05/03/2007

Devolutos de “ouro” para imobiliária

In Público (5/3/2007)
Diana Ralha

«Empresa espanhola tem em curso uma política agressiva de aquisições de imóveis devolutos ns Avenidas Novas da capital. Serão transformados em habitação para classe média e alta. Contornando a falta de terrenos no centro de Lisboa, uma imobiliária espanhola encontrou o produto que mais sobeja na capital – edifícios devolutos, em péssimo estado de conservação -, para desenvolver projectos imobiliários dirigidos à classe média e alta. A empresa EuroImobiliária já adquiriu dezena e meia de edifícios devolutos nas Avenidas Novas e prevê investir 290 milhões de euros nos próximos cinco anos, destinados a erigir mais de 75 mil metros quadrados de habitação. A imobiliária, que opera em Lisboa há quatro anos, garante que vai continuar a seguir uma estratégia agressiva de aquisição de imóveis devolutos, mas assegura que, sempre que possível, irá respeitar, nos seus empreendimentos imobiliários, a traça original dos edifícios e das avenidas em que estes se inserem. É o que está a acontecer, por exemplo, no empreendimento da Rua Viriato 2, no qual a empresa optou por manter a fachada do século XIX. E, igualmente, na recuperação do Palácio Silva Amado, uma parceria com o Grupo Fibeira, no qual serão construídos apenas 34 fogos habitacionais, que renderão 19 milhões de euros (cerca de 550 mil euros por apartamento). (...) Rua Viriato, Avenidas Duque de Loulé, Duque de Ávila, Defensores de Chaves, Duarte Pacheco, Areeiro, Campo Mártires da Pátria fazem parte do mapa de aquisições da Euro Imobiliária. No total, a empresa já se encontra a promover, em diversas fases de desenvolvimento, mais de 900 fogos no centro da cidade. (...) A empresa não quer ficar refém do mercado de topo nos empreendimentos que tem previstos para as Avenidas Novas. Afirma que vai compensar os custos acrescidos induzidos pelo custo do solo, através da racionalização das suas soluções arquitectónicas. (...)»

Já se estava mesmo à espera.

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