Segundo notícia do Jornal de Notícias, o plano será discutido na próxima reunião pública do Executivo, no final deste mês, e prevê o aumento do número de pisos de alguns prédios da Avenida da República, estabelecendo uma altura média das fachadas de 31 metros, que corresponde a dez pisos. "«O objectivo é requalificar a imagem urbana da cidade», explicou à Lusa Cláudia Batista, coordenadora do projecto, elaborado pela Direcção Municipal de Planeamento Urbano (DMPU".
O busílis está aqui: "No âmbito do plano foram analisados 130 edifícios na Avenida da República, dos quais quase metade (44 %) poderá aumentar a altura."
"O aumento da área de construção pretende, segundo adiantou à Lusa o responsável pelo DMPU, Pinto Coelho, "ordenar a imagem da avenida (...) a "elevação" dos prédios poderá ocorrer através da repetição da fachada ou com a introdução de novos elementos, como o vidro."
"O plano prevê a criação de um fundo que contará com contribuições dos proprietários dos edifícios alvo de intervenção, o qual será utilizado na construção de infra-estruturas e equipamentos na cidade e para compensar os donos dos prédios que não podem ser alterados, dada a sua qualidade patrimonial."
"A requalificação de fachadas também está prevista no plano, nomeadamente a reposição do projecto original, o que pode implicar a destruição de marquises ilegais."
Comentários:
1. Lendo o 3º § do texto conclui-se que a CML pretende ordenar a imagem da Avenida da República nivelando por baixo. O que resta da Avenida junta-se assim definitivamente à Fontes Pereira de Melo, à António Augusto de Aguiar e à Avenida da Liberdade. A seguir virão a Almirante Reis e a Duque de Loulé. Depois, será a vez das ruas e dos becos.
2. Lendo o 4º § conclui-se que é horrível ser-se proprietário de prédios com qualidade patrimonial, porque precisam de ser compensados pelo facto, coitados. É como o outro, que protesta porque não vê que o seu imóvel tenha valor arquitectónico para ser classificado e protegido.
3. Lendo o 5º § conclui-se que o caso da marquise ilegal do Campo Grande está prestes a fazer jurisprudência, pelo que aguardo consequências sérias no meu prédio e nos dos meus vizinhos, num raio de 500 m, onde tudo é ilegal.
4. Lendo o texto, e dando largas à imaginação, conclui-se que o plano de cérceas só pode ser destinado única e directamente aos futuros edifícios da antiga Feira Popular.
Que fazer até final do mês?
PF
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