e apenas uma lista para Câmara e Assembleia, e que poderá ainda incluir contributos do CDS-PP (...)»

Chamam a isto democracia, i.e, «diz que é uma espécie de democracia».

Cheiro a gás invadiu as avenidas de Lisboa

In Diário de Notícias (17/1/2008)
KÁTIA CATULO e LUÍSA BOTINAS

«Substância não é tóxica, garantem os técnicos

Um gás de origem desconhecida alastrou ontem pelas principais avenidas de Lisboa, entrou nos túneis do metro e obrigou bombeiros, protecção civil e técnicos da Lisboagás a percorrer a zona entre a Avenida das Forças Armadas até Sete Rios para identificar a origem do mau cheiro. Ao fim de quase 10 horas a retirar tampas de esgotos, escavar buracos ou levantar o alcatrão, foi encontrado junto à Faculdade de Farmácia, na Avenida Professor Gama Pinto, um frasco com uma substância suspeita (...)»

Não era tóxica mas talvez fosse pegajosa, porque assim é a corrupção.

16/01/2008

Carmona Rodrigues acusado no processo Bragaparques

In Expresso Online (16/1/2008)

«Procuradoria também quer levar a julgamento Eduarda Napoleão e Fontão de Carvalho

Ministério Público iliba ex-vereadora Gabriela Seara. Crimes detectados só permitem acusar funcionários e responsáveis políticos.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa é um dos seis acusados pelo Ministério Público no processo Bragaparques. A acusação foi concluída hoje e os ex-vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão também estão no rol de acusados. Os outros são funcionários da câmara. Os crimes em causa vão de prevaricação a abuso de poder. Ninguém ligado à empresa Bragaparques foi acusado porque não foram encontrados indícios de corrupção. Os crimes em causa abrangem apenas funionários ou titulares de cargos públicos.Os arguidos estão a ser notificados desde hoje de manhã.

Gabriela Seara, que era arguida no processo, não foi acusada por não ter sido responsável por qualquer das decisões que estiveram na origem do processo. À data em que os factos ocorreram, a ex-vereadora era apenas chefe de gabinete de Carmona Rodrigues.

Na origem do processo está a permuta entre a Câmara e a Bragaparques de terrenos da Feira Popular e do Parque Mayer.»
Queremos saber... o que vai mudar na Lei Eleitoral Autárquica?

Transparência, participação e cidadania são conceitos chave para os Cidadãos por Lisboa. Sem os quais a política apenas se faz no seu pior.

Prosseguindo com um lema que pautou a campanha eleitoral do movimento, que elegeu Helena Roseta e Manuel João Ramos como representantes da transparência, participação e cidadania na Câmara Municipal de Lisboa, os Cidadãos por Lisboa apresentam o início de um ciclo de debates “Queremos Saber…”.

“Queremos Saber…” irá juntar personalidades diversas, convidadas para debater vários temas, que influenciem a vida de Lisboa e dos seus cidadãos e, que exijam… “transparência, participação e cidadania”.

Os deputados Mota Andrade, Nuno Melo e Francisco Louçã, e o politólogo André Freire, aceitaram querer saber “o que vai mudar na Lei Eleitoral Autárquica”, com o debate a ser moderado pela vereadora Helena Roseta.

O primeiro “Queremos Saber…” acontece dia 24 de Janeiro, às 21h30, na Fábrica do Braço de Prata – Ler Devagar , em Lisboa.


um debate com

Mota Andrade

André Freire

Francisco Louçã

Nuno Melo

moderado por

Helena Roseta

____________________

Fábrica do Braço de Prata (Lisboa)
Quinta, 24 de Janeiro
21h30 Sala Nietzsche

____________________
hoje durante o dia, numa observação mais cuidada, confirmei que junto ao arco da rua nova do loureiro, EFECTIVAMENTE DESAPARECEU UM CANDEEIRO durante as obras no condomínio da rua da vinha (muro das traseiras na rua nova do loureiro). no local está a vista a caixa do candeeiro, saliente da parede rosa, a iguial distância de dois candeeiros
espera-se que o candeeiro seja reposto e os responsáveis .... responsabilizados, e que o cidadão que se dá ao trabalho de alertar a CML tenha alguma informação sobre o assunto

aproveito para

* relembrar que na mesma rua permanece apagado desde há meses o candeeiro junto à esquina com a trav do conde de soure
* relembrar que a mensagem abaixo está actualçizada
* que há mais um candeeiro apagado na parede do convento dos cardais, na rua do século

Cumprimentos
Nuno Caiado




----- Original Message -----
From: nunocaiado
To: CML Div Iluminação Pública ; CML ; JFSC@MAIL.TELEPAC.PT
Sent: Thursday, January 10, 2008 9:32 PM


Boa noite

Já após a minha mensagem de 07Jan, em que alertava para a falha de luz no candeeiro frente ao nº 32 da calçada do tijolo (sta catarina) também o candeeiro frente ao nº 28 da mesma rua se apagou (embora pontualmente acenda), deixando o troço entre a rua nova do loureiro e a trav da cruz de Soure sem qualquer iluminação

Solicita-se reparação

Cumprimentos

Nuno Caiado

Rua Nova do Loureiro





Este prédio é uma muito interessante "construção" dos anos 20 do século passado onde esteve instalada uma torrefacção de café. Foi comprado por uma imobiliária de seu nome "Lisboa-Madrid" (filial da Chamartin Imobiliária?).

Creio que apresentaram um projecto para aprovação na CML e, quando isso acontece, temo sempre o pior... Será que o Bairro Alto está todo classificado? Se assim for, parece-me que nada do que por cá existe deva ser deitado abaixo.

O prédio tem o nº 21 da Rua Nova do Loureiro - malfadada rua onde, ao mesmo tempo foram perpetrados dois crimes patrimoniais, um no Convento dos Inglesinhos, outro um pouco mais acima, depois da Calçada do Tijolo e do arco, onde a ex-vereadora Napoleão deu ordem de construção de um prédio também ao arrepeio de todas as leis.


José Fonseca e Costa

Observatório diz que radares de Lisboa são ineficazes e incluem sinalização "ilegal"

In Público (16/1/2008)

«Responsável alertou para a existência de "critérios de segurança que sistematicamente não são respeitados", como as passadeiras para peões

O presidente do Observatório da Segurança, das Estradas e das Cidades (OSEC) defendeu ontem que os 21 radares de controlo de velocidade instalados em Lisboa são ineficazes no combate à insegurança rodoviária e incluem uma sinalização "ilegal". Em quase seis meses de funcionamento do sistema foram detectadas mais de 261 mil infracções.
"Era fácil prever a falta de eficácia nesta matéria, desde logo porque a utilização dos radares é meramente pontual. Estamos a falar de 0,2 ou 0,3 por cento da rede urbana perigosa de Lisboa", afirmou Nuno Salpico, presidente do OSEC. Para o mesmo responsável, junto de cada um dos radares "apenas existem 500 metros de segurança", porque os automobilistas abrandam à aproximação daquele dispositivo e voltam a acelerar depois de o passarem.
A mesma fonte sublinhou que "a Câmara de Lisboa não tem meios para processar os milhares de multas" resultantes das infracções aos limites de velocidade e colocou em causa a legalidade de alguma sinalização do sistema: "A sinalização é ilegal sempre que não estiver de acordo com o traçado". A Avenida Marechal Gomes da Costa é um exemplo disso porque, de acordo com Nuno Salpico, "é impossível fixar o limite de velocidade em 50 quilómetros num traçado com três vias". O presidente do OSEC acrescentou que "o grande problema de segurança rodoviária em Lisboa tem a ver com o confronto entre peão e condutor", patente sobretudo na "má localização das passadeiras".
Para o vereador da Câmara de Lisboa Manuel João Ramos os radares "são medidas pontuais que, como não são acompanhadas de outras, não têm efeito nenhum". O eleito da lista Cidadãos por Lisboa considera que deviam ser usados os "radares móveis da PSP como complemento aos outro radares, numa maior coordenação entre PSP e Polícia Municipal".
Entre os dias 16 de Julho de 2007, quando entraram em funcionamento os 21 radares, e 31 de Dezembro, a Polícia Municipal de Lisboa registou 261.728 infracções. O dispositivo no túnel do Marquês, no sentido oeste-este, foi o que registou mais transgressões ao limite de velocidade, seguido do colocado na Av. da Índia (este-oeste).»

Manuel Seabra convidado para chefe de gabinete de Costa

In Público (16/1/2008)
Margarida Gomes

«O actual presidente da comissão política concelhia do PS de Matosinhos, Manuel Seabra, prepara-se para se mudar de armas e bagagens para Lisboa para assumir o lugar de chefe de gabinete de António Costa. O convite partiu do próprio presidente da Câmara de Lisboa e terá sido aceite.
O ex-vereador do Urbanismo da Câmara de Matosinhos disse não ter comentários a fazer. "Não tenho nada a dizer sobre esse assunto", declarou ao PÚBLICO. Igualmente lacónica foi a resposta da Câmara de Lisboa. "Não há declarações a fazer sobre isso", disse o assessor do presidente da câmara, Duarte Moral.

Próximo de António José Seguro - o rosto da oposição interna a José Sócrates -, desde os tempos da Juventude Socialista, Manuel Seabra foi durante sete anos o "número dois" de Narciso Miranda na Câmara de Matosinhos, com quem se viria a incompatibilizar. Quando Narciso saiu para o Governo para ocupar a Secretaria de Estado da Administração Portuária, Seabra ascendeu à presidência da câmara, um lugar que ocupou entre Outubro de 1999 e Setembro de 2000.
Porém, com o regresso do ex-governante à câmara, o clima de crispação entre os dois acentuou-se e os incidentes que ocorreram na Lota de Matosinhos, em Junho de 2004, durante uma acção de campanha para as eleições europeias, onde participava o cabeça de lista pelo PS, Sousa Franco, que acabaria por falecer, extremaram as posições. Na sequência do incidente, a direcção do partido nomeiou uma comissão de inquérito, constituída por Almeida Santos, Jorge Lacão e Vera Jardim, que decidiu afastar os dois autarcas da corrida à presidência da Câmara de Matosinhos nas autárquicas de 2005. Já em relação ao militante António Parada, próximo de Seabra, o partido do PS propõe a sua expulsão, perante a gravidade dos factos.
Actualmente, Manuel Seabra, que lidera a concelhia do PS-Matosinhos, e António Parada, que preside à Junta de Freguesia de Matosinhos, integram a comissão nacional do PS. Narciso Miranda foi o único que o partido nunca reabilitou politicamente, uma mágoa que o ex-autarca de Matosinhos não esconde. Narciso poderá avançar com uma candidatura alternativa à do PS, protagonizada por Guilherme Pinto, que recebeu já o apoio do líder da distrital do PS-Porto, Renato Sampaio, para se recandidatar. Também Manuel Seabra se vai recandidatar a um quarto mandato à frente do PS-Matosinhos. A decisão foi comunicada anteontem à noite, mas Seabra conta desde já com um opositor: Alexandre Lopes"»

Puxa, de tão longe?

Metro desce ao Terreiro e nega "meter água"

In Diário de Notícias (16/1/2008)
DANIEL LAM

«Engenheiro da empresa explicou que "apenas foi detectada uma gota"

O engenheiro responsável pelo prolongamento da linha azul do Metropolitano de Lisboa (ML) até Santa Apolónia, deslocou-se ontem à tarde propositadamente à estação Terreiro do Paço para esclarecer que "uma gota de água foi detectada no tecto" de um corredor de passagem de pessoas entre o átrio superior e o acesso para o exterior, mas "não representa qualquer perigo". (...)»

15/01/2008

O Copo - Casa Fernando Pessoa



Lisboa no seu melhor.

Uma original enfatização de poesias, Casa Fernando Pessoa.

faço minhas as palavras deste post:
O copo - blog nascer do sol

Chegado por email:

Ginjinha do Rossio

A histórica «Ginjinha» do Rossio foi encerrada no passado dia 17 de Novembro de 2007 por «falta de condições técnico-funcionais e higieno-sanitárias», por parte da ASAE. Esta casa é um símbolo de Lisboa que merece ser defendido. Para que a Ginjinha reabra com as devidas condições respeitadas, fazemos valer a nossa voz na óptica de consumidores que não querem ver desaparecer um símbolo da tradição lisboeta. O nosso objectivo é apelar ao envolvimento de cada um e à ajuda de outras associações e órgãos, como o departamento cultural da Câmara Municipal de Lisboa, para que se dê atenção ao caso. Unamos forças para reabrir uma nova Ginjinha!


Vem beber connosco uma ginjinha no próximo sábado dia 19 de Janeiro!

Às 15 horas em frente à Ginjinha (Largo de São Domingos, Rossio)


Inês Meira e Constantino Leite

Blog dos Amigos da Ginjinha

Instant weekend ... Lisbon

This winter, Lisbon is one of the best places in Europe to see contemporary art. Lisboa, a new installation by French photographer Georges Rousse, is on display at the Galeria do Palacio Galveias (Campo Pequeno 53) until 2 February; British artist Gerard Hemsworth is curating an exhibition called Foreign Policy, celebrating 60 years of the British Council in Lisbon at Galeria Luis Serpa (Rua Tenente Raul Cascais 1B) until the end of this month; the best of local art is on display in the multi-disciplinary Museo Coleccao Berardo (Praca do Imperio); and all down the main street, Avenida da Liberdade, Robert Indiana's huge iron pieces lead you into town.

(...)

HIT THE STREETS

A great walk is to follow the former Arabic trails in the city. The best route is to start in the Bairro Alto and walk to Chiado, before getting lost in the old streets of Alfama. Then head uphill to the castle, and see the city from the ramparts of the ancient stronghold.

NEIGHBOURHOOD WATCH

Bairro Alto is the place to be. Hip in the 1980s, half-forgotten in the 1990s, it is currently undergoing a resurgence. Around 5pm, you can see the old ladies hanging out clothes on their balconies, and a handful of classic grocery shops in the area feel 200 years old.

(...)

Joana Pinto Correia is the editor of Lisbon's online cultural guide 'le cool', see www.lecool.com.

artigo completo aqui: guardian - The Observer, Sunday January 13 2008

as palavras a bold são do artigo, o sublinhado é meu.

Cidadãos por Lisboa contra isenção de 6,5 milhões em taxas municipais à promotora do Rock in Rio

In Público (15/1/2008)
Luís Filipe Sebastião

«Os vereadores da lista Cidadãos por Lisboa consideram que a autarquia não está em condições de prescindir de 6,5 milhões de euros de receitas de taxas de que ficará isenta a organização do festival Rock in Rio-Lisboa, que se realiza entre 30 de Maio e 8 de Junho no Parque da Bela Vista.
A Câmara de Lisboa aprovou na semana passada uma proposta do seu presidente, António Costa, com a minuta do protocolo com a empresa Better World para duas novas edições do Rock in Rio, em 2008 e 2010. Os votos a favor do PS, PSD, Lisboa com Carmona e BE viabilizaram ainda que a assembleia municipal delibere sobre a isenção do pagamento de taxas das licenças municipais necessárias para a realização do festival.
A vereadora Helena Roseta justifica o seu voto contra - com o outro eleito dos Cidadãos de Lisboa e dois autarcas do PCP - por a proposta não apresentar "os custos reais que a CML suportou nas anteriores edições, nem o valor das isenções de taxas concedidas". A autarca contesta uma cláusula no protocolo em que as partes se comprometem a não divulgar os termos do acordo, "os quais são confidenciais, em especial o valor financeiro das contrapartidas".
"Esta cláusula parece-nos de todo inaceitável, tanto mais que estão em causa isenções de taxas a deliberar pela assembleia municipal que não podem, de modo algum, ser confidenciais", considera Helena Roseta, para quem os 400 mil euros de contrapartida por cada edição do festival "não é suficiente face aos encargos que a CML prevê ter". O festival custou à câmara 2,2 milhões de euros em 2004 e 512 mil euros em 2006. Isto sem contabilizar os gastos com policiamento - 256 mil euros (2004) e 129 mil na segunda edição. A autarquia, este ano, deve suportar 373 mil euros em material e pessoal, não estando apurado o montante da segurança.
O valor da isenção de taxas concedida à promotora ascendeu a cerca de seis milhões de euros (2004) e de 6,5 milhões (2006). Para este ano prevê-se um valor próximo da edição anterior, não existindo estimativas para 2010. Perante estas contas, Roseta entende que a precária situação financeira do município não permite "prescindir de 6,5 milhões de euros de receita, em troca de um evento cuja relevância cultural é, no mínimo, questionável".
António Costa argumenta, na proposta, que as duas edições do Rock in Rio divulgaram Lisboa "a nível nacional e internacional com mais-valias significativas" e diz que o "impacto e relevância económica" do evento, "nomeadamente no sector do turismo, são essenciais para a dinâmica da cidade". O protocolo admite que a Better World não realize o festival em 2010 caso este seja "contrária à sua estratégia de negócio".
"Se a câmara cobrasse as taxas, não havia Rock in Rio", contrapõe o vereador José Sá Fernandes, que justifica o apoio ao festival pelas contrapartidas da promotora e por ter que deixar o parque em condições. O eleito do BE não atribui importância à cláusula de confidencialidade, pois 400 mil euros serão aplicados numa ponte entre o parque e as Olaias.
Roseta estranha cláusula confidencial no protocolo. Sá Fernandes minimiza porque contrapartidas são públicas

Hotel de luxo embargado por falta de licença de construção

In Público (15/1/2008)
Ana Henriques

«Empresário afirma que os projectos da obra, em execução num palácio do século XVII, estão todos aprovados há quatro anos


Estão embargadas pela Câmara de Municipal de Lisboa há cerca de um mês as obras destinadas a reconverter um palácio do século XVII, em Belém, num hotel de cinco estrelas. O dono da obra, o empresário de hotelaria Carlos Saraiva, garante que só avançou com os trabalhos sem ter a necessária licença por estar à espera dela há quatro anos, altura em que os serviços municipais terão aprovado os projectos de arquitectura e de especialidades.
"Esperamos que a câmara tenha capacidade de assumir as suas responsabilidades e licenciar rapida-
mente" as obras já efectuadas, afirmou ontem Carlos Saraiva, assegurando que elas cumprem à risca os projectos aprovados. A única licença até agora emitida para o palacete que durante séculos serviu de residência aos governadores da Torre de Belém, no Largo da Princesa, junto à Universidade Moderna, diz respeito a trabalhos preliminares, nomeadamente escavação. Na realidade, a obra destinada a instalar ali os 63 quartos do Palace Belém Hotel, que tem data de abertura prevista para 2009, já se encontra numa fase bastante avançada, com a estrutura metálica da cobertura montada.
O empresário diz que, quando com-
prou o edifício, há oito anos, o então proprietário se preparava para demolir algumas das suas componentes do século XVII. Já durante as obras de ampliação e adaptação do palácio, os arqueólogos contratados para acompanhar os trabalhos encontraram importantes vestígios romanos no local, parte dos quais acabaram por ser integrados no projecto da uni-
dade hoteleira. "Tem sido uma obra caríssima e difícil, do ponto de vista técnico. A câmara tinha de levar o projecto que aprovou a reunião do executivo para depois emitir a respectiva licença de construção. Nunca o fez até hoje", observa Carlos Saraiva. "Quando era presidente do município Carmona Rodrigues esteve para o fazer, mas depois decidiu que aquele não era o dia certo. Tivemos de ir continuando a dar corpo às estruturas de betão armado", justifica.
O embargo terá ocorrido depois de uma notícia do Semanário Económico no final de Novembro, dando conta da ilegalidade da obra. "Tive uma reu-
nião com o Igespar [Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico], que não consegue per-
ceber o embargo e está preocupado com a situação", relata Carlos Sarai-
va. "Há tectos do século XVII expostos à chuva e não podemos fazer nada", devido à ordem de paragem dos trabalhos.
O empresário - que se queixa de um "ambiente hostil" em Portugal - não consegue explicar por que motivo não recorreu aos tribunais, para que estes obrigassem a câmara a emitir a licença, uma vez que os projectos estavam aprovados. Das suas palavras depreende-se que a morosidade da justiça terá pesado nessa decisão, e também as promessas "diárias" dos serviços da autarquia de que o problema estava quase a resolver-se. "Pedi uma audiência ao presidente da câmara e ao vereador do Urbanismo no dia a seguir à sua tomada de posse e já lhe escrevi mais três ou quatro cartas. Mas ainda não fui recebido", prossegue Carlos Saraiva.
Com quatro hotéis em funcionamento no continente e na Madeira e planos para construir mais onze mil camas até 2010, entre hotelaria e turismo residencial, o Grupo Carlos Saraiva quer recuperar um antigo palacete no Bairro Alto, junto ao Elevador da Glória, para ali instalar uma unidade de luxo de 65 quartos.
O barulho das noites agitadas do bairro não incomodará os hóspedes, uma vez que o edifício será dotado de janelas e paredes duplas, explica o empresário. Ainda sem as necessárias autorizações para começar a ser feito, o Palace Glória Hotel tem abertura prevista para 2010. Antes disso, em 2009, o grupo deverá inaugurar o Vintage Lisboa Hotel, entre a Rua de Barata Salgueiro e a Rua do Salitre.
Entre os seus administradores figuram a antiga vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa Margarida Magalhães e o ex-chefe de gabinete de João Soares na autarquia, Tomás Vasques.
a A Câmara de Lisboa já tinha embargado as obras do futuro hotel em Dezembro de 2002. O projecto de alteração e ampliação do palácio estava em apreciação na Câmara e no Ippar, depois de uma anterior versão ter sido chumbada por este instituto, mas a autarquia já tinha autorizado a construção do estacionamento subterrâneo que agora está pronto e vai servir o hotel. O motivo do embargo então proferido pela vereadora Eduarda Napoleão foi a demolição das escadarias e colunas de pedras existentes nas traseiras do palácio, efectuada a pretexto da escavação do parque de estacionamento.
"O objectivo foi dar um sinal e im-
pedir que o edifício seja tocado antes de as obras serem licenciadas", afirmou nessa altura um porta-voz de Eduarda Napoleão. Afinal, o "sinal" não serviu de nada e os serviços que detectaram a demolição ilegal da escadaria nada mais viram nos cinco anos que passaram desde então.
O projecto de transformação da Casa dos Governadores da Torre de Belém, um imóvel em vias de classificação onde o rei D. Luís chegou a viver em 1862, começou por prever a substituição de um anexo existente do lado da Universidade Moderna por um edifício de cinco pisos, mas o Ippar opôs--se a essa solução ainda no tempo em que Margarida Magalhães, actual administradora do Grupo Carlos Saraiva, era vereadora do Urbanismo. A versão que acabou por ser aprovada prevê a manutenção de parte desse anexo do século XIX e a construção de um corpo de quatro pisos na parte restante.
Mais polémica do que a construção do hotel neste palácio foi a aprovação, em condições nunca esclarecidas, do seu parque de estacionamento, ainda no tempo de João Soares e do vereador do Trânsito Machado Rodrigues, em terrenos que Soares tinha cedido verbalmente à Universidade Moderna. J.A.C. »

Este é mais um dos empreendimentos que deviam constar de novas investigações ao Urbanismo da CML. Mais à frente, na mesma rua, mas já em Pedrouços, novo caso em quinta senhorial histórica. Abaixo, junto à linha de comboio, novo e escandaloso caso, o da antiga casa do Governador do Forte do Bom Sucesso, escorada, depois de ardida por várias vezes, como "resposta" à intimação da CML em recuperar o edifício, que era magnífico e ontem até residiu Garrett.

14/01/2008

EPUL mantém jovens na incógnita a 15 dias da data de entrega de casas

In Público (14/1/2008)
Ana Henriques

«Advogado põe hipótese de avançar para tribunal com outros compradores de apartamentos em Entrecampos. Terreno alagado cria perigo

A duas semanas do prazo em que devia iniciar a entrega de casas para jovens em Entrecampos, a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) mantém os compradores na incógnita, sem assumir os atrasos na obra nem explicar quando ficarão prontos a habitar os 300 apartamentos. Um dos clientes da empresa, um advogado de 32 anos, põe a hipótese de avançar para tribunal, sozinho ou em conjunto com outros jovens que se sintam prejudicados.
Estes não são os primeiros clientes da EPUL Jovem a reclamar - até hoje não houve uma única casa do programa entregue no prazo - e também não serão os últimos: ao lado dos primeiros 300 apartamentos, que parecem estar prontos, mas aos quais faltava há meses a ligação aos ramais de água, luz e gás, irá crescer um empreendimento igualzinho, cujas fundações deviam já estar prontas, mas cuja obra nem sequer arrancou. O atraso da primeira empreitada prende-se, aliás, com a demora no arranque da segunda, uma vez que seria durante esta última que seriam feitas as infra-estruturas comuns a todas as construções. Em vez de fundações, o que existe ao lado dos primeiros prédios é um terreno escavado, revolvido e empapado pela chuva, que nalguns pontos já alagou - com todos os riscos de afogamento infantil inerentes à situação. Apesar de a obra se encontrar vedada, não é impossível a uma criança ultrapassar as barreiras para ir brincar na lama. No local não há operários, uma vez que os trabalhos estão parados.
Os vereadores comunistas fizeram um requerimento à Câmara de Lisboa para saber quais os atrasos dos vários empreendimentos que a EPUL tem em curso, os motivos do sucedido e o valor dos adiantamentos financeiros feitos pelos compradores à empresa. Receberam uma não-resposta há um mês: a empresa informou-os de que, daqui por diante, deixará de vender os apartamentos "no papel", só procedendo à sua alienação quando a respectiva obra estiver pronta e licenciada. Uma prática que poderá vir a encarecer as casas, que são vendidas a custos controlados, mas evitará que os jovens fiquem anos à espera de ir morar para casas que já estão a pagar ao banco, através dos habituais empréstimos. O PCP acusa a EPUL de "irresponsabilidade sistemática" e mostra-se preocupado com a clarificação da sua vocação. Há um ano que a sua reestruturação está em cima da mesa, tendo sido gastos 110 mil euros num estudo encomendado a uma consultora, sem que até hoje nada tivesse acontecido. A câmara promete tomar decisões até ao fim do mês, tendo sido agendada uma reunião para esta semana.
À empresa que trata da comercialização das casas da EPUL, a sua subsidiária Imohífen, têm chegado situações dramáticas de jovens, geradas pelos atrasos na entrega das casas. Os funcionários são confrontados com a irritação de muitos deles, por não terem respostas para lhes dar. O PÚBLICO também não conseguiu ontem esclarecimentos da parte da empresa.»

Autarquia vai negociar eventuais direitos com os promotores lesados

In Diário de Notícias (13/1/2008)
PAULA SANCHEZ
GONÇALO BORGES DIAS-ARQUIVO DN

«O Município de Lisboa vai começar a notificar, nos próximos dias, os promotores cujos projectos imobiliários foram declarados nulos pelo Executivo camarário durante uma reunião--maratona de mais de dez horas. (...)»

Câmara vota alargamento de investigação ao património

In Diário de Notícias (12/1/2008)
FILIPE MORAIS
LEONARDO NEGRÃO-ARQUIVO DN

«A proposta de António Costa sobre o relatório da sindicância ao departamento de Urbanismo da autarquia da capital, que ontem foi debatida em reunião extraordinária, foi aprovada por unanimidade.

Ao fim de uma longa reunião, com cerca de dez horas, o presidente da Câmara de Lisboa sublinhou o facto do documento ter merecido a aprovação de todas as forças políticas e recorreu a um ditado popular para explicar as consequências para a câmara: "Quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos. Não nos devemos meter em atalhos e esperemos que os actos que possam vir a ser nulos ou anulados sejam rapidamente resolvidos." Costa falava sobre as possíveis indemnizações em que a autarquia incorre.

A sindicância determinou que houve projectos aprovados sem Planos de Pormenor ou sem loteamentos, pelo que podem ser nulos. "Há factos relevantes de que em alguns casos se prescindiu de planos de pormenor ou mesmo de loteamentos e isso quer dizer que podem ser nulos." No entanto, a CML vai primeiro notificar os particulares para que se pronunciem sobre os seus casos. "Só haverá indemnizações se houver dano. A lei deve ser cumprida custe o que custar e é preciso que se saiba que não estamos reféns e a câmara agirá com total liberdade na reposição da legalidade", afirmou. (...)»

12/01/2008

A proposito da sindicância e actos nulos. Uma sindicância técnica

“A declaração de nulidade de alguns loteamentos, sugerida pela Procuradora da República Elisabete Matos na sindicância aos serviços municipais de urbanismo, poderá custar ao município de Lisboa milhares de euros em indemnizações...”, não querendo emiscuir-me numa área de foro jurídico, devemos antes demais louvar o trabalho da jurista, mas haverá que distinguir duas situações. Uma do foro jurídico que tem haver com as aprovações e influências e outra do foro técnico também fundamental para a cidade.
Nos últimos anos o planeamento e ou urbanismo, tem sido consecutivamente uma adição de leis e regulamentos absurdos, (os regulamentos estáticos dos diversos planos directores é um bom exemplo) tem vindo a transformar esta prática, e para pior, numa disciplina pretensamente científica, muitas vezes interpretativa, acabando por ser gerida infelizmente por juristas e sociológos. Apesar da interdisciplinariedade, o “desenho urbano” é uma arte, e como tal deve ser orientado em exclusividade por arquitectos. Desta forma deverá ser promovido uma sindicância técnica a estes projectos e loteamentos no sentido de melhor servirem a cidade.
É sabido da necessidade da cidade se regenerar, de susbituir edifícios, reabilitar e ou preencher vazios urbanos, a cidade sustentável é densa. Infelizmente verificamos que o contrôlo que deveria existir por parte da autarquia, a nível das necessidades da cidade propriamente dita é deixado ao acaso, à casuística, a uma insuportavel arbitrariedade prejudicando a cidade e os seus habitantes e contra o seu natural desenvolvimento harmonioso.
É criminoso deixar a zona do Vale de Chelas, na freguesia de Marvila com perto de 65.000 habitantes em bairros de habitação social, totalmente desarticulados com a cidade, numa irresponsável e demagógica guetização, de insuportáveis assimetrias sociais, é fundamental promover a coesão social, uma maior humanização espacial, uma requalificação do espaço urbano, um aproveitamento das redes de infra-estruturas. É de esperar que os novos equipamentos tais como, o Hospital de Todos os Santos, a Estação Central de Lisboa (interface Metro/Refer/Alta Velocidade), tribunais e mesmo a Feira Popular possam ser catalizadores de forma sustentável para esta zona de Lisboa.

Não está em causa mais ou menos betão, a construção é bem vinda mas deve ser ponderada e cada caso é, irremediavelmente, um caso.

Existem vários maus exemplos: Tal como a problemática das torres e construção em altura, que devem enquadrar, em determinadas zonas, e estou a lembrar-me por exemplo junto a mega estrutura da ponte sobre o Tejo, e noutras ser profundamente redutoras ou casuísticas provocando graves precedentes. As perspectivas da cidade as cúpulas e as as torres sineiras devem e têm preponderância. Estou a recordar-me por exemplo, do edifício na Av. Fontes Pereira de Melo, porque, e sómente para enunciar uma das razões, a maior empena cega está voltada a norte e portanto irá provocar uma maior sombra nos arruamentos limitrofes, (de manhã o jardim em frente à maternidade Alfredo da Costa ficará à sombra, esta girando sobre a direita, deixando o arruamento perpendicular à avenida na sombra.
Todos nós verificámos que a implantação dos edifícios no Cais do Sodré foram um erro, e por diversas razões que vão desde, em termos formais até ao desenho urbano extraordináriamente redutor, deixando sem solução o remate da frente rio, ou harmoniosa aresta cidade-Tejo, provocando perspectivas sobre o rio de gosto duvidoso.
Ou ainda a complexidade permitida por um plano estupido como o Plano de Urbanização de Chelas (não aprovado) e/ou o Plano de Urbanização do Vale de Chelas (aprovado por lei) que é totalmente absurdo, sendo inclusivé impossível de ser posto em prática, (este com a gravidade de conferir direitos a privados que colidem com o interesse nacional, nem se compreende como ainda não foi suspenso).
Outro exemplo que não podemos deixar de observar, é o desenho urbano da zona do Parque das Nações, onde os índices e indicadores de vizinhança são Zero. Ou a implantação de mega estruturas como o El Corte Inglês totalmente desajustadas para a malha urbana onde se insere, a irremediavel malha urbana em volta do Centro Colombo, a incoerente estrutura viária e urbana dos bairros limítrofes de Lisboa, fruto de adicções das diversas malhas urbanas desenhadas com formalismo inexplicáveis e ao sabor de muitas vezes do promotor. Todos estes erros provocam a alienação da cidade e das suas populações, são geradores de mau estar, causadores de stress e da degradação do ambiente urbano .

Obviamente que é lamentavel a situação, mas ela é sómente consequência da arbitrariedade permitida por regulamentos e planos directores sem nexo ou dúbios, (o legislador foi conivente com esta situação e prática ao longo de várias décadas que tem destruído as nossas cidade e a paisagem portuguesa), amarradas a correntes filosóficas dógmáticas e nihilistas não acompanharam a evolução das Cidades e do Homem.

Há que retirar elações desta evolução negativa. No final do século passado os vários especialistas da área tem vindo a verificar o falhanço das práticas e teorias urbanas do passado, nomeadamente da Carta de Atenas – a demagogia modernista foi um fracasso e continua a prejudicar e produzir uma cidade obsoleta pouco amiga do cidadão e do meio ambiente.

Não se deveria resolver a situação por “actos nulos”, mas sim realizar uma “sindicância” técnica a todos os projectos e loteamentos.

A melhor cidade e aquela que funciona, é a cidade densa, aonde as infraestruturas urbanas são rentabilizadas, uma cidade sustentável.
1) onde os transportes públicos funcionam porque são rentáveis; onde não existe segregação das classes sociais. E desta forma dissuadores do uso do transporte privado. E os arruamentos e cruzamentos são a superfície com temporização dos semaforos a favorecer o peão.
2) onde os espaços verdes não servem de refugio a marginais mas são efectivamente usufruídos pela população como a continuação dos seus espaços privados. Parques e jardins em vez de instersticios de dificil ou fantasiosa manutenção. Com funções atribuidas de forma a sempre existir gente a frequentar.
3) onde o comercio se processa em livre concorrência sem competir com mega-estruturas. O comercio de rua e ao longo do passeio promove uma melhor segurança, ocupa a rua, transforma a rua e não promove a desertificação como acontece com os centros comerciais.
4) a obrigação de estacionamento temporário de um lado e de outro da via, em dias pares e impares, ou mesmos em quinzenas, obriga a quem estaciona movimentar o veículo. Permeabilidade dos cruzamentos à esquerda, de forma a aumentar o tempo de espera e por isso dissuador, os ângulos de viragem mais apertados de forma a obrigar uma menor velocidade. Placas centrais de forma a estreitar os arruamentos obrigando a reduzir velocidades. Informação ordenada e em placas de menores dimensões obrigando a redução da velocidade.
5) a autarquia tem a obrigação de regulamentar e exigir, dependendo das zonas, cotas de habitação (mas não a custos controlados) evitando a segregação, promovendo a coesão social, a cidadania e evitando os condomínios privados. O planeamento participativo ou com a interacção da população é hoje uma realidade ( já praticado em Lisboa e com enorme sucesso). Uma maior plasticidade nas tipologias quer em planta quer em alçado de forma a evitar a repetição que tem vindo a ser, por motivos óbvios nefasta na degradação do ambiente urbano, evitar a todo o custo planeamento que promove a quebra dos laços de vizinhaça e cidadania, e alienação do seu núcleo central a família.

Concluindo, é necessário uma “sindicância técnica” aos projectos pois muitos são necessários à Cidade, para crescer e para se manter viva.

11/01/2008

Actos nulos vão ficar caros a Lisboa

In Diário de Notícias (11/1/2008)
LUÍSA BOTINAS e PAULA SANCHEZ
MÁRIO CRUZ - LUSA

«A declaração de nulidade de alguns loteamentos, sugerida pela procuradora da República Elisabete Matos na sindicância aos serviços municipais de urbanismo, poderá custar ao município de Lisboa milhares de euros em indemnizações. Em causa estão três loteamentos - Centieira, Garridas e Consipor -, actos administrativos e pagamentos de taxas, aprovados nos últimos anos pela autarquia, os quais são susceptíveis de ilegalidade.

Eventuais indemnizações, cujo valor ninguém se atreve a avançar, têm de ser analisadas juridicamente, esclareceu ao DN fonte municipal. A câmara, acrescentou, não pode é ignorar a existência de actos administrativos irregulares, alguns até misturados com suspeita de crimes. (...)»

A CASA NA ÁRVORE. A memória do mundo


No ano em que se inicia a primeira fase do compromisso contra o aquecimento global, previsto pelo Tratado de Quioto, e se torna cada vez mais evidente que o desafio da Humanidade, no século XXI, é impedir a sua própria extinção, a antiquíssima Ginkgo Biloba L. (vulgarmente conhecida por Nogueira-do-Japão) surge como árvore emblemática que viu chegar a espécie humana e poderá vê-la desaparecer.
Introduzida na Europa, no princípio do século XVIII, em Portugal, existe notícia da sua comercialização no Porto, pelo menos desde 1865, este “fóssil vivo” (segundo Lineu) não só é a mais antiga árvore que se conhece, apareceu há mais de 200 milhões de anos, como pode ultrapassar os 3 milénios de vida.
Considerada sagrada pelos monges budistas que a plantaram junto dos templos, no Sul da China, Japão e Coreia do Sul, ela representa, desde a Segunda Guerra Mundial – na sequência de ter sobrevivido à Bomba Atómica de Hiroshima – a árvore de todos os combates mas não necessariamente a da nossa salvação.
Introduzir Ginkgo Bilobas nos parques e jardins (em Portugal destacam-se, entre outros, dois exemplares classificados, o da Praça Paiva Couceiro, em Lisboa, e o do Jardim das Virtudes, no Porto, ou ainda o belíssimo grupo de árvores que em Dezembro tornam obrigatório o Jardim das Amoreiras) onde antes viviam outras espécies que não aguentaram o stress da poluição, como já há alguns anos tem sido feito na Inglaterra (http://www.timesonline.co.uk) poderá evitar a curto prazo o colapso de um espaço público mas destruirá o conceito de Arboretum (colecção de árvores), no qual assentam muitos dos jardins europeus, como o do Parque da Pena, em Sintra, onde também foi plantada uma frondosa Ginkgo, mas não impedirá que uma vez abertas as portas não haja quem nelas possa entrar.
Uma das lições da Ginkgo Biloba prende-se justamente com a vida simples, despojada e sábia dos monges budistas que a protegeram. Enquanto, no século XVIII, os coleccionadores ocidentais disputavam jovens rebentos de Ginkgo (também conhecida por “a árvore que põe ovos”) desconhecendo a particularidade de esta árvore não ser hermafrodita mas dióica, os monges, conscientes do necessário equilíbrio de todas as coisas, há milénios juntavam a árvore macho à árvore fêmea, independentemente desta última produzir frutos malcheirosos, que de resto, são uma iguaria. É uma japonesa, Misa Suda quem o confirma: “No Japão compra-se esse fruto chamado “guin`nan” ou então apanha-se nas Avenidas onde as árvores foram plantadas. Parece um damasco amarelo, aliás, a tradução de Ginkgo (“Ichou”) é “damasco prateado”, mas não comemos senão o que está no interior da semente. Uma vez limpa, a semente é frita, partimos a casca e comemos o que está no seu interior, como se fosse uma noz”.
Tal como acontece na maioria dos países ocidentais, em Portugal, apesar de haver alguns casais de Ginkgo Biloba L (por exemplo, no Jardim Botânico em Lisboa e também no Porto, fazem casal o espécime feminino do Palácio de Cristal com o masculino que está perto da Biblioteca Almeida Garrett) tem-se plantado, sobretudo, machos, evitando o odor dos frutos da árvore fêmea. Uma vez mais, tem-se privilegiado a comodidade urbana em detrimento do equilíbrio natural.
Quando entre nós é prática rotineira cortar árvores porque poderão estar a destruir um muro, impedir a construção de uma auto-estrada ou a prejudicar a canalização de um prédio imagina-se o grau de perplexidade que pode gerar a notícia publicada no ano passado, na rubrica “News” do site Ginkgo Biloba Pages: os residentes de Dobong, em Seul, na Coreia do Sul, em conjunto com as autoridades camarárias decidiram gastar 4,3 milhões de dólares para demolirem dois edifícios de apartamentos cujas infra-estruturas estavam a lesar as raízes de uma Ginkgo de 840 anos, a árvore mais antiga da cidade.
Tendo em conta as suas qualidades medicinais, utilizadas na farmacopeia tradicional chinesa e na indústria farmacêutica contemporânea mundial, a Ginkgo Biloba corre o risco de ser o eucalipto do futuro. Uma árvore sagrada reduzida à condição de escravo para que a Humanidade prospere e não oxide, dadas as suas qualidades na preservação da memória e na melhoria da circulação sanguínea.
A árvore que chegou à Europa, com o nome errado, deveria dizer-se “Ginkyô”, única representante da extinta família das Ginkgoaceae, saberá por certo responder ao eterno vício humano da domesticação.
Na Província chinesa de Henan, vive uma Ginkgo com mais de 1500 anos. O tronco tem alguns pequenos buracos. São a marca de todos os dedos dos monges que nele tocaram antes de entrarem no templo de Shaolin.

Susana Neves

Artigo publicado na crónica mensal A Casa na Árvore, revista Tempo Livre, Janeiro 2008, INATEL.

Ainda os 30 Km/h, mas lá fora


lendo aqui: portagens em milão

ali: Schritttempo

e vendo acolá: "Estes holandeses devem estar loucos"


pareceu-me bem mostrar isto:

Carta aos moradores - redução de velocidade - Oxford, UK






















Carta enviada aos moradores de uma zona de Oxford, Uk, onde se pretende reduzir a velocidade de circulação das actuais 30 milhas/h (48 km/h) para 20 milhas/h (32 km/h).

As razões são simples:

1. Proteger as crianças e os ciclistas que utilizam a zona.
2. Incentivar ainda mais a utilização da bicicleta.

Reforço que 1 milha representam cerca de 1,6 km.

O diz que disse de Manuel Frasquilho, o "dono" da frente rio de Lisboa

No passado dia 9 de janeiro na Sociedade de Geografia de Lisboa, foi promovido um debate conferencia sobre "Lisboa: o turismo e o seu porto".

Afinal o dono da "quinta" dá o dito por não dito e o terminal de cruzeiros não é uma ideia (ou será a única ideia?) é para ser feito, não aquele "boneco", mas "O terminal é para ir avante!". Fala em lutas políticas a partir do "boneco", mas desde quando a beleza tem a haver com lutas políticas.

Diz que tem vergonha quano os turistas desembarcam na Rocha Conde de Óbidos e ficam uma eternidade nos serviços do SEF; pelos vistos não chegam os paíneis de Almada Negreiros (recordo-lhe que foi aí que, com pompa e circunstaância, o governo apresentou em 2005 o então novo aeroporto na Ota).

Meu caro Dr. Frasquilho, devia ter vergonha é de continuar com fantasias, mas esse problema não lhe interessa...como alguém seu amigo disse "odeio pobres!". Na assistência, um ex-súbdito da APL diz qualquer coisa como 'ninguém espera que nos locais de actividade portuária haja pessoas a passear o seu cãozinho'.

Mas nem todos são assim:

Outro alguém, mais velho e mais sábio, oficial da Armada na disponibilidade, diz que hora é de "low cost", e que também os navios de cruzeiro estavam a ir nesse sentido. Por isso não percebia como era possível que se quisesse inflaccionar em muitos milhares de contos a presença de navios de cruzeiro em Alfama, com mais uma 1h de manobras de atracagem, além de que os turistas que visitam Lisboa vão é a ocidente - Museu Arte Antiga-Coches-Belém-etc. e ... além do mais, havia o sério perigo de acidentes com cacilheiros (o que aconteceu até já, naquele que foi o único acidente do género até hoje!)

Portanto caros amigos temos que continuar esta luta!

Infelizmente Manuel Frasquilho não sabe fazer como o seu ministro, quando uma ideia é má abandona-se a ideia, não ouviu as palavras do presidente da CML e as palavras de Judice. Ele não deve gostar de Lisboa nem dos lisboetas e não percebe nada de turismo, sugeria, tal como disse o primeiro ministro, fazer uma pós-graduação, um mestrado em turismo, talvez desta forma compreenda porque tanta gente está contra essas suas persistentes ideias.

Estes gestores publicos gostam de gastar o que não é deles. Esta não a unica forma de mostrar serviço! Consumir recursos e destruir a nossa paisagem.

Sindicância ao Urbanismo da CML: Costa quer ajuda das Finanças para auditar património

In Sol Online (11/1/2008)
Por Margarida Davim

«Uma auditoria ao Departamento de Património Imobiliário – com a intervenção de uma equipa da Inspecção-Geral de Finanças – e a criação de uma Comissão para a Prevenção da Corrupção são algumas das medidas propostas por António Costa para resolver os problemas detectados na sindicância (...)»

Petição com oito mil assinaturas acusa Carris de "liquidação do serviço público"

In Público (11/1/2008)
Inês Boaventura


«Uma petição com cerca de oito mil assinaturas contra o "plano de liquidação do serviço público" que a Carris está alegadamente a levar a cabo com a reestruturação da sua rede foi ontem entregue no Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
As assinaturas foram recolhidas pelo Movimento de Utentes da Carris, que de acordo com um dos seus representantes reúne moradores dos Olivais, Alfama, Benfica e Campolide. Hoje, acrescentou Hélder Borges, o documento vai ser entregue à Carris, empresa que a comissão acusa de ter "uma preocupação economicista" e de não cumprir "o objectivo social de uma empresa que tem o monopólio do transporte de superfície".
Os subscritores do abaixo-assinado dizem que a reestruturação da rede, cuja segunda fase foi implementada há uma semana, "lesa os utentes". Em causa, acusam, estão "cortes de carreiras, redução de carreiras, redução de horários, percursos alterados para pior, fim do serviço de fim-de-semana em muitos casos". O secretário-geral da empresa refuta estas acusações, garantindo que, com a chamada Rede 7 não houve uma redução do número de autocarros nem de motoristas, mas sim uma "optimização" destes meios para tornar a rede "mais racional". "Não podemos deixar inalterada uma rede que tem de ser dinâmica", acrescenta Luís Vale, defendendo que a Carris tem de se adaptar "às novas realidades das cidades", incluindo às expansões do Metropolitano de Lisboa»

Lisboa ganha licenciamento urbanístico mais rigoroso, mas nem por isso mais rápido

In Público (11/1/2008)
Catarina Prelhaz


«Director municipal do Urbanismo admite que a autarquia excede os prazos legais na atribuição de licenças, uma situação que a nova tecnologia não resolve


Uma tecnologia "única" no mundo com ganhos de tempo limitados. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a aceitar desde Novembro desenhos técnicos em formato digital no processo de licenciamento urbanístico, uma iniciativa que diz ser "pioneira" e "vantajosa para os munícipes" em termos de "rigor de medições", mas que apenas se traduz em ganhos de "alguns dias" em situações que se arrastam durante anos.
"A duração do processo de licenciamento é variável. A aprovação da arquitectura leva mais de 200 dias e o licenciamento propriamente dito 93, isto tudo sem contar com os muitos tempos mortos. Temos consciência que ultrapassamos os tempos previstos por lei", admite o director municipal do Urbanismo, José Manuel Cordeiro.
Mas este é um problema que a nova tecnologia (Design Web Format) adoptada pela CML não irá resolver. "Com este novo sistema, os processos circulam mais rapidamente e com maior segurança, simplesmente porque já não são em folhas e mais folhas de papel. A questão é que não é no transporte que eles se atrasam, daí que o ganho seja apenas em alguns dias", justifica o responsável. Ainda assim, segundo José Manuel Cordeiro, a utilização deste novo sistema, cujos custos de instalação rondaram os 5000 euros, constitui uma antecipação à legislação que entrará em vigor em Março e que prevê que a entrega dos desenhos seja feita em formato digital, permitindo à autarquia um período de experimentação essencial para corrigir eventuais falhas.
Por outro lado, a utilização do formato digital traduz-se em "ganhos de rigor", já que os valores das medições não variam consoante a pessoa que as realize, sublinha o especialista do Departamento de Modernização Administrativa e Gestão de Informação da CML, Henrique Saias.
A ganhar com esta tecnologia fica a autarquia, que vê facilitada a conservação dos projectos. "Guardar os dados num CD é mais eficaz e fiável, já para não falar do que se poupa em papel e tinta", frisa Henrique Saias, adiantando que o novo formato deverá passar a ser obrigatório já na Primavera de 2009.»
Diz o SOL: “O vereador independente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, quer lançar o projecto de um city airport na Portela «para voos domésticos europeus e voos particulares»”



Comentário:

Um colega europeu ao aterrar em Lisboa pela primeira vez no último Outono, mostrava-se surpreendido com o edificado em redor do aeroporto, descobrindo que ele afinal estava no meio da cidade.

Nada que incomode o Sr. Vereador que decerto não se importará com os perigos potenciais da continuação do sobrevoo de aviões para a saúde e integridade física dos lisboetas

Nem terá noção das complicações económicas, logísticas e de gestão de tráfego decorrentes da coexistência de duas estruturas aeroportuárias em espaços tão próximos.

E não perceberá que a vantagem de Alcochete é precisamente poder congregar todas as valências e tipos de tráfego num único local

Caramba, ainda há almas simples e simplistas como o Sr. Vereador. O problema é governarem cidades !

Nuno Caiado

10/01/2008

O ponto 7 da cláusula 5 do Protocolo CML-Rock in Rio


Não sei se é para rir se é para chorar. De entre as várias curiosidades do protocolo, como seja, a porta deixada aberta a mais RinR no Pq. Bela Vista para além de 2010; a primeira tranche do total a pagar pelo organizador a ser paga em ... 31/12/2007 (!) - semelhanças com os contratos dos clubes com futebolistas, por ex. -; e a isenção de taxas mediante construção de pontes (pelo que se aconselha aos vendedores ambulantes a renunciarem ao pagamento de taxas à CML, desde que construam pontes para um outra margem...); é na cláusula 7 que reside o mistério. Porquê?


(obrigado, JPS)


Texto editado

Também in O Carmo e a Trindade

Aeroporto em Alcochete - implicações múltiplas

O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, a escolha da localização em Alcochete do novo aeroporto internacional de Lisboa, ficando assim afastada a opção pela Ota, tendo ainda que esta decisão preliminar ser sujeita a uma avaliação estratégica ambiental.

A decisão do Governo baseia-se no estudo encomendado ao Laboratório Nacional de Engenharia (LNEC), que aponta Alcochete como a solução mais favorável para o novo aeroporto de Lisboa. Entre outras recomendações, o LNEC defende que:

a) A opção por Alcochete dever ser acompanhada pela construção de uma ponte rodo-ferroviária Chelas-Barreiro;
b) Que se deverá "procurar que a implantação se verifique o mais a sudoeste possível para maior sustentabilidade do sistema de transportes (efeitos ambientais, económicos e de consumo de energia)" e "assegurar que a terceira travessia do Tejo Chelas-Barreiro seja rodo-ferroviária".
c) Que o Governo deve ainda "monitorizar o funcionamento dos sucessivos acessos do lado Norte à Ponte Vasco da Gama, ao longo da CRIL, até ao Eixo Norte/Sul e à A8, que poderão ter de ser alvo de intervenções de forma a evitar situações de ruptura grave".
d) Que se deve "instalar no local um sistema automático adequado para observações atmosféricas", "monitorizar localmente os movimentos de aves", elaborar planos para "proteger a qualidade das águas subterrâneas", "seleccionar uma orientação das pistas que minimize as interferências com os movimentos de aves" (reduzindo os riscos de colisão), criar áreas alternativas de alimentação de aves aquáticas".
e) Que a "salvaguarda de valores ambientais únicos, criando uma vasta área de reserva integral, com múltiplas valências, com enquadramento legal e plano de ordenamento e de gestão adequados" que deve abranger "os espaços dedicados à conservação da natureza e biodiversidade, o montado, o aquífero do Baixo Tejo/Península de Setúbal e os solos agrícolas de maior valor produtivo";
f) Que se deve "estudar a oportunidade de uma revisão administrativa ao nível de freguesia/concelho" na zona do Campo de Tiro de Alcochete.

A escolha de Alcochete face à Ota para o futuro aeroporto de Lisboa é a que "faz mais sentido" por ficar mais próximo dos portos e das plataformas logísticas, defendeu o presidente da Comunidade Portuária de Lisboa (CPL).

Para João Carvalho, que também preside à Associação dos Armadores da Marinha de Comércio (AAMC), a decisão tomada implica "um projecto mais integrador", até pela proximidade dos portos (Lisboa, Setúbal e Sines) e das plataformas logísticas.
O presidente da CPL realçou também o facto de Alcochete ser também do ponto vista técnico uma melhor escolha e mais barata.

Por seu turno, António Belmar da Costa, presidente da Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (Agepor) em declarações à Lusa, concordou que faz "todo o sentido a opção de Alcochete" em relação à Ota.
António Belmar da Costa adiantou que a "Ota era uma teimosia", e que "Alcochete é uma boa escolha", que se deve concerteza ao "custo-eficácia" e "à estratégia para o país", acrescida do facto de ter muito próximo a plataforma logística do Poceirão.

O presidente da Junta de Freguesia da Ota mostrou-se hoje satisfeito com a decisão preliminar do Governo de construir o aeroporto em Alcochete, já que sempre contestou a construção da infra-estrutura em parte da sua freguesia. "Fico satisfeito porque vai ao encontro ao que sempre defendi. Por razões ambientais e de acessibilidades, que iriam deixar a freguesia estrangulada sempre fui contra a construção do aeroporto neste local", disse o autarca, António Branco.

O presidente da Câmara de Benavente, município onde se situa mais de 80 por cento da área do Campo de Tiro de Alcochete, congratulou-se por esta ter sido considerada a "melhor opção para o país" para localização do novo aeroporto.
O autarca disse, contudo, que desta opção vão resultar "pressões" sobre o território do concelho, "que têm que ser geridas com cuidado". Segundo disse, Benavente não vai abdicar da determinação em não se transformar num dormitório de Lisboa nem perder a qualidade de vida que tem sido conquistada ao longo dos últimos anos.
"Queremos um crescimento sustentado e harmonioso, em que o parque habitacional cresça à medida que haja criação de emprego", num princípio de "complementaridade" com a Área Metropolitana de Lisboa.

António José Ganhão advertiu ainda que não abdicará do princípio definido no Plano Director Municipal (PDM) do concelho de "intocabilidade" da zona de protecção especial do estuário do Tejo, que classificou como "pulmão" da Área Metropolitana de Lisboa.
Por outro lado, o autarca quer negociar com o Governo o destino da parte dos terrenos do Campo de Tiro que não serão ocupados pela infra-estrutura aeroportuária.
"6.300 hectares dos terrenos do Campo de Tiro estão no nosso concelho", disse, declarando oposição frontal à construção de uma cidade aeroportuária.
"O novo aeroporto tem que ser construído em complementaridade com os municípios da região e permitindo o desenvolvimento de toda a região, numa visão supra-municipal e mesmo supra-regional", afirmou.

Para o autarca comunista, é preciso que o Governo diga o que pretende realmente construir na área para que a autarquia saiba "o que verter para o PDM", actualmente em revisão, advertindo que o município "não sairá do modelo territorial que tem desenvolvido".
António José Ganhão apelou aos autarcas do Oeste para, agora que foi anunciada a decisão do Governo, "virarem a página e darem as mãos".

O autarca recordou ainda que esta decisão terá implicações no Programa Regional de Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo, que terá agora de ser delineado com base "num novo cenário".

fonte. http://www.sapo.pt/

Ora venha mais uma ponte

O primeiro-ministro acaba de anunciar mais uma ponte rodoviária em Lisboa sobre o Tejo! Em 10 anos tivemos a ponte Vasco da Gama e a ponte a norte de Vila Franca de Xira, que pelos vistos não são "suficientes". Para que é que queremos mais automóveis a entrar na cidade? Porque é que demoramos tanto tempo a chegar a conclusões às quais já se chegou há décadas noutros países em termos de transportes, nomeadamente que os automóveis nas cidades não podem ser bem-vindos, muito menos convidados a entrar como agora é feito?
Há 15 anos quando foi lançada a Ponte Vasco da Gama fiquei totalmente surpreendido por esta não incluir ferrovia, mas para "compensar" rapidamente se falou em construir uma terceira só para a ferrovia.
Mas isso seria um sacrilégio, uma ponte SÓ para comboios? Tanto betão e fundos a serem desperdiçados não poderia ser. Toca a tornar a terceira travessia em ponte com ambas as valências.

Nem de propósito, uma amiga de Barcelona (reparem não é da Dinamarca ou da Alemanha) acabada de chegar ao Estoril vinda do Aeroporto comentava - como primeiras impressões da cidade - as enormes velocidades nas auto-estradas urbanas e a enorme quantidade de trânsito nos arredores.

PSD confiante em chumbo do Tribunal de Contas ao pedido de empréstimo

In Sol Online (10/1/2007)

«PSD confiante em chumbo do Tribunal de Contas ao pedido de empréstimo

O presidente da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, declarou-se convicto e disse ter dados que apontam para o chumbo pelo Tribunal de Contas do empréstimo pedido pela Câmara Municipal de Lisboa

Carlos Carreiras falava durante um jantar com a secção D do PSD de Lisboa, em que esteve presente o presidente do partido, Luís Filipe Menezes.

«Provavelmente no dia 20 não estará aprovado o empréstimo. A minha convicção e os dados que tenho é que ele não será aprovado», revelou.

«Não nos quiseram ouvir, mas não é por isso que nos iremos vingar», acrescentou.

O líder do PSD/Lisboa lembrou que a proposta de empréstimo para saneamento financeiro «foi aprovada em Assembleia Municipal no dia 4 de Dezembro» e referiu que «a 4 de Janeiro deviam estar a ser pagas as dívidas da câmara».

Caso o pedido de empréstimo seja chumbado, «nem pense o presidente da câmara em fazer uma crise intercalar», avisou Carlos Carreiras.

«Nós não queremos que ele se demita. Já percebemos que não gosta, não tem jeito para ser presidente da câmara, mas fique até ao fim que nós depois vamos reconquistá-la em 2009», disse.

Luís Filipe Menezes subscreveu que o PSD discorda de eleições intercalares em Lisboa porque é «pela estabilidade política», embora não tema «eleições nenhumas, sejam numa pequena freguesia ou numa grande cidade».

Os dois dirigentes do PSD estiveram de acordo no elogio à anterior gestão social-democrata da câmara de Lisboa.

«Tivemos uma excelente gestão na cidade de Lisboa. Não nos envergonhamos de nada do que fizemos», declarou Menezes.

«Não devemos ter vergonha do que fizemos na Câmara Municipal de Lisboa. Podíamos ter feito mais, podíamos ter feito diferente com certeza, mas não aumentámos o endividamento, reduzimo-lo, tivemos mais receitas do que despesas», dissera, antes, Carlos Carreiras.

«Não posso ter militantes nossos a dizer que o PS tem razão e que nós é que estragámos a câmara», criticou o presidente da distrital de Lisboa do PSD, a esse propósito, sem referir nomes.

Lusa / SOL»

Bolas, que não têm remédio: a gestão do PSD (*) na CML foi um DESASTRE! E se houvesse um mínimo de bom senso, teriam VERGONHA, sim.

(*) Não confundir um partido político com as pessoas que por lá presidem, ou mandam, de tempos a tempos.

Câmara de Lisboa prepara-se para declarar nulos negócios e licenciamentos postos em causa por sindicância

In Público (10/1/2008)
Ana Henriques

«Decisão, que amanhã será discutida pela câmara, pode originar inúmeros pedidos de indemnização por parte de construtores e promotores imobiliários


A Câmara de Lisboa prepara-se para declarar a nulidade de vários negócios imobiliários que celebrou no passado e de alguns licenciamentos particulares que aprovou e foram postos em causa na recente sindicância efectuada aos serviços de urbanismo da autarquia por uma magistrada do Ministério Público.
Em causa estão, entre outros casos, a venda de terrenos municipais a uma empresa imobiliária no Vale de Santo António antes de ser elaborado para o local um plano urbanístico, bem como aprovações relacionadas com o mega-empreendimento Alcântara XXI, que deveria ocupar uma vasta área, incluindo três quarteirões do arquitecto francês Jean Nouvel. Neste último caso estão em causa as alterações feitas pelo executivo ao Plano Director Muncipal, através do regime simplificado, para que o projecto pudesse ser aprovado, e que a sindicância considera susceptíveis de declaração de nulidade. Será também o caso de um loteamento de terrenos municipais nas Olaias, bem como do plano de pormenor do Parque Oriente, correspondente a um quarteirão da Av. do Infante D. Henrique onde funcionou a Fábrica Barros. Estas e outras declarações de nulidade vão ser propostas amanhã pela maioria socialista e pelo vereador eleito pelo Bloco de Esquerda Sá Fernandes numa reunião extraordinária convocada para discutir o relatório da sindicância. Ligeiramente diferente poderá ser a posição do PCP, que ontem defendeu, em comunicado, a "suspensão" de todos os processos onde a sindicante detectou ilegalidades.
De acordo com o gabinete de José Sá Fernandes, este vereador irá propor "a criação de um grupo de trabalho composto por personalidades idóneas e com provas dadas em matéria de gestão urbanística" para acompanhar todos os processos deste sector, "nomeadamente os aspectos sensíveis em matéria de risco de corrupção".
Às declarações de nulidade que venham a ser aprovadas poderá seguir-se uma chuva de pedidos de indemnização em tribunal por parte dos construtores e promotores que se sintam lesados. Os vereadores sabem-no, e vários dos que pertencem à oposição, como o social-democrata Fernando Negrão ou a independente Helena Roseta, defendem que o parecer da magistrada responsável pela sindicância não é suficiente para garantir uma vitória judicial à autarquia. Roseta quer ver também inspeccionados os serviços camarários do património, planeamento urbano, actividades económicas, obras municipais e mesmo os serviços de fiscalização e a polícia municipal. E dá o caricato exemplo, referido na sindicância, de dois octogenários assinarem parte significativa dos projectos de particulares postos à aprovação camarária - em que se suspeita de assinatura de favor a troco de dinheiro.
Para o PCP, mesmo a actual gestão camarária já tomou decisões susceptíveis de anulação, como as aprovações "do projecto da EDP para a Boavista e do "mamarracho" para o gaveto da Rua de Alexandre Herculano com a Rua do Salitre".»

Um manancial para qualquer argumentista ou guionista, como agora se diz, o relatório da sindicância. Mas a procissão ainda vai no adro.