Faço minhas as palavras de Criar-te, que acabo de ler, tardiamente, por culpa minha:
"a 19 de Março fiquei feliz quando vi que iam recuperar a antiga Pompadour na Rua Garrett.
depois da "obra" feita devo confessar que estou desiludida e triste: os frescos do tecto e os balcões que faziam conjunto com as portas desapareceram; fizeram uns acabamentos a que os “senhores empreiteiros” costumam chamar de luxo, com mármores e focos encastrados na montra. surge assim um espaço comercial de confecções estrangeiras com decoração de mau gosto requintado.o “novo riquismo” e o “pastiche” mal feito apagam as memórias da perfumaria que ainda me lembro. estava decadente mas tinha muito potencial.
entristece-me ver que o alumínio (o verdadeiro e o figurado) falam sempre mais alto neste país, que podia ser um dos mais bonitos da Europa."
É lamentável o que fizeram com a velhinha Pompadour, no Chiado - aliás o mesmo se passou com a loja da Rua Garrett (será perseguição?), que faz esquina com a Serpa Pinto. Já resta tão pouco do comércio dos bons tempos: Perfumaria Benamor, Sapataria Lorde, Alfaiataria Ramiro Correia, Intimissimi (Rua Augusta), a leitaria Camponesa (Rua dos Sapateiros), cada vez menos barbearias e casas de chá e café, algumas tabacarias por aí, e as retrosarias na Rua da Conceição. Pouco, muito pouco.
Duas perguntas:
- Será que ninguém pode intervir enquanto ainda é tempo?
- Será que estas obras de gosto duvidoso são comparticipadas ao abrigo do Fundo de Reconstrução do Chiado? Se for esse o caso, feche-se já o fundo!
PF
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
29/06/2005
Antena 1, debate com os cinco candidatos
A propósito do debate de amanhã entre os 5 candidatos a Lisboa, na Antena 1 - a ser gravado amanhã, 5ª Feira, e a ser transmitido na 6ª Feira - gostava que lhes perguntassem o seguinte:
1. Será desta que o Tejo começa a ser despoluído?
2. Porque razão a Feira Popular não há-de ser fora de Lisboa?
3. Qual dos candidatos tem coragem para acabar com as empresas municipais?
4. Quem se compromete a fazer regressar as linhas de eléctrico aos eixos fundamentais de Lisboa, ligando-os à periferia?
5. Como é possível que os prédios a cair sejam na sua maioria propriedade de bancos?
PF
P.S. No caso de alguém querer colocar perguntas aos candidatos deve fazê-lo para: antena1@rdp.pt ou antena1.direccao@rdp.pt.
1. Será desta que o Tejo começa a ser despoluído?
2. Porque razão a Feira Popular não há-de ser fora de Lisboa?
3. Qual dos candidatos tem coragem para acabar com as empresas municipais?
4. Quem se compromete a fazer regressar as linhas de eléctrico aos eixos fundamentais de Lisboa, ligando-os à periferia?
5. Como é possível que os prédios a cair sejam na sua maioria propriedade de bancos?
PF
P.S. No caso de alguém querer colocar perguntas aos candidatos deve fazê-lo para: antena1@rdp.pt ou antena1.direccao@rdp.pt.
Palácio da Rosa: falta de espaço emperra hotel
Eis uma notícia que convém repescar para a campanha eleitoral, e que vai de encontro às nossas preocupações: é preciso reavaliar a questão da instalação de um hotel no Palácio da Rosa, mais a mais com as exigências que parece serem agora as da empresa madeirense envolvida!
Porquê? Porque tal como sugerimos aqui, aquela zona tem que ser objecto de uma solução integrada património-mobilidade-cidadania, e nunca à base de um equipamento único, mais a mais um hotel. Ou seja, tem que se
- resolver o problema do acesso ao Castelo de São Jorge, teatro romano, Teatro Taborda, sem destruir a silhueta da colina, optando pela construção de uma série de escadas-rolantes (dentro de prédios da Rua Fanqueiros e Rua Madalena; escadinhas do Chão do Loureiro e escadinhas do Largo da Rosa);
- demolir o mercado do Chão do Loureiro, construindo estacionamento subterrâneo e jardim à superfície;
- condicionar o trânsito em toda zona à semelhança do Bairro Alto, Bica e Alfama;
- reavaliar a instalação do hotel no Palácio da Rosa (até porque está também previsto um hotel de charme no Convento Corpus Christi, na Rua dos Fanqueiros), porque não abrindo alas para a instalação da Colecção Berardo no Palácio da Rosa?
PF
Porquê? Porque tal como sugerimos aqui, aquela zona tem que ser objecto de uma solução integrada património-mobilidade-cidadania, e nunca à base de um equipamento único, mais a mais um hotel. Ou seja, tem que se
- resolver o problema do acesso ao Castelo de São Jorge, teatro romano, Teatro Taborda, sem destruir a silhueta da colina, optando pela construção de uma série de escadas-rolantes (dentro de prédios da Rua Fanqueiros e Rua Madalena; escadinhas do Chão do Loureiro e escadinhas do Largo da Rosa);
- demolir o mercado do Chão do Loureiro, construindo estacionamento subterrâneo e jardim à superfície;
- condicionar o trânsito em toda zona à semelhança do Bairro Alto, Bica e Alfama;
- reavaliar a instalação do hotel no Palácio da Rosa (até porque está também previsto um hotel de charme no Convento Corpus Christi, na Rua dos Fanqueiros), porque não abrindo alas para a instalação da Colecção Berardo no Palácio da Rosa?
PF
Casa Garrett, congratulamo-nos com suspensão da demolição!
Enquanto autores da petição em prol da Casa Garrett, congratulamo-nos com a suspensão da demolição ordenada pelo Senhor Presidente da CML, felicitando o Dr. Pedro Santana Lopes pela atitude de extremo bom senso e oportunidade política; e que vem ao encontro do que havíamos solicitado publicamente ao proprietário do imóvel, isto é, que ele aguardasse pelo próximo presidente da CML, para então sim se decidir sobre a melhor forma de todas as partes sairem satisfeitas, incluindo a memória do próprio Garrett.
Sendo assim, renovamos aqui o nosso pedido público ao próximo presidente da CML, Prof. Manuel Maria Carrilho ou Prof. Carmona Rodrigues, para que imediatamente após as eleições, resolva este assunto de vez, classificando a casa de Garrett como imóvel de interesse concelhio, e negociando a aquisição da casa. Uma vez isto feito, a CML deve avançar com:
- A recuperação do edifício, seguindo as descrições nos próprios escritos do autor, e encetando negociações com os herdeiros do dramaturgo, e com os especialistas em Garrett, com vista a reunir o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia (com menús à base das receitas descritas por Garrett, vide Edições Colares);
- O estabelecimento de protocolos com as Edições Sá da Costa e com a Europa-América, apoiando, se necessário, reedições das obras de Garrett, com vista ao municiamento da casa-museu com obras em português, castelhano, inglês, francês e alemão;
- O estabelecimento de protocolos com escolas e com o Teatro Dona Maria II, com vista a visitas de estudo e intercâmbio de programação;
- O envolvimento activo do Instituto Camões enquanto pilar da cultura e línguas portuguesas, solicitando-lhe a melhor divulgação da casa-museu e a ajuda indispensável ao próprio municiamento desta;
- A atribuição da gestão do espaço ao Centro Nacional de Cultura, entidade de enorme prestígio e reconhecida competência para zelar pela nossa cultura e para gerir um espaço como o que se pretende para ali.
Agradecemos o empenho de todos quantos têm vindo a envolver-se directamente nesta batalha (CNC, APE, Pen Clube, SPA, deputados municipais e da AR), bem como a simpatia, o profissionalismo e o empenho dos jornalistas de A Capital, Correio da Manhã, Destak, Diário de Notícias, Expresso, Jornal da Região, Jornal de Notícias, Lusa, Magazine de Artes, Metro, O Independente, Público, RTP e SIC, que têm dado voz às nossas reivindicações. Aos blogues e à Net, sem a qual tudo seria muito mais difícil.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Sendo assim, renovamos aqui o nosso pedido público ao próximo presidente da CML, Prof. Manuel Maria Carrilho ou Prof. Carmona Rodrigues, para que imediatamente após as eleições, resolva este assunto de vez, classificando a casa de Garrett como imóvel de interesse concelhio, e negociando a aquisição da casa. Uma vez isto feito, a CML deve avançar com:
- A recuperação do edifício, seguindo as descrições nos próprios escritos do autor, e encetando negociações com os herdeiros do dramaturgo, e com os especialistas em Garrett, com vista a reunir o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia (com menús à base das receitas descritas por Garrett, vide Edições Colares);
- O estabelecimento de protocolos com as Edições Sá da Costa e com a Europa-América, apoiando, se necessário, reedições das obras de Garrett, com vista ao municiamento da casa-museu com obras em português, castelhano, inglês, francês e alemão;
- O estabelecimento de protocolos com escolas e com o Teatro Dona Maria II, com vista a visitas de estudo e intercâmbio de programação;
- O envolvimento activo do Instituto Camões enquanto pilar da cultura e línguas portuguesas, solicitando-lhe a melhor divulgação da casa-museu e a ajuda indispensável ao próprio municiamento desta;
- A atribuição da gestão do espaço ao Centro Nacional de Cultura, entidade de enorme prestígio e reconhecida competência para zelar pela nossa cultura e para gerir um espaço como o que se pretende para ali.
Agradecemos o empenho de todos quantos têm vindo a envolver-se directamente nesta batalha (CNC, APE, Pen Clube, SPA, deputados municipais e da AR), bem como a simpatia, o profissionalismo e o empenho dos jornalistas de A Capital, Correio da Manhã, Destak, Diário de Notícias, Expresso, Jornal da Região, Jornal de Notícias, Lusa, Magazine de Artes, Metro, O Independente, Público, RTP e SIC, que têm dado voz às nossas reivindicações. Aos blogues e à Net, sem a qual tudo seria muito mais difícil.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
28/06/2005
Casa Garrett, que balanço até agora?
Numa altura em que há novos desenvolvimentos relativamente à Casa de Garrett, e que outros hão-de vir, julgamos conveniente deixar aqui um memento sobre os resultados práticos daquilo que foi dito e feito desde que lançámos a nossa petição, em Outubro passado (por sinal uma petição que já vem no seguimento de múltiplas chamadas de atenção públicas, feitas isoladamente durante os últimos anos). Petição que entregámos à CML, ao Ippar e ao Instituto Camões, em Março passado, por alturas do nascimento de Garrett, com cerca de 2.300 assinaturas de lisboetas, portugueses e estrangeiros. Aqui vai:
Apelámos a:
- Sua Excelência o Senhor Presidente da República, enquanto supremo magistrado, homem culto e ex-Presidente da CML;
- Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, enquanto responsável pelo governo, líder partidário e homem culto;
- Senhor Provedor da Justiça, enquanto zelador dos valores de cidadania;
Análise objectiva ao comportamento da CML:
- A CML fez ouvidas moucas aos pedidos que lhe foram feitos nos últimos 150 anos por quem sempre apelou à compra do imóvel e à sua transformação em casa-museu:
- A CML, não contente com o facto de ter permitido uma operação imobiliária de contornos especulativos, foi indiferente ao projecto de demolição do actual proprietário, aprovando-o como se fosse relativo a um outro edifício qualquer;
- A CML não respondeu aos promotores da petição;
- A CML desresponsabilizou-se do assunto ignorando a hipótese de classificar a casa como "imóvel de interesse municipal", remetendo responsabilidades para o IPPAR/MC;
- A CML justificou-se com "desculpas de mau pagador" (ex. falta de verba, suposta ausência de espólio do escritor, suposto pouco valor arquitectónico da casa, existência da casa-museu Pessoa nas vizinhanças - esta mesma num edifício sem qualquer valor arquitectónico e de pouca de memória do poeta), como se comprovam nas afirmações das Senhoras Vereadoras da Cultura e da Reabilitação Urbana;
- A CML mentiu sobre o estado actual do interior do edifício, como se comprova no local;
- Já em relação à Junta de Freguesia de Santa Isabel, cuja sede está na mesma rua da Casa de Garrett, o seu silêncio ao longo dos anos é revelador da tamanha inutilidade da instituição "junta de freguesia".
Análise objectiva ao comportamento do MC/IPPAR:
- A Senhora Ministra da Cultura mostrou-se sensível ao caso, e disse ir estar atenta ao parecer do IPPAR; mas após o parecer deste último desresponsabilizou-se do assunto, passando a responsabilidade novamente para a CML e para os cidadãos (!);
- O IPPAR, ao contrário do que as suas posições iniciais faziam supôr, recusou-se a classificar o edifício como sendo de interesse público, declarando que o melhor seria classificá-lo como "imóvel de interesse concelhio", confessando desconhecer que existe espólio, que o escritor tinha deixado escritos no sentido de vir ter ali a sua casa-museu, e desconhecendo que o projecto de construção nova de 4 andares nada tem a ver com a traça da rua;
- O IPPAR nem sequer respondeu aos promotores da petição.
Análise objectiva ao comportamento do Instituto Camões:
- O Instituto Camões não respondeu aos promotores da petição.
- O Instituto Camões não tomou qq posição pública sobre o assunto, pelo que se conclui que acha que a língua portuguesa é apenas abrir centros de português no mundo, editando livros em português, ignorando que a língua portuguesa é também feita de lugares como espaços de memória dos artistas dessa língua, a começar por Garrett. É caso para dizer o que faz Garrett no site do Instituto Camões?
Agradecemos a ajuda amiga do Centro Nacional de Cultura:
- O CNC, na figura do seu Presidente, sempre esteve do lado da preservação, classificação e conversão da casa de AG em casa-museu, e deu mostras públicas disso ao promover a nossa petição, a ao intervir publicamente de forma continuada e determinada na prossecução daqueles objectivos. Pelos resultados alcançados, e infelizmente, conclui-se que o peso do CNC ainda não é o devido numa sociedade culta e desenvolvida.
- Foi-lhe feito um repto no sentido de se arregimentarem vontades para a abertura de uma conta bancária, em nome do CNC, no sentido de possibilitar a compra da casa ao proprietário, pelo que se aguarda por decisão da Direcção do CNC nesse sentido. Pelas declarações do proprietário estão em causa cerca de largos milhares de contos.
Agradecemos a ajuda amiga da Assembleia da República e da Assembleia Municipal, nomeadamente aos deputados que defenderam publicamente os nossos propósitos (a começar por Manuel Alegre, vice-presidente e deputado da AR, e putativo candidato a PR). Infelizmente, o resultado prático é nulo. Mas é à AR e à AM que compete legislar e fazer cumprir a lei para que no futuro não seja permitido que, a coberto da legalidade, aconteçam mais casos como o da Casa Garrett.
Agradecemos a ajuda amiga da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Portuguesa de Escritores e do Pen Clube que se têm mostrado indignados pela situação a que se chegou, própria de um país de iletrados e displicentes face ao património que os nossos antepassados nos vêm deixando.
Não agradecemos às fundações Gulbenkian, Oriente, etc., contactadas no sentido de se disponibilizarem como mecenas nesta operação de resgate da casa do autor de "Viagens da Minha Terra", porque nem sequer responderam ao que lhes solicitámos.
Nem agradecemos à Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, porque se recusou a incluir na programação da Feira do Livro, uma sessão sobre o assunto, refugiando-se em falsos argumentos. A CML, estamos certos, agradece.
Em relação ao proprietário, que por acaso é ministro, queremos esclarecer que
- Sempre agiu dentro da lei, o que revela o quão mal está a lei;
- Enquanto homem culto, ainda não demonstrou sê-lo (ser-se coleccionador de fotos de Man Ray não chega!);
- Enquanto cidadão, portou-se mal pois quando comprou a casa sabia-a envolta em polémica, e veio falar de números quando a ocasião aconselhava ao silêncio e à ponderação; agora recusa-se a esperar pelos resultados das eleições de Outubro, tendo iniciado os preparativos para a demolição da casa em plena época estival;
- Enquanto ministro, portou-se mal pois os bons exemplos têm que vir de cima.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Apelámos a:
- Sua Excelência o Senhor Presidente da República, enquanto supremo magistrado, homem culto e ex-Presidente da CML;
- Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, enquanto responsável pelo governo, líder partidário e homem culto;
- Senhor Provedor da Justiça, enquanto zelador dos valores de cidadania;
Análise objectiva ao comportamento da CML:
- A CML fez ouvidas moucas aos pedidos que lhe foram feitos nos últimos 150 anos por quem sempre apelou à compra do imóvel e à sua transformação em casa-museu:
- A CML, não contente com o facto de ter permitido uma operação imobiliária de contornos especulativos, foi indiferente ao projecto de demolição do actual proprietário, aprovando-o como se fosse relativo a um outro edifício qualquer;
- A CML não respondeu aos promotores da petição;
- A CML desresponsabilizou-se do assunto ignorando a hipótese de classificar a casa como "imóvel de interesse municipal", remetendo responsabilidades para o IPPAR/MC;
- A CML justificou-se com "desculpas de mau pagador" (ex. falta de verba, suposta ausência de espólio do escritor, suposto pouco valor arquitectónico da casa, existência da casa-museu Pessoa nas vizinhanças - esta mesma num edifício sem qualquer valor arquitectónico e de pouca de memória do poeta), como se comprovam nas afirmações das Senhoras Vereadoras da Cultura e da Reabilitação Urbana;
- A CML mentiu sobre o estado actual do interior do edifício, como se comprova no local;
- Já em relação à Junta de Freguesia de Santa Isabel, cuja sede está na mesma rua da Casa de Garrett, o seu silêncio ao longo dos anos é revelador da tamanha inutilidade da instituição "junta de freguesia".
Análise objectiva ao comportamento do MC/IPPAR:
- A Senhora Ministra da Cultura mostrou-se sensível ao caso, e disse ir estar atenta ao parecer do IPPAR; mas após o parecer deste último desresponsabilizou-se do assunto, passando a responsabilidade novamente para a CML e para os cidadãos (!);
- O IPPAR, ao contrário do que as suas posições iniciais faziam supôr, recusou-se a classificar o edifício como sendo de interesse público, declarando que o melhor seria classificá-lo como "imóvel de interesse concelhio", confessando desconhecer que existe espólio, que o escritor tinha deixado escritos no sentido de vir ter ali a sua casa-museu, e desconhecendo que o projecto de construção nova de 4 andares nada tem a ver com a traça da rua;
- O IPPAR nem sequer respondeu aos promotores da petição.
Análise objectiva ao comportamento do Instituto Camões:
- O Instituto Camões não respondeu aos promotores da petição.
- O Instituto Camões não tomou qq posição pública sobre o assunto, pelo que se conclui que acha que a língua portuguesa é apenas abrir centros de português no mundo, editando livros em português, ignorando que a língua portuguesa é também feita de lugares como espaços de memória dos artistas dessa língua, a começar por Garrett. É caso para dizer o que faz Garrett no site do Instituto Camões?
Agradecemos a ajuda amiga do Centro Nacional de Cultura:
- O CNC, na figura do seu Presidente, sempre esteve do lado da preservação, classificação e conversão da casa de AG em casa-museu, e deu mostras públicas disso ao promover a nossa petição, a ao intervir publicamente de forma continuada e determinada na prossecução daqueles objectivos. Pelos resultados alcançados, e infelizmente, conclui-se que o peso do CNC ainda não é o devido numa sociedade culta e desenvolvida.
- Foi-lhe feito um repto no sentido de se arregimentarem vontades para a abertura de uma conta bancária, em nome do CNC, no sentido de possibilitar a compra da casa ao proprietário, pelo que se aguarda por decisão da Direcção do CNC nesse sentido. Pelas declarações do proprietário estão em causa cerca de largos milhares de contos.
Agradecemos a ajuda amiga da Assembleia da República e da Assembleia Municipal, nomeadamente aos deputados que defenderam publicamente os nossos propósitos (a começar por Manuel Alegre, vice-presidente e deputado da AR, e putativo candidato a PR). Infelizmente, o resultado prático é nulo. Mas é à AR e à AM que compete legislar e fazer cumprir a lei para que no futuro não seja permitido que, a coberto da legalidade, aconteçam mais casos como o da Casa Garrett.
Agradecemos a ajuda amiga da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Portuguesa de Escritores e do Pen Clube que se têm mostrado indignados pela situação a que se chegou, própria de um país de iletrados e displicentes face ao património que os nossos antepassados nos vêm deixando.
Não agradecemos às fundações Gulbenkian, Oriente, etc., contactadas no sentido de se disponibilizarem como mecenas nesta operação de resgate da casa do autor de "Viagens da Minha Terra", porque nem sequer responderam ao que lhes solicitámos.
Nem agradecemos à Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, porque se recusou a incluir na programação da Feira do Livro, uma sessão sobre o assunto, refugiando-se em falsos argumentos. A CML, estamos certos, agradece.
Em relação ao proprietário, que por acaso é ministro, queremos esclarecer que
- Sempre agiu dentro da lei, o que revela o quão mal está a lei;
- Enquanto homem culto, ainda não demonstrou sê-lo (ser-se coleccionador de fotos de Man Ray não chega!);
- Enquanto cidadão, portou-se mal pois quando comprou a casa sabia-a envolta em polémica, e veio falar de números quando a ocasião aconselhava ao silêncio e à ponderação; agora recusa-se a esperar pelos resultados das eleições de Outubro, tendo iniciado os preparativos para a demolição da casa em plena época estival;
- Enquanto ministro, portou-se mal pois os bons exemplos têm que vir de cima.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Casa Garrett, o CNC tem sido incansável, mas é preciso mais!
No seguimento dos últimos desenvolvimentos relativos à casa que Garrett mandou construir, onde viveu e morreu, CNC renova apelo em defesa da última casa de Garrett. Obrigado Dr. Oliveira Martins, mas, infelizmente, é preciso mais; que se avance com a criação de conta bancária!
PF
PF
27/06/2005
Moradores do Bairro de São João de Brito realojados na Mata de Alvalade?!!
Fiquei a conhecer este bairro há 5 anos, por altura da polémica à volta de uma possível transferência dos seus moradores daquele (e de outro bairro ilegal, na mesma freguesia) para local que não era do agrado dos moradores. Uns quantos foram, mas a maioria haveria de ficar. Há 4 anos todos os candidatos à CML foram visitar o bairro, prometendo mundos e fundos. São pouco mais de 200 pessoas, cujos votos até poderão ser importantes, se nos lembrarmos dos últimos resultados em Lisboa. Por isso fico contente em finalmente se fazer justiça para quem nunca viveu em barracas antes de para ali ser votado ao abandono, na sequência da descolonização de 74-75.
Contudo, a coisa muda radicalmente de tom se pensarmos que os terrenos onde este bairro se encontra, na chamada Quinta do Carrapato, são terrenos muito apetecíveis pois estão paredes meias com a 2ª Circular, bem juntinho ao ainda Aeroporto de Lisboa. E ainda muda mais de tom quando vemos que a CML, afinal, se prepara para mais uma vez mudar ajeitar o PDM à vontade e à ocasião do momento, ao querer transformar uma zona verde de Alvalade - a Mata de Alvalade - numa zona de construção, com tudo de mau que advirá disso.
Não haverá por acaso outras zonas para instalar as famílias do Bairro de São de Brito? É que, de repente, estou a lembrar-me de uma zona, bem junto à actual Junta de Freguesia de São João de Brito (por detrás dela, aliás), onde podiam construir perfeitamente as casas para as 120 famílias, que ficariam bem instaladas, perto da zona onde actualmente estão e com fácil acesso aos transportes públicos. E assim se evitava mudar o PDM e, sobretudo, dar cabo de uma das poucas zonas verdes de Alvalade.
PF
Contudo, a coisa muda radicalmente de tom se pensarmos que os terrenos onde este bairro se encontra, na chamada Quinta do Carrapato, são terrenos muito apetecíveis pois estão paredes meias com a 2ª Circular, bem juntinho ao ainda Aeroporto de Lisboa. E ainda muda mais de tom quando vemos que a CML, afinal, se prepara para mais uma vez mudar ajeitar o PDM à vontade e à ocasião do momento, ao querer transformar uma zona verde de Alvalade - a Mata de Alvalade - numa zona de construção, com tudo de mau que advirá disso.
Não haverá por acaso outras zonas para instalar as famílias do Bairro de São de Brito? É que, de repente, estou a lembrar-me de uma zona, bem junto à actual Junta de Freguesia de São João de Brito (por detrás dela, aliás), onde podiam construir perfeitamente as casas para as 120 famílias, que ficariam bem instaladas, perto da zona onde actualmente estão e com fácil acesso aos transportes públicos. E assim se evitava mudar o PDM e, sobretudo, dar cabo de uma das poucas zonas verdes de Alvalade.
PF
23/06/2005
Casa Garrett: começou a demolição!
Aproveitando a época estival e a desresponsabilização de quem de direito (CML, Ippar e MC), o proprietário da Casa de Garrett começou a demolição daquela que tem sido a causa de muitos de nós: a preservação e recuperação da última morada do autor de "Viagens da Minha Terra".
Com efeito, já está montada uma grua no Cemitério dos Inglesinhos, bem como afixado um anúncio na porta da referida casa, informando os transeuntes que a mesma vai para "obras". A destruição do interior já começou.
Como autores da petição pela classificação e transformação da casa de Garrett em casa-museu do dramaturgo, escritor e político - por sinal, desejo que o próprio escritor manifestou e que tem sido reivindicado ao longo dos últimos 150 anos - , queremos reafirmar o nosso mais profundo repúdio pela atitude do proprietário, que deste modo se recusa a esperar pelo resultado das eleições autárquicas, e a parar para pensar na hipótese de transferir o seu projecto de construção para outro local que não aquele; indo assim contra o sentimento de milhares de pessoas para quem a memória de Garrett não se resume a um nome de rua, sala de teatro ou pastelaria.
Compreendemos o "esforço titânico" que o proprietário demonstra em querer impulsionar a economia portuguesa, através de um política tipicamente keynesiana de disparo da despesa agregada, naquilo que ela tem de mais genuinamente português: a construção civil. No entanto, chamamos a atenção do proprietário que isso talvez nem o mais comum dos diplomados no livro de razão tivesse sequer a ideia de fazer, perante a memória e o legado de alguém como Garrett.
Neste momento não sabemos que mais poderemos fazer, que não apelarmos a todos os amigos desta causa, dos jornalistas às individualidades e ao comum dos cidadãos que se solidarizaram connosco; para denunciarem estes últimos acontecimentos e juntarmos esforços concretos no sentido de se evitar a perda irreversível da casa de Garrett.
Muito obrigado a todos!!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Com efeito, já está montada uma grua no Cemitério dos Inglesinhos, bem como afixado um anúncio na porta da referida casa, informando os transeuntes que a mesma vai para "obras". A destruição do interior já começou.
Como autores da petição pela classificação e transformação da casa de Garrett em casa-museu do dramaturgo, escritor e político - por sinal, desejo que o próprio escritor manifestou e que tem sido reivindicado ao longo dos últimos 150 anos - , queremos reafirmar o nosso mais profundo repúdio pela atitude do proprietário, que deste modo se recusa a esperar pelo resultado das eleições autárquicas, e a parar para pensar na hipótese de transferir o seu projecto de construção para outro local que não aquele; indo assim contra o sentimento de milhares de pessoas para quem a memória de Garrett não se resume a um nome de rua, sala de teatro ou pastelaria.
Compreendemos o "esforço titânico" que o proprietário demonstra em querer impulsionar a economia portuguesa, através de um política tipicamente keynesiana de disparo da despesa agregada, naquilo que ela tem de mais genuinamente português: a construção civil. No entanto, chamamos a atenção do proprietário que isso talvez nem o mais comum dos diplomados no livro de razão tivesse sequer a ideia de fazer, perante a memória e o legado de alguém como Garrett.
Neste momento não sabemos que mais poderemos fazer, que não apelarmos a todos os amigos desta causa, dos jornalistas às individualidades e ao comum dos cidadãos que se solidarizaram connosco; para denunciarem estes últimos acontecimentos e juntarmos esforços concretos no sentido de se evitar a perda irreversível da casa de Garrett.
Muito obrigado a todos!!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
22/06/2005
O Europa volta a ser usado
Movimento de defesa do Europa volta à carga: reconversão Instalar no imóvel um pólo multifuncional continua a ser desejo dos cidadãos Sá Fernandes defende que a Câmara pode expropriar, pode ler-se na edição do "Jornal de Notícias" de ontem. Mais à frente, o representante do movimento "S.O.S. Cinema Europa" diz: "O cinema, enquanto pólo de actividades culturais e artísticas, faz falta ao bairro e à cidade". E que "está agora em cima da mesa, a hipótese de o edifício integrar o Arquivo Municipal de Lisboa".
Estas declarações vêm no mesmo sentido de outras feitas anteriormente, que confirmam o seguinte: o antigo Europa está a ser usado. Os ditos moradores ora bem reclamam o Europa como cinema, ora como centro cultural, ora como auto-silo com espaço cultural (?), ora como arquivo municipal.
Paralelamente, parece que o candidato Sá Fernandes alinha na utilização do Europa como joguete eleitoral, porque defender, como ele defendeu, que "o que importa é que a Câmara accione os mecanismos legais para que o imóvel não caia e negoceie com o proprietário a sua aquisição, com permutas ou não. E caso nenhuma das hipóteses seja aceite, a autarquia deve expropriar" e que "o que importa é saber como decorreu o processo de desclassificação" é exactamente isso. Vamos por partes:
1. O Europa actual não tem nada que ver com o antigo Europa, objecto de obras na década de 60 que o desvirtuaram para sempre.
2. O Europa actual não tem nenhum elemento que justifique a sua classificação, seja por quem for.
3. O Europa actual foi objecto de promessas camarárias durante o mandato de João Soares, apenas porque estava na Junta do Condestável, de maioria PS/PC. Enquanto que ali ao lado, o Paris (cinema com muito mais história, inserido numa ZEP e com um projecto digno para a sua re-utilização) agonizava, sem estar nas boas graças do mesmo executivo, apenas porque era de uma Junta, de maioria PSD/CDS.
4. Era o que faltava que a prorrogativa da expropriação fosse usada por isto e aquilo, à vontade do freguês.
5. Um conselho ao candidato Sá Fernandes: antes de pensar em termos judiciais, pense em soluções viáveis, exequíveis e sensatas.
PF
Estas declarações vêm no mesmo sentido de outras feitas anteriormente, que confirmam o seguinte: o antigo Europa está a ser usado. Os ditos moradores ora bem reclamam o Europa como cinema, ora como centro cultural, ora como auto-silo com espaço cultural (?), ora como arquivo municipal.
Paralelamente, parece que o candidato Sá Fernandes alinha na utilização do Europa como joguete eleitoral, porque defender, como ele defendeu, que "o que importa é que a Câmara accione os mecanismos legais para que o imóvel não caia e negoceie com o proprietário a sua aquisição, com permutas ou não. E caso nenhuma das hipóteses seja aceite, a autarquia deve expropriar" e que "o que importa é saber como decorreu o processo de desclassificação" é exactamente isso. Vamos por partes:
1. O Europa actual não tem nada que ver com o antigo Europa, objecto de obras na década de 60 que o desvirtuaram para sempre.
2. O Europa actual não tem nenhum elemento que justifique a sua classificação, seja por quem for.
3. O Europa actual foi objecto de promessas camarárias durante o mandato de João Soares, apenas porque estava na Junta do Condestável, de maioria PS/PC. Enquanto que ali ao lado, o Paris (cinema com muito mais história, inserido numa ZEP e com um projecto digno para a sua re-utilização) agonizava, sem estar nas boas graças do mesmo executivo, apenas porque era de uma Junta, de maioria PSD/CDS.
4. Era o que faltava que a prorrogativa da expropriação fosse usada por isto e aquilo, à vontade do freguês.
5. Um conselho ao candidato Sá Fernandes: antes de pensar em termos judiciais, pense em soluções viáveis, exequíveis e sensatas.
PF
16/06/2005
Que Passeio na Avenida?
A Avenida é o único «boulevard» de Lisboa, mas já não tem nem 10% da traça e da qualidade de vida dos tempos dos nossos pais. Porquê?
- Porque 90% do edificado antigo já não existe e os 10% que restam estão em risco de desaparecer;
- Porque a habitação deu lugar a escritórios;
- Porque se respira um mau ar e se ouve ruído em demasia;
- Porque das salas de espectáculo que a faziam viver apenas resta um Tivoli telenovelesco e um São Jorge a meio gás;
- Porque a Avenida está «emparedada» por automóveis, semáforos, etc.;
- Porque a Avenida não tem «chama própria».
Por isso propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de soluções para a Avenida da Liberdade; propostas a nível da mobilidade, do equipamento e do lazer: AQUI.
Estaremos a ser demasiadamente ambiciosos? Ingénuos? Tontos?
- Porque 90% do edificado antigo já não existe e os 10% que restam estão em risco de desaparecer;
- Porque a habitação deu lugar a escritórios;
- Porque se respira um mau ar e se ouve ruído em demasia;
- Porque das salas de espectáculo que a faziam viver apenas resta um Tivoli telenovelesco e um São Jorge a meio gás;
- Porque a Avenida está «emparedada» por automóveis, semáforos, etc.;
- Porque a Avenida não tem «chama própria».
Por isso propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de soluções para a Avenida da Liberdade; propostas a nível da mobilidade, do equipamento e do lazer: AQUI.
Estaremos a ser demasiadamente ambiciosos? Ingénuos? Tontos?
09/06/2005
Carmona quer passeio ribeirinho, e eu também
Pois é, é tudo muito bonito: "(...) proposta de Carmona Rodrigues para o Terreiro do Paço inclui a criação de um museu dedicado aos 250 anos após o terramoto de 1755 e à Baixa Pombalina.". Carmona pretende "trazer mais animação cultural e turística", reutilizando a zona ribeirinha entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, quando terminarem as obras do Metro, proposta que deve apresentar em breve numa reunião da Câmara. Carmona quer recuperar a antiga doca seca do Arsenal da Marinha e fazer um cais para que estejam ali em permanência a fragata Dom Fernando II e Glória e a Sagres, além da criação do Museu das Descobertas, frisou o candidato ao "Jornal de Notícias". Só que durante 4 anos nada se fez por isso. Creio mesmo que Carmona perdeu a sua oportunidade.
Mais, não creio que haja mais passeio ribeirinho com o rio que temos. Explico: o Tejo continua poluidíssimo. Faz quase década e meia que outro Professor se lançou ao Tejo como forma de alertar para a urgência de despoluir o nosso rio. Mas, de então para cá o que se fez por isso? Nada.
Portanto, antes que outro Professor decida lançar-se ao Tejo, convinha, por exemplo, importar algumas das ideias e dos métodos que outras cidades mais evoluídas do que Lisboa, tiveram e usaram para despoluir os seus rios, o seu mar interior. Quem?
Por exemplo, seria importante ouvir o que têm para nos dizer os responsáveis pela despoluição das águas que circundam a bela Estocolmo, outrora poluidíssmas, e hoje objecto de peregrinação, onde não falta quem a beba. Por isso, seria bom que alguém decidisse tentar despoluir o Tejo antes de falar em "zona ribeirinha".
Convoquem até cá os responsáveis da Skanska, que foi ela quem purificou as águas da capital-modelo que é Estocolmo. Seria bom, que por uma vez na vida, Lisboa importasse uma boa receita.
E convinha que, antes de se falar em museus das Descobertas, hotéis de pseudo-charme e fragatas, se resolvesse o escândalo terceiro-mundista que é termos, em pleno séc.XXI, um buraco gigantesco no Terreiro do Paço, obra e graça de governantes, técnicos e empreiteiros incompetentes e descarados.
PF
Mais, não creio que haja mais passeio ribeirinho com o rio que temos. Explico: o Tejo continua poluidíssimo. Faz quase década e meia que outro Professor se lançou ao Tejo como forma de alertar para a urgência de despoluir o nosso rio. Mas, de então para cá o que se fez por isso? Nada.
Portanto, antes que outro Professor decida lançar-se ao Tejo, convinha, por exemplo, importar algumas das ideias e dos métodos que outras cidades mais evoluídas do que Lisboa, tiveram e usaram para despoluir os seus rios, o seu mar interior. Quem?
Por exemplo, seria importante ouvir o que têm para nos dizer os responsáveis pela despoluição das águas que circundam a bela Estocolmo, outrora poluidíssmas, e hoje objecto de peregrinação, onde não falta quem a beba. Por isso, seria bom que alguém decidisse tentar despoluir o Tejo antes de falar em "zona ribeirinha".
Convoquem até cá os responsáveis da Skanska, que foi ela quem purificou as águas da capital-modelo que é Estocolmo. Seria bom, que por uma vez na vida, Lisboa importasse uma boa receita.
E convinha que, antes de se falar em museus das Descobertas, hotéis de pseudo-charme e fragatas, se resolvesse o escândalo terceiro-mundista que é termos, em pleno séc.XXI, um buraco gigantesco no Terreiro do Paço, obra e graça de governantes, técnicos e empreiteiros incompetentes e descarados.
PF
08/06/2005
Requalifiquem a Graça, s.f.f.
José Sá Fernandes veio falar recentemente do Convento da Graça, e do que fez há 5 anos. Nós vamos mais longe. Apontamos uma solução para o Convento da Graça: AQUI!
Resumindo, queremos que a próxima CML negoceie com o Ministério da Defesa (à semelhança do que foi feito com a CMC no que toca à Cidadela de Cascais e a outras fortalezas da Linha) para a sua cedência definitiva à CML, de modo a que esta o possa reconverter na sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa, que ali poderá dar aulas em regime de semi-internato, ensaiar e dar espectáculos.
Mas queremos também que se faça uma intervenção de fundo no bairro da Graça,que passe pela criação de uma linha de metro ligeiro de superfície, em "L", que una o Largo da Graça ao Jardim da Paiva Couceiro, pela Av.General Roçadas, e que vá até à Madre de Deus e a Santa Apolónia. Queremos que o próximo Presidente da CML reconverta as instalações da Fábrica de Chocolates da Favorita em habitação jovem. E queremos o trânsito condicionado tal qual Alfama, o Bairro Alto e a Bica, em toda a zona do Largo da Graça, Calçada da Ajuda e Voz do Operário.
Resumindo, queremos que a próxima CML negoceie com o Ministério da Defesa (à semelhança do que foi feito com a CMC no que toca à Cidadela de Cascais e a outras fortalezas da Linha) para a sua cedência definitiva à CML, de modo a que esta o possa reconverter na sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa, que ali poderá dar aulas em regime de semi-internato, ensaiar e dar espectáculos.
Mas queremos também que se faça uma intervenção de fundo no bairro da Graça,que passe pela criação de uma linha de metro ligeiro de superfície, em "L", que una o Largo da Graça ao Jardim da Paiva Couceiro, pela Av.General Roçadas, e que vá até à Madre de Deus e a Santa Apolónia. Queremos que o próximo Presidente da CML reconverta as instalações da Fábrica de Chocolates da Favorita em habitação jovem. E queremos o trânsito condicionado tal qual Alfama, o Bairro Alto e a Bica, em toda a zona do Largo da Graça, Calçada da Ajuda e Voz do Operário.
06/06/2005
Não, Prof. Carmona, os moradores já pagam o seu estacionamento
Confesso que não ouvi a totalidade da entrevista do Prof. Carmona Rodrigues, de ontem à noite, à SIC-N. Mas se foi como os 2 minutos finais, estamos conversados. Porquê? Porque nesses minutinhos finais, o candidato à CML e vice-presidente desde há 4 anos, anunciou - fugindo a uma pergunta sobre as eventuais taxas-portagens de entrada em Lisboa - como "solução" para o estacionamento em cima dos passeios, que "os moradores usassem os parques de estacionamento subterrâneo que estão vazios, a preços convidativos", dando como exemplo o parque da Alameda D.Afonso Henriques. Ora:
1. O estacionamento indevido, em 99,9% dos casos não é feito por moradores, mas por visitantes. Visitantes que todos os dias são "convidados" a trazerem o automóvel para Lisboa e a inundarem os passeios de Lisboa e, pior, os lugares de estacionamento destinados a moradores.
2. E os visitantes são "convidados" a trazer o automóvel para Lisboa porque todos os dias se anunciam mais medidas de oferta de estacionamento, mais asfalto, etc., em vez de se restringir a procura,
- investindo-se definitivamente na melhoria da qualidade e eficiência e eficácia da Carris e Metro;
- investindo-se definitivamente em interfaces de transportes públicos, à entrada de Lisboa, com parques de estacionamento compatíveis e ligação aos transportes da periferia;
- investindo-se em linhas de metro ligeiro de superfície ("tram") não poluidor, designadamente no Campo Grande, Av. República, Av.Fontes Pereira de Melo, Marquês; Bº Encarnação-Olivais-Avenida Gago Coutinho-Almirante Reis, Martim Moniz.
3. Os moradores já pagam para ter um lugar de estacionamento por automóvel; e pagam por um direito que lhes assiste enquanto moradores o que é imoral. Pagam o dístico para estacionarem junto a suas casas, e pagam, como qualquer outro cidadão, para estacionarem nas outras zonas de Lisboa, quando não são coagidos a pagarem ainda ao arrumador ilegal.
4. Por outro lado, os moradores não têm culpa que a proliferação de parques de estacionamento subterrâneo - a maior parte dos quais pondo em risco valioso património, desde árvores e espaços verdes a fundações antigas, etc. - e dos chamados auto-silos se destine a proveitosos negócios para construtor civil, e para tapar o sol com a peneira, ou seja, adiar as grandes medidas de fundo no que toca ao trânsito e ao estacionamento em Lisboa.
5. Finalmente, e no que se refere às portagens à volta de Lisboa, lembro ao Prof. Carmona Rodrigues que já há portugueses a pagar, injustamente, entrada em Lisboa: são os moradores da margem sul do Tejo. Por isso, portagens a norte de Lisboa seriam, sob esse ponto de vista, uma medida de justiça social imediata.
PF
1. O estacionamento indevido, em 99,9% dos casos não é feito por moradores, mas por visitantes. Visitantes que todos os dias são "convidados" a trazerem o automóvel para Lisboa e a inundarem os passeios de Lisboa e, pior, os lugares de estacionamento destinados a moradores.
2. E os visitantes são "convidados" a trazer o automóvel para Lisboa porque todos os dias se anunciam mais medidas de oferta de estacionamento, mais asfalto, etc., em vez de se restringir a procura,
- investindo-se definitivamente na melhoria da qualidade e eficiência e eficácia da Carris e Metro;
- investindo-se definitivamente em interfaces de transportes públicos, à entrada de Lisboa, com parques de estacionamento compatíveis e ligação aos transportes da periferia;
- investindo-se em linhas de metro ligeiro de superfície ("tram") não poluidor, designadamente no Campo Grande, Av. República, Av.Fontes Pereira de Melo, Marquês; Bº Encarnação-Olivais-Avenida Gago Coutinho-Almirante Reis, Martim Moniz.
3. Os moradores já pagam para ter um lugar de estacionamento por automóvel; e pagam por um direito que lhes assiste enquanto moradores o que é imoral. Pagam o dístico para estacionarem junto a suas casas, e pagam, como qualquer outro cidadão, para estacionarem nas outras zonas de Lisboa, quando não são coagidos a pagarem ainda ao arrumador ilegal.
4. Por outro lado, os moradores não têm culpa que a proliferação de parques de estacionamento subterrâneo - a maior parte dos quais pondo em risco valioso património, desde árvores e espaços verdes a fundações antigas, etc. - e dos chamados auto-silos se destine a proveitosos negócios para construtor civil, e para tapar o sol com a peneira, ou seja, adiar as grandes medidas de fundo no que toca ao trânsito e ao estacionamento em Lisboa.
5. Finalmente, e no que se refere às portagens à volta de Lisboa, lembro ao Prof. Carmona Rodrigues que já há portugueses a pagar, injustamente, entrada em Lisboa: são os moradores da margem sul do Tejo. Por isso, portagens a norte de Lisboa seriam, sob esse ponto de vista, uma medida de justiça social imediata.
PF
03/06/2005
1998-2002: Obras virtuais no Teatro Tália
Voltando ao Teatro Tália, a que já fizemos referência anteriormente, para dizermos que a Net não pára de nos surpreender, senão vejamos:
* Em 1998, o Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública fez incluir no seu plano de actividades a recuperação do Teatro Tália. Estimou até um orçamento de 630.000 cts., por fases, estimando para 98 cerca de 100 mil cts, 52.300 cts. para 1999, 100 mil cts. para 2000, 206 mil cts. para 2001, 160.700 cts. para 2002 e 10.000 cts. para os anos seguintes.
* E em 2002, a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais fez questão de incluir o Teatro Tália no seu plano de actividades para 2002, sob o título pomposo de "Recuperação do Património Classificado", cabimentando despesas com a estabilidade do edifício, instalação de electricidade, esgotos, etc. Orçamento: 38.000 €.
Tem graça como o Teatro Tália se mantém na mesma ...
PF
* Em 1998, o Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública fez incluir no seu plano de actividades a recuperação do Teatro Tália. Estimou até um orçamento de 630.000 cts., por fases, estimando para 98 cerca de 100 mil cts, 52.300 cts. para 1999, 100 mil cts. para 2000, 206 mil cts. para 2001, 160.700 cts. para 2002 e 10.000 cts. para os anos seguintes.
* E em 2002, a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais fez questão de incluir o Teatro Tália no seu plano de actividades para 2002, sob o título pomposo de "Recuperação do Património Classificado", cabimentando despesas com a estabilidade do edifício, instalação de electricidade, esgotos, etc. Orçamento: 38.000 €.
Tem graça como o Teatro Tália se mantém na mesma ...
PF