24/10/2013

Movimento "Em defesa do Príncipe Real"



Chegado por e-mail:

«Boa tarde,

Escrevo-lhe relativamente ao movimento recentemente criado na rede social Facebook "Em defesa do Príncipe Real". Este movimento nasceu quando a embaixada dos Emirados Árabes Unidos, em Lisboa, se sentiu no direito de entaipar vãos, cortar sistemas de drenagem de águas, fixar as suas estruturas nas paredes de um Palacete vizinho, propriedade particular.

Em plena praça do Príncipe Real em Lisboa, na zona oeste, existem dois palácios construídos há muitos anos pela Condessa de Penalva de Alva. Foi edificado primeiro o mais pequeno, nº18 actual propriedade de um particular e depois o maior, actual Embaixada dos Emirados Árabes. Naturalmente os edifícios, tendo sido mandados construir pela mesma pessoa, ocupam um terreno cujos limites de propriedade são difíceis de apurar, e não têm qualquer barreira física que os separe.

Durante anos esta situação não foi um problema, mesmo quando os palácios foram vendidos – a relação e gestão do espaço “comum” era civilizada e simples.

Acontece que há cerca de seis meses, sendo a embaixada dos Emirados vizinha do referido palacete nº18, a convivência de espaços comuns tornou-se claramente mais complicada – com a legitimidade própria de qualquer Embaixada ao querer garantir a segurança do seu espaço. A solução mais óbvia seria pensar num gradeamento, chegar a um acordo, dividir o espaço exterior conforme as respectivas cadernetas prediais, e assim se protegia a embaixada do seu vizinho.

Mas em vez de uma solução civilizada a Embaixada entendeu ser mais apropriado construir um volume abarracado, e encostá-lo às janelas de sacada do palacete vizinho, literalmente colado. A imagem de quem está dentro do espaço é aterradora, e a situação é inaceitável.

Como se não bastasse, a Embaixada construiu uma estrutura também colada à parede do vizinho onde colocou um elevador que serve de acesso subterrâneo à Embaixada – esta estrutura impede o acesso a umas escadas que pertencem ao palacete. E para que houvesse espaço para a estrutura encostar serraram um tubo de queda de águas pluviais.

Podem consultar toda a informação na página do Facebook do movimento https://www.facebook.com/EmDefesaDoPrincipeReal?fref=ts Nesta sexta-feira dia 25 de outubro está convocada uma conferência de imprensa que terá ligar no Palacete (nº18 da Praça do Príncipe Real), pelas 11h00 com a presença do Olissipógrafo José Sarmento de Matos; Eng. João Appleton; Dr. Alexandre Melo, Crítico de Arte e Dr. António Rego, representante do proprietário.

Sem outro assunto.

Atentamente,
Inês Teixeira e Cristina Guerra»

Governo avança com novo concurso para hospital de Lisboa que prevê poupar 166 milhões


In Público Online (24.10.2013)
Por ROMANA BORJA-SANTOS

«Consórcio Soares da Costa tinha vencido concurso há três anos mas grupo avaliou projecto e alertou para riscos para o Estado. Tutela quer agora anular processo e recomeçar.O novo Hospital de Lisboa Oriental, previsto há vários anos e que já chegou a ter um consórcio vencedor, vai avançar mas, depois de alguns estudos, o Governo decidiu anular o anterior concurso e começar um novo processo, que poderá permitir uma poupança de 166 milhões de euros. [...]

A mesma fonte do gabinete de Paulo Macedo confirmou que o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças querem avançar com a construção da instituição hospitalar e avançou que já notificaram o consórcio Soares da Costa da anulação do concurso que tinha vencido há três anos, escusando-se a adiantar mais pormenores. Porém, o novo concurso só deverá arrancar em 2014.

Sobre se a ideia é manter o projecto em parceria público-privada (com luz-verde dada pela troika), a tutela deixa tudo em aberto, lembrando que o concurso terá sempre como ponto de partida o preço comparado a que o sector público seria capaz de fazer o mesmo investimento e só se os privados conseguirem apresentar uma melhor proposta é que se justifica que fiquem com a obra. Apenas uma coisa é certa: no novo concurso, o Estado não vai dar garantias como as que estavam previstas com o empréstimo do Banco Europeu de Investimento e que eram consideradas arriscadas.

A abertura do futuro Hospital de Lisboa Oriental — planeado para receber serviços dos hospitais de São José, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia, Capuchos, Desterro e a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) — estava prevista para 2016 e é um dos pontos centrais da reforma hospitalar, já que permitirá reunir num único espaço vários hospitais espalhados por edifícios da cidade que pela sua idade geram constrangimentos. O investimento total previsto do também conhecido como Hospital de Todos-os-Santos é de 600 milhões de euros. A tutela reconhece que com os prazos para o novo concurso o hospital só deverá afinal estar pronto em 2017.

O acordo de princípio para a construção do hospital foi assinado em Dezembro de 2007 pelo então ministro da Saúde, Correia de Campos. Em Setembro de 2010, o do Banco Europeu de Investimento aprovou o pedido português de financiamento até 300 milhões de euros para a construção do novo hospital, mas com garantias públicas.»

Andamos aqui para quê? :-(


Olha que coisa tão bonita que nos espera ali pela Luciano Cordeiro: http://www.wallis.pt/imovel/?rid=353432. Avenidas Novas? LOL. Vai tudo alinhado pela mesma bitola de 'qualidade'.

Apelamos à CML para agir no Chafariz da Esperança (Av. D. Carlos I)


Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Dr. António Costa


Cc. SEC, DGPC, AML, EPAL, Media


Somos a solicitar a V. Exa. que dê indicações aos serviços competentes da CML, no sentido de conceberem, desde já, e orçamentarem a respectiva verba em sede de Orçamento para o ano de 2014; o projecto de execução das necessárias e urgentes obras de restauro e salvaguarda do Chafariz da Esperança, sito no Largo da Esperança/Avenida D. Carlos I, em Lisboa, classificado como Monumento Nacional (Decreto de 16 Agosto de 1910, DG de 23.6.1910) e propriedade da CML.

Na verdade, aquele que é um dos mais importantes chafarizes de Lisboa e uma obra notável do barroco e do pombalino, realizada por Carlos Mardel (1752) e Miguel Ângelo Blasco (1768), encontra-se num profundo estado de degradação, conforme documentamos nas fotos em anexo:

Para além dos graffiti que continuam a poluir quase todo o Monumento, existem fissuras preocupantes nas estruturas em cantaria de calcário lioz, as juntas necessitam de intervenção, as carrancas encontram-se em mau estado, a água não corre, etc., etc. O Chafariz precisa, assim, de uma intervenção profunda, que lhe devolva a dignidade.

Mas também precisa de ser alvo da vigilância indispensável de modo a que não volte a ser alvo de actos de vandalismo e depredação. Nesse particular, para além da necessária iluminação forte e coerente, e à semelhança do protocolo existente entre a CML e a Polícia Judiciária, sugerimos a V. Exa. o estabelecimento de um protocolo específico para os monumentos existentes no espaço público (chafarizes, estatuária, etc.), a celebrar entre a CML, a EPAL e a Polícia de Segurança Pública e/ou Polícia Judiciária, de modo a que monumentos (MN, IIP e IIM) como o presente sejam passíveis de uma vigilância continuada e eficaz.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, António Araújo, Virgílio Marques, Jorge Lopes, Júlio Amorim, Jorge Miguel Baptista, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge Lima, Fernando Jorge, Beatriz Empis, João Mineiro

23/10/2013

«Portugal já vende palácios e monumentos»

In RTP / Lavinia Leal/Carlos Matias/Cristina Gomes (20.10.2013):

«A venda de palácios e monumentos a estrangeiros é uma das apostas do Salão Imobiliário de Lisboa que pode visitar na FIL. O objetivo é atrair investimento, principalmente de Angola e do Brasil.

Mais 2 prédios do séc. XIX para demolir em Campo de Ourique!


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado

Serve o presente para protestarmos pela demolição anunciada (aprovação por despacho) para mais 2 edifícios do Século XIX em Campo de Ourique, situação em que mais uma vez Lisboa ficará duplamente a perder, em dois sectores que a CML diz, e bem, estar empenhada em acarinhar, pois perderá uma loja de comércio de tradição e carácter (a centenária Mercearia Coutinho, na Rua do 4 de Infantaria, 50-52) e azulejaria de fachada da Fábrica Viúva Lamego (edifício da Rua Correia Teles, 10-16), conforme fotos em anexo.

Daí não conseguirmos entender como estas 2 demolições puderam ser autorizadas pela CML e, pior, podem marcar de forma indelével, o novo mandato que ora se inicia!

Lamentamos, profundamente, que, afinal, nada tenha mudado de facto na cidade em termos da preservação de edifícios do Século XIX, em termos da preservação do comércio de tradição e carácter, em termos de protecção do património azulejar da cidade, pese embora as propostas aprovadas e todos os propósitos anunciados. A Câmara Municipal de Lisboa continua a comportar-se como se este tipo de património fosse infinito ou até reproduzível...

Com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Luís Marques da Silva, Miguel Lopes Oliveira, Carlos Matos e Nuno Caiado

Lisboa ocupa a 40ª posição no ranking das 100 cidades do mundo com melhor reputação


Chegado por e-mail, de Pedro Reis:

«Estudo City Rep Trak™ 2013 Lisboa ocupa a 40ª posição no ranking das 100 cidades do mundo com melhor reputação

• Sidney é a cidade do mundo com melhor reputação, à frente de Toronto e Estocolmo;
• Europa domina o top 10 com 8 cidades;
• Lisboa ocupa a 40ª posição, à frente de cidades como Los Angeles, Miami, Rio de Janeiro, Moscovo ou Pequim;
• As cidades europeias aumentaram em média 3.1 pontos em relação aos resultados de 2012;

Lisboa 22 de Outubro de 2013 - Lisboa é 40ª cidade mais reputada do mundo no ranking das 100 cidades mundiais com melhor reputação, segundo os resultados do estudo City RepTrak™ 2013 promovido pelo Reputation Institute, um estudo anual que classifica as 100 cidades mais conceituadas do mundo através da opinião recolhida junto de mais de 22 mil pessoas oriundas dos países do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), entre janeiro e fevereiro de 2013.

Lisboa, que registou um índice de 67,08 pontos, ficou com um resultado muito semelhante a cidades como Washington (EUA), Orlando (Canadá), Milão (Itália), Perth (Austrália) e Berlim (Alemanha). Os inquiridos valorizam na cidade de Lisboa o seu “Ambiente Apelativo”, uma dimensão que tem como atributos “a beleza da cidade” e ”a oferta de uma variedade de experiências atrativas, como a gastronomia, o desporto, a arquitetura e o entretenimento” – dimensão que superou largamente as outras que também integram o estudo: o “Avanço da Economia” e a “Eficácia da sua Administração”. Portugal - Evolução da Reputação de Portugal no Estudo City Rep Trak™ [...]

Sidney foi considerada a cidade do mundo com melhor reputação – à frente de Toronto e Estocolmo. Os resultados do estudo confirmam a ligação estreita entre a reputação da cidade e o seu desempenho económico. O modelo do Reputation Institute mostra que uma cidade que sabe gerir eficazmente a sua reputação pode atrair mais turistas, maior investimento ou um influxo maior de talentos

[...] Principais Tendências do City Rep Track 2013

1. A reputação dos Países influenciou a reputação das cidades: No geral, ficou demonstrado que há uma correlação entre a reputação da cidade e a reputação do respetivo país. No entanto, há exceções: por exemplo, três das cidades chinesas avaliadas no estudo (Hong Kong, Xangai e Guangzhou) têm índices de reputação bastante superiores (mais23.5, 16.7 e 14.8 pontos respetivamente) que o da China (44 pontos). Por outro lado, três cidades australianas (Brisbane, Perth e Adelaide) têm resultados abaixo (menos 11.2, 8.2 e 5.5 pontos, respetivamente) do que a Austrália (76.1 pontos)

2. As Cidades norte-americanas continuam a melhorar as suas reputações: O pior parece ter passado para as cidades norte-americanas, que este ano reforçaram as suas reputações. Nova York aumenta 7,8 pontos, tornando-se a cidade com a melhor reputação nos EUA. Boston melhora de 7,3 pontos; Los Angeles, 4,5 pontos; Miami, 4,0 pontos; Washington DC , 3,7 pontos , e Las Vegas, 3,0 pontos.

3. As Cidades em Itália e na Grécia recuperam: A recuperação da reputação da Grécia e da Itália registados no Estudo Coutry RepTrak ® de 2013 também se reflete nas suas cidades. Atenas, que caiu de 14 pontos em 2012, este ano melhora 7,6 pontos. Por sua vez, em Itália, Veneza aumenta 6,3 pontos ; Florença 5,3; Roma e Milão crescem 4.2 pontos.

4. As cidades "emergentes" com tendência decrescente: Enquanto é evidente o crescimento dos índices de reputação dos países emergentes, como México, Coreia do Sul, Brasil, Tailândia, Indonésia ou Malásia, os valores dos índices das cidades nesses países recuam em média combinada 3,0 pontos.

5. Perceções ajudam, mas não são o suficiente: Ser uma cidade conhecida não é sinónimo de ter uma boa reputação. Sydney (1 ª no ranking de 2013), Estocolmo ( 3ª ) e Viena ( 4ª ) têm níveis de popularidade significativamente inferiores aos de Paris , Nova York, Roma ou Tóquio, mas são nitidamente superiores em termos de reputação. Quer isto dizer que há cidades com excelente reputação que ainda poderão melhorar significativamente a sua posição através de políticas de comunicação mais eficientes.

6. Europa domina o cenário mundial em reputação: As cidades europeias lideram o ranking com um índice de reputação médio de 69,8 pontos , quase dois pontos acima da média das cidades da América do Norte (68,1 ) . As cidades da Ásia-Pacífico têm , em média, uma reputação de 57,3 pontos, enquanto a média das cidades latino-americanas é de 55,5 pontos. As cidades com os piores índices de reputação são as africanas, com uma média de 53,2 pontos.

Sobre o Reputation Institute

Iuminação do Terreiro do Paço


Chegado por e-mail:

«Caros lisboetas lutadores pela defesa do património,

Nem de propósito recebi hoje belas imagens de Paris onde se pode ver como os candeeiros da zona nobre da cidade não foram substituídos por colunas ultra modernas e nem sempre eficazes.

No post que coloquei no CIDADANIA LX também agradeço à CML e sugiro que prossiga nesta reparação, que tarda. Permito-me anexar essas imagens, como boa sugestão para a nossa CML.

Já agora é de comparar as fontes da Concórdia com o estado degradado em que se estão as do Rossio, desde há vários anos! Obrigado pela vossa batalha, nem sempre compreendida por alguns que se julgam detentores da verdade.

José Honorato Ferreira


Vai-se permitindo de tudo nesta cidade...



Em Alfama vai-se desvirtuando o património desta forma.
Fotografia: Luís Raposo Alves



22/10/2013

CABOS & CABOS: Rua Álvaro Coutinho

Anjos

SEM-ABRIGO DE ARROIOS JÁ TÊM CACIFOS PRÓPRIOS


In O Corvo (22.10.2013)
Texto e foto: Samuel Alemão

«O amarelo vivo e a forma ovalada nas extremidades dão-lhe uma aparência alegre, em claro contraste com o cinzentismo ao redor. Num canto do jardim situado junto à igreja de Arroios, mesmo em frente à esquadra da PSP, onde antes se concentravam caixotes do lixo e ecopontos, existe desde a passada quinta-feira (17 de Outubro) um conjunto de 12 cacifos para os sem-abrigo da zona poderem guardar os seus pertences. O projecto inédito, que a Associação Conversa Amiga (ACA) leva a cabo com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa e a empresa Cabena, que os fabricou, pretende melhorar as condições de vida desta população, oferecendo uma maior dignidade a uma existência necessariamente precária. Trata-se de uma experiência-piloto de um ano, mas os responsáveis da ACA querem vê-la alargada, em breve, ao resto da cidade.

Os cacifos permitem que os sem-abrigo acondicionem de forma segura os seus haveres e ainda lhes garantem uma caixa postal, onde poderão receber toda a correspodência. Não é um tecto, mas já é qualquer coisa. “Achamos que as pessoas devem ter o mínimo de dignidade. Não as vai tirar de uma situação já de si má, mas vai ajudá-las bastante”, explica Duarte Paiva, 32 anos, coordenador do projecto e presidente da direcção da ACA, que idealizou os cacifos após ter constatado que quem vive na rua não tinha qualquer local onde guardar os seus bens – deixando-os à mercê da meteorologia, do risco de roubo ou de uma qualquer acção mais abrangente dos serviços municipais de limpeza. Tal condição impossibilita também que muitos deles se possam deslocar com maior liberdade, dada a preocupação em manter os seus parcos objectos. ...»

Comemorações dos 500 Anos do Bairro Alto / Visita ao Supremo Tribunal Administrativo

Face ao número elevado de interessados aquando da 1ª visita abaixo indicada, o Fórum Cidadania Lx organizará uma 2ª visita ao edifício do Supremo Tribunal Administrativo (Palacete dos Viscondes das Laranjeiras), na Sexta-feira, dia 25 de Outubro, também pelas 10h30m.

Máximo: 25 pessoas.

Inscrições: forumcidadanialx@gmail.com.

...

O Fórum Cidadania Lx associa-se às Comemorações dos 500 Anos do Bairro Alto organizando mais uma visita guiada (gratuita), desta vez ao edifício do Supremo Tribunal Administrativo (Palacete dos Viscondes das Laranjeiras), nesta Sexta-feira, dia 18 de Outubro, pelas 10h30.

Máximo: 25 pessoas.

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Apelamos à DGPC para agir pelo Edif. Ventura Terra (IIP)/ R. Alexandre Herculano, nº 57


Exma. Senhora
Directora-Geral do Património Cultural,
Dra. Isabel Cordeiro


Cc. SEC, PCML, AML, Vereador Urbanismo, Fac. Arquitectura, Media

No seguimento de outras mensagens por nós enviadas recentemente a essa Direcção-Geral, somos a solicitar a intervenção dos serviços que V. Exa. dirige no sentido de instarem a Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, proprietária (ver Despacho n.º 3099/2013, DR de 27 Fevereiro de 2013, em http://dre.pt/pdfgratis2s/2013/02/2S041A0000S00.pdf) do edifício de Ventura Terra classificado como Imóvel de Interesse Público (Portaria 303/2006, DR de 27 Janeiro) e sito na Rua Alexandre Herculano, nº 57, em Lisboa (com base no disposto no Artigo 21º, ponto 2, alínea b) da Lei nº 107/2001), a executar:

1. As medidas de protecção e salvaguarda necessárias a que este valioso edifício possa resistir às intempéries, designadamente, as obras indispensáveis que garantam a reparação das coberturas e das fachadas (inclusive as marquises a tardoz), evitando-se desta forma mais infiltrações no interior do edifício, com os consequentes (e já evidentes) estragos a nível das paredes e tectos interiores, estragando-se estuques, madeiras, e o desprendimento de mais azulejos na fachada principal; a segurança do elevador existente no edifício;

2. As obras indispensáveis que garantam a reposição (réplicas) dos valiosos azulejos Arte Nova, entretanto já caídos do friso da fachada principal; e dos candeeiros, apliques e ferragens retirados da escadaria do edifício, aquando das obras levadas a cabo em 1994/95 sob a supervisão do então IPPAR.

Recordamos que este edifício de 1903, que é também Prémio Valmor desse ano, foi desenhado pelo Arq. Miguel Ventura Terra, e tem elementos escultóricos de Teixeira Lopes e azulejos Arte Nova da Fábrica das Devesas, sendo um dos melhores edifícios datados de princípios do Século XX existentes em Lisboa e no país. (fotos: IGESPAR)

Recordamos, ainda, que a Câmara Municipal de Lisboa e a Assembleia Municipal de Lisboa tudo têm feito desde 2007 para que se proceda às obras atrás referidas, quer por via da aprovação de sucessivas Recomendações e Propostas nesse sentido, quer por via de sucessivas vistorias técnicas e instando por diversas vezes a Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, anterior proprietária. Contudo, todas as iniciativas até ao momento se mostraram infrutíferas.

Nesse sentido, cremos que a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) poderá aproveitar também aqui a oportunidade de agir e dar corpo às competências que a Lei lhe atribui («Assegurar a gestão, salvaguarda, valorização, conservação e restauro dos bens que integrem o património cultural imóvel, móvel e imaterial do País, bem como desenvolver e executar …assegurar o cumprimento das obrigações do Estado no domínio do inventário, classificação, estudo, conservação, restauro, protecção, valorização e divulgação do património cultural móvel e imóvel…»), assumindo-se como contributo decisivo para o desencadear das obras acima referidas.

Com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rita Filipe Silva, Miguel Lopes Oliveira, Beatriz Empis e Carlos Matos

21/10/2013

CABOS: o "terceiro mundo" na capital de Portugal







Só nos países de terceiro mundo, como alguns em África ou na Ásia, encontramos este problema com esta escala e falta de resposta...

Impunidade garantida


Lista de alguns locais de Lisboa onde a EMEL nunca bloqueia carros. In http://impunidadegarantida.blogspot.pt. Obrigado, Carlos Medina Ribeiro!

Congratulação por 2 boas notícias sobre iluminação pública / Terreiro do Paço e Praça Afonso de Albuquerque


Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Dr. António Costa


Cc. Srs. Vereadores do Urbanismo e do Espaço Público,
Arq. Manuel Salgado e Dr. José Sá Fernandes, AML, Media

Somos a congratular-nos com a colocação pela CML;

1. Na placa central do Terreiro do Paço, de 4 candeeiros de duplo braço e lanternas, de cariz 'clássico' (como documenta a 1ª foto em anexo), que não só julgamos serem muito mais adequados àquela Praça, como cremos ter a CML, ainda que de forma tardia, dado-nos razão.

Mais apelamos à CML para - uma vez que 'quem põe 4 põe todos' - proceder à substituição dos candeeiros existentes nos passeios laterais e norte do Terreiro do Paço, substituindo-os pelas colunas de iluminação históricas retiradas aquando da operação de requalificação da Praça, as quais, uma vez restauradas e devolvidas ao seu esplendor, poderão ser a mais-valia que ainda falta para que o essencial da requalificação do Terreiro do Paço seja, por fim, reconhecido como um sucesso. Recordamos que as colunas de iluminação, recentemente abatidas, foram ali instaladas logo nos meados do séc. XIX pelo que já faziam parte da identidade patrimonial do Terreiro do Paço.

2. No Jardim da Praça Afonso de Albuquerque, de lanternas 'lisbonenses' (foto também em anexo) nas colunas de iluminação ali existentes, devolvendo àquele belo jardim, finalmente, a dignidade que teimava em que não existir, por força das luminárias de design paupérrimo que por ali existiram durante mais de uma década.

Pelo exposto, agradecemos à CML estas duas boas notícias em termos de iluminação pública, e esperamos que continuem, não só no Terreiro do Paço, como referimos acima, com a recolocação dos candeeiros históricos, devidamente restaurados, que foram retirados recentemente; como também, por exemplo:

- Com a reparação e a dignificação dos candeeiros de cariz modernista, em marmorite, ainda existentes em Alvalade, Areeiro, Av. Guerra Junqueiro, Rua Fialho de Almeida, etc. Sublinhamos o facto importante que as colunas de marmorite deste bairro foram desenhadas e pensadas especificamente para Alvalade, como testemunham os seus nomes;
- Com a boa manutenção das colunas de iluminação de princípios do Século XX, ainda existentes no Bairro do Arco do Cego e na Av. Barbosa du Bocage, por ex.;
- Com a substituição das luminárias actuais por outras de desenho mais concordante com a época do Jardim da Praça José Fontana, como por exemplo lanternas 'lisbonenses';
- Com a substituição, a prazo, das colunas de iluminação recentemente colocadas na Ribeira das Naus e no miradouro de Santa Catarina, por exemplares mais apropriados a ambos os espaços históricos da cidade, seja por via da colocação em Santa Catarina de colunas originais (ou réplicas) de princípios do Século XX existentes em depósito na CML, e da colocação na Ribeira das Naus de réplicas dos belíssimos candeeiros existentes no Largo do Corpo Santo e na Praça Duque de Terceira (Cais do Sodré).

Renovando os nossos agradecimentos, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Miguel Lopes, António Araújo, Rui Martins, João Oliveira Leonardo, Virgílio Marques e Júlio Amorim

20/10/2013

Apelamos à DGPC para agir sobre a Quinta das Águias (Junqueira)


Exma. Senhora
Directora-Geral do Património Cultural,
Dra. Isabel Cordeiro


C.C. SEC, PCML, AML, Media


No seguimento de várias outras mensagens do mesmo teor, sobre situações similares, recentemente enviadas por nós a essa Direcção-Geral, somos a solicitar a intervenção dos serviços que V. Exa. dirige no sentido de instarem o proprietário da Quinta das Águias, sita na Rua da Junqueira, n.º 138 / Calçada da Boa Hora, n.º 3 - 5 e 29, em Lisboa, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1996 (Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996), a, com base no disposto no Artigo 21º, ponto 2, alínea b) da Lei nº 107/2001, a:

1. Executar as medidas de protecção e salvaguarda necessárias a que este histórico e ainda valioso edifício, apesar do abandono declarado a que foi votado na última década e meia e de todas as mal-feitorias que lhe permitiram e de que foi alvo (de que damos conta nas imagens em anexo, em fotos do blog S.O.S. Lisboa, de 2008), possa resistir às intempéries e a eventuais novos roubos e/ou actos de vandalismo; abrangendo, portanto, as necessárias obras de conservação e recuperação que um imóvel desta importância exige e é suposto os seus proprietários observarem por via da Lei em vigor, e;

2. Indicar ao proprietário (com conhecimento à CML), o ‘caderno de encargos’ que estabeleça os elementos arquitectónicos e decorativos a preservar (os mármores e os estuques, as pinturas, os ferros forjados e os azulejos setecentistas e oitocentistas, as madeiras, a clarabóia e o lanternim, as árvores de maior porte do jardim e que merecem, inclusive, classificação pela Autoridade Florestal Nacional (mas que foram impedidos de o fazer pelo proprietário), prévia e obrigatoriamente, em sede de projecto de alterações/ ampliação/demolição/construção nova a submeter à CML, antes de qualquer aprovação que se revele extemporânea e nefasta em termos de preservação do património ainda existente.

Recordamos que a história deste palácio, jardins e capela remonta ao Século XVIII e a D. Diogo de Mendonça Corte-Real, seu proprietário e Secretário de Estado de D. João V, e a Fortunato Lodi e a Carlos Mardel, seus autores, independentemente a quinta ter sido objecto de obras de remodelação na primeira metade do Século XX, por Vasco Regaleira e Jorge Segurado.

Independentemente do desinteresse que a Câmara Municipal de Lisboa tem manifestado ao longo do tempo para com o destino da Quinta das Águias, cremos a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) pode aproveitar também aqui a oportunidade de marcar a diferença e de agir, dando assim corpo às competências que a Lei lhe atribui:

«Assegurar a gestão, salvaguarda, valorização, conservação e restauro dos bens que integrem o património cultural imóvel, móvel e imaterial do País, bem como desenvolver e executar …assegurar o cumprimento das obrigações do Estado no domínio do inventário, classificação, estudo, conservação, restauro, protecção, valorização e divulgação do património cultural móvel e imóvel…»

Reafirmamos mais uma vez a nossa convicção, Senhora Directora-Geral, de que pelas boas-práticas, os cidadãos de Lisboa recuperarão a confiança e a estima por essa Instituição.

Com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, João Mineiro, Paulo Guilherme Figueiredo, Pedro Malheiros de Fonseca, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Fernando Jorge, Beatriz Empis, João Oliveira Leonardo, José Morais Arnaud, Fernando Jorge, Miguel Lopes, António Araújo e Carlos Matos

Ainda existem algumas coisas magnificas por essa Avenida da República....



..e é difícil não as distinguir do resto !!

19/10/2013

POSTAL DA BAIXA: Rua de São Nicolau


Passei por Alfama e vi isto:


Chegado por e-mail:

«Há uma mania em Portugal de estragar sítios bonitos com casas novas em vez de recuperar as casas antigas, que existem e são abandonadas.

Um de muitos exemplos disto é o actual Museu dos Coches. Não seria mais simples ter feito um projecto para acabar e completar o Palácio da Ajuda. Ficava bem na ala incompleta da Ajuda o novo museu dos coches.

Os judeus sempre tiveram algum bom senso, inteligência, cultura e bom gosto, pelo que sugiro que se encontre uma casa antiga na Rua da Judiaria para fazer um Museu, ou atenta a emigração e as viagens seja o mesmo instalado da Estação na Rocha do Conde Óbidos para se visitarem os murais do Almada.

Fazer um prédio moderno em Alfama não fica bem a Lisboa, a Alfama, nem aos descendentes do Rei David.

Com estima

MARTINHO VILLANI»

LISBOA: depois das eleições

A defenição de mobilidade à maneira lisboeta, em plena Praça de Alvalade, primeiro bairro moderno de Lisboa.

18/10/2013

Amianto em pleno Chiado....a saúde pública que se lixe !!


Numa das ruas transversais à Rua Garret podia-se observar este cenário nos primeiros dias de Outubro. Estas antigas coberturas de fibrocimento (conteúdo de amianto), todas elas quebradas e, em contentor aberto. O operário que se vê na imagem não era portador de qualquer protecção.

A legislação portuguesa é rigorosíssima em relação ao uso, remoção, transporte, aterros, etc. destes materiais e, respectiva segurança no trabalho, o que se pode verificar no Decreto-Lei n.º 266/2007

dre.pt/pdf1s/2007/07/14100/0468904696.pdf

..no qual se pode ler:

"Investigações posteriores concluíram que todas as fibras de amianto são cancerígenas, qualquer que seja o seu tipo ou origem geológica. O Programa sobre Segurança das Substâncias Químicas, da Organização Mundial de Saúde, concluiu que a exposição ao crisótilo envolve riscos acrescidos de asbestose, de cancro do pulmão e de mesotelioma, bem como que não se conhecem valores limite de exposição abaixo dos quais não haja riscos cancerígenos."


Foto retirada do site da Prosma, firma especializada na remoção destes materiais (repare-se na protecção dos operários).
 
 
Foto retirada do site da Recifemetal: Coberturas de fibrocimento devidamente embaladas e, operário com protecção total. 

 Leis para papel....a saúde pública que se lixe.



Chegaram candeeiros novos ao Terreiro do Paço ;-)


Fotos: Marco Sousa

LISBOA: depois das eleições

...mais uma vez, o eléctrico 28 preso no Chiado devido a um carro estacionado em cima do passeio e da faixa de rodagem - um cenário típico lisboeta!