23/06/2007

Lisboa

Ao contrário do que diz Telmo Correia, a situação actual da cidade de Lisboa é resultante das práticas urbanísticas avulsas ao longo de mais de 30 anos. Foi a ausência de um urbanismo coordenado e de um planeamento humanista, andaram todos convencidos que eram modernos aplicando as teorias e ideologias dógmaticas, vêm agora reciclados e embuidos de outras, mas desta vez ideologias e teorias nihilistas numa alienação dos valores humanos fundamentais.
O mau planeamento e os erros urbanos realizados em Lisboa têm nome!
PDM, Plano de Urbanização de Chelas, Plano de Urbanização do vale de Chelas, Parque Expo, Alto do Lumiar, urbanização em volta do estádio da Luz, do Sporting, Corte Inlgês, arranjo da Avenida 24 de Julho, interface do Cais do Sodré, recuperação do Chiado, Lardo do Chiado, quem foram os técnicos e derigentes que realizaram e permitiram esta situação.
Porque razão hoje os antigos Liceus estão vazios, Passos Manuel, Camões, como é possível pedir a reabilitação e deixa-se uma arbitrariedade assustadora em que o nome do arquitecto se torna importante.


Há Meu Deus quanto odeio Salazar e o seu legado paternalista! Habituou e transformou este povo a ser "órfão" e cada vez que há eleições existe sempre alguém que pretende salvar-nos a todos.
Mas há não ninguém que responsabilize este povo?
Não há ninguém que diga: "Não! Não tens direitos!
Não tens o direito de estudar?
Tens o dever de estudar!
Não tens direito a trabalhar?
Tens o dever de trabalhar!
E assim por diante...
Primeiro temos deveres para com a sociedade só então temos direitos! Obviamente que o Homem só com deveres sem direitos seria um escravo.
Mas atenção para responsabilizar o povo, os dirigentes devem-se obrigar a tomar decisões com honestidade e seriedade, serem responsáveis pelas decisões que tomarem. Pois o essencial da democracia é que reduz os conflitos humanos a uma gestão de diferenças, e dentro de uma determinada bitola em que todos os indivíduos são idênticos em direitos, decidir, na hora de decidir sobre uma opção vale o mesmo que a opinião de outro sem quaisquer condições. Mas no final essa tomada de decisão deve ser responsabilizada.

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