In Público Online (18/6/2007)
«O candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, Ruben de Carvalho, defendeu hoje que o Instituto Português de Oncologia deve manter a sua actual localização, considerando a possível saída da Praça de Espanha como "uma operação de especulação urbanística".
Ruben de Carvalho deslocou-se hoje ao IPO de Lisboa para se manifestar contra a deslocalização da eventual saída das instalações para outras zonas da cidade ou mesmo para fora de Lisboa.
O candidato partilha da opinião da administração do IPO, que defende a realização de obras no mesmo local.
"A localização actual é a melhor de todas. Porque se encontra em local central, com o melhor interface de transportes existentes na cidade, em local aberto e sem grande pressão urbana envolvente", disse Ruben de Carvalho.
O candidato adiantou que o IPO tem "um plano de renovação com construção de novas instalações no mesmo local onde hoje se encontra e por fases, sem interromper o funcionamento", desde o Governo de António Guterres (1995-2000).
Na opinião do candidato, este modelo — elaborado pelo actual ministro da Saúde, Correia de Campos — era "o mais eficaz e o que menos prejudica a cidade".
"A CDU entende que se deve regressar a este modelo que era considerado bom há tão poucos anos por este mesmo ministro", afirmou, acrescentando que na altura a área requerida para o IPO era de 7,5 hectares [área de que dispõe o actual terreno], mas que agora exige-se 12 hectares.
Para Ruben de Carvalho, o que está em causa "é uma operação de especulação urbanística e de privatização do IPO".
"Os terrenos da Praça de Espanha seriam entregues a privados para urbanizar e esses mesmos privados construiriam uma nova unidade noutro local", salientou o candidato da CDU às eleições intercalares de 15 de Julho.
Disse ainda que "a obsessão do Governo pela deslocalização do IPO para fora de Lisboa" não é caso único, estando previstos o encerramento e saída da cidade de várias unidades de saúde, como os hospitais de São José, Capuchos e Desterro.»
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