Luísa Botinas
«A torre de 28 andares em projecto no gabinete do arquitecto britânico Sir Norman Foster recebeu luz verde do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar). Falta agora saber o que fará com esta aprovação a Câmara Municipal de Lisboa numa altura em que a conjuntura política é tudo menos favorável a decisões de fundo. Ainda por cima na área nevrálgica do urbanismo, cuja vereadora suspendeu o mandato, agora nas mãos do próprio presidente. (...)
O sim do Ippar é, todavia, condicionado. No documento a que o DN teve acesso, os conselheiros, entre os quais se destacam conhecidos arquitectos e engenheiros, lembram que esta versão de plano apresentada em Outubro de 2006, em contraponto com a anterior, analisada em 1997, "incide sobre uma área definida entre Santos e até à Rua do Instituto Industrial" e tem "substanciais diferenças, quanto à dimensão da área de intervenção e quanto ao desenho urbano".(...)»
Sendo fã da obra de Foster, também sou fã de Lisboa e do seu sistema de vistas. sobretudo de e para o rio. Como conciliar um excelente e arrojado projecto com isso? Talvez pedindo a Foster que saiba mais de Lisboa e que, em último caso, redesenhe o projecto ...
Não havia um link para a maquete deste projecto?
ResponderEliminarEdifício de 28 andares...(75 metros !?), naquela zona?
A morfologia de Lisboa, as características das redondezas, e especialmente a vista rio/cidade,
vai poder absorver esta altura?
E em matéria de precedentes?
JA
Havia sim senhor. Cá está:http://cidadanialx.tripod.com/foster.html. Abr.
ResponderEliminarIsto é gravísssimo. Das duas uma: ou significa que se vai abrir um precedente e que a partir de agora se vai permitir construir arranha-céus em toda a Lisboa - sim, porque Santos pode-se considerar parte do centro histórico - ficando a personalidade, o traço único, de Lisboa, que atrai o turismo e que constitui a sua fama mundialmente, irremediavelmente perdida. Ou então, nasce um mamarracho no centro de Lisboa que estragará tudo o resto, à semelhança de outros casos, como daquele edifício em Viana do Castelo; e que ciclicamente se falará em demolir. Ou seja, dinheiro deitado à rua. A aprovação desta obra é um escândalo.
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