In Público (27/10/2006)
"Recentemente, interpelei alguns agentes da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa, perguntando-lhes porque é que não faziam nada contra os carros estacionados em cima dos passeios que estavam ali mesmo debaixo do nosso nariz. Todos argumentaram com a "falta de meios" (Blocos de multas? Esferográficas? Bloqueadores? Fiquei sem saber...), mas um deles foi mais claro e disse-me que as instruções que os agentes têm são no sentido de não actuarem contra essas infracções (salvo a pedido...), mas apenas contra as que afectam a fluidez do trânsito. E mais disse que, no entender dos seus superiores, o ordenamento da cidade é uma tarefa que não compete à PSP - a câmara, para isso, tem a EMEL e a Polícia Municipal. Seja. Mas como a primeira, até agora, só tem actuado nas suas zonas, e a segunda tem menos de metade dos efectivos necessários, o resultado está à vista em toda esta cidade de onde, cada vez mais, só apetece fugir. Por isso, é com prazer que vejo que as competências da EMEL passaram a ser alargadas - assim as saiba honrar. Quanto à reacção negativa de alguns sectores da PSP, só me faz lembrar a história da senhora que estava a dançar com um cavalheiro que passava o tempo todo a pisá-la:
- Diga-me, o senhor gosta de dançar?
- Adoro!
- Então por que não aprende?
C. Medina Ribeiro
Lisboa"
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