25/01/2007

Vereadora do Urbanismo poderá renunciar ao mandato

A vereadora do Urbanismo na Câmara de Lisboa poderá renunciar ao mandato, na sequência da investigação da PJ sobre o processo Parque Mayer, em que foi constituída arguida, segundo a edição online do semanário Sol, citando fontes do PSD.
De acordo com a edição na Internet do semanário, que cita fontes do PSD, a vereadora social-democrata Gabriela Seara poderá vir a renunciar ao mandato.
Se tal acontecer, a vereadora poderá ser substituída por Rodrigo Saraiva, que se segue nas listas do PSD à autarquia de Lisboa.
O Sol avança ainda que decorreu hoje à tarde uma reunião entre o presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, e a presidente da distrital do PSD, Paula Teixeira da Cruz, que é também presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.
A PJ e o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) realizaram terça-feira buscas a edifícios da Câmara de Lisboa, no âmbito da investigação ao processo do Parque Mayer, que envolve a Bragaparques.
A vereadora com o pelouro do Urbanismo, Gabriela Seara (PSD), e o director municipal dos Serviços Centrais, Remédio Pires, foram constituídos arguidos, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Em causa está a permuta, aprovada ao início de 2005, entre os terrenos privados do Parque Mayer, propriedade da Bragaparques, e de parte dos terrenos municipais da Feira Popular, em Entrecampos.
Posteriormente, a Bragaparques adquiriu em hasta pública a parte restante dos terrenos de Entrecampos, passando a deter a totalidade da área antigamente ocupada pela Feira Popular, exercendo um «direito de preferência», num negócio muito contestado pela oposição na autarquia e pelo então presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Modesto Navarro (CDU).
Hoje, o vereador do Bloco de Esquerda na autarquia da capital, José Sá Fernandes, apelou a uma «renovação» no executivo municipal, que pode passar por eleições intercalares.
O líder da bancada socialista na Câmara de Lisboa, Dias Baptista, manifestou a disponibilidade do PS para disputar eleições intercalares.
Já o vereador da CDU Ruben de Carvalho escusou-se a comentar a possibilidade de eleições intercalares, argumentando que o executivo PSD ainda não esclareceu a questão das buscas da PJ. A vereadora do CDS-PP, Maria José Nogueira Pinto, desafiou os partidos da oposição na Câmara de Lisboa, que juntos detêm a maioria, a terem uma acção concertada na gestão do executivo, e recusou a realização de eleições intercalares.

in Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário