A propósito do veemente protesto do Bernardo Ferreira de Carvalho, e do foi noticiado, pelo menos, pelo Público, pela Visão e pela Grande Reportagem, não podemos ficar bem com a nossa consciência enquanto não fizermos algo para evitar a perda de um local tão genuinamente Garrettiano. Brevemente iremos lançar uma inicitiva no sentido de preservar os nºs 66 e 68 da Rua Saraiva de Carvalho, a casa onde morou e morreu Almeida Garrett. E por várias razões, tais como manter a traça daquela rua de Lisboa, preservar um edifício que tem motivos para ser preservado e, finalmente, garantir um espaço de memória de Garrett, verosímil porque era a própria casa do autor. Estejam atentos!
Enquanto isso não acontece, aqui ficam algumas linhas de Garrett que se aplicam irónica e inteiramente ao caso em apreço:
"Ergue-te, Santarém e diz ao ingrato Portugal que te deixe em paz ao menos as tuas ruínas (...) diz-lhes que não te vendam as pedras dos teus templos, que não façam palheiros e estrebarias das tuas igrejas; que não mandem os soldados jogar à péla com as caveiras dos teus reis, e à bilharda com as canelas dos teus santos".
PF
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