In Público (18/5/2007)
Luciano Alvarez
«O candidato socialista pediu a maioria absoluta e deixou a ideia de que está disposto a ficar mais de dois anos na câmara da capital
António Costa apresentou-se ontem como candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) colocando a fasquia eleitoral no ponto mais alto. O socialista pediu a maioria absoluta, apelando ao voto útil na sua lista, porque só assim, diz, "é possível arrumar a casa". E tinha uma revelação a fazer: ele e o PS "empenharam-se" para que houvesse uma coligação de esquerda, mas PCP, Bloco de Esquerda (BE) e Helena Roseta recusaram.
Na pequena sala do Centro Cultural de Belém, o candidato do PS fez-se acompanhar apenas pelo mandatário da campanha, José Miguel Júdice, e pelo mandatário financeiro, Saldanha Sanches. Mais caras conhecidas só a da sua mãe, a jornalista Maria Antónia Palla.
Costa optou por dirigir-se aos lisboetas através da comunicação social de forma discreta e, segundo revelou um seu assessor, pediu às figuras de proa do partido que queriam estar presentes para não aparecerem. O palco rente ao chão era igualmente discreto. Um fundo em tons de azul, seis bandeiras da CML alinhadas à esquerda e um púlpito pequeno, com uma só palavra na frente: "rigor".
Palavras-chave
No curto discurso ficou já claro quais serão as palavras e as expressões-chave da campanha: "estabilidade", "saneamento financeiro", "confiança", "rigor", "arrumar a casa", "liderança", "novo rumo", "Lisboa a funcionar", "nova ambição".
O socialista revelou que ele e o PS se empenharam numa coligação de esquerda, que os contactos foram feitos e que tudo falhou por culpa dos "outros". E os "outros" são: "O PCP já na semana passada disse que não queria coligação nenhuma, o BE já disse que não queria coligação nenhuma, a arquitecta Helena Roseta ainda ontem disse que não queria entendimentos com ninguém. (...) Tenho pena, mas não vou chorar sobre o leite derramado." A resposta à ausência de coligação - até Sá Fernandes e Roseta acabaram por se desentender, e neles residia a última possibilidade de união à esquerda - "não pode ser nem o fraccionamento de candidaturas nem a dispersão de votos", defende Costa. "Tem de ser a mobilização e a convergência."
E é aqui que o ex-ministro diz que a maioria absoluta é "fundamental para arrumar a casa, pôr Lisboa a funcionar e dar à cidade um novo rumo" e que só a sua candidatura "é a alternativa que pode polarizar essa maioria". O candidato deixou também a ideia de que está disposto a ficar na CML mais que os dois anos deste mandato: "Um projecto com ambição não se realiza nos dois anos que dura este mandato. Um projecto com ambição é um projecto a médio prazo."
Não é preciso mais dinheiro
Quanto às prioridades, estas passam por "proceder ao saneamento financeiro e à reforma da máquina administrativa municipal"; "resolver os casos, as trapalhadas, as hesitações estratégicas que paralisam a cidade"; acabar "com a incúria generalizada" (...)»
Pois ...
Bem... Também há quem acredite no Pai Natal...
ResponderEliminarEu gosto é qd eles começam a falar "no voto util". Foi por culpa do "voto util" q a camara de Lisboa andou nestas vergonhas de 4 em 4 anos. Mas esta gente pensa q nos somos burros!!! Acordem politicos da treta, Portugal já nao é feito de gente inculto, nos sabemos mt bem o q queremos. Este senhor de certeza q nao vai levar o meu voto util, isso podem ter a certeza ;)
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