27/05/2011

Iniciativa Lysbon Cycle Chic promove bicicleta como transporte alternativo

Eu, pessoalmente, iria mais longe ... e organizaria a primeira "Tweed Run" versão Lisboeta ... algo apropriado para "Gentlemen", e gente com sentido de humor ...
António Sérgio Rosa de Carvalho






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A iniciativa internacional decorre pela primeira vez em Lisboa

O Lysbon Cycle Chic chega amanhã às ruas da capital. O evento, que pela primeira vez se realiza em Lisboa, pretende mostrar aos lisboetas que a bicicleta, para além de ser um meio de transporte sustentável, consegue também ser elegante. ( por Cristiana Carmo in Publico )

“Queremos mostrar que andar de bicicleta é uma mais-valia para os cidadãos e para a cidade, mas também acabar com a ideia de que para andar de bicicleta as pessoas têm de estar equipadas e vestidas para tal”, refere Miguel Barroso, da organização.
Sobre as condições da cidade para a mobilidade em duas rodas, o organizador do evento não poupa críticas. “Muitos aspectos podiam ser mudados, mas ainda há falta de coragem política para o fazer.” A criação de mais pistas reservadas para ciclistas e a alteração dos limites de velocidade dos automóveis são algumas mudanças defendidas por Miguel Barroso.

O passeio começa e acaba no Campo Pequeno, num “ritmo descontraído” e onde a segurança é fundamental. “Acreditamos que a segurança depende, acima de tudo, do modo como se circula”, explica o promotor da iniciativa. Substituir as sapatilhas e o fato de treino por uma roupa mais casual é uma das propostas do conceito internacional, que em 2007 surgiu em Copenhaga, capital da Dinamarca. A iniciativa começa às 15h30 e contava ontem com 240 inscrições.

Prédio das discotecas Jamaica, Tokyo e Europa continua em obras e vai perder dois pisos


Os donos do prédio foram notificados para fazer obras em 2004

A intervenção, a cargo da autarquia, não deverá estar concluída antes do final de Junho. Até lá, as três casas do Cais do Sodré vão manter-se fechadas ao público ( por Marisa Soares in Publico )

Ainda não há uma data certa para a reabertura das discotecas Jamaica, Tokyo e Europa, no Cais do Sodré, em Lisboa, encerradas após a derrocada de parte do segundo andar do prédio onde estão alojadas, na Rua Nova do Carvalho. As obras de consolidação do edifício devoluto não devem estar concluídas antes do final de Junho. O prédio, que tinha sete andares, vai ficar com cinco.

O imóvel, cujos pisos superiores estavam em risco de ruína, está a sofrer obras a cargo da Câmara de Lisboa. Segundo Fernando Pereira, gerente da Jamaica, a autarquia está a custear a empreitada através de um fundo municipal de emergência destinado a obras de reabilitação urbana.

A Jamaica está encerrada desde 3 de Maio, dia em que uma parte do segundo andar abateu sobre o primeiro. A Tokyo e a Europa ainda abriram ao público algumas noites, mas foram forçadas a fechar por ordem da autarquia. Após uma vistoria, os técnicos camarários entenderam que o “elevado estado de degradação” do edifício estava a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
A 10 de Maio, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, decidiu tomar posse administrativa do prédio, perante os “incumprimentos sucessivos” dos proprietários, que já tinham sido notificados para fazer obras.

A intervenção em curso no prédio passa pela demolição das estruturas em risco, nos dois pisos superiores, e pela instalação de uma nova cobertura. Na página do Facebook dedicada à discoteca Tokyo, o gerente diz que tudo estará pronto para que o espaço possa abrir a 20 de Junho, de acordo com as previsões da câmara municipal. Mas o responsável da Jamaica é mais prudente. “As obras são complicadas. Se chover, por exemplo, pode atrasar tudo”, explica.

Enquanto isso, a Tokyo tem estado a funcionar aos fins-de-semana no bar Copenhagen, na Rua de São Paulo, onde se mantêm “o ambiente e a música” habituais da discoteca. Também a Jamaica vai ter, a partir da próxima semana, um espaço alternativo na cidade de Lisboa, onde vão ser realizadas festas que evocam os 40 anos daquele espaço mítico do Cais do Sodré. O seu responsável não quis ontem avançar qual será o local.

26/05/2011

Preço médio das casas novas em Lisboa subiu para 497 mil euros no ano passado

25.05.2011 - 15:36
Por Ana Henriques, Victor Ferreira
in "Público"



As dificuldades na obtenção de crédito bancário para a compra de casa estão a matar a construção de habitação barata em Lisboa, cidade em que o preço médio dos novos fogos subiu para 497 mil euros em 2010.

No ano passado, a oferta de casas a estrear cresceu 16 por cento, segundo um estudo da consultora Aguirre Newman, que foi revelado ontem, mas o preço médio desta oferta não é para qualquer carteira: ronda os 3450 euros por metro quadrado. Um valor que dispara nas zonas consideradas mais nobres.

Nas Amoreiras, Lapa, Chiado e Santos o preço de uma casa quase duplica em relação à média da cidade, atingindo os 848 mil euros. As zonas de Belém e do Restelo, as segundas mais caras, não lhe ficam muito atrás: 811 mil euros. Quem quiser comprar mais barato tem de rumar a Marvila, ao Beato e ao Alto de S. João, onde os apartamentos novos rondam os 260 mil euros. A Alta de Lisboa também tem casas em conta. O melhor lugar para encontrar casas mais pequenas, estúdios e T1, é no Parque das Nações. Em Benfica, Telheiras, Campolide e nas Avenidas Novas concentra-se a oferta das tipologias maiores.

O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (Apemip), Luís Lima, diz que o segmento médio-alto registou, apesar de tudo, vitalidade, graças também ao facto de a banca ainda ajudar a financiar casa para os compradores com poder de compra.

O problema, refere Luís Lima - cuja associação representa 3200 empresas, ou seja, 93 por cento do sector em Portugal -, é que, ao recusarem crédito a pessoas com menor poder de compra, a banca promove indirectamente uma aposta na construção de habitação mais cara por parte dos promotores imobiliários.

A alternativa do arrendamento com opção de compra - que permite abater as rendas pagas no valor de aquisição do imóvel - ganhou alguma quota, diz a consultora. Mas segundo o presidente da Apemip, a sua expressão é residual, situando-se entre os quatro e os 4,5 por cento. "É uma pena não ser mais usada, porque é uma boa solução tanto para quem procura casa, como para quem quer vender", salienta Luís Lima. Porém, esta mensagem "não tem passado".

Maioria são T2 e T3

Segundo o estudo da Aguirre Newman, a nova oferta de casas no concelho de Lisboa assentou, em 2010, em T2 e T3, com áreas médias de 144 metros quadrados. Em relação ao ano anterior (2009), o preço por metro quadrado nas novas construções ficou praticamente igual (3450 euros em 2009, contra 3446 euros em 2010). Mas como a área média das casas novas aumentou (136 metros quadrados contra 144 em 2010), subiu também o preço médio das casas (de 471.189 euros para 497.156 euros).

A Apemip antecipa uma mudança de cenário a partir deste ano. Aliás, como o PÚBLICO noticiou na semana passada, o mercado registou em Abril a maior queda de que há memória na venda de casas, com uma contracção de 19,7 por cento em relação a Março. A diminuição do número de negócios em 2011 pode conduzir a outro aumento, o do tempo médio que as novas habitações demoram a serem vendidas: em 2010, foi de 4,4 anos no concelho de Lisboa, contra quatro anos em 2009. A Alta de Lisboa e o Parque das Nações foram, no ano passado, os locais onde as casas novas mais esperaram para serem habitadas.

Eixo prioritário da Av. Almirante Reis (1)


Av. Almirante Reis, nº 35


Acabado de entrar na CML, um projecto de construção nova (Proc. 535/EDI/2011) com vista à abertura de um hotel.

Promotor: Amarali Rajabali & Filhos, Lda.

A pergunta que se faz é: sendo o eixo da Almirante Reis assumido pela CML, e bem, como prioritário em termos de reabilitação urbana, PIPARU, etc., será que a demolição deste edifício de gaveto com o Regueirão dos Anjos, para construção, previsivelmente, de mais um daqueles hotéis paupérrimos da mesma avenida; faz parte dessa prioridade?

Obras no canil e gatil de Monsanto prontas até Fevereiro de 2012

In Público (26/5/2011)
Marisa Soares

«Empreitada vai custar 700 mil euros, quase o dobro do previsto. A capacidade de acolhimento mantém-se, mas vão melhorar as condições


Os cerca de 210 animais do canil e gatil municipal de Lisboa vão ter, dentro de nove meses, mais espaço e melhores condições de higiene. As obras de ampliação e requalificação do espaço que fica no Parque Florestal de Monsanto começaram esta semana.

O projecto foi o mais votado do orçamento participativo de 2009, com 754 votos, e tinha um custo estimado de 375 mil euros. No entanto, vai ser investido quase o dobro. O restante sai do orçamento municipal. "Surgiram novas exigências em termos de construção e decidimos melhorar o projecto inicial", esclarece o vereador do Espaço Público, José Sá Fernandes.

O canil interior, de onde ecoam os latidos estridentes dos animais em boxes exíguas - onde dormem, comem e fazem as necessidades, acorrentados - vai sofrer obras que permitirão ampliar o espaço disponível. "Vamos pôr boxes novas, com uma zona para os cães estarem e outra para dormirem, sem corrente", garante Luísa Costa Gomes, chefe da Divisão de Higiene e Controlo Sanitário. Os cães terão mais espaço, mas a capacidade de acolhimento não vai aumentar.

Um "serviço público"

As 25 boxes exteriores, cada uma com um ou dois cães, vão manter-se. O edifício ao lado, actualmente vazio, porque "não reúne condições", vai ser requalificado e acolher novas boxes de cães. A centena de felinos será instalada em jaulas maiores, num outro bloco com acesso para uma zona exterior coberta por rede, onde terão liberdade para se movimentar, ao contrário do que acontece agora.

A actual zona do gatil vai dar lugar à sala de isolamento, até aqui inexistente, para evitar contaminações entre os animais doentes. O edifício onde funcionam os serviços administrativos também vai ser requalificado e está prevista a construção de um balneário feminino e de um refeitório para os trabalhadores.

O vereador José Sá Fernandes diz que a câmara está a cumprir um "serviço público" e apela às pessoas para não abandonarem os animais.

Luísa Costa Gomes adianta que a taxa de adopção tem aumentado, tendo chegado aos 40 por cento em Março, mas são muitos os casos de pessoas que levam para casa um animal e o abandonam no mesmo dia. Se não forem adoptados, os cães e gatos estão ali "o máximo de tempo possível" até serem abatidos, dependendo da "pressão de entrada" de novos animais, diz a responsável municipal.

Maioria das propostas para o espaço público

O orçamento participativo da Câmara de Lisboa para 2011 recebeu 808 propostas dos munícipes, a maioria (252) relativa ao espaço público e aos espaços verdes. A verba disponível é de cinco milhões de euros, mas cada projecto não pode custar mais de um milhão de euros. Entre outras coisas, pede-se a construção de equipamentos desportivos, hortas, mercados, lares e centros de dia e até o renascimento da Feira Popular. As propostas estão em análise e serão votadas em Setembro. M.S.

A partir de Setembro

Trabalhadores preocupados com fim de contratos a prazo

Os trabalhadores do canil e gatil de Lisboa temem que o serviço prestado neste equipamento municipal fique comprometido a partir de Setembro. Em causa está o fim dos contratos a prazo de nove dos 15 tratadores-apanhadores. "Restam os seis trabalhadores que estão no quadro, o que é insuficiente para garantir as tarefas do canil", diz Nuno Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa.

Os funcionários manifestaram-se ontem de manhã em frente aos Paços do Concelho e entregaram uma moção no gabinete do presidente da câmara, António Costa, no Largo do Intendente. O problema, segundo o representante sindical, é que a autarquia ainda não abriu concursos públicos para preencher os lugares ocupados por aqueles funcionários. O PÚBLICO tentou, durante a tarde de ontem, confirmar esta informação, mas não obteve resposta da autarquia.

Segundo Nuno Almeida, oito dos 15 trabalhadores têm contratos a termo certo até Setembro e um outro funcionário tem um contrato do mesmo género até Janeiro do próximo ano. Em causa, garante, podem ficar todas as tarefas executadas por aqueles profissionais, desde o tratamento dos animais e limpeza do canil até à remoção de cadáveres e a recolha de animais ao domicílio.

"Esta situação já é há muito tempo motivo de preocupação. Há cerca de quatro anos registou-se uma situação semelhante", recorda. "Se ficarmos sem os nove trabalhadores, o serviço do canil fica comprometido e os trabalhadores que restam não terão direito a folgas", garante o sindicalista. "Já com 15 pessoas há situações em que um trabalhador tem de fazer quatro fins-de-semana seguidos, sem folgas", critica. Os tratadores-apanhadores estão disponíveis 24 horas por dia, em regime de turnos.

Em caso de greve, por exemplo, não será possível cumprir os serviços mínimos, que têm de ser garantidos por seis pessoas. Questionado sobre as obras que começaram esta semana no canil e gatil, Nuno Almeida reconhece que "vão resolver alguns problemas relacionados com a higiene e saúde dos trabalhadores". No entanto, a manutenção dos balneários masculinos no espaço que ocupa actualmente é motivo de preocupação. "Por baixo passam os esgotos dos cães. Já houve casos em que as tampas levantaram e a porcaria entrou nos balneários", recorda. M.S. »

Parque Mayer: António Costa diz que câmara deve ficar com edifícios se a permuta de terrenos for anulada

In SIC-N (25/5/2011)
Via Lisboa Lisboa

«Notícia LUSA/SO

O presidente da Câmara de Lisboa defendeu hoje que, caso o tribunal venha a anular o negócio da permuta de terrenos do Parque Mayer, a autarquia deve ficar com a posse dos edifícios, "nem que seja pela expropriação".

Lisboa, 25 mai (Lusa) - O presidente da Câmara de Lisboa defendeu hoje que, caso o tribunal venha a anular o negócio da permuta de terrenos do Parque Mayer, a autarquia deve ficar com a posse dos edifícios, "nem que seja pela expropriação".

"Não sabemos como vai ser a decisão final. Se no futuro houver uma decisão no sentido da anulação, a câmara deve ficar com a propriedade do edifício, nem que seja pela expropriação. Não vejo como será exequível o plano de pormenor sem que a câmara adquira a posse destes edifícios", afirmou António Costa (PS), quando questionado pela oposição a propósito da empreitada para a requalificação do edifício do Capitólio.

O negócio da permuta de terrenos de Entrecampos e do Parque Mayer foi anulado em primeira instância, mas foi interposto recurso, que aguarda decisão no Tribunal da Relação de Lisboa.

António Costa realçou ainda a importância do edifício do Capitólio, que está classificado, e a urgência em reabilitá-lo.

Durante o debate da proposta, o CDS e o PSD questionaram o presidente da autarquia sobre a obra, tendo António Costa respondido que não vê motivos para adiar esta intervenção.

A vereadora da Habitação, Helena Roseta, chamou a atenção para o facto de tanto a decisão de fazer obra como a não decisão ter custos.

"Se nada se fizer, quando chegar a decisão o edifício já poderá ter caído", afirmou.

A proposta relativa à empreitada da reabilitação do edifício do Capitólio acabou por ser aprovada, com os votos contra do CDS e do PSD. [...]»

PARABÉNS MUSEU DO CHIADO: 100 ANOS do MNAC!

... 100 anos à espera de um... MUSEU! É verdade, 1 século após a sua fundação este museu nacional - o único de arte contemporânea - ainda não tem instalações adequadas à qualidade e quantidade do espólio que possui! Mas entretanto em Belém está a surgir um novo edifício milionário que ninguém pediu a não ser um certo ministro da economia e talvez os seus amigos e colegas...

Mas hoje, entre as 14:30 e as 17:30: CONFERÊNCIA com Raquel Henriques da Silva, António Lamas, Pedro Lapa e Maria Calado, seguida de DEBATE sobre a história, a missão e a futura ampliação do MNAC. Moderação de Simonetta Luz Afonso e Helena Barranha.
O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado foi fundado por decreto da República em 26 de Maio de 1911. Nasce assim da divisão do antigo Museu Nacional de Belas-Artes em Museu Nacional de Arte Antiga, que herdou daquele as obras realizadas até 1850 e continuou instalado no Palácio das Janelas Verdes, e em Museu Nacional de Arte Contemporânea, constituído por todas as obras posteriores a esta data, tendo sido instalado no Convento de S. Francisco, num espaço vizinho da Academia de Belas Artes. Ao organizar-se uma rede museológica, articulada ao longo do país, cumpria-se um projecto de modernidade desenvolvido pelo ideário oitocentista de livre esclarecimento dos cidadãos, dotando o país com os instrumentos necessários à salvaguarda e revelação da arte nacional. Inédita e pioneira, no contexto internacional, terá sido a criação de um museu de arte contemporânea.A instalação, ainda que a título provisório, do Museu Nacional de Arte Contemporânea no Convento de S. Francisco vinha simbólica e oportunamente situá-lo na zona frequentada pelas tertúlias das gerações representadas no museu. Ocupava os antigos salões onde as exposições dos românticos e naturalistas haviam tido lugar, em espaços anexos ao convento. http://www.museudochiado-ipmuseus.pt/pt/node/11

Príncipe Real - 30 estabelecimentos abrem as portas até à meia-noite

In Diário de Notícias (26/5/2011)
por Lusa Ontem

«Cerca de 30 estabelecimentos do Príncipe Real, em Lisboa, vão deixar as portas abertas até à meia-noite nos próximos três dias, com um leque de eventos para atrair novos clientes e com o objectivo de dinamizar aquela zona.

No âmbito da 5.ª edição do Príncipe Real Live, promovido pela empresa de gestão e desenvolvimento imobiliário Eastbanc, cerca de 30 estabelecimentos daquela zona nobre da capital vão estar abertos das 11:00 às 24:00 de quinta-feira a sábado. "Mais do que nunca os comerciantes do Príncipe Real querem mostrar a sua força e dinamizar uma zona que tanto tem para oferecer aos lisboetas", lê-se num comunicado da organização.

"À semelhança do que tem acontecido nas últimas edições, nos próximos três dias os clientes que visitarem as lojas, restaurantes, antiquários e até uma farmácia no Príncipe Real vão poder desfrutar também de exposições de arte, joalharia e design, degustações e performances de tango.

O evento decorre na Praça e jardim do Príncipe Real, na Rua da Escola Politécnica, na Rua D. Pedro V, na Rua Cecília de Sousa, na Rua de S. Marçal e no Palácio Ribeiro da Cunha, e estabelecimentos como o Orpheu Caffé, British Council e a Garrafeira Internacional são alguns dos participantes.»

25/05/2011

Passeando Sobre Ninhos de Lixo!





Um terreno transformado em local de estacionamento/lixeira, um ecoponto/lixeira, um passeio destruído/lixeira…

Junto à Avenida da Liberdade, no gaveto da Rua Rodrigues Sampaio com a Rua de Santa Marta, Lisboa oferece a todos os que por ali passam um formidável exemplo de IMUNDICE e DESLEIXO!

Como é possível que a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de São José nada façam depois de todos os pedidos e alertas enviados ao longo dos anos?

Que Gente é esta que permite este tipo de situações?
http://cidadanialx.blogspot.com/2010/10/e-paris-em-lisboa.html

Passeando sobre ninhos de lixo os Turistas indignam-se! Os Lisboetas, esses, resignam-se! ATÉ QUANDO?


Ana Alves de Sousa

Movimento contesta alterações em prédio classificado


Uso do vidro na ampliação foi aprovada pelo vereador do Urbanismo

Movimento contesta alterações em prédio classificado( por Marisa Soares in Publico )

O Fórum Cidadania Lisboa apresentou queixa na Provedoria de Justiça e na Inspecção-Geral da Administração Local por causa das alterações ao projecto de requalificação do edifício situado no número 25 da Avenida da República, em Lisboa. O movimento cívico pede que seja reposta a estética original da fachada, por se tratar de um edifício classificado.

Em causa estão, por um lado, as ampliações, laterais e em altura, feitas em vidro e não em tijolo e cantaria como previsto no projecto aprovado em 2005 e na licença de construção aprovada em reunião de câmara, em Julho de 2008. O resultado é uma “aberração”, diz Paulo Ferrero, porta-voz do movimento, sublinhando que a alteração estética do edifício “contraria claramente” os pareceres iniciais do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do Plano Director Municipal.

O projecto, a cargo da empresa Rui Ribeiro, previa a manutenção das fachadas e a respectiva ampliação procurando manter a linguagem arquitectónica. A técnica utilizada seria o pastiche, que consiste na colagem de diferentes estilos arquitectónicos. Este é, porém, um método “muito contestado” e “sem reconhecimento pelas cartas e convenções internacionais do património”, esclarece o gabinete do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.
Por isso, a proposta de alteração feita pelo promotor, com a colocação de vidro nos espaços ampliados, foi “muito bem recebida” pelo vereador, que aprovou o projecto num despacho de 13 de Abril deste ano. Segundo a autarquia, “o edifício mantém a sua proporção original nas fachadas, em contraponto com uma clara desproporção que resultava da ampliação feita através de pastiche”.

O Fórum Cidadania Lisboa critica ainda o facto de as alterações terem sido aprovadas durante a execução da obra directamente por Manuel Salgado. Por se tratar de um edifício incluído no Inventário Municipal do Património, o movimento entende que a discussão das alterações em reunião de câmara seria o “procedimento correcto”.

A câmara esclarece, por sua vez, que o vereador do Urbanismo tem, desde 12 de Novembro de 2009, competência para decidir sobre projectos em edifícios incluídos no Inventário Municipal do Património. Em 2008, quando foi aprovada a licença de construção, a competência para decidir sobre a execução deste tipo de projectos era da câmara municipal, pelo que a então vereadora Gabriela Seara teve de levar o assunto a reunião de câmara.
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Continua a confusão de valores e de conceitos à volta do conceito “pastiche” ... a primeira versão seria uma contextualização mais correcta no Projecto original do edifício ... a segunda, “foi muito bem recebida” ... o que implica uma escolha subjectiva “à priori” pelo Arquitecto Manuel Salgado ( segundo os seus conceitos pessoais ) e imposta ao promotor, que provávelmente, assim, foi“educado” e “encaminhado”no bom caminho ... o Vereador utilizou, omnipotente, a sua pregorrativa para criar mais um projecto “Cyborg” na moribunda e híbrida Avenida.
Confirma-se assim, a ausência de uma cultura de Conservação e Restauro em Portugal ... e isto tem a ver com o facto de o Ensino estar controlado e dominado exclusivamente por Arquitectos Criadores, que “interpretam” o Património e o “recriam” ... à sua vontade, utilizando, neste caso, os “poderes” ... nele ... Vereador ... depositados pelo voto, mas contra a vontade popular .
António Sérgio Rosa de Carvalho

24/05/2011

PUBLI-CIDADE: Rua Barata Salgueiro

"Sabemos cuidar de si" afirmam eles... Este exemplo de publicidade selvagem está instalada neste imóvel desde pelo menos 2009. Os serviços da CML sabem do caso mas nada fizeram até à data. Porquê?

Abertura do procedimento de classificação do edifício da Torre do Tombo

Anúncio n.º 6998/2011. D.R. n.º 100, Série II de 2011-05-24,
Ministério da Cultura - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P.

SOLOS EUROPEUS PERDEM ANUALMENTE PARA O BETÃO E ASFALTO, SUPERFÍCIE DO TAMANHO DE BERLIM

23.05.2011
Helena Geraldes
in "Público"

Todos os anos, os solos europeus perdem para o betão e asfalto uma superfície correspondendo ao tamanho da cidade de Berlim, uma tendência que a Comissão Europeia considera “insustentável”.

A expansão das cidades e das estradas – que impermeabiliza os solos - “compromete o legado de solos férteis e de aquíferos subterrâneos a deixar às gerações vindouras”, alerta hoje a Comissão Europeia em comunicado. De 1990 a 2000 perderam-se por dia na União Europeia 275 hectares de solos, o que representa mil quilómetros quadrados por ano. Metade desses solos está definitivamente impermeabilizada por edifícios, estradas e parques de estacionamento.

Esta tendência baixou para 252 hectares por dia nos últimos anos, segundo um relatório da Comissão apresentado hoje. Ainda assim, a taxa de perda de solos continua a ser preocupante. Entre 2000 e 2006, o aumento médio das superfícies artificiais na União Europeia foi de três por cento, tendo atingido 14 por cento na Irlanda e em Chipre e 15 por cento em Espanha.

Em Portugal, os autores do relatório sublinham que a expansão urbana massiva aconteceu, sobretudo a partir de 1990. O documento salienta a rede de estradas, “entre as mais densas da Europa, com o maior número de quilómetro por habitante e área”. As áreas mais afectadas pela impermeabilização ficam no litoral e nas regiões de Lisboa, Setúbal e Porto. No Algarve, o documento lembra que 30 por cento das habitações são casas de férias.

O relatório recomenda uma intervenção a três níveis: redução da impermeabilização do solo através de um melhor ordenamento, atenuação dos efeitos da impermeabilização – como por exemplo através da construção de coberturas verdes - e compensação da perda de solos de qualidade por acções noutras áreas.

“Dependemos dos solos para alguns serviços ecossistémicos fundamentais, sem os quais a vida na Terra desapareceria. Não podemos continuar a perder solos pavimentando-os ou construindo sobre eles. Tal não significa parar o crescimento económico ou deixar de melhorar as nossas infra-estruturas, mas exige maior sustentabilidade”, disse o comissário europeu para o Ambiente, Janez Potočnik.

Os resultados deste relatório serão incorporados num documento técnico da Comissão no domínio da impermeabilização do solo, que está a ser elaborado com a colaboração de peritos nacionais. O documento facultará às autoridades nacionais, regionais e locais orientações sobre boas práticas de redução da impermeabilização do solo e de atenuação dos seus efeitos, prevendo se que esteja concluído no início de 2012.

“A impermeabilização dos solos provoca a perda irreversível das funções biológicas do solo. Como a água não se pode infiltrar nem evaporar, aumenta a escorrência, originando por vezes inundações catastróficas. A paisagem fragmenta se e os habitats tornam-se demasiado pequenos ou demasiado isolados para sustentar determinadas espécies. Além disso, o potencial de produção alimentar das terras é perdido para sempre”, explica a Comissão. Segundo as estimativas do Centro Comum de Investigação da Comissão, a impermeabilização dos solos acarreta a perda anual de 4 milhões de toneladas de trigo.


http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1495505#

PDM / Contributo para a discussão pública:

Exmos. Senhores
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Dr. António Costa
e Vereador do Urbanismo,
Arq. Manuel Salgado


No seguimento da abertura da discussão pública do Plano Director Municipal, Aviso n.º 7436/2011, Diário da República, 2.ª série — N.º 59 — 24 de Março de 2011, vimos pelo presente enviar a Vossas Excelências o nosso contributo, por via da apresentação de uma série de considerações e preocupações, que esperamos possam ser incorporadas no documento final.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Artur Lourenço, Nuno Valença, Carlos Leite de Sousa, Jorge Lima, Luís Alexandre Carvalho e João Pinto Soares



C.C. AML, CCDR-LVT, Igespar, DRC-LVT, Media.

Câmara de Lisboa pagou pareceres jurídicos cujo paradeiro se desconhece

In Público (24/5/2011)
José António Cerejo

«Pagamento ultrapassou os 23 mil euros. Sociedade contratada para fazer os estudos garante que eles foram feitos, mas ninguém sabe onde estão. O contrato foi depois anulado


A Câmara de Lisboa pagou 23.196 euros, em 2009, por um estudo jurídico de cuja existência os serviços do município duvidam, mas que nunca esclareceram se foi feito. O trabalho em causa era um dos quatro previstos num contrato celebrado, por ajuste directo, com uma sociedade de advogados, no valor de 46.392 euros (mais IVA), e que foi anulado por causa de um alegado conflito de interesses, relativo a uma das intervenientes.

Celebrado em Dezembro de 2008, o contrato, subscrito pelo então director municipal de Cultura, Rui Pereira, e pela sociedade Amaral & Lourenço - representada pela advogada Inês Amaral -, previa um estudo sobre o Museu do Design e da Moda (Mude) e três outros trabalhos, referentes à Casa Fernando Pessoa e às fundações que se dedicam à promoção de grandes autores. A proposta de adjudicação foi assinada, em Novembro, pela advogada Adelaide Silva, que, tal como Inês Amaral, assessorava Rui Pereira, ao abrigo de um contrato de avença que terminava a 31 de Dezembro.

Nos termos contratuais, a Amaral & Lourenço - de que Inês Amaral era uma das duas sócias - receberia os primeiros 23.196 euros contra a "entrega do estudo sobre a titularidade dos direitos de autor que recaem sobre o espólio de Fernando Pessoa, propriedade da Câmara de Lisboa". Sete dias depois do final das avenças de ambas as juristas, a 7 de Janeiro de 2009, a sociedade apresentou a primeira factura, tendo Rui Pereira - que quatro dias depois passaria a director municipal de Recursos Humanos - autorizado o pagamento. Seis meses depois, foi apresentada uma segunda factura, com os restantes 50 por cento, juntamente com um parecer sobre as "soluções jurídicas para o futuro" do Mude, assinado por Adelaide Silva e Inês Amaral.

Confrontada com o facto de a primeira destas advogadas ser a autora da proposta de contratação da sociedade, e com a não entrega dos estudos relativos à "protecção da marca Casa Fernando Pessoa" e às fundações, a então vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, que não quis falar ao PÚBLICO, pediu a apreciação jurídica do caso, concluindo pela invalidade da contratação. De acordo com o serviço de Ouvidoria do município, "existe um notório conflito de interesses", que gera a anulação do contrato, no facto de a proposta de adjudicação ter sido assinada, enquanto prestadora de serviços da câmara, pela mesma advogada que subscreveu, em Julho de 2009, o parecer sobre o Mude. O documento salienta que "não existe qualquer registo associado à entrega" do primeiro parecer, "pelo que é impossível confirmar a sua efectiva entrega e eventual destino". Já quanto aos trabalhos sobre a protecção da marca Casa Fernando Pessoa e sobre as fundações, o texto, que mereceu a aprovação da vereadora da Cultura, insiste em que se desconhece "se [os mesmos] foram realizados e entregues".

Contactado pelo PÚBLICO, Rui Pereira garantiu que o primeiro trabalho lhe foi, de facto, entregue e que o mesmo "ficou nos serviços". Foi, aliás, "fazendo fé" nessa confirmação do ex-director, assinalada sobre a própria factura, que a directora do Departamento Jurídico e a vereadora entenderam "não haver lugar à devolução da quantia já paga".

Rui Pereira - que está em vias de ser substituído como director dos Recursos Humanos ao abrigo da reestruturação dos serviços e era um dos dois únicos directores municipais pertencentes ao PSD - assegurou também que "ignorava, de todo, que a drª Adelaide Silva viria a ser contratada" pela sociedade Amaral & Lourenço para fazer o estudo sobre o Mude.

Na sequência do parecer da Ouvidoria, o contrato com esta sociedade foi anulado pela câmara e o trabalho sobre o Mude devolvido, não sendo paga a segunda factura apresentada.

Advogada rejeita existência de ilegalidades

"Não houve nenhuma ilegalidade cometida pela minha sociedade e o procedimento da CML foi completamente legal e regular", diz Inês Amaral. A advogada sustenta que não se verificou qualquer conflito de interesses porque quando contratou Adelaide Silva (que o PÚBLICO não conseguiu ouvir), para participar no estudo sobre o Mude, "ela já não tinha qualquer ligação à CML". Em todo o caso, salientou, se existisse conflito seria em relação à sua colega e seria a Ordem dos Advogados que caberia avaliá-lo. Inês Amaral garante que entregou o primeiro estudo contratado, juntamente com os estatutos da Fundação Casa Fernando Pessoa que a CML pretendia criar, e que com o parecer sobre o Mude foram entregues todos os outros trabalhos contratados. A directora da Casa Fernando Pessoa, Inês Pedrosa, diz, porém, que não conhece nenhum desses estudos, um dos quais foi por si sugerido, e que os estatutos da fundação "ficaram prontos no fim de 2008", sendo elaborados por uma especialista na matéria, com o acompanhamento de Adelaide Silva e Inês Amaral, "na qualidade de assessoras jurídicas da Direcção Municipal de Cultura, que à época eram". J.A.C. »

Dona Estefânia, mais um passo para o fim?


Fecho de maternidade compromete tratamento de muitos recém-nascidos


In Jornal de Notícias (23/5/2011)
foto ANGELO LUCAS/Global Imagens


«A plataforma de cidadãos de defesa do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, encara com grande preocupação o eventual encerramento da urgência da maternidade daquela unidade, alertando que pode comprometer o tratamento e recuperação de muitos recém-nascidos.

"Uma situação conjuntural serviu para suportar uma decisão que afecta gravemente a rede de cuidados perinatais diferenciados e os cuidados cirúrgicos neonatais, podendo limitar, à nascença, o potencial de tratamento e recuperação de muitos recém-nascidos gravemente doentes", refere a Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital D. Estefânia, num documento a que a agência Lusa teve acesso.

O Ministério da Saúde já admitiu que está a analisar a possibilidade de uma única urgência servir as maternidades da Estefânia e da Alfredo da Costa.

Para este grupo de cidadãos, o Ministério da Saúde parece "ignorar que naquele hospital se localiza a unidade de cirurgia neonatal de referência para a zona sul do país".

A Plataforma recorda que, já em 2000, a ministra Ana Jorge, quando era presidente da Administração Regional de Saúde, "tentara encerrar a maternidade do Hospital D. Estefânia".

Depois de ter escutado os profissionais, a Plataforma entende que esta decisão não tem fundamento técnico e que não acautelou o interesse dos cidadãos mais vulneráveis.

"Os padrões de segurança da grávida são ignorados ao encerrar uma maternidade com uma taxa de partos por cesariana inferior à média nacional", refere o documento.

É ainda contestado o momento em que se anuncia o eventual encerramento da urgência da maternidade, num altura de "fim de ciclo" da actual equipa do Ministério.

"Esta decisão imediatista e de fim de mandato do Governo em gestão evita notícias, em plena campanha eleitoral, sobre as dificuldades na urgência da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) que o Ministério não soube prevenir", acrescenta a Plataforma.

Para este grupo, na base da decisão ministerial estará a falta de obstetras no período do verão e a recusa legal dos profissionais da MAC em fazer mais horas extraordinárias a partir de 1 de Junho.

A Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital de Dona Estefânia é constituída por médicos pediatras e de outras especialidades ligadas à criança, assim como técnicos de saúde, pais e cidadãos.

Loja de sanduíches vai substituir alfaiataria Piccadilly no Chiado



"È, nesta sucessão de casos, que nos surpreende o silêncio sistemático da C.M.L.... e do seu responsável máximo na área do Urbanismo Comercial, Arq. Manuel Salgado" ...
( A.S.R.C. a 20/10/2010 neste "blog" )
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Proprietários de casa quase centenária passam a atender clientes em atelier a poucos metros do antigo espaço ( por Ana Henriques in Publico )

A antiga alfaiataria Piccadilly, no Chiado, em Lisboa, fechou as portas há cerca de um mês, e vai ser substituída por uma loja de uma cadeia de sanduíches.

Constrangimentos financeiros levaram os proprietários a aceitar a indemnização proposta pelo senhorio, um fundo imobiliário do banco Millenium, para se irem embora. A loja encerrou, mas o negócio continua por perto: com menos de metade dos empregados, a Piccadilly atende agora a clientela num primeiro andar da Rua Anchieta, situado no mesmo prédio da livraria Bertrand, onde a alfaiataria funcionou desde 1924.

"O senhorio foi-nos pressionando para sairmos, alegando que precisava do espaço para colocar um elevador para o condomínio de habitação que está a ser instalado nos andares de cima. E também para abrir um hall de entrada para o prédio", conta uma das proprietárias da Piccadilly, Teresa Mendonça. "Infelizmente, afinal o que vai para lá é uma Companhia das Sandes". Uma publicação da Câmara de Lisboa dedicada aos estabelecimentos históricos da capital conta que a Piccadilly vestiu membros de governos de vários cantos do mundo: "Aprumou políticos, diplomatas e artistas e teve acesso a alguns segredos de Estado".

O escritor Aquilino Ribeiro, por exemplo, era aqui conhecido por ter os bolsos sempre deformados, pelo excesso de coisas que metia lá dentro. Mário Soares e Jorge Sampaio também estiveram entre os clientes da casa, que hoje cobra entre 1800 e 2000 euros por um fato. Se é caro? "Já inclui limpeza a seco e passagem a ferro durante todo o período de vida da peça", frisa Teresa Mendonça. "E há pessoas que continuam com o fato impecável 20 anos depois de ele ter sido confeccionado à mão".

O corte da alfaiataria, clássico, distingue-se pelo estilo inglês, justo ao corpo. "A nossa principal clientela per- tence à aristocracia", descreve a proprietária.

Muito do mobiliário de madeira da loja foi levado para o atelier da Rua Anchieta, tal como a grande placa preta com letras douradas com o seu nome. "A antiga loja tem uns tectos lindíssimos em abóbada. Não sei o que lhes vai acontecer", refere Teresa Mendonça.

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Completa-se ... assim o processo ... sem explicações de qualquer tipo, ou um sinal de preocupação ou sensiblidade pela perda deste pedaço de tradição, identidade e qualidade na vida quotidiana do estratégicamente tão importante Chiado, por parte da C.M.L.
Exactamente o mesmo processo incompreensível que o Correeiro e a Nova Açoreana.
“Obra a Obra”.... Lisboa ... Empobrece .
António Sérgio Rosa de Carvalho

23/05/2011

Esplanadas e lojas na Colina do Castelo





Exmo. Senhor Vereador José Sá Fernandes


Na sequência do esforço feito pela CML em disciplinar as esplanadas da Baixa, vimos alertar para outra zona urbana de grande importância histórica e turística mas que apresenta, infelizmente, muitas situações que desqualificam gravemente o seu Ambiente Urbano: a Colina do Castelo.

Enviamos em anexo apenas 3 casos que julgamos serem exemplificativos dos problemas de que continua a padecer aquela zona em matéria de ocupação indevida e/ou desqualificada do espaço público, nomeadamente, esplanadas com mobiliário desadequado, excesso de dispostivos de publicidade e ocupação abusiva da via pública.

1- Esplanada de restaurante no Miradouro de Santa Luzia (propriedade da CML): chapéus de sol e mobiliário de 5 marcas diferentes;

2- Lojas na Rua do Chão da Feira, entrada principal do Castelo de S. Jorge (propriedade da CML): ocupação caótica da via pública com dispositivos de venda/publicidade, alguns com carácter de permanência;

3- Rua do Recolhimento, dentro do bairro civil do Castelo de S. Jorge: dispositivos de publicidade ("mega-menús"), chapéus de sol com publicidade e esplanada ocupando a totalidade de uma via pública (Travessa do Recolhimento).


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Júlio Amorim





Lápides Romanas na Travessa do Almada

Imagens do estado actual das Lápides Romanas (clasificadas "Monumento Nacional") na Travessa do Almada - que é exactamente o mesmo estado em que estavam no ano de 2006, 2007, 2008, 2009, 2010... Para além da falta de sinalética que ajude na interpretação do monumento (quem sabe que aquelas placas são Romanas?), continuam "enfeitadas" com caixa de ar-condicionado. Entretanto, os graffitis, executados em finais de 2009, ainda não foram removidos apesar dos sucessivos alertas de munícipes. Também o estudo do alargamento do passeio em frente (suprimindo os dois lugares de estacionamento) para assim dignificar o monumento não parece ter tido qualquer andamento. Sabemos ainda que o Museu da Cidade já apresentou um projecto de valorização do monumento ao IGESPAR.

À atenção da CML, Parque Florestal de Monsanto.

Já várias vezes aqui falado, este chafariz avariado , na estrada da Bela Vista,PFM,está já há mais de 8 meses a desperdiçar diária e consecutivamente água. Até quando?

À atenção da CML,Av. da Liberdade.




A colocação de quiosques na Av. da Liberdade poderá ser,sem dúvida , um factor positivo. Mas isso tem que ser acompanhado de vários cuidados. Ontem, pela 12,00 horas, junto a pelo menos um dos quiosques , os outros não sei, os passeios e relvados(? ),muito degradados, estavam cheios de copos de plástico e lixo variado. Os passeios estavam peganhentos e com o cheiro a álcool característico do Bairro Alto.Também a instalação destes quiosque deveria ter sido acompanhada de melhoramentos nos lagos e relvados que se encontram muito deteriorados. Outro problema ,facilmente constatável, é que existem alguns quiosques (não todos) que dificultam mesmo muito a passagem de peões pelo passeio o que não é mesmo nada aceitável.

A Ribeira das Naus e o Turismo em Lisboa






É uma vergonha para a cidade o estado em que se encontra”

António Costa , presidente da CML referindo-se à situação na Ribeira das Naus.
( de referir que esta situação atravessa já vários mandatos com as culpas bem repartidas, mas que António Costa já leva quase 4 anos à frente da CML)

Vergonha é também o que sinto e o que sentem todos os Lisboetas que por aqui passam e que se importam minimamente com o que se passa na cidade.E senti ainda mais quando, ontem, reparei que eram vários os turistas que tiravam fotografias  ao local.Nunca pensei que o fizessem, mas ontem , domingo, talvez porque estava mais atento reparei em vários , a fazê-lo. Mas a vergonha estende-se ao resto da cidade, aos bairros históricos com tanto património a cair ou devoluto, muito dele pertencente à CML,à baixa, cada vez mais abandonada, ao miradouro de St. Luzia, uma vergonha que se mantém sem que ninguém faça nada,gastaram-se milhares na praça de Londres e aquele miradouro, visitado por milhares de turistas, continua assim, porco a cheirar mal, desleixado, uma coisa que foge a qualquer lógica.Os relvados da torre de Belém continuam na mesma(um pouco melhor agora devido à acção da natureza) apesar da "re-qualificação" anunciada,nunca concretizada, em junho do ano passado, que não seria necessária, na maioria do relvado, se este não tivesse sido abandonado à falta de água, água que não faltou para regar o chão do jardim do Principe Real.Poderia falar de muito mais , como a construção dos dois medonhos edifícios no cais do Sodré ou da construção e esbanjamento de dinheiro no terminal de cruzeiros oo no novo museu dos coches,que poderia ser repartido por situações bem mais urgentes,  mas não vale a pena.

Tendo contacto regular com alguém directamente ligado ao turismo em Lisboa, que contacta diariamente com turistas, não me espantou que nos últimos prémios da TripAdvisor, que são atribuídos com base na opinião de turistas e não em agências, Lisboa não entre nos 25 primeiros  destinos europeus.Os turistas gostam muito de Lisboa,é verdade, mas queixam-se sobretudo da  generalizada má conservação do edifícios e do património, do constante assédio com venda de droga na baixa ou dos assaltos no 28 ,do lixo,sobretudo  nos bairros históricos,que tem um sistema de recolha que deixa muito a desejar.
Lisboa tem todas as potencialidades para estar nos primeiros,todas, e estará ainda em alguns rankings, mas o seu estado de degradação, a destruição de património e de características únicas da cidade  começam  a ser demasiado visíveis e a continuarmos assim o futuro advinha-se muito negro para o turismo em Lisboa.É que o problema não é apenas aqui , no TripAdviser, começa a ser corrente não encontrar Lisboa nas recomendações, como destino, de muitos sites importantes e locais dirigidos a turistas.Basta pesquisar um pouco.



TripAdvisor Unveils Travelers’ Choice Destinations Awards



Os melhores destinos no Mundo e na Europa:

Mundo
Europa
1Kapstadt, SüdafrikaParis, Frankreich
2Sydney, AustralienRom, Italien
3Macchu Picchu, PeruLondon, Großbritannien
4Paris, FrankreichBarcelona, Spanien
5Rio de Janeiro, BrasilienPrag, Tschechien
6New York, USAVenedig, Italien
7Rom, ItalienSt. Petersburg, Russland
8London, GroßbritannienFlorenz, Italien
9Barcelona, SpanienEdinburgh, Großbritannien
10Hongkong, ChinaIstanbul, Türkei



mais  aqui .

http://www.tripadvisor.de/TCDestinations-g4-cTop25-Europe.html

AINDA O ABATE DE LÓDÃOS NA RUA DONA ESTEFÂNIA...

Surgiu-me cá uma dúvida que gostava de ver esclarecida; o corte "cirúgico" das raízes dos lódãos, para colocar a fibra óptica, não poderá estar também na causa disto tudo?

E, se assim fôr, é o erário público a arcar com os custos dos abates e das replantações, fora o custo inerente á irresponsabilidade de uma obra, que destruíu património que era de todos?

Especulação no 63 da Av. República?


Chegado por e-mail:

«A CML afixou um edital (Edital nº97/10, de 14.10) em 14 de Outubro de 2010, no prédio da Av. República nº63, ordenando os proprietários a fazer obras (parece que escoramento das cozinhas do 3º e 4º andar, entre outras) em 3 dias, visto o prédio estar em riscos de ruína parcial. Hoje, tudo na mesma, e com pessoas a continuarem a morar lá.

Parece que a única coisa oficial a ter entrado na CML foi um projecto de construção nova, em 2005, entretanto indeferido pelos serviços camarários.

Estão à espera que o prédio caia para caducarem os arrendamentos?»

Domingo, dia 22 de Maio, 23:00 H




Chegado por e-mail:


«Hoje nasceu mais uma lixeira à minha porta!

No Bairro Azul as lixeiras são como os cogumelos: nascem a toda a hora e por todo o lado! Ninguém vê, ninguém sabe como surgem. Nascem, pura e simplesmente: junto às casas, nas caldeiras das árvores, nas esquinas, nos cantinhos...

Não estamos já todos fartos disto? Não há V E R G O N H A?

Ana Alves de Sousa»

22/05/2011

Rua Garrett: Alfaitaria Piccadilly fechou

Fechou para dar lugar ao novo hall de entrada dos apartamentos "de luxo" que estão a ser criados nos pisos superiores déste imóvel pombalino. Para que serve a Carta Municipal do Património da CML? Talvez para quase nada. Talvez para parecer que somos civilizados.

1 Milhão de Cidadanias...

O blogue cidadania LX, ultrapassou um milhão de visitas no contador em baixo. Sei que não é importante , é apenas uma curiosidade e se calhar serão muitos mais pois o contador, provavelmente,  não está a contar desde o inicio.  Mas não deixa de ser interessante e de assinalar que um blogue com os objectivos que este tem, e com a sua especificidade, atinja este elevado numero de visitas.
Parabéns a todos os que o idealizaram, a todos que o  fazem ou que para ele contribuem, seja com posts , com comentários ou com simples visitas.
Parabéns sobretudo pelo seu grande, e hoje imprescindível, contributo para a defesa e valorização da Cidade de Lisboa.

Alvalade ... Sabemos Apreciar ? Reconhecer ? Somos capazes de Proteger ? por António Sérgio Rosa de Carvalho

Todos admiramos o mais importante, coerente e bem sucedido plano urbanístico da Cidade de Lisboa, depois da Baixa ... O Bairro de Alvalade de Faria da Costa.
Mas sabemos reconhecer o seu valor de Unidade ? ... e consequentemente protegê-lo? ...em todas as suas manifestações e características ... abrangendo como Unidade Indivisivel , os seus diferentes periodos desde as típicas avenidas e praças Estado Novo até ao Bairro das Estacas e a Av. Dos E.U.A.?
Há muitos anos que defendo a Classificação Patrimonial como Conjunto Urbano desde a Alameda ao Júlio de Matos.
Olhemos para alguns exemplos e façamos uma comparação Internacional.


Aqui temos um primeiro exemplo de um atentado irreversivel no que respeita a unidade da Alameda, este "apoiado" na sua capacidade e efeito alienante, na própria intervenção arquitectónica no I.S.T. e na envolvente da Fonte Luminosa.





Nem Arquitectos nem Engenheiros conseguiram preservar e proteger o grande Monumento de Pardal Monteiro, e todo um processo de adulteramento e acrescentos com barracões e barraquinhas, foi culminado com a construção destas “black boxes”, que arruinaram definitivamente este notável conjunto e a sua experiência no horizonte ...




Não houve o cuidado de garantir o horizonte e garantir na experência de vista , a projecção do ponto focal na envolvente da Fonte Luminosa, destruindo assim a Axialidade de forma irreversível ...



Mas este processo de “penetração” e alienação da unidade do Plano já tinha sido iniciado durante o próprio Estado Novo, com este “skyscraper” na Praça de Londres, anulando a composição, que se pretendia simétrica com o “arranha céus” Português Suave ... e o resto da composição da Praça, rematada do outro lado com o edifício de gaveto (Av. Manuel da Maia/ Av. Guerra Junqueiro).


Também ficámos sem o cinema Alvalade ... importante elemento deste Conjunto Urbano que devia ter sido protegido como elemento indivisivel do Plano Urbanístico e protegido como Objecto Arquitectónico de Valor Patrimonial.



Como explicar o estado em que se encontra este edifício na Praceta João do Rio / Almirante Reis … ?
Mais uma ameaça para uma possível demolição e alteração ?
Devido ä qualidade do conjunto intacto da Praceta ... impensável e inaceitável ... no entanto cuidado ! C.M.L. ?!?







O mítico "Bairro das Estacas" 1949-52, Monumento Urbanístico do periodo heróico do Movimento Moderno em Portugal, encontra-se num estado lastimável de Conservação e Adulteração ( acrescentos de todo o tipo, marquises )e exige um restauro cuidado segundo os preceitos estabelecidos pela DOCOMOMO. Ver o exemplo da Openluchtschool, de Duiker, em Amsterdam ilustrado mais abaixo ...




Nem uma marquise … no horizonte …



O Plano "Zuid" (Sul) de Berlage completado em 1917, pode ser comparado em extensão e rigor de planeamento urbanístico, com estabelecimento de tipologias arquitectónicas a construir, ao plano de Faria da Costa para Alvalade.
Foi uma das áreas, onde a famosa “Amsterdam School”, que representa uma outra escola da Modernidade, na herança do Expressionismo ( e contrária ao minimalismo depurador e clinico da “Machine a Habiter”da faceta Funcionalista do Modernismo representada na Holanda pelo “Het Nieuwe Bouwen”),e desenvolveu uma arquitectura executada com grande cuidado para a expressão artística e plasticidade ornamentada dos materiais.
Reparar no estado de conservação e no rigor do restauro ... na qualidade das madeiras e materiais e na ausência absoluta de elementos e acrescentos híbridos ...




Interessante conjunto de um tipo de "Amsterdam School" mais "funcionalizado" através da construção em betão e de formas cúbicas trazidas pelo seu processo e técnica de execução, mas mantendo os seus detalhes ornamentais e decorativos. Projecto de 1924 de F.A.Warners na De Hacquartstraat. Reparar no rigor da conservação e pureza do restauro.





A Openluchtschool de J. Duiker 1929-30 na Clio Straat ( a escola ao ar livre ) "escondida" num logradouro, é outro raro exemplo de "penetração" no Plano, do Funcionalismo Puro do "Nieuwe Bouwen". Por sinal completamente restaurada segundo os mais rigorosos e puristas preceitos estabelecidos pelo DOCOMOMO ( o ICOMOS dos Monumentos do Movimento Moderno ) ... a fórmula de restauro a aplicar no "Bairro das Estacas".



A influência directa do periodo “Chicago”de Frank Lloyd Wright, alternativa ao funcionalismo dentro do Modernismo, através de toda uma herança da organicidade e plasticidade da tradição “Arts and Crafts”, é omnipresente ...