In Diário de Notícias (16/1/2007)
Susana Leitão
"Após um ano em obras, a Quinta dos Lilazes, à Alameda das Linhas de Torres, em Lisboa, reabriu ontem transformando-se, em conjunto com a contígua Quinta das Conchas, no terceiro maior espaço verde da capital com 26 hectares, logo a seguir a Monsanto e ao Parque da Bela Vista (em Chelas). Ainda assim a população queixa-se da falta de segurança naquele espaço, da água "imunda" do lago e da única casa de banho disponível.
"A água está parada", diz ao DN José Vicente, morador na freguesia do Lumiar e frequentador da quinta. E garante que "vai acontecer o que aconteceu na Quinta das Conchas. No Verão fomos invadidos por uma praga de melgas por causa das águas paradas do lago". Mas a sua preocupação maior vai para a falta de segurança do parque. "Há muitos assaltos", salienta. Já Carlos Carneiro, outro utente, denuncia a falta de casas de banho: "Só existe uma, à entrada dos dois parques, o que é muito pouco."
António Prôa, vereador do Ambiente e Espaços Verdes na Câmara de Lisboa, garante que a segurança do parque será garantida pela patrulha da Guarda Florestal (dois agentes), também responsável pela vigilância permanente da Quinta das Conchas.
No que respeita aos sanitários, o autarca garantiu que estes existem, mas sublinhou que só serão abertos quando estiver resolvida a questão da sua manutenção (uma das hipóteses é "entregá-los" a quem quiser gerir ali um estabelecimento comercial). "A instalação de um bar ou café neste espaço iria contribuir em muito para uma maior segurança da quinta", sublinhou António Prôa.
O vereador explicou que as obras foram realizadas com a preocupação de "manter as características de jardim romântico" daquele espaço, recuperando os caminhos, os lagos e a vegetação. O lago foi impermeabilizado, mantendo-se as "ilhas" que reproduzem a forma do arquipélago de São Tomé e Príncipe. No edifício da Quinta dos Lilazes funciona a Academia Portuguesa de História, estando previsto que a Academia de Engenharia e a associação "Amigos de Lisboa" se mudem para o local.
Para Carmona Rodrigues, presidente da autarquia, este é "um projecto muito bem conseguido".
Só espero que agora não suceda o que está a suceder às árvores da vizinha Quinta das Conchas, que estão a morrer aos poucos.
PF
Tendo em atenção que essas árvores que vão morrendo aos poucos são eucaliptos - particularmente não gosto de eucaliptos, mas são árvores de grande porte após muitos anos de implantação no parque, o que deve ser preservado dada a sua raridade em Lx - situados junto a um condomínio de luxo, fazendo sombra e tapando vistas, espero que ninguém lhe esteja a deitar ácido junto às raízes, com o propósito de 'obrigar' ao seu abate, pois acabam por secar e têm de ser retiradas...
ResponderEliminarHá gente para tudo!