Ana Fonseca
José António domingues
«Proprietário quer criar um "hotel design" com andares temáticos
Situado no centro histórico lisboeta, o Hotel Internacional fechou as portas há cerca de três semanas por imposição camarária. De acordo com uma fonte do pelouro do Planeamento, Urbanismo e Reabilitação, "o hotel sofreu obras de alteração que não foram licenciadas pela Câmara". Contactado pelo JN, um dos proprietários, José Martins, admitiu a situação, justificando-a com a dificuldade de acertar o "objectivo de modernização" da unidade hoteleira com os quatro herdeiros dos antigos donos. (...)»
Tal como estava, o Hotel Internacional era uma lástima. Espero que o novo Hotel Internacional Design seja de facto uma mais-valia para a cidade e que, essencialmente, respeite o passado daquele espaço e que mantenha a sua fachada na íntegra e alguns aspectos relevantes do seu interior.
E as centenas de pensões piolhosas espalhadas pela cidade? Em muitos aspectos, a oferta de alojamento de lisboa parece mais própria de um país do terceiro mundo! Conheço vários casos de turistas que nem chegam a dormir a primeira noite na pensão / hotel. É bom ver que a direcção do Hotel Internacional finalmente acordou para o potencial do belo edifício onde está instalado - só é pena que tenham iniciado a remodelação de uma maneira tipicamente terceiro mundista. Espero que não destruam o que ainda resta de original no interior do hotel - porque isso TAMBÉM É DESIGN!
ResponderEliminarTens razão. Estou-me a lembrar daquela pensão manhosa na Rua do Jardim do Regedor, e daquelas na(e em volta) da Pç.Figueira.
ResponderEliminarOlha, outra coisa, nunca hei-de perceber pq só falam de hotéis para o Convento do Corpus Christi, ou para o Rossio e, ali ao lado, há um edifício portentoso para hotel, que ocupa quase um quarteirão, na principal rua da Baixa, a Rua Augusta; tem um historial digno de nota, e está devoluto há «séculos». Chama-se Hotel Francfort.
E que dizer do antigo Banco Nacional Ultramarino com entrada principal na Rua Augusta mas que também ocupa um quarteirão inteiro! É um edifício perfeito para uma unidade hoteleira mas a CGD nada faz... mais um imóvel devoluto na Baixa pombalina. Quando as grandes instituições financeiras do Estado oferecem este exemplo, que esperar dos privados? Por isso é que Lisboa tem hoteis nos locais mais absurdos e sem qualquer interesse para os turistas (ex: Sete Rios, Olaias). Ainda hoje falei com uns turistas do Brasil que se queixaram de não terem conseguido encontrar um quarto num hotel de 5 estrelas na zona da Baixa-Chiado! Mas Lisboa continua a inaugurar hoteis em Sete Rios com vista para o Bairro da Liberdade, ou aquele Altis Park nas Olaias com vista para a zona J de Chelas!
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