In Público (24/4/2007)
Inês Boaventura
«56 é o número de árvores danificadas durante as obras na praça de touros
a Quase metade dos 97 plátanos que estão a ser abatidos no jardim do Campo Pequeno, alguns dos quais têm entre 70 e cem anos, já estava em mau estado antes das obras de requalificação da praça de touros.
Ontem, durante uma visita promovida pela Câmara de Lisboa ao Jardim Marquês de Marialva, um técnico da divisão de jardins afirmou que, das 97 árvores a abater, "41 já estavam referenciadas para serem substituídas". As restantes 56, explicou Hélder Dias, foram danificadas durante a intervenção na praça de touros promovida pela Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno (SRUCP).
O técnico camarário referiu que na maior parte dos casos esses danos, causados por trabalhos no subsolo e pela movimentação de maquinaria, afectaram as raízes dos plátanos, o que criou uma perda de resistência dos exemplares que compromete a sua integridade. "Ninguém consegue prever a queda de uma árvore. Pode ser daqui a um mês ou daqui a um ano", admitiu Hélder Dias, sublinhando que os 97 plátanos a abater estão "em risco".
O vereador dos Espaços Verdes garantiu que "apenas vão ser abatidas as árvores que não têm capacidade de se manter", de acordo com a avaliação das condições fitossanitárias feita pelos técnicos. António Prôa acrescentou que, apesar de "aparentemente" alguns dos plátanos "estarem bons", "daqui a algum tem-
po podem cair porque não têm sustentação nas raízes ou porque estão a apodrecer por dentro".
"Se não tivessem sido decretadas medidas cautelares e se não tivesse havido acompanhamento da câmara, as consequências teriam sido piores", alertou o autarca, admitindo que não foram "pacíficas" as negociações com a SRUCP para assumir os danos causados, avaliados em 738 mil euros.»
Ena, que brilhantes medidas cautelares, não haja dúvida: as obras na praça de touros - já de si altamente discutível se foram ou não legais - foram de tal maneira fortes que deram cabo das raízes das árvores a dezenas, senão centenas de metros. O curioso é que durante a década que duraram as obras, essas mesmas árvores não mostraram qualquer sintoma que esivessem doentes, muito menos que fossem cair sobre as pessoas...daqui a mês, daqui a um ano ... daqui a 100 anos. Estejamos, pois, agradecidos à CML!
Ah,perdão, então já havia árvores altamente doentes antes das obras começarem ... ena, então porque não foram tratadas na altura. Provavelmente, como as obras não afectariam essas, suponho, então, seriam já umas quantas a serem poupadas ao abate. Certo?
Outra coisa: há protocolo? Que se saiba, já foi o mesmo solicitado à CML e que apresentasse publicamente o mesmo, mas até agora nada.
Devo depreender que todos os que aqui escrevem são engenheiros do ambiente, certo?
ResponderEliminardeixem-se de tretas as arvores não estao em condiçoes fitosanitarias para la continuar.
e mais, vão ser plantadas novas arvores num numero superior.
....humm ..."a quase metade" já "estava em mau estado antes das obras de requalificação"...e essas árvores não podiam cair "daqui a um mês"....há 10 anos? Tem graça...e nenhuma delas caiu !? Vá lá CML, ponham esses relatórios na mesa, senão o nariz vai começar a crescer.
ResponderEliminarJA
Não, não somos "engenheiros do ambiente", mas como o Sr. afirma que "as arvores não estão em condições fitossanitárias para lá continuar."....partimos do principio que o Sr. terá essas habilitações. Se tiver na sua posse os documentos que comprovem as suas afirmações, aqui estamos para os publicar!
ResponderEliminarJA