In Diário de Notícias (26/1/2007)
Paula Sá, Pedro Correia
Susete Francisco
«O líder do PSD, Luís Marques Mendes, rejeitou ontem um cenário de eleições antecipadas na Câmara de Lisboa, defendendo que o executivo camarário "deve cumprir o mandato" para o qual foi "democraticamente eleito". Referindo ter "toda a confiança política no presidente" da autarquia, Carmona Rodrigues, o presidente social-democrata disse também esperar que as investigações "decorram normalmente e sobretudo com rapidez".
Falando no Parlamento, à mesma hora em que a vereadora Gabriela Seara anunciava a suspensão do mandato, Marques Mendes considerou que este é um "princípio correcto" - "não uma afirmação de culpa, mas um princípio elementar para defesa do próprio e das instituições".
O líder do PSD conversou ontem com a vereadora, segundo fontes do partido, e fez-lhe ver que "a linha que traçou" na altura das eleições autárquicas - em que rejeitou as candidaturas de Isaltino Morais, em Oeiras, e de Valentim Loureiro, em Gondomar, por ambos terem sido constituídos em processos-crime - não poderia ser quebrada a bem da credibilidade política do PSD.
Já antes Marques Mendes se tinha reunido com o presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, e com a presidente da assembleia municipal, Paula Teixeira da Cruz, na qual expôs a sua posição nesta matéria.
Paula Teixeira da Cruz, também presidente da distrital do PSD de Lisboa, reuniu-se na quarta-feira com Carmona e com a sua equipa de vereadores, em que participou Gabriela Seara, para lhes transmitir que os militantes sociais-democratas da capital entendiam que a suspensão do mandato da vereadora responsável pelo Urbanismo era desejável.
A direcção do PSD não quer equacionar o cenário de uma eventual queda do executivo liderado por Carmona Rodrigues, o independente em quem Marques Mendes apostou para impedir a candidatura de Santana Lopes à autarquia.
No PS, a palavra decisiva competirá a José Sócrates. O facto é que os socialistas não dispõem de uma liderança efectiva em Lisboa: o anterior número um da oposição "rosa", Manuel Maria Carrilho, acaba de abandonar o executivo. E embora o PSD esteja muito fragilizado na capital, não há garantias prévias de que os socialistas possam capitalizar com isso.
Cálculos políticos à parte, há no PS quem não se conforme com o actual panorama no município. "É uma situação insustentável, uma vergonha", dispara João Soares. Ao DN, o antigo autarca alfacinha lembra que "Lisboa não é Felgueiras." Falta ao PS uma figura nacional que queira candidatar-se. Jorge Coelho está fora de causa. E o próprio Soares? "Ainda é cedo para falar disso", diz»
Caballerosidad y Fair Play del Dr. Jorge Coelho al reconocer la buena labor del Presidente de la Répública, Prof. Cavaco Silva
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