In Diário Digital / Lusa (3/6/2007)
«O candidato a presidente da Câmara de Lisboa do PS prometeu hoje começar a mudar a face do Parque Mayer ao fim de dois anos, sem projectos «megalómanos» e ligando-o à Avenida da Liberdade e Jardim Botânico. (...)
«Daqui a dois anos, não teremos seguramente o projecto de reabilitação do Parque Mayer concluído, mas teremos seguramente muita coisa já a mexer e alguns equipamentos já a funcionar«, assegurou o ex-ministro de Estado e da Administração Interna. (...)
Neste contexto, Costa afastou a ideia de retomar projectos »com grandes custos financeiros« para a Câmara, como os de Norman Foster e Frank Ghery, que considerou »megalómanos«. (...)
«Pretendemos melhorar os acessos ao Parque Mayer através das ruas Castilho e Escola Politécnica, da Avenida da Liberdade e da Praça da Alegria. Queremos que o Parque Mayer seja um local de festa«, disse Manuel Salgado - frase que trouxe à memória de António Costa os seus tempo de miúdo, quando frequentava a zona para andar de carrinhos de choque. (...)
Junto a este espaço da Universidade de Lisboa, o arquitecto defendeu a ideia de serem criadas residências destinadas a investigadores e a estudantes estrangeiros do programa Erasmus.
Depois de criticar a excessiva grandeza dos projectos de Norman Foster e Frank Ghery, Manuel Salgado salientou que o futuro concurso público para a reabilitação do parque »não deverá ser pesado para os participantes«. (...) »
Para além do candidato ter caído na tentação de apresentar um prazo de 2 anos para «pôr as coisas mexer» (por coincidência em cima de novas eleições...) e dos vários lugares-comuns referidos (ligação ao JB, espaço ao abandono, projectos megalómanos, etc.), e de se ter esquecido de mencionar o evidente: é preciso recuperar o Capitólio, mas tudo o mais não presta, pelo que a solução ideal será um jardim, prolongando o JB, e tendo o Capitólio como sala polivalente, recuperado ao seu projecto original ... há aqui algumas curiosidades:
1. MS afirma que os projectos de Foster e de Gehry são demasiado «grandes». Primeiro, não são nem foram projectos, apenas maquetas, num caso, e no outro, apenas rabiscos. Depois, «grandes», presumo que se refere à volumetria e ao facto de serem inadequados àquele local ... pois que «grande» no sentido de grandioso, é disso que Lisboa precisa.
2. Recolocar-se «carrinhos de choque» no Parque Mayer, com farturas, teatro de piadinha brejeira e romaria desde o interior, ou tirinho ao boneco, não é nem «grande» nem grandioso, mas miserável.
3. As residências destinadas a investigadores já existem nos edifícios em volta do JB, basta recuperá-las, pois são as antigas residências dos funcionários do JB e da Universidade, hoje ao abandono. Uma boa ideia, que não é nova ... mas que sempre falha no último momento.
4. O concurso deverá ser público, sim, mas a CML tem que estabelecer o caderno de encargos, ou seja, tem que saber o quer para o Parque Mayer! Nada de confusões!
MS já assumiu o papel de vereador do urbanismo, talvez tenha surpresas no seu projeto de Romanina!!!
ResponderEliminarEscandoloso! É o que podemos dizer do controlo que a CML anda a realizar aos potenciais candidatos ao concurso de ideias para o parque mayer. Sob a designação de ficha de consulta, estes senhores solicitam que nesta fase concursal qualquer interessado tenha que deixar seu nome pessoal, noma da empresa e BI. Enfim! Deve ser mera estatística! Depois o prazo....bom aqui deixamos à boa interpretação dos factos. Um mega projecto como o da concepção de ideias para elaboração dos termos de referências de um plano de pormenor para uma área nevrálgica da cidade em um mês (primeiro prazo de encerramento do concurso - 4 de Janeiro)é absolutamente fantástica...depois como se de um pequeno reparo se tratasse, alterou-se a data (porque se calhar dava demasiadamente nas vistas que o estudo já está pronto por alguem que seguramente fará parte dos famous five) para dia 28. Portugal on its best! Esta tendência de atacar a inteligência intelectual dos cidadãos chega a ser ridicula!!! Já agora....ONDE ANDA O ZÉ!!! ENTÃO PÁ 'TÁS A DORMIR Ó DEFENSOR DA CIDADE...bem com o teu pelouro (espaços verdes) e passado deves estar a levar à letra a ideia do "don't walk on the grass, moke it". És um cool Zé...já agora os teus assessores...sim aqueles que tu mandavas aos departamentos camarários consultar os projectos onde havia evidentes sinais de favorecimento aos terríveis especuladores imobiliários...também estão a dormir...ou andam a trabalhar no "terreno". Last but not the least...aquela placa ali na avenida do brasil onde podia orgulhosamente ler-se RISCO desapareceu...que estranho, se o Sr. MS saiu da sociedade e já não está envolvido em nenhum dos projectos que tem em Lisboa (em que é cliente o ORELHAS, para referir um deles) o que é que ele tem a temer? Por fim, porque sou socialista peço-te: não custa nada o SR. MS colocar num ou dois diários de grande circulação uma certidão da descrição e de todas as inscrições em vigor da sua sociedade para 1. demonstrar que saiu; 2. demonstrar a quem transmitiu as quotas; 3. demonstrar que não está, nem directa ou indirectamente a "mexer uns cordelitos para as coisas andarem...É que bem vistas as coisas cumprir a lei é uma chatice e GANHA-SE MUITO MENOS...
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