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27/04/2006
Baronesa Thyssen contesta plano de Siza p/Madrid
In Diário Notícias
"A baronesa Carmen Thyssen-Bornemisza ameaça atar-se a uma árvore para impedir o corte de espécies junto ao Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid, protestando assim contra o plano de Álvaro Siza para a remodelação do eixo Prado-Recoletos. O arquitecto argumenta que o museu só fica a ganhar. "Procurarei outros amantes da natureza e vamos atar-nos a cada árvore para impedir que acabem com elas. Levarei a lancheira com comida e bebida e veremos quem me tira dali", afirmou ontem, ao El País, a baronesa - viúva do empresário Hans Heinrich Thyssen-Bornemisza, cuja colecção de arte deu origem ao museu inaugurado em 1992.
Em causa está o plano dos arquitectos Álvaro Siza e Juan Hernandez de Léon para o reordenamento do percurso entre os museus do Prado, Thyssen e Reina Sofia. "Querem pôr-nos uma auto-estrada em frente, e vão fazê-lo cortando arvoredo único", reclama Carmen Thyssen, criticando as cinco vias junto ao museu e a remoção de árvores plantadas em meados do século XIX.
Ao DN, o arquitecto garantiu que as "vantagens" já foram bem explicadas: "Passam a dispor de mais do triplo da largura de passeio: o piso dos carros fica elevado ao nível do passeio e o atravessamento será possível em toda a largura do jardim [do museu], sendo lá colocado um semáforo; e só saem as árvores estragadas."
A discussão pública levou até a melhoramentos como a "construção de um parque de estacionamento do outro lado do passeio do Prado". A ideia, referiu Siza, é recuperar o "grande salão central" do tempo de Carlos III. Mas a baronesa, diz, tem "o trauma do Prado": "Queria jardim à frente do museu, o que é incompatível com o traçado das vias."
"O assunto foi discutidíssimo e o projecto está aprovado", lembra o arquitecto. Contactada pelo DN, a direcção do Thyssen não comenta. A primeira fase da obra arranca no início de 2007, após aprovação pela autarquia do Plano Especial (prevista para Julho). Os atrasos, conta Álvaro Siza, devem-se ao "acabamento da nova circular para desvio do trânsito, obra prévia indispensável".
De baronesas assim precisávamos nós cá. O pior é que nem baronesas, nem sopeiras, nem novos nem velhos, nem ninguém ... por cá gostamos de ser abúlicos.
PF
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