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As boas ideias (velhas) mantêm-se (acesso ao Castelo de São Jorge, diminuião do trânsito de atravessamento, sistema de navettes, remodelação do comércio, ampliação do Museu do Chiado, intervenção no Largo do Carmo, etc.).
As generalidades ("é preciso", etc.) também.
As más ideias (novas) mantêm-se quase todas (parques subterrâneos no Terreiro do Paço (450 automóveis); Campo das Cebolas e Corpo Santo (cada qual 600 carros), etc.), com excepção da construção de mini-túneis em plena Baixa (foi esquecida? ou está subliminar?).
O leitmotiv de todo o projecto é um projecto de engenharia que envolve milhões, não serve para nada se não para trazer mais carros, e envolve "só" a construção de dois túneis debaixo do Jardim da Estrela e da Penha de França: um negócio chorudo.
Confirma-se a constituição de 2 empresas para a gestão do projecto. Vêm aí os boys!
Finalmente, em jeito de síntese, só não se percebe duas coisas:
1. Mais de metade das 154 pg. é síntese histórica e levantamento estatístico, que se agradece mas dispensa, por ser redundante.
2. Em vez de tanto milhão e tanto sound bite, porque não fazem CML e o governo o que lhes compete, ou seja:
- Fazer cumprir a lei que obriga à manutenção dos prédios, a começar pelos da CML;
- Fazer cumprir o código da estrada, o regulamento das cargas e descargas;
- Fazer cumprir as directivas comunitárias sobre ambiente;
- Retirar os elementos dissonantes nos prédios (antenas, ar-condicionados, etc.), passeios (buracos na calçada, muppies, má sinalização, etc.), a começar pelos do próprio Terreiro do Paço, 100% públicos;
- Intervir de facto, e já, no mercado do arrendamento comercial, acabando com a especulação, a qual começa na própria CML, que usa e abusa dos seus espaços, que são muitos, como imagina.
- Repavimentar as ruas, arborizar e harmonizar o espaço público (a começar pelas esplanadas), reparar a iluminação pública.
Etc.
Afinal de contas, trata-se do trabalho que supostamente seria o trabaho diário da CML...poupava-se milhões e décadas de espera. E só com isso, os lisboetas sentir-se-iam melhor na Baixa...
PF
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