In Público (17/7/2006)
"Moro e trabalho no Chiado, respectivamente na Rua das Flores (Largo Barão de Quintela) e na Rua António Maria Cardoso, zonas que, como sabem, são caóticas no que diz respeito ao trânsito. Tenho, por isso, várias chamadas de atenção a fazer:
1. Parque no Largo Barão de Quintela
Acho fundamental a construção do polémico parque de estacionamento no Largo Barão de Quintela. Sendo uma zona de estacionamento especialmente difícil, uma vez que as zonas envolventes - Santa Catarina e Bairro Alto - estão fechadas ao trânsito, e sendo o parque do Camões um dos mais caros de Lisboa, os moradores deveriam ter mais facilidades para estacionar. Mais um parque não só iria baixar os preços do Camões como tiraria muitos carros da rua. O pagamento de uma taxa para entrar nesta zona também poderia ser vantajoso. Outra opção seria a que há noutros países, carros com matrículas pares têm uns dias para entrar e os ímpares têm outros, tendo os moradores um dístico que os diferencie.
2. O Barão de Quintela era bombeiro?
No Largo Barão de Quintela há um quartel de bombeiros, que são literalmente "os donos da rua". Além do quartel propriamente dito, onde cabem cinco carros de bombeiros, têm mais duas garagens na Rua das Flores. Têm ainda reservado para eles metade do redondel e toda a frente do quartel. Aí param os seus carros privados no local reservado a carros de bombeiros, não numa fila, mas em duas. Não contentes com isso, ainda distribuem grades e pilaretes pela rua fora para reservar mais lugares. Para além disso, têm um carro podre e abandonado há bem mais de um ano, que deveria ser rebocado pois ocupa um espaço precioso (já mandei esta informação à Polícia Municipal). Outra coisa revoltante que os bombeiros fazem é concursos de sirenes. Mesmo que seja antes da meia-noite, é uma falta de respeito. Quanto aos gastos de água, nem se fala. Lavam os carros à mangueirada, fazem guerras de água. E nós pagamos...
3. Polícia tem de dar o exemplo
Todos os dias vejo, e muito bem, carros mal estacionados a serem bloqueados ou rebocados na Rua António Maria Cardoso. Mas também já vi pessoas a estacionarem mal com um polícia por perto a ver tudo; em vez de lhes chamar a atenção para o facto, educando-os, fica a olhar sem dizer nada e, quando as pessoas viram as costas, bloqueiam os carros. Não me parece certo, nem construtivo, nem educativo. Também já vi polícias desbloquearem os carros e deixarem no meio da rua as fitas de plástico amarelas, em vez de as porem no lixo. Está errado e, segundo sei, é proibido atirar lixo para o chão.
4. Graffitis na Rua do Alecrim e ruas envolventes
Como sabem, o Chiado é uma zona de grande animação nocturna, sobretudo a partir de quinta-feira à noite. Só que o público que o frequenta, no geral, é composto por verdadeiros animais. Às vezes, quando saio de casa no dia seguinte de manhã, parece que passou por ali um furacão. São caixotes de lixo entornados e destruídos, caixotes fixos (paragens de autocarros) queimados, vidros partidos e, quanto aos graffitis, nem se fala. A Rua do Alecrim, do lado direito de quem desce, está tapada por graffitis. É pena que uma rua tão bonita, típica e importante desta zona esteja como está! Sugiro mais policiamento a partir de quinta-feira à noite, não só por causa do trânsito mas também para controlar e castigar estes vândalos com multas pesadas ou serviços cívicos.
5. Cartazes nas paredes
Tem sido com grande espanto e indignação que vejo espalhados pelas paredes da cidade vários cartazes que anunciam actividades apoiadas pela EGEAC, empresa municipal. Sendo uma coisa muito pouco cívica, penso que a CML/EGEAC deveria proibir as entidades que apoiam de fazê-lo. Há outras formas de divulgação, talvez não tão visíveis mas bem menos agressivas.
6. Ecopontos
Venho chamar a atenção para o facto de não haver um único ecoponto nesta zona. O mais perto julgo que é em S. Pedro de Alcântara, longe de ser perto. Numa zona como esta, que tem tantos estabelecimentos comerciais e que recomeça a ter habitantes, penso que faz falta. Sugiro, por isso, que coloquem um ecoponto numa zona do Largo de Camões, por exemplo. Para criar hábitos nas pessoas, não basta falar; há que facilitar e incentivar.
7. Repovoar a Baixa-Chiado
No Largo de Camões nº 15, há um edifício que foi todo reabilitado e que aparentemente está pronto há pelo menos três anos, mas continua por habitar. O que se passa? Os andares estão para venda? Onde se pode obter mais informações?
Diana Roquette Vaz da Silva"
Concordo totalmente com o dito aqui.
ResponderEliminarMoro na Rua do Alecrim, e é uma vergonha o estado das fachadas do lado direito segundo se desce a rua. O antigrafitte não faz practicamente nada, e seria muito mais barato e eficaz ter polícia na rua a partir, pelo menos de quinta feira, para multar estes vándalos. Realmente é uma pena ver a rua neste estado. A cámara e o "Chiado com cor" a gastar dinheiro a reabilitar as casas, e os vándalos a destrozá-las ao dia seguinte. Sem comentários. É uma auténtica vergonha