“A ministra Suiça Micheline Calmy-Rey convida todos os cidadãos helvéticos a participar de um diálogo sobre a política externa da Suíça. Nesse sentido o governo publicou uma brochura destinada a "avaliar a temperatura" da população, no qual um questionário aborda temas como neutralidade, preocupação com a paz ou a cooperação com o Terceiro Mundo. A neutralidade está ultrapassada? A Suíça é um país que está sendo bem representado no exterior? Ela deveria fazer mais pela paz no mundo?
Essas e outras questões estão sendo levantadas por Micheline Calmy-Rey, a ministra das Relações Exteriores da Suíça. Ela deseja conhecer melhor a opinião e preocupações da população. Ao mesmo tempo ela quer abrir um amplo debate sobre a política externa do país dos Alpes.
Por isso o governo publica uma brochura intitulada "Uma política externa do diálogo", no qual inclui um questionário que poder ser enviado pelo correio ou por meios eletrónicos. Através da publicação, o ministério explica sua actuação em seis áreas: actividades em matéria de neutralidade, política de paz e política europeia, a Suíça e as organizações internacionais, a cooperação ao desenvolvimento e embaixadas no exterior. Os funcionários esperam que cada cidadão dê sua opinião em relação aos seis pilares da política externa.
"É importante que a população compreenda como funciona a política suíça. A nossa voz no exterior está concentrada da nossa identidade", declarou Micheline Calmy-Rey durante a apresentação da brochura em Berna. Através do comunicado distribuído à imprensa, a ministra suíça reclamou a participação activa dos cidadãos. Eles podem colocar em questão ou até mesmo criticar a política externa do país. Ela defende sua ideia. "Não se trata de uma simples pesquisa de opinião. Nós, no ministério, queremos realmente saber o que pensa o povo", reforça. Uma forte participação não significa que o governo irá se orientar pela opinião pública para definir sua política externa, mas sim servir de orientação. "As respostas terão seguramente um peso na tomada de decisões do Ministério", conclui Calmy-Rey.”
In www.swissinfo.org, 31/05/2007
Carlos Leite de Sousa
Interessante.....mas a democracia Suíça é exclusivamente interna, e sempre só tratou dos interesses próprios....e de quem tem muito a esconder. Enquanto esse país continuar a lavar dinheiro da maior sujidade e a proteger os seus "donos"....tudo dito. Neutralidade em suíço, é sinónimo de negócios e interesses.
ResponderEliminarJA
O que está em causa é apenas o exemplo de democracia participativa, algo inexistênte em Portugal. Aliás, em sequência do Concurso Os Grandes Portugueses, a Ministra da Cultura chamou analfabetos aos portugueses, o que corresponde à verdade, pois tal como os analfabetos assinam metafóricamente com uma cruz, nós também possuimos a democracia da cruz. De x em x tempo lá vamos colocar a cruz num papel para legitimar todas as acções que os politicos entenderem fazer no período para o qual foram eleitos. Acabar com a Feira Popular; retirar á cidade desde 1997 (sim, 1997) o Cais das Colunas; Construir uns edificios desproporcionados no Cais do Sodré e em frente a Alfama, entre outros.
ResponderEliminarBem...a democracia em Portugal é sinónimo de direitos sem deveres, e a minha liberdade é sempre mais importante que a do vizinho. Mas não creio que essa ministra da cultura deva gritar alto de mais.
ResponderEliminarTrinta e três anos de democracia liderada por políticos corruptos, incompetentes e carreiristas (salvo as excepções). Que esperar... milagres de Fátima...!?
JA