18/06/2007

Centros Comerciais

IN DN 18-06-2007

“(…) Aqui, o tamanho conta. À medida que nascem grandes centros comerciais, os mais pequenos vão perdendo clientela e alguns acabam mesmo por encerrar. A crise está instalada nos minishoppings e não apenas nos mais antigos.

"A solução óbvia seriam centros comerciais pequenos de conveniência aos grandes. Na prática, o consumidor tem privilegiado os maiores", afirmou ao DN António Sampaio de Mattos, presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais.

Após a sua inauguração, o Colombo, em Lisboa, deixou o vizinho Fonte Nova "às moscas", antes de este último rejuvenescer graças a uma campanha "de aproximação ao cliente" bem sucedida. Outros centros comerciais não tiveram a mesma sorte. No centro de Lisboa, o Columbia agarra-se à tona da água enquanto o novíssimo Campo Pequeno, com dezenas de lojas, respira saúde.

Em várias zonas da capital, as dificuldades são visíveis. O Centro Comercial Pedralvas, em Benfica, tem cerca de 20 lojas encerradas (um quarto do total), enquanto o Gemini, no bairro do Rego, chega a ter corredores completamente vazios. No Centro Comercial de Alvalade e no Olivais Shopping vários espaços têm vindo a fechar portas e a perder o fulgor de outros tempos. No Centro Comercial Portugália (na Almirante Reis), a afluência é fraca e há várias lojas vazias. Um cenário idêntico ao Cine 222, no Saldanha.

Espaços mais recentes como o 7.ª Avenida, perto do Rato, chegaram mesmo a encerrar. O Libersil, na Avenida da Liberdade, fechou as portas para mais tarde abrir em formato de ginásio (Holmes Place). Mas não são só os pequenos que atravessam dificuldades. O Palácio Sotto Mayor, um centro novo e de amplos espaços no centro de Lisboa, tem quase todas as lojas encerradas. À excepção da restauração, no piso inferior, parece um centro-fantasma, com as montras cobertas de papel e sem clientes.

O caminho rumo à decadência é conhecido. As mesmas lojas do centro abrem e fecham a um ritmo bimensal e os lojistas mudam de ramo como quem muda de camisa. Queixam-se de que as rendas dos espaços teimam em permanecer altas, enquanto as rentabilidades são esmagadas pela concorrência.(…)


Provavelmente a lista é extensa. O facto de espaços novos estarem já moribundos(assim de repente acrescento Twin Towers e Alvaláxia) e muitos resistirem devido a oferta de refeições rápidas a quem trabalha nas redondezas (ou seja, muitas vezes vazios ao jantar e ao fim-de-semana) deveria servir de aviso para os projectos que contemplam galerias comerciais, muitas vezes já condenadas a um curta existência... antes de nascer!


No Porto o cenário é o mesmo: ver aqui

2 comentários:

  1. O sinvestimentos a este nível são impulsionados pelas chamadas Consultoras Internacionais, as quais permanentemente insinuam a existência de mercado para mais espaços. Lamentávelmente elas prestam um serviço mediocre a quem investe, senão vejamos o que se passa em todos os Centros Comerciais da cidade, sem excepção. Não há um único que tenha todas as lojas ocupadas. Um único. mesmo os de maior sucesso, Amoreiras, Vasco da Gama e Colombo, têm lojas encerradas, disfarçadas por tapumes nas montras com fotos agradáveis. A verdade é que a zona (Metropolitana) não comporta tantos espaços. A situação mais cómica é o Freeport em Alcochete. é um absurdo imobiliário, no meio do nada. Ainda mais cómico é o que está para chegar. Apenas o maior - que destronará o Colombo - Centro Comercial da Peninsula Ibérica, também no meio do nada na Amadora. terá o mesmo caminho que o vizinho Odivelas Parque, mas como as Consultoras Comerciais dizem que precisamos de mais espaços, então invista-se.

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  2. vai tudo dar um belo estoiro...mas entretanto destruíram o comércio do centro da cidade

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