23/02/2007

Homenagem ao Prof. Galopim


Eis um geomonumento
Vai uma visitinha ao Museu de História Natural?

Lembra-se do grande combate do Professor Galopim de Carvalho em torno dos maiores antepassados da vida na Terra que foram os dinossauros? Lembra-se da luta desse grande Homem que defende a Natureza como lobo e da sua verdadeira guerra contra os interesses instalados para criar zonas de protecção das manifestações de dinossauros, por exemplo em Carenque, na Lourinhã e noutros locais por esse país fora? Das pegadas do Cabo Espichel – lembra-se?
Pois bem, a sede de toda esta luta é o Museu Nacional de História Natural.
Uma instituição de grande prestígio, com sede na Rua da Escola Politécnica, 58, em Lisboa, que tem como objectivos essenciais exactamente esses: investigar, estudar e divulgar, dar a conhecer e amar, proteger e promover a riqueza e a diversidade da Mãe Natureza.
«O Museu é um fenómeno urbano, derivado da cultura europeia e também um dos produtores dessa mesma cultura. É um reflexo da tomada de consciência dos valores da razão da civilização e do império, bem como de um novo espírito científico, de que o projecto económico e político dos liberais se fez eco», escrevem os Prof.s Galopim de Carvalho e Lino Lopes a propósito.
Rochas, troncos fósseis, minerais, lavas do Vesúvio, vegetais fósseis, fósseis terciários – são algumas das curiosidades.
As secções: Botânica, claro, e evidentemente, as suas circundantes nesta luta: Mineralogia, Geologia, Zoologia, Antropologia.
Poucos meios para tão grande tarefa e projecto – é o que se adivinha, num País com tão baixo Produto Interno Bruto e tantos buracos para tapar, segundo me dizem.
Tive o raro privilégio de conhecer o Prof. Galopim e de o entrevistar para rádio na altura da sua grande luta para segurar algumas das «jazidas» de vestígios.
Uma coisa espantosa, o entusiasmo e a simplicidade daquele grande cientista sem alardes.
No «seu» Museu há sempre colecções para que adultos e miudagem apreciem e se divirtam de forma diferente numa tarde mais gira (colecções de aves, mamíferos, peixes, répteis etc.). E até há oficinas pedagógicas (com programas como: «Jardim Encantado», «À descoberta das plantas» etc.).
Mas ninguém se desloque sem contactar primeiro – e menos ainda as escolas: tudo tem de ser programado, como é natural.
Já viu que bom que era levar os miúdos à interessantíssima e já aberta ao público «Exposição Fotográfica “Pacífico Inédito”» (veja adiante do que se trata)?
Mas contacte o Museu antes de sair…

Exposição agora patente no Museu
Fotos da última expedição científica espanhola à América

Esta exposição, que vai estar patente até 29 de Março, traz algo inédito: recuamos a 1862-1866. Vamos numa expedição científica espanhola até à América. A rota da expedição: Canárias, Cabo Verde, Brasil, Rio de la Plata, costa patagónica, Ilhas Malvinas, Cabo de Homos, Chiloé, costas chilenas e peruanas e a Califórnia. A expedição, embora comandada por um general, era pacífica, técnico-científica e de aproximação política e cultural.
«“Pacífico Inédito” integra quase uma centena de fotografias, instrumentos científicos, insectos dissecados, documentos, litografias de animais e publicações da época e actuais», informa o Museu Nacional de História Natural.

Contactos
Jardim Botânico da Universidade de Lisboa / R. Escola Politécnica, 58 / 1250-102 Lisboa / Telefone: +351-213 921 800 / Fax: +351-213 970 882 / Entrada 1: Rua da Escola Politécnica, 58 / Entrada 2 - Portão da Rua da Alegria (encerrado aos Sábados, Domingos e feriados e todos os dias após as 18.00h). / Visitas: no Verão: dias da semana: aberto das 9.00 às 20.00 h; Sábados, Domingos e feriados: aberto das 10.00 às 20.00 h. / no Inverno: dias da semana: aberto das 9.00 às 18.00 h; Sábados, Domingos e feriados: aberto das 10.00 às 18.00 h. / Preços de entrada: 1,50 € (crianças até 6 anos: gratuito), em grupos escolares: 0,30 €, estudantes e idosos: 0,60 €.
Para mais informação, pode sempre consultar o sítio do Museu:
http://www.mnhn.ul.pt/
Nota: Este meu artigo saiu hoje no Suplemento de fim-de-semana do novel «Diário Desportivo» que, pelo que acima se vê, não trata só de desporto...

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