Segundo esta notícia, parece que a CML está a negociar, e bem, a desistência do projecto da Servilusa no bairro de Alvalade. Até ver, os moradores estão contentes e eu também. Claro que ficam alguns aspectos curiosos por decifrar e registrar. Eis alguns:
1. Se não fossem os moradores a rebelar-se a tempo, provavelmente a Junta teria ficado calada, a CML autorizaria tudo e a instalação do "morte-shopping" seria mais um facto consumado.
2. Se não fossem os media (e a preciosa ajuda da Net), provavelmente nem a CML nem a Junta (e muito menos esta...) mexeriam um dedo contra o desenvolvimento do projecto naquele local, que basta conhecer o local para o considerar uma aberração e um atentado à qualidade de vida naquele bairro.
3. Depois de a Servilusa ter comprado o edifício em causa, ainda se podia ver no mesmo a placa "Vende-se", como se o mesmo ainda estivesse à venda. Porquê?
4. A Servilusa mantém que tem autorização da CML para avançar com as obras, e a vereação do urbanismo afirma o contrário. Em que ficamos?
5. Mais uma vez o dia a dia dos munícipes é gerido de forma casuística e a reboque dos acontecimentos. O centro funerário é de reprovar naquele local, como o é o outro, o da Igreja de Santa Joana. Simplesmente, os moradores da zona deste último calaram, consentindo. A imprensa não fez eco. E a CML ignorou, assumindo a concordância de todos.
PF
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