Carta recebida de Raúl Lopes, morador em Telheiras:
Sr. Secretário de Estado do Ambiente
Sr. Secretário de Estado do comércio, serviços e defesa do consumidor
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Sr. Provedor da Justiça-Ambiente
Sr. Comandante da PSP de Lisboa
Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar
Sr. Presidente da Inspecção Geral do Ambiente
Sr. Presidente do Instituto do Ambiente
Sr. Presidente do Instituto de Estradas de Portugal
Sr. Presidente da EPUL
Sr. Presidente da ART
Sr. Presidente da Quercus
Sr. Presidente da DECO
Câmara Municipal de Lisboa:
CML-Centro de atendimento ao Munícipe
CML-Divisão de Ambiente e Espaços Verdes
CML-Departamento Apoio à Presidência
CML-Departamento de Gestão do Espaço Público
CML-Direcção Municipal de Ambiente Urbano
CML-Divisão de qualificação do Espaço Público
CML-Divisão de Segurança Rodoviária e Tráfego
CML-Departamento de Urbanismo Comercial
A cada um de vós ouso pedir 5 minutos de atenção para os problemas da minha Rua. É … eu compreendo que esteja a pensar que fazer-lhe este pedido é uma pretensão desmedida. Se aceitar ler a mensagem, talvez mude de opinião: a rua é pequena mas os problemas são muitos e persistentes. Isto é um desespero para quem cá vive, e eu estou certo que V/Exª não será insensível aos problemas que lhe venho apresentar.
Cordialmente,
1. Quando vou à janela das traseiras da casa onde vivo, no sítio onde sonhei ver um espaço verde, o que vejo é um matagal que serve de abrigo aos répteis e sabe-se lá mais a quê.
2. O problema não é grande, porque outro maior existe e faz com que este lado da casa esteja sempre fechado com duplas janelas de vidro duplo e com os estores corridos. Porquê? Porque de outra forma não é possível dormir. O Eixo Norte-Sul está a dezenas de metros da casa. Do lado do Alto da Faia (com as casas mais afastadas) os residentes ainda tiveram direito a barreiras anti-ruído. Nós, não. … devemos ser contribuintes e eleitores de segunda.
3. Na Rua propriamente dita, isto é, na parte da frente da casa, a paisagem é diferente: um inaceitável tráfego de camiões TIR, rua acima, rua abaixo, muitas vezes a velocidades incompreensíveis.
4. Porquê este movimento de camiões? Porque a meio da Rua existe um parque de estacionamento sistematicamente ocupado pelas galeras dos camiões pertencentes a uma empresa de transporte localizada nas imediações, frente ao Hospital da Força Aérea: a Expocarga Transportes, Lda.
5. O problema não é só o impacte visual e o risco para a segurança pública que a concentração das galeras provoca. O maior problema é o tráfego pesado que isso gera na rua e, as consequências laterais: o lixo, dejectos humanos, …, que vão sendo deixados no local de estacionamento.
6. No acesso ao centro comercial Carrefour, que é também o trajecto mais utilizado pelos jovens no acesso às escolas do Bairro, subitamente os peões deparam-se com a necessidade de utilizar a faixa de rodagem (a tal utilizada pelos camiões!) porque o passeio “desaparece”.
7. Do outro lado da rua existe passeio, mas, um pouco mais à frente, alguém entendeu que o passeio não era para os peões. Vai daí decidiu ocupá-lo com um painel de sinalização do acesso ao parque de estacionamento do Carrefour. Quando se vai de bicicleta e se tenta usar o passeio para fugir aos camiões, isto dá muito jeito!
8. No enfiamento da Rua César de Oliveira com a Azinhaga da Torre do Fato, o cenário não é muito diferente: mais galeras (da mesma empresa) estacionadas, uma Praça de Táxis em plena faixa de rodagem e na intersecção de um atribulado Entroncamento com uma paragem de autocarro. Como se isso não bastasse, sistematicamente os carrinhos de compras do centro comercial vão ficando abandonados a obstruir a passagem dos peões no passeio.
9. Esta é a minha rua! Depois de ver estas imagens é natural que pense que a minha rua fica inserida num parque industrial, num estaleiro, num terminal de carga ou algo parecido. Mas não, na avaliação da Câmara Municipal e das Finanças a minha casa fica numa zona nobre da cidade de Lisboa: em Telheiras. Pago impostos e taxas municipais em conformidade com isso.
10. O que é que eu gostava que mudasse na minha rua? Não é difícil imaginar:
i. Gostava de ver um pequeno parque urbano no sítio do matagal da bicharada que mais parece uma cerca de ovelhas;
ii. Gostava que fossem colocadas barreiras anti-ruído no lado Oeste do Eixo Norte-Sul;
iii. Gostava que a parte da rua onde existem casas de habitação, a partir do parque de estacionamento, fosse interdita ao trânsito de pesados nos dois sentidos;
iv. Gostava de ver interdito o estacionamento de galeras e reboques no parque de estacionamento existente na rua;
v. Gostava de ver interdito o estacionamento de camiões na faixa de rodagem ao longo de toda a extensão da rua;
vi. Gostava que fosse construído um passeio nos 40 metros da rua onde ele não existe;
vii. Gostava que alguém percebesse que é mais importante libertar o passeio para os peões do que ocupá-lo com uma placa de sinalização da entrada de um Centro Comercial;
viii. Gostava que os supermercados fossem responsabilizados pela recolha dos carrinhos de compras que se encontram dispersos por todo o bairro, especialmente os que obstruem o passeio, muitas vezes atados “em comboio”;
ix. Gostava que a Praça de Táxis da Azinhaga da Torre do Fato fosse deslocada para onde não colidisse com a fluidez e segurança do tráfego de acesso à minha rua.
x. Afinal é simples, o que eu queria era que quem aqui vive tivesse direito a alguma qualidade de vida!
11. Será que alguém se quer dignar olhar para a minha rua e fazer dela parte da Cidade?"
PF
.
ResponderEliminarOlá Bloguer. Não conheço a tua rua. Por isso ... não há para aí uns artigos sobre ENERGIA SOLAR ?!?!?!
CONCURSO SOLAR PADRE HIMALAIA - Edição 2006: Divulgação das ENERGIAS RENOVÁVEIS.
Em http://www.cienciaviva.pt/rede/energia/himalaya2006/home/
Ou em http://www.cienciaviva.pt/home/ / Concurso Solar Padre Himalaya / Uma iniciativa da SPES para a divulgação das energias renováveis, com o apoio da Ciência Viva.
CURIOSIDADE: Uma Cidade Renovável. Ver http://www.energiasrenovaveis.com/html/canais/cr/cr.htm
PROPOSTA DE MELHORIA:
As praias da costa Portuguesa estão a ser “comidas” pelo mar.
Construam DIQUES PROTECTORES que sejam PLATAFORMAS GERADORAS de ENERGIA DAS ONDAS.
Braga, 19.4.2006
mauricio_102@sapo.pt