In Diário de Notícias (1/12/2006)
Susana Leitão
"Bolsas e regulamento
Campo de Ourique tem um défice de 6821 lugares de estacionamento, só contando com residentes, comerciantes e empresas instaladas no bairro. Segundo dados da Câmara Municipal de Lisboa, a que o DN teve acesso, para ordenar o estacionamento naquele bairro seriam necessários 10 420 lugares. Actualmente, aquele que é um dos locais de Lisboa que mais sofre com o problema do estacionamento tem apenas 3599 lugares - 2964 na via pública e 635 em parque privado.
A estimativa foi calculada com base em um lugar por fogo (existem no bairro 8984 fogos), um lugar por comerciante (1031 lojas) e três por empresa (há 135 empresas instaladas em Campo de Ourique).
O problema não tem passado despercebido à autarquia de Lisboa, que garantiu estar a estudar um sistema de tarifário para zonas de menor rotação automóvel, ou seja as bolsas de estacionamento para residentes e comerciantes. A medida passa por diminuir o estacionamento tarifado e aumentar o número de lugares para quem ali reside ou trabalha. Campo de Ourique é um dos bairros-piloto.
A necessidade urgente em gerir o espaço público, controlar o estacionamento caótico e a insuficiência de lugares para residentes levaram a CML a assinar um protocolo, em Julho, com três empresas de estacionamento - ESLI, Emparque e a SPGIS. O documento estipulou a cedência de 5000 lugares nocturnos em onze parques privados da cidade com avenças muito abaixo das praticadas em outros locais da cidade, ou seja, 25 euros. Nestes recintos, os residentes podem estacionar entre as 18.00 e as 10.00, durante os dias úteis, e sem limite de tempo aos fins-de-semana e feriados. As avenças nocturnas para residentes no parque de Campo de Ourique estão todas preenchidas e com uma lista de espera de dez pessoas. Nos restantes parques das três empresas ainda há lugares disponíveis. O número varia consoante a sua localização.
Para além deste do protocolo, a CML, através do Gabinete de Mobilidade, pretende também uniformizar os horários de alguns dos parques da EMEL - Empresa Pública de Estacionamento de Lisboa - à superfície, já que têm todos horários variados. Assim, o gabinete liderado por Marina Ferreira, também presidente da EMEL, está a a estudar a possibilidade de manter alguns desses parques abertos 24 horas por dia, assim como criar avenças nocturnas para residentes, com preços mais baixos dos praticados durante o dia nesses mesmos recintos. Estas medidas deverão entrar em vigor no início de 2007. Actualmente, os silos das Portas do Sol e da Calçada do Combro são os únicos que já têm avenças especiais para residentes.
Também em Janeiro do próximo ano vai entrar em vigor o novo regulamento EMEL, assim como os novos tarifários nos parquímetros. A cobrança passará a ser feita ao minuto, após o primeiro quarto de hora Os 15 minutos iniciais passam a ter um custo de 25 cêntimos.
No que respeita à fiscalização do estacionamento, os fiscais daquela empresa de estacionamento vão passar a poder multar e rebocar os veículos que se encontrem nos passeios e em segunda fila junto às zonas tarifadas.
O ano de 2007 marcará o início de uma 'revolução' da política de estacionamento na capital. Outra das medidas que visam uma melhor gestão do espaço público prende-se com os dísticos de residentes. A partir de Janeiro será atribuído apenas um dístico (lugar) de residente por fogo. Os 'autocolantes' para os veículos extra - num máximo de quatro - terão de pagar uma tarifa anual: o segundo automóvel custará 25 euros/ano, o terceiro, 100 euros/anos e o quarto, 150 euros/ano"
Porque carga da água se continua a autorizar construção de novos edifícios e a reconstrução de alguns (poucos) sem contemplar a necessária área de estacionamento?
ResponderEliminarPorque é que ninguem responde a esta questão?
Porque é que nos locais onde não é possivel, faze-los subterraneos, não se constroem parques em altura para que cada fogo tenha direito a um estacionamento?