Anteontem foi o Jardim Botânico que se queixou de não ter dinheiro para pagar a água para regar os seus (nossos) tesouros. Ontem, foi o Zoo que ficou sem os dinheiros de que precisava para cumprir as directivas comunitárias, adiando mais uma vez as obras prometidas. Etc, etc..
A civilidade, a qualidade de vida, o bem-estar, a saúde de uma cidade mede-se de muitas maneiras. Uma dela é esta: Crise voltou à União Zoófila. Uma cidade que assiste, todos anos, sazonalmente, ao abandono de cães e gatos pelos donos, por mil e uma desculpas de mau pagador; uma cidade em que uma das raras instituições - a União Zoófila - que se ocupam da recolha, tratamento, alojamento e encaminhamento desses animais se vê continuamente sem as quotas dos próprios associados, que tem que pagar água, gás e luz como se fosse uma entidade com fins lucrativos, e que vive do voluntarismo de alguns que não "quem de direito", é uma cidade atrasada. É isso que Lisboa é, por mais que se afirme o contrário.
PF
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