In Público (8/1/2007)
"Que me lembre, nunca a cidade de Lisboa esteve tão mal servida pela Carris.
Ao invés do que se propagandeou, o acrescento de um "7" ao número de algumas carreiras - o que, só por si, denuncia o ridículo da coisa... - não trouxe qualquer benefício aos utentes. É de notar que, de um modo geral, os painéis instalados junto de algumas paragens ou não funcionam ou dão informações erradas. O mesmo se passa com o serviço de mensagens sms [através de telemóveis].
Resido nas proximidades da Praça das Flores. Utilizava frequentemente a carreira 100, que foi eliminada. Agora, a população da zona (maioritariamente idosa), para ir à Baixa ou aos hospitais - São José, São Lázaro, Desterro, Capuchos -, tem de utilizar a carreira 773 até ao Príncipe Real e, aí, atravessar uma rua de intenso trânsito e tomar a carreira 790. Não há qualquer coordenação entre as duas, as paragens não coincidem e, agravando tudo, os respectivos horários não são observados.
A desculpa inventada pela Carris (dificuldade de circulação nas ruas estreitas) para eliminar a carreira 100 não faz sentido, uma vez que a carreira 790 dispõe apenas de veículos pequenos, nos quais, a certas horas, os passageiros são obrigados a viajar como sardinhas em lata. Os protestos contra esta situação, por parte da junta de freguesia, de grupos de cidadãos e de utentes anónimos (como é o meu caso), têm esbarrado na olímpica indiferença da Carris, que se recusa a reconhecer o erro cometido e a corrigi-lo.
Não haverá ninguém (a nível político) com capacidade para chamar a Carris à ordem?
Tiago Lima
Lisboa"
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